sexta-feira, 25 de abril de 2014

REPASSES FEDERAIS - Vamos parar pra pensar?



A cada reajuste na Tabela do IR sabemos que são considerados os aumentos de salários, a "inflação inexistente e/ou abaixo da média esperada" e que a bendita tabela nunca acompanha o reajuste real dos salários, de modo que, quem ganha menos, paga mais. Foi requerida a revisão da tabela no STF e tal revisão foi negada (da mesma forma que os mensaleiros foram beneficiados e o Collor foi absolvido... STF se tornou a maior pizzaria do País).

Nos links abaixo, há 3 demonstrativos referentes aos repasses federais para o Estado de São Paulo, em 3 períodos: 01.12.1997 a 31.01.1998, 01.12.2002 a 31.01.2003 e 01.12.2013 a 31.01.2014. Nos primeiro e segundo períodos, há descontos do PASEP e FUNDEF, além de redistribuição de IPI, FUNDEF municipal e do "adiantamento de amortização de encargos" (que e sempre maior que o repasse principal). No terceiro, do PASEP e FUNDEB.

Sendo:
- PASEP: Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
- FUNDEF: Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério
- FUNDEB: Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação
- Amortizar: diminuir

dez/97 - jan/98 https://www42.bb.com.br/portalbb/daf/demonstrativo.bbx?cid=5332

dez/02 - jan/03 https://www42.bb.com.br/portalbb/daf/demonstrativo.bbx?cid=5728

dez/13 - jan/14 https://www42.bb.com.br/portalbb/daf/demonstrativo.bbx?cid=5461

São totais dos repasses:
01.12.1997 a 31.01.1998: R$ 418.133.722,22 C - R$ 10.352.370,37 D
01.12.2002 a 31.01.2003: R$ 1.137.261.344,62 C - R$ 65.115.416,47 D
01.12.2013 a 31.01.2014: R$ 4.220.607.944,97 C - R$ 123.087.297,05 D

Grosseiramente, multiplique esses valores por 6 (os períodos são de 2 meses, sendo assim, multiplicando por 6, tem-se um valor NÃO exato do repasse anual, o qual vocês podem consultar aqui:
http://www.bb.com.br/portalbb/page3,111,4128,13,0,1,3.bb?codigoNoticia=445&codigoMenu=786

Agora, o PIB (Produto Interno Bruto), em 2011, divulgado pelo IBGE:
- São Paulo contribui com 31,4% (R$ 1,3 trilhões)
- Acre e Roraima contribuem com 0,2% (R$ 8,7 bilhões e R$ 6,9 bilhões, respectivamente)
Fonte: http://exame.abril.com.br/economia/album-de-fotos/a-contribuicao-de-cada-estado-para-o-pib-do-brasil

Na hora do repasse, em 2011 (o Portal da Transparência não informa os percentuais de repasses, ou seja, as coisas tem que ficar na nossa "imaginação"):

- São Paulo recebeu R$ 7.718.259.920,80
- Acre recebeu R$ 530.856.699,63
- Roraima recebeu R$ 1.750.656.948,86

Encontraram alguma disparidade? Entendemos que deve haver redução de diferenças sócio-educacionais entre as diversas regiões e Estados do País, PORÉM, se uma contribuição é de 30% é incoerente que receba de repasse apenas 5x mais que uma contribuição de 0,2%, no caso de Roraima, que é o Estado que menos contribui e recebe mais que o triplo que o Acre, que contribui, em Reais, com valor mais alto.

Consultem quaisquer Estados ou Municípios em:
http://br.transparencia.gov.br/

Ah, e agora, o Acre manda 20 mil haitianos sem teto, sem trabalho, sem roupa, sem comida, para São Paulo. É, a cidade de São Paulo é abrigo de gringo irregular (passaporte solidário ou seja lá o nome que for, é só para os caras não serem párias - mas nosso Exército está lá, com número crescente de suicídios entre os soldados, enquanto os haitianos vem comer aqui sem contribuir com nada - e nem me venham com papo de xenofobia). Como se já não bastassem os traficantes bolivianos travestidos de comerciantes/fabricantes de roupas, agora mais essa. SERÁ QUE O GOVERNO FEDERAL VAI MANDAR VERBA EXTRA OU DESCONTAR DOS MUNICÍPIOS DO ACRE PARA ENVIAR MAIOR REPASSE PARA SÃO PAULO?... Creio que não...

Está certo? Os Estados contribuem cada um com a sua integralidade, mas não são consultados na hora do repasse parcial e não-proporcional. Só a PM de São Paulo tem um efetivo proporcionalmente (senão for em números reais) maior que o do Exército (é, na hora que o Exército é chamado, PMs paulistas completam a tropa - isso sem contar a realocação dos paulistas para a porcaria da Força Nacional de boina vermelha).

Querem soldados, cabos, sargentos, etc, felizes? Aumentem-lhes o salário. Não é assim que todo trabalhador funciona? Não quer trabalhar e ter seu trabalho reconhecido de alguma forma? Ninguém enche barriga com elogios e muito menos com críticas, as pessoas ainda precisam de dinheiro para subsistir. Será que o repasse federal é suficiente para complementar os investimentos em segurança pública no âmbito estadual? Será que existe verba/recurso para investimento em treinamentos, humanização, armamento, etc? Pois é...

O mesmo raciocínio se aplica à educação, à saúde. E, lembrando, sempre, que um Estado não se faz só com a Capital. Se o governo é estadual, ele ultrapassa os limites da nossa cidade. Há de se observar obras e investimentos realizados no litoral e interior também.

Não estou defendendo ninguém, só estou pedindo para que PENSEM. Não precisa pensar igual a mim, não. Mas estendam seus limites geográficos mentais. Estendam seus limites econômicos, financeiros, sociais, educacionais, etc, dentro de suas próprias cabeças.

Acham que São Paulo (cidade e Estado) têm que ser os "melhores" porque "são mais ricos"... não é bem assim. SP/SP produzem mais, mas não têm a contrapartida de sua produção.

Alguns anos atrás, fui convidada a participar, como advogada, de uma comissão que seria responsável pela verificação e cobrança dos repasses municipais em São Paulo e Rio de Janeiro. Os repasses para os municípios que não tinham prefeitura do PT passaram a ser irregulares a partir de fevereiro de 2003. Nem as prefeituras de partidos da base aliada  do Lula recebiam corretamente o Fundo de Participação dos Municípios. E, ainda não recebem. A dívida do Governo Federal com o município de São Paulo é IMENSA. E com o Estado de São Paulo também. (Não, não vou apresentar cálculos e tabelas demonstrativas porque, apesar de ter interesse no assunto, não estou sendo paga para trabalhar para o Governo e qualquer um pode consultar o FPM no site do Banco do Brasil).

A título de informação: quando empresários de procedência, digamos, "obscura" passaram a fazer parte da tal comissão, eu me neguei a continuar. ELES queriam formar a MINHA equipe de trabalho. O trabalho era sério demais para deixar na mão de pessoas que eu não confiava. Para os maus entendedores, eu explico: eles me queriam assinando tudo e batendo de frente com o PT (é, aquele partido cheio de gente que mata, esfola, denigre, quando é pego fazendo coisa errada - que o diga Celso Daniel) protegendo o rabo sujo deles. Posso ser ingênua, mas não sou burra. Quando eu saí, "não sei porque", eles desistiram do projeto (que era ótimo, mas não sendo executado por pessoas como aquelas).

Sou paulistana e, por isso, estou falo dos locais onde nasci, me criei e vivo. Porém, a incorreção de repasses acontece com os demais Estados que mais contribuem também. O segundo que mais contribui é o Rio de Janeiro e vejam como a situação está "bela" por lá. Cinco Estados contribuem com mais de 60% do PIB e recebem um percentual de repasse BEM inferior ao de sua contribuição.

Isso serve para qualquer cidadão brasileiro: antes de saírem só descendo a boca em suas cidades e Estados, lembrem-se de verificar com o quanto contribuem, o quanto recebem de repasses (os Estados também repassam aos Municípios), o que foi ou não realizado e as razões pelas quais determinada obra ou investimento foi realizado em detrimento de outro. NEM SEMPRE é por corrupção, má gestão ou mero interesse capitalista. NEM SEMPRE.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

DUALIDADE


Ontem fiz uns testes em um site japonês. Um deles media a "idade mental" e outro o perfil profissional. De acordo com aquele teste, tenho 22 anos (não é a primeira vez que o faço e a diferença entre a idade cronológica e a mental é sempre de 15 anos) e me foi dado o título de "crianção". No teste profissional, me foi dado o título de "especialista".

É dessa dualidade que vou falar hoje (creio já ter escrito sobre a dualidade "bem e mal" em algum momento... se não escrevi, foi um dos rascunhos que deletei sem publicar). Não tem como ser "profissional na vida pessoal" e nem como ser "criançona na vida profissional". Pessoas que me conheceram fora do ambiente de trabalho e depois se tornaram clientes, notaram essa diferença de posicionamento e me disseram que ela é gritante.

Existem assuntos "de adulto" que eu não consigo levar "na brincadeira". Política, religião, valores, princípios, sistema educacional, projetos de vida, amizades, etc, pra mim, são coisas sérias e é assim que lido com elas, com seriedade. Muitos confundem minhas palavras "diretas" com grosseria, arrogância, dentre outras coisas. Quem pensa assim, com certeza não me viu sendo grosseira e, infelizmente, a escrita não tem tom de voz. É completamente diferente quando eu falo sério (baixo e calmo) de quando eu falo grosso (alto e cheio de palavrões). Quanto à arrogância, sei que as pessoas confundem esse conceito com o de prepotência, Schopenhauer explica bem essa diferença (passei horas procurando o texto e ainda não encontrei, de qualquer forma, vou colocar com minhas próprias palavras): resumidamente, ele diz que o prepotente "pensa que sabe", "pensa que pode" e que o arrogante "sabe e pode efetivamente", porque possui conhecimento e qualidades para isso. O arrogante fala do que sabe, com propriedade e certeza, sem querer parecer superior. O prepotente baseia-se em falácias e em seu ar de superioridade. É como se comparássemos Lula (prepotente) e FHC (arrogante). Na arrogância existe coragem, na prepotência, insegurança.

Como eu disse, expus com as minhas palavras o que aprendi com Schopenhauer. Nas horas que procurei por um texto, achei vários outros, que, por menos que conceituem a arrogância, deixam bem claro, em exemplos, o que ela significa e representa. A arrogância é honesta, a prepotência é invejosa.

Sendo assim, se alguém me chama de arrogante, encaro como elogio. Eu não tenho problemas conceituais. Vivo com o dicionário aberto, só pra não correr o risco de pagar mico com alguma confusão conceitual. Amplio meu conhecimento e interpreto as coisas sem grandes erros. É notório que podemos conviver com alguém durante 100 anos e nunca conheceremos a pessoa totalmente. "Intenção" é fator subjetivo em qualquer meio de comunicação, de modo que se torna impossível determiná-la com certeza, mesmo conhecendo as pessoas. Sendo assim, se torna muito mais simples fazer uma mera interpretação gramatical de qualquer coisa ouvida, falada ou escrita, lembrando sempre que eu sou responsável pelo que eu falo e não pelo que as pessoas entendem. Procuro ser o mais clara e direta possível, muitas vezes fico buscando sinônimos simplórios pra determinadas palavras mais "complicadas" que estou habituada a usar no meu dia-a-dia, só pra evitar ruídos na minha mensagem.

Essa tentativa de enviar "mensagens sem ruídos" (que aprimorei quando estudei comunicação empresarial), nem sempre dá certo, porque os conceitos das palavras são, pra mim, os que estão nos dicionários, mas pras pessoas que me lêem ou ouvem são aqueles que elas acreditam serem os corretos. Um dia, quem sabe, as pessoas comecem a se entender melhor quando passarem a falar e escrever melhor.

Enfim, minha atitude "arrogante" se desfaz na minha vida pessoal. Os problemas trato com seriedade até serem solucionados. Muitas vezes perco o sono e o bom-humor por causa deles. Mas, no geral, sou aquela que as pessoas chamam de "doida", "paiaça", "desastrada", "engraçada" ou qualquer outro adjetivo desse tipo. "Quem vê, pensa" que eu não tenho problemas, mas não é bem assim. Se não forem problemas que pareçam insolúveis, com certeza a sensação que dá, convivendo comigo, é que eu não me importo com as situações. Não é bem assim, minha cabeça não para. Durante todo o tempo que estou acordada, minha cabeça funciona, pensa, raciocina, reflete... isso é cansativo, mais do que pintar meu apartamento em 2 dias. Só que não gosto de ficar de mau-humor e nem de ficar martelando em cima de problemas quando posso estar fazendo algo divertido ou prazeroso.

Ontem, tive uma longa conversa com um amigo, o C.O., ficamos 4,5 horas no telefone e ele disse que eu sou fechada, que não falo de mim, dos meus sentimentos, etc. Minha Mãe já reclamou da mesma coisa, diversas vezes, ao longo da minha vida. Ontem, uma pessoa que eu gosto muito me disse, pela segunda vez em uns 10 dias que eu "não confio" nele. Pra quem está por dentro da fase que estou vivendo, não é tão complicado entender o porquê de eu estar tão fechada. Sim, mais fechada que o normal, mais desconfiada do que nunca e sem nenhuma fé no ser humano.

Minha Mãe foi agraciada, umas duas semanas atrás, com uma pequena "abertura". Mudei de opinião sobre uma determinada "coisa" e sobre o que quero pro meu futuro, e expus isso a ela. Minha frase não durou mais que 2 segundos, mas resumiu pelo menos uns 19 anos da minha vida, em que eu passei dizendo "não vou" e agora é "é tudo o que eu quero, além de me formar em Letras e dar aulas de Português". Um fato mudou muita coisa em mim. Algumas, infelizmente, pra pior. E, duas das coisas que mudaram pra pior eu já citei: não tenho mais fé nem confiança nas pessoas.

Há duas pessoas a quem gostaria de me dirigir especificamente neste post, simplesmente porque, quando nos falamos, as coisas passam na minha cabeça e quando chegam "na ponta da língua" (ou dos dedos), elas voltam pelo mesmo caminho que vieram... (contentem-se com o que vou falar e saibam, desde já, que NEM essa minúscula abertura vai se repetir por um bom tempo =D )

Gostaria de confiar mais no C.O.. Me lembro dele falando comigo, me chamando pelo nome, em frente ao MASP, e eu perguntando (rindo) "quem é você?" e ele "você me conhece como 'fulano'" e só então fui me ligar que conversávamos bastante e eu não fazia ideia de quem ele era (kkkk o que não é difícil). Isso foi no dia 04.10.2013. Já paramos de nos falar porque ele ficou desconfiado de mim. Hoje, crio conta de e-mail pra ele e o fdp disse que não vai mudar a senha (muda logo essa porra que não quero saber de treta pro meu lado, FILHOTE kkkkkk). Uma coisa que aprecio é: ele não faz perguntas que não deve e, se faz e eu digo "melhor eu não responder", ele entende, não questiona, não pressiona. Ambos sabemos que existem coisas que devem ficar só pra nós, mas isso, creio que pra ele seja igual, se deve tão somente ao meio social onde nos conhecemos. Se tivesse sido de outra forma, a comunicação poderia ser mais livre. Nem por isso deixo de gostar dele, de apreciar a inteligência dele e de sentir falta quando ele se ausenta por conta do temperamento de cão que ele tem =D 

Quanto ao T... me conheceu na pior fase da minha vida. Não existe como comparar como eu estava antes e como eu estou agora (é, nós não "somos", nós "estamos"... sempre há algo que pode nos modificar, mesmo contra a nossa vontade). É muita coisa "guardada" e eu não vou falar aqui. Quero e preciso de tempo pra isso e, por mais que eu me dê melhor escrevendo que falando, tudo tem seu momento "certo". A impaciência pisciana me aflige e piscianos me confundem... e eu passei a vida cercada por eles.

Como eu disse, "intenções" são subjetivas... e enquanto não me é dado conhecê-las, percebê-las, notá-las, eu me fecho. Nessas fases "desconfiadas", a coisa ainda piora. Sou questionadora, curiosa e gosto de entender as coisas e as pessoas. Só paro de perguntar quando estou "satisfeita" com as informações que obtive, pra construir minha opinião.

Uma coisa que percebi: sou cabeça dura =D
Somente a própria pessoa pra me fazer mudar de opinião sobre ela. Certa vez todo mundo vinha falar mal de uma pessoa pra mim e a pessoa ficou preocupada de eu mudar minha atitude com ela por conta das fofocas e me procurou pra conversar. Lembro que eu disse "é, to sabendo de tudo, mas só você mesmo pra me fazer mudar de opinião a seu respeito". Até hoje "vejo" a cara da pessoa na minha cabeça e não consigo definir se foi de espanto, surpresa ou o que. Mas sou assim com todos (nesse ponto eu SOU, não estou... e, por ser assim, esta semana tive uma surpresa mega-desagradável (mais uma) em relação a alguém que um dia foi especial pra mim - e as próprias atitudes dela fizeram-na deixar de ser).

Agora chega. Vou ver mais um filme (tudo bem que não prestei muita atenção nos outros 3, mas acho que agora tá na hora de prestar rs).

Bjo na bunda e, se eu não passar por aqui amanhã, boa Páscoa.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

SEI LÁ²



Então... escrevi um negócio no facebook e apaguei. Hoje em dia tudo é considerado preconceito, xenofobia, fascismo, etc e, sabe-se, "tudo o que você disser pode e será usado contra você" (como se as pessoas fossem juízes dos outros - mas nunca de si mesmos). Não vou repetir o texto aqui, só posso dizer que estou cansada do povo falando mal de SP, paulistas e paulistanos e "vivendo às nossas custas". Um dia as pessoas vão entender (assim espero) que o governo não tem obrigação de SUSTENTAR ninguém. Trabalhar é bom, e isso as pessoas também vão entender um dia.

Só sei que eu odeio a quaresma. Apesar de "quaresma" ser um nome de um período religioso, eu me recuso a escrever com Q maiúsculo. É um período TERRÍVEL pra mim. Raramente coisas boas acontecem. Raramente recebo boas notícias. Normalmente, o que vem são coisas e notícias ruins. É o tipo do período que o que pode dar errado, dá errado e o que pode dar certo dá errado também, aquelas fases que "quanto mais se reza, mais assombração aparece".

Graças aos deuses está acabando. Semana passada tive uma boa notícia e consegui uma realização. Não me lembro de muitas coisas assim em todos os meus anos de vida acontecendo durante a quaresma. Foram 4 fatos marcantes, em 3 quaresmas diferentes, duas coisas em 2000, uma em 2002 e uma em 2009, além dessas duas de 2014. Agora, imagina, 6 coisas boas em 37 quaresmas... é para deixar um cristão maluco (acho que não deveria fazer um trocadilho desses, mas também não vou apagar rs).

Este ano, me afastei de pessoas que não me fazem falta, mas também de pessoas que eu gosto. Sinto falta de algumas, mas nada "sufocante". Quando essa fase da minha vida acabar (não falo da quaresma, e sim uma fase que começou na madrugada do dia 10.11.2013), creio que já vou estar acostumada a não lembrar mais de ninguém e, quando lembrar, a não sentir tanta falta. Pessoas como C.O., B, S.R., A.P., T.V. são pessoas que eu sinto falta. São inteligentes e divertidas (de tantas pessoas que conheci, sinto falta de 5 - esse número poderia ser maior se as pessoas fossem mais éticas). Dos amigos antigos... aí é mais complicado. A maioria das pessoas que eu gosto e conheci há anos está na minha lista de amigos do Facebook, mas... e daí? As vidas tomaram rumos diferentes e os caminhos se distanciaram. Eu só observo, fico de olho, porque não quero ver ninguém passar nem perto de uma tristeza do tamanho da que passei (ou ainda estou passando mas estou enganando muito bem, até a mim mesma rs).

No domingo, tomei uma decisão e estou tentando colocar em prática. O correto seria eu me afastar totalmente da internet, noticiários, séries e filmes "tensos", "violentos", "aterrorizantes", "misteriosos" e me recolher "à minha insignificância espiritual". Certo mesmo seria me dedicar a leituras ditas "edificantes", jejuar e tentar colocar meu interior em dia... mas quem disse que consigo me afastar do "excesso de informação"? Essa coisa é viciante. Passo o dia lendo coisas que "formam opinião" (não notícias em jornais "suspeitos", mas textos, artigos, trechos de livros) e o dia inteiro com a TV ligada em canais de notícias. Não está sendo fácil me desligar totalmente de certas coisas e nem de certos sentimentos (raiva, principalmente).

Estou ainda no clima de torcer para a Ucrânia, contra o Maduro e pensando em como será lindo a Itália sendo campeã do mundo aqui no Brasil (é, este ano, torço para a Itália... ou para a Alemanhã... ou para a Inglaterra, mas não para o Brasil e nem para nenhum país latino americano). Estou até pensando em comprar apetrechos das cores desses três países citados para fazer barulho e arruaça durante a copa. E, assistir jogos do Brasil, só se for contra um desses times também.

Pensando em como essa história de ser "contra a copa" começou, percebo que não quero NADA com "padrão FIFA". A FIFA engana tanto quanto nosso governo. A FIFA "suga" as pessoas tanto quanto nosso governo. A FIFA e nosso governo são muito parecidos: são "soberanos", não permitem prejuízos financeiros para "seus membros" e não estão nem aí para o povo. O que eu quero mesmo são escolas que ensinem Português e História DE VERDADE, de forma correta e imparcial. Quero hospitais com médicos, medicamentos, equipamentos DE VERDADE (e não pseudo-médicos importados de um país que vive uma ditadura militar socialista). Quero transporte coletivo de "dois andares" e com ar condicionado, que as pessoas com qualquer condição financeira e cultural sintam vontade de usar e não usem "por obrigação" ou porque "não tem outro jeito". Quero que o governo faça a transposição do Rio São Francisco e permita que o povo que vota com o estômago possa produzir e subsistir por seu próprio trabalho, sem se sentir em débito com uma instituição falida, repleta de gente desonesta, que não estaria fazendo mais do que a obrigação, já que esses coitados também pagam impostos quando compram comida, água e caderno e caneta para os filhos poderem ir para a escola (quando conseguem ter dinheiro para isso e quando existem escolas, obviamente). Quero que o governo pare de nos impor regras absurdas de "governança".

Mas o que mais quero é mesmo todo o "progresso" na área da educação. Toda a reformulação do material que vai para as escolas públicas. Que o Ministro da Educação seja alguém competente, ligado à área ou um administrador, que se cerce de pessoas que têm conhecimento e capacitação profissional para desenvolver um bom trabalho, que faça crianças e adolescentes sentirem vontade de aprender, com um material que os deixe curiosos sobre "o que vamos aprender no capítulo/aula seguinte". O que eu queria mesmo é que toda a molecadinha tivesse as mesmas coisas que eu tive... elas seriam felizes.

Enfim... vou encerrar. Foi muito palavrório para pouco conteúdo nessa postagem rs.
(Tomara que me lembre de postar aqui, ao invés do Facebook, quando me sentir inspirada.)

Boa Páscoa para quem é de Boa Páscoa.
B-jo.
PS: Sobre a foto: eu não sabia o que por, coloquei aquela mesmo... mas estou bem sim =D

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