quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

A HISTÓRIA DE DOIS MIL E VINTE E DOIS

 Dois mil e vinte e dois foi um dos anos mais complicados e, ao mesmo tempo, mais surpreendentes para mim.

Comecei o ano acreditando que havia conseguido fazer duas ou três amigas - ledo engano! Meus amigos antigos aqui do Facebook,  que conheci lá pelos idos de 2010, já devem estar com calos nas orelhas internas de tanto me ouvirem reclamar quando tenho sucesso em fracassar em ser amiga de outras mulheres.

Nunca deu certo para mim e não seria diferente apenas porque estamos no Século XXI. Não deu certo desde quando eu tinha quatro anos, mas eu sou Brasileira e não desistia nunca. Porém, aquele "grupo" de mulheres realmente tirou de mim qualquer resquício de boa-fé no sexo feminino. As tentativas de sobrepujar as potenciais "rivais" são enojantes. 

Minha vida quase escorreu pelo ralo em 24 de fevereiro em decorrência da minha fraqueza em não suportar o baixo nível moral em que me inseri - voluntariamente, sim, mas de boa-fé: realmente acreditei que poderia surgir algo de bom dali. Mas...

Dia 25 de fevereiro, ao acordar, após tudo o que havia acontecido, eu já estava decidida a não deixar passarem batidas as injúrias, as difamações, a tentativa de calúnia e a "perseguição", que (aparentemente) findou há menos de 2 meses (começou em 30 de janeiro e só parou no começo do novembro).

Durante esse período, eu vi de tudo, até mesmo o tamanho dos triplex que construí na cabeça de uns e da mansão que construí na cabeça da líder. É inacreditável o que o complexo de inferioridade faz com as pessoas, sejam homens - que se submetem a comportamentos vexatórios para agradar mulheres -, ou mulheres - que tentam ridicularizar outras mulheres e, no final das contas, apenas ridicularizam a si mesmas - afinal, quem tem tudo e vive a vida perfeita não se importa com a opinião alheia. Simplesmente vive - e deixa viver. E foi o que eu fiz.

Alguns nomes me foram citados ao longo dos meses, mensagens enviadas, algumas coisas foram comentadas e comprovadas e, sim, eu sempre soube tudo de todos que me citavam. Da mesma forma que alguns mendigavam migalhas do lado de lá, também mendigavam do lado de cá. Afinal, para quem não tem nada, qualquer coisa é lucro. Amei quando me apelidaram de Valdemort, um dos melhores personagens da saga, assim como Thanos e Kira, cada um em seu mini-universo.

Paralelamente a isso, reforcei laços com algumas pessoas, desfiz nós e laços com outras. Desapaixonei-me, apaixonei-me, desapaixonei-me novamente. Aliás, "apaixonar-me" é algo intenso demais para mim, há alguns anos, mas não me vem à memória nenhum verbo ou conjunção verbal que se adeque entre o mero "estar interessada" e o "estar apaixonada" que possa demonstrar a intensidade correta.

Se no amor e na amizade minha vida foi um fracasso homérico este ano, não posso dizer que tenha sido igual no aspecto intelectual e pessoal. Fiz Enem, fui para a segunda fase da Fuvest, prestei concurso (não passei - seria muita sorte passar sem estudar uma linha numa prova de concurso da Vunesp rs)... 

Fiz uns amigos (homens, obviamente) em um grupo de Filosofia, assim como cultivei uns desafetos nesse mesmo grupo: "nacional-fascistas não passarão" (galinhas-verdes/integralistas). Saí do grupo e não pretendo voltar, apesar de terem me dito que eles não estão mais lá.

Por fim: falta 1 semestre da faculdade de Banco de Dados para cursar e mais da metade das duas pós para concluir em 2023 (uma até junho, a outra até setembro). O ano nem começou e eu já estou atolada de "intelectualidades" e não de "emotividades". 

Espero que o Natal de vocês tenha sido bom e desejo um 2023 melhor do que 2022. 


Glossário

*ledo engano: erro cometido sem intenção, por ingenuidade, sem maldade, por descuido.

*galinhas-verdes/integralistas: nacionalistas baba-ovos de Plínio Salgado, que usam o símbolo da somatória escrito em preto, sobre um fundo branco, costurado na manga de uma blusa verde.





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