segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

A SOLIDÃO É UMA ZONA DE CONFORTO


Em 2005, caminhando para dois anos de namoro, engravidei de gêmeos (que perdi) e levei um ghosting. Se fôssemos considerar literalmente o "término da relação" como estamos acostumados a ver e saber, ou seja, um dos parceiros colocando um ponto final, poderíamos considerar que estou namorando o pai dos gêmeos há 16 anos e 10 meses. Obviamente, não estou - e nem estaria, porque eu não consigo tolerar homem bundão.

Diante de tudo o que aconteceu entre agosto e dezembro de 2005, decidi, pelo meu bem e pelo bem da educação da minha filha, que contava apenas três anos de idade, desistir de relacionamentos afetivos, fossem rotulados/sérios ou não. Entrei na fase de "solteira, sim, sozinha também" e de inaugurar a maior friendzone "da minha turma".

[EDIT] 9 meses depois de iniciado, o texto não estará terminado, porém, estará publicado - e os curiosos já ficam sabendo o porquê de eu não ter mais namorado ninguém. =*

COPO (MEIO) CHEIO





Quando eu fazia do meu blog um diário, eu não tinha crises de pânico/ansiedade, nem de despersonalização ou desrealização, nem psoríase, nem meltdowns e shutdowns... eu falava sobre a minha vida, o meu dia, o que me incomodava e fazia feliz, "destilava meu veneno" (deveria ter destilado whiskey e dividido "cazamiga").

Nunca tive muitos seguidores e, os que seguiam o blog, eram amigos e a gente "trocava favores" seguindo um ao outro. O blog nunca teve alcance (nunca foi minha intenção que tivesse) e, ainda assim, tive que retirar do ar diversos textos, porque fui acusada de alienação parental por causa dos meus desabafos. De qualquer forma, o blog era, vezes válvula de escape, vezes tábua de salvação.

Quantas e quantas vezes não consegui organizar meus pensamentos e minha vida escrevendo?

Eu estava sempre com o copo "meio cheio". Quando transbordava ou em ocasiões que qualquer gota d'água virava tempestade, saíam os textos que eu acabava gostando mais. Muitos deles se perderam na mudança da plataforma blogger. Meu primeiro blog ("How my day was") começou em 2000 ou 2001 e não consegui trazer todos os textos para cá a tempo, já que eu escrevia todos os dias e, em alguns dias, mais de um texto.

Há algumas semanas, acreditei que voltaria com tudo, me sentia com o copo cheio (de coisas boas), empolgada, com textos sobre um monte de assuntos que estão pairando na minha cabeça feito nuvem de chuva forte... mas, não. O plano era voltar para o rascunho (imagem), mas não será terminado e não pretendo alterar o teor do que já está escrito.

"Ele me faz tão bem" vai ficar exatamente como está...um rascunho, porque foi isso que eu vivi, apenas um rascunho.

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