sábado, 27 de dezembro de 2014

NOVOS TEMPOS, VELHOS JOGOS

Frustração é a sensação de incapacidade, de acordo com um site que eu esqueci de ver o nome. Hoje pude refletir sobre isso, por conta de alguns acontecimentos alheios à minha vontade.

Passei, rapidamente, por algumas coisas que poderiam ser frustrações minhas. Percebi que não tenho grandes frustrações, ou melhor, grandes incapacidades. Tudo o que me propus a fazer, tive capacidade. Gostar ou não, são outros quinhentos. Não sou incapaz para fazer as outras 4 faculdades que tenho vontade, por exemplo. O que não tenho, neste momento, é possibilidade de fazê-las. Também por circunstâncias alheias à minha vontade.

Uma coisa que me deixava frustrada era acreditar que eu "sou" uma pessoa insegura, mas essa "crença" estava errada. Não sou, nunca fui. Insegurança é impermanente, ela vem e vai do mesmo jeito que o movimento da água do mar. E, em certas situações, a insegurança, assim como a dúvida e o medo, pode nos livrar de coisas desagradáveis. Contudo, insegurança também provém da falta de autoconhecimento, de reconhecimento dos próprios limites.

Sou incapaz de me fazer de sonsa ou de desentendida. Posso me fazer de surda, mas não de desentendida. Sou incapaz de enaltecer futilidades. Não vou deixar meus esmaltes, perfumes, depiladores, hidratantes e maquiagens de lado: não me cuidar seria desleixo e esse substantivo abstrato não combina comigo. Não sou adepta dos pensamentos feminazi.

Hoje, uma fulana (eu sou incapaz de não entender certas diretas, mesmo que venham em forma de indiretas) soltou a seguinte frase, olhando para mim e para a minha mãe: "Minha mãe sempre dizia que fazer as unhas é coisa de mulher desocupada."

Quando ela disse isso, a mesa do almoço ficou em um silêncio sepulcral. A sogra dela e eu levantamos o olhar pra ela, ela baixou o dela e tentou remendar "ela disse isso tantas vezes que eu bjhfgvlzgjno". O volume da voz desceu tanto que não consegui entender o final, mas percebi que ela falava das proprias unhas porque olhava para os cotocos que lhe descem das cutículas.

Com isso, se chegou a um nível ridículo no local. Eu já havia notado o cabelo mal cuidado (como se nem condicionador passasse após o shampoo), mas como estava ali com outra finalidade e disposta e decidida a ignorá-la, não tinha reparado em mais nada.

Mas...

Dali em diante passei a prestar atenção em tudo: tem mais dentes que wendigos, tem menos altura do que eu imaginava, tem mais celulite em um pedaço de perna do que eu no corpo inteiro, tem hematomas (ou varizes) não condizentes com a idade e com a "vida saudável" dela, está acima do peso visivelmente, o vestido estava curto demais pra idade dela, ela acredita cegamente que "sogra" e "amiguinha" são sinônimos, a risada dela parece relincho (deselegante), se demonstrou carente, infantil, insegura e "pronta pra ser super intima e minha melhor amiga, demais pra que eu a levasse em consideração. DETESTO que encurtem meu nome de nove para quatro letras sem eu dizer "me chama de Veri".

Sou Vê ou Veri pros meus amigos, família, pessoas que gosto e alguns clientes (que sempre usam o "doutora" antes do Veri e me fazem rir toda vez, porque não combina kkkk). MAS ESSA UMA?

CARA, NUNCA VI ESSA MULHER NA MINHA VIDA!!! E a "desinfeliz" já chegou me chamando de "Veri" e botando a mão no meu cabelo.

ESPAÇO PESSOAL, QUERIDA!!! (Sim, eu cuido do meu cabelo... sim, ele é macio... TIRE SUAS MÃOS DE ESQUERDINHA SONSA DE MIM!!!)

Não gosto de gente que cria intimidade onde não existe. Não gosto de gente espaçosa. Não gosto de gente que precisa se autoafirmar por ter medo de suas próprias frustrações/incapacidades.

Fiquei puta. Ultrapassou um limite. Caiu nas minhas "desgraças". Todo o resto de hipocrisias já era previsto.

Mulheres são previsíveis, ainda mais quando se deparam com uma ex do atual namorado. A situação não foi criada por mim. Em um reencontro familiar, depois de tantos anos, "terceiros" ficam meio sem espaço. E quem criou a situação também.

Deixa eu tentar esclarecer: o genitor levou a namorada no almoço de "volta" da filha dele, na casa dos pais dele, onde estavam a filha, a ex e a ex-sogra. Um ano e meio atrás, ele ja tinha tentado isso; eu evitei. Na casa dele, manda ele, MAS, dos sentimentos da minha filha cuido eu. Minha filha não gostou do que ele fez e, a partir desse fato, todos os proximos almoços, lanches, cafés, visitas, etc, serão na MINHA casa, porque nesta mando eu. E aqui a desleixada não entra.

As pessoas metem os pés pelas mãos: mesmo que minha filha fosse uma varzeanazinha mal-educada, ela teria dito "adorei sua filha" do mesmo jeito. É assim que se faz pra agradar alguém, pra manter essa pessoa por perto; mesmo que eu fosse feia, baixinha, mal-cuidada, ela tentaria criar uma falsa intimidade comigo pra dizer "eu fui educada e sociável, ela que foi grossa"; mesmo que "qualquer coisa" a frustração demonstrada foi tão grande que só atitudes hipócritas poderiam ser tomadas pra "segurar o macho". Vai saber se a opinião dela de "não querer filhos" vai se sustentar depois de hoje.

E, então, o tal "golpe" (do baú, da barriga) que acharam e falaram que EU daria ou tinha dado, estará se concretizando através de uma "não-eu" e por PURA INSEGURANÇA, não por acidente de percurso, nem por desejo de ser mãe. E isso é a maior baixeza que uma mulher pode cometer. Isso seria desvio de caráter... será que algum homem decente aceitaria uma atitude assim? Se sim, é um cara "meia-boca" aceitando uma fulana "meia-boca" (os substantivos "homem" e "mulher", neste caso, não se refeririam somente ao gênero, mas também a outros atributos éticos e de caráter que não coadunam com o adjetivo "meia-boca" e por isso não foram usados). Pessoas "meia-boca" não são permitidas à convivência plena com a minha filha. Más influências o mundo fora do ambiente familiar já tem o suficiente.

Isso estava entalado. Agiu do jeito errado. Um pai que está restabelecendo laços de confiança com uma mãe não precisa de interferência de uma namorada insegura. Não é a filha que ela precisa conquistar, é a mãe. Mas, esse jogo eu conheço, a intenção é outra: se a filha gosta dela, o pai vai querer levar a filha para conviver com os dois e a mãe vai dizer não (isso não é segredo pra ninguém). Partindo desse ponto, a mãe é a vilã e o pai deixa de visitar a filha pra ficar com a "namoradinha legal". Já cansei de ver esse tipo de coisa acontecer.

Hoje foi só o primeiro passo. E o próximo já foi dado: ele negou o convite pra passar o Ano Novo com a filha. Pela primeira vez.

Garota, não te mete com a minha filha. Você é velha demais pra competir com uma menina de 12 anos. Se vc é carente de pai, se queixe com o seu e não prejudique minha filha. Teu jogo é velho, amplamente conhecido, ridículo e coisa de gente baixo nível. Minha filha não gostou de você; eu não gostei de você.

Se o seu problema de insegurança é por minha causa, só mostra que além de idiota, você é burra (antes de se ofender, pare pra pensar friamente). Agora, se ele te dá motivos pra se sentir assim ... oops, você está namorando o cara errado.

Dois bjos.

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