domingo, 26 de janeiro de 2014

MUITO (mais) AMOR (de verdade) POR FAVOR


Achei que a música desse vídeo nunca mais faria sentido pra mim. Me acostumei a uma certa "insensibilidade" e fiquei bem assim durante 8 anos e alguns dias. Óbvio que resolvi ficar sensível e compreensiva com as pessoas erradas. Quem me conhece sabe que eu tenho dedo mais torto que os das bruxas dos desenhos da Disney.

Parece que, quando você procura compreender o próximo você se torna meio bobo. Sim, meio bobo, porque não adianta tentar me convencer que não existe emoção nenhuma em "compreender". E, quando há emoção, quem não fica "meio bobo"? Depois de começar a compreender, você começa a ver qualidades, e até defeitos, mas sua compreensão faz com que você não se atente a eles. Sim, porque se você prestar atenção nos defeitos, formulará julgamentos e se julgar, não estará sendo verdadeiramente compreensivo.

E, então, quando você deixa os julgamentos de lado pra fazer sua ação ser semelhante ao seu discurso, é a hora das cobras te morderem. E, vou dizer, a porra da mordida dói. E, digo mais, a merda do veneno MALTRATA! Não bastasse morder e envenenar, ainda ficam cutucando a ferida, acho que pra ver até onde você aguenta, ou até onde você vai ser firme em relação aos seus valores, princípios e palavra, ou só pra te ver mal mesmo. Infelizmente, ainda existem pessoas que sentem prazer em ver os outros se sentindo mal consigo mesmo e com o mundo, mesmo que esses outros não tenham dado motivo pra determinadas atitudes "do mal".

(Espero que não esteja confuso, porque eu não vou reescrever e nem explicar =D )

Chega um momento que tanta cobra, tanta mordida, tanto veneno e tanto cutucão CANSAM. "Seja forte!", "Você é forte, vai superar isso!", "Você não pode ter medo, não pode se trancar em casa!", "Você vai deixar de viver sua vida?", "Ignora", "Esquece", "Pra que você foi responder?"... e muito mais disso aí é o que vem pra cima de você quando você NÃO CONSEGUE raciocinar, decidir e MUITO MENOS SER FORTE! Força, seja ela física, moral ou emocional tem limite. Minha força emocional já era. Cheguei no meu limite. Esgotou! ZERO% de força no reservatório.

Uma decisão eu tomei. Em São Paulo eu não moro mais. Vou começar a procurar emprego em outras cidades (não vou citar os nomes dos locais exatamente por causa das cobras... quero viver em paz, seja lá pra onde eu for). Vai ser um "bye bye, so long, fair well" pra São Paulo por tempo indeterminado.

Cidade poluída, bairro barulhento, gente estressada e cada dia mais mal educada... 24/7 pensando em dinheiro. NÃO DÁ MAIS! Nem lei dos homens, nem lei da favela e nem lei de Deus mais estão funcionando por aqui e eu quero coisa melhor pra mim, pra minha mãe e pra minha filha. Claro que não posso obrigar minha mãe a concordar comigo ou se mudar comigo, ela é adulta e toma as decisões dela. Ela não gosta da ideia de sair de São Paulo e eu a entendo. Nascemos aqui, fomos criadas aqui, ficamos adultas aqui e ela já até se aposentou aqui... fica realmente difícil desapegar, ou simplesmente "largar tudo pra trás". São muitos anos de vida e de história aqui... e eu sei que pra qualquer lugar que eu for eu vou sentir falta da Avenida Paulista, do Trianon, do Ibirapuera e do Center 3... mas, nada me impede de voltar de vez em quando (se a grana permitir e a vontade aparecer).

Só o que eu sei é que não dá mais pra eu viver do jeito que eu estou vivendo. Infeliz com minha profissão (de formação acadêmica), descontente com os resultados obtidos em 13 anos exercendo a mesma função (fora da minha profissão), revoltada com os procedimentos jurídicos e legislação existentes... quero sair disso. Quero outra coisa pra mim. Não me importo de ter "descoberto isso só agora" (não foi só agora, mas é agora que eu tomei a decisão), não sou quadrada e vou me virar (como sempre).

O lance é me livrar do cabo de guerra "policia-bandido", no qual eu sou a corda. CHEGA! CHEGA! EU TO FORA! Vou terminar os procedimentos que iniciei, porque não vou deixar filho da puta nenhum tentar me desmoralizar por falar a verdade. O povo pensa que todo mundo é trouxa e que sendo vítima de um crime vai "ficar na miúda" por medo ou vergonha, simplesmente porque o cara é "conhecido" (mas na hora de escaralhar a situação toda, botou uma camiseta na cara pra falar em um live que, "corajosamente" ele não salvou). Te falo: VERGONHA E MEDO É O CARALHO! (Não consigo ser compreensiva com gente que faz o que ele fez, então, fica aqui o meu desejo mais profundo: espero que ele vire menininha quando for preso... mesmo que fique preso 12 horas...) Mas, como eu sei que tem gente burra e má que o acompanha, defende, protege e idolatra, assim que isso estiver terminado, é a hora de ir embora desta merda de cidade e ver se eu consigo esquecer TUDO.

Quero apagar o período da minha vida que se iniciou com as manifestações de junho de 2013. Quero apagar da minha vida, mente e coração, MUITAS das pessoas que conheci de lá pra cá. As que eu não apagar das memórias (emocional ou não), também vão ficar comigo só na lembrança. Quando eu for, é pra não deixar nem rastro. Pra não sentirem nem o cheiro do meu Gabriella Sabatini.

De novembro pra cá, a situação está descontrolada. Dor de cabeça, falta de apetite, dor no peito, esôfago travado, tremedeira dos pés à cabeça, insônia... não aguento mais. E não admito que mais ninguém me faça sentir essas coisas. O único mal é que estou muito mais suscetível às coisas que me são feitas ou ditas. Ou seja, posso não admitir, mas é o que algumas pessoas fazem. Às vezes, só de pensar/lembrar de fatos/pessoas essas coisas acontecem. Já tinham me dito que isso demora a passar, mas tá embaçado... meu "imediatismo" não está me deixando ser muito paciente em relação a isso... ou ao que/quem me causa isso.

Hoje fiquei com o esôfago travado o dia inteiro quase. Resolvi me afastar de política, pseudo-intelectuais de esquerda ou direita, e manter quem consegue expressar o lado humano e não o lado revolucionário ou reacionário 24/7. QUERO GENTE DE VERDADE POR PERTO. E gente que SAIBA AMAR. Amor de mãe, amor de filho, amor de irmão, amor de amigo, amor universal... AMOR! É só isso.... ou melhor, é TUDO ISSO. As pessoas não sabem mais amar de jeito nenhum, ficam confundindo conceitos, misturando sensações, emoções e sentimentos, agem de modo egoísta... não preciso disso e não quero mais isso à minha volta.

Então, "galerinha do bem", MUITO (mais) AMOR (de verdade) POR FAVOR na hora de falar, lidar ou conviver comigo, porque se for pra ser neutro, morno ou pela metade, é melhor nem chegar perto.

Tendo ou não nexo, era isso por hoje. Sem beijos hoje porque eu não estou a fim.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

2014



Há algum tempo, abandonei velhos (bons e maus) hábitos e adquiri, com o tempo, alguns novos (bons e maus). Dentre os maus hábitos que abandonei estão a violência física, a crueldade moral imotivada, a intolerância, a impaciência e diversos pré-conceitos (alguns se tornaram pós-conceitos, outros eu realmente abandonei).

Nos últimos 10 anos, tenho estudado sobre algo que, antes de 2004, eu achava uma chatice. Tenho aprendido bastante sobre valores éticos e, também, princípios diferentes dos que eu tinha, relacionados aos sentimentos, além de ter aprendido a diferenciar estes das sensações e ambos das emoções.

Porém, em 2013, eu REGREDI. Sim, regredi. Esqueci da prática de diversos bons hábitos que tinha adquirido, retomei a prática de maus hábitos que tinha abandonado e, no fim, acabei me tornando duas coisas que nunca fui: indisciplinada e desorganizada. Mas isso não está me incomodando muito, pra ser sincera. O que me incomoda mais são as causas disso, bem como as causas de eu ter voltado a ter a sensação de raiva/ira constantemente, de ter voltado a me aproximar das pessoas sem analisá-las primeiro, de ter voltado a acreditar em "chantagens emocionais" ou "chororôs" de marmanjo. Isso só me prejudicou.

Em compensação, adquiri (de vez, estava em processo de transição) o hábito de me colocar no lugar do outro "como me sentiria se", "o que eu faria se", "como seria se". Não sei até que ponto isso foi positivo pra harmonia da minha família mas, individual e egoisticamente falando, ter admitido (o pouco que faltava pra mim e 100% pro mundo) que eu não sou de direita, que não suporto receber ordens, que não admito que me subjuguem, que minhas ideias não são em NADA parecidas com as da minha mãe (de direita), do meu pai (liberal) ou do meu avô (comunista). Tirei um peso das minhas costas e, agora, posso dizer o que penso, mesmo que isso incomode as pessoas, afinal, por quase 30 anos me senti incomodada com determinados pontos de vista e, muitas vezes, não entendia o porquê.

De qualquer forma, 2014 começou diferente. Por mais que coisas que me incomodaram tenham acontecido e por mais que minha rotina esteja alterada, contrariando minha vontade e tolhendo minhas liberdades individuais (principalmente a de expressão e a de locomoção - ainda bem que não podem "prender" meus pensamentos \o/ ), esses 12 primeiros dias foram muito proveitosos. Dividindo meu tempo entre o rock e as músicas clássicas, passei muitas horas refletindo sobre fatos, atos, palavras e tudo o que aconteceu diretamente a mim e o que eu senti em relação a essas coisas.

Ontem, vocês devem ter visto, num outro perfil meu que não estou certa qual é, a foto da copa da árvore que eu passei um tempão olhando, observando, admirando... e, no post anterior ao da foto, devem ter lido que eu estava me sentindo em paz, em união com a natureza. Morei no meio do mato. Estar em contato com a natureza era algo comum pra mim. Hoje, vivo no mesmo "apertamento" que nasci, só que com mais prédios, hospitais, poluição de todo tipo e helicópteros em volta. Não dá pra ter paz aqui. Ou melhor, não dá pra "silenciar a mente" aqui.

A tranquilidade que eu estava ontem me fez perceber o que eu realmente preciso. Não não deixei de amar quem eu amava e nem de desprezar quem eu desprezava. Mas o que eu realmente preciso não está ligado a essas pessoas. Está ligado tão somente a mim. Como eu vou resolver pra conseguir o que realmente preciso (não é de dinheiro ou coisas materiais que estou falando, apesar que preciso MUITO de dinheiro agora, já que está pra completar 2 meses que to desempregada kkk), vou saber com o tempo. Não adianta querer colocar o carro na frente dos bois ou apressar o curso do rio, porque, no primeiro caso, a coisa não anda e, no segundo caso, a coisa tem seu próprio ritmo pra andar e não dá pra ser forçado.

Só sei que fui a um parque que não ia há uns 20 anos sábado. Passei horas maravilhosas com minha filha e o pai dela (por incrível que pareça, o rapaz estava agradável). E, hoje, fiz o que costumava fazer quando era patricinha (rs): almocei fora, fiz compras, dei uma volta na Paulista e voltei pra casa, só que hoje com a minha filha e a minha mãe (ah, o dinheiro veio do empréstimo que peguei no banco no meio da semana pra pagar 3 meses de contas atrasadas - sobrou um pouquinho, aproveitei pra fazer a alegria da família - afinal, a gente "mora bem e é burguesa", mas não temos grana nem pra ir em casa emprestada na Praia Grande, quanto mais ir pra Bahia ou qualquer outro lugar do país, como a mãe de uns e outros aí que adoram me rotular, mas esquecem de olhar o próprio rabo =D).

O que tenho a dizer e a desejar a todos neste início de 2014 é que, apesar de ter levado uns dias do ano novo pra raciocinar, me inspirar e escrever o que deveria ter escrito no dia 31 de dezembro, hoje a coisa fluiu e, o mais importante e que não pode ser esquecido jamais: DESEJO A VOCÊS, EM DOBRO, TUDO AQUILO QUE ME DESEJAM E VENHAM A DESEJAR. Desta forma, cuidado com o que desejam a mim, porque a lei do retorno é infalível e quem fala a verdade não merece castigo.

Carpe diem!

PS: Este texto era pra ser um post curtinho na Mah Loo rs.

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