quarta-feira, 9 de setembro de 2009

AMARRA NO MOURÃO

Hello party people! The Vengabus is coming... ahahhhaah

Tá, tá, tá... sei que abandonei isto aqui depois de ter viciado no SL, mas é isso: trabalho e SL estão tomando QUASE todo o meu tempo (apesar que quase todo o meu tempo não se refere a "todo meu tempo livre" ahahahah).

Resumidamente... depois do dia do assalto, muita coisa aconteceu: minha Mãe entrou com a rescisão indireta no mesmo dia em que fui numa festa da Sodexo (acompanhando o ser do post "Close to me"), depois disso teve o Mc Dia Feliz e a novela (com o ser do post "Close to me", o filho dele e a minha filha), o recebimento da notificação da ação com um consequente telegrama de "abandono de função" e umas petições protocoladas, uma ida (não minha) ao RJ, a Taboo virando Cabaret e vice versa, a "libertação" da minha mente (e do "resto", já que "todas as noites são iguais: os meninos satisfeitos e as meninas querem mais"), um banho de chuva na volta do trabalho, um stress no trabalho, uma resolução no trabalho e a saída de um "estorvo atravancador" do meu caminho.

Esses são os fatos. Agora, a parte (acho que) interessante da coisa.

Passei nervoso. Com uma inicial "perrrfeita" (assistam "A Princesinha" no Discovery Kids pra saber a entonação correta...rs), não dando brexa pra azar (e nem pra contestação), com todos os documentos possíveis e imagináveis em anexo e, ainda assim, na maior cara de pau, sabendo do pedido de rescisão indireta da minha mãe, as "chatonas" (como diz a Isinha) tiveram a capacidade (ou a falta dela) de tentar configurar uma justa causa por abandono de emprego... PUÁPUÁPUÁ! Faz-me rir! Fiquei puta, mas logo as idéias foram surgindo e em algumas horas, enquanto a "chefona" se internava no Einstein por conta do H1N1, eu protocolava petições na Justiça do Trabalho. E, um dia, quem sabe as pessoas aprendam e entendam que JUSTIÇA DO TRABALHO É COISA SÉRIA e não aquela palhaçada do cível, onde cada um faz o que bem entende e acha que "abafa".

O Cível, pura e simplesmente, e que me perdoem os grandes Juristas, é coisa pra gente que não sabe o que fazer com a inteligência que tem. Dezenas de chances de consertar "burradas processuais" e a juizada aceitando qualquer porcaria de petição. Pelamord! É por isso que a justiça comum não anda!!!!! Enfim, Trabalhista é Trabalhista e quem ACHA que sabe, comete erros que só prejudicam o cliente (tenha o cliente razão ou não!).

Segunda coisa: ODEIO tomar bucha por erro dos outros. Aconteceu isso sexta passada, me rebelei e não fui (já não ia por causa da febre depois da chuva de quinta, mas depois do que ouvi, se eu fosse, estaria desempregada hoje =D). Hoje tudo se consertou. O "errante" saiu do escritório batendo a porta, sem, praticamente, falar "tchau" pros outros. Um tempinho depois, vim a saber que a "batida de porta" era definitiva. Ele não volta mais.

Aquele canto, daquela mesa, no escritório, está "encantado"... melhor dizendo, "mal assombrado". O que sentava lá antes, saiu de lá falando besteira e tudo começou a andar melhor pro chefe. E a saída desse de hoje parece que também vai dar um "alívio" (ou "arranque") nas coisas por lá.

É o que eu digo: quem mexe com o que não deve, acaba mal fadado. Com um chefe e pelo menos duas(mas uma - eu - mais que a outra) funcionárias com uma "linha direta com o Além" os caras não deveriam tirar farinha. É ótimo não ter que pensar, pedir, desejar nem fazer nada de mau, para o mal ou errado contra as pessoas e saber que "tem quem faça" por nós quando estamos certos e justos e vêm tentar nos atrapalhar... ♪ ♫ "Amarra no mourão e segura o touro minha mãe Iansã" ♫ ♪

Por fim, a parte mais "difícil" (o racional vai que é uma beleza, mas quando chega a parte do emocional, poxa, é duro!).

Tudo muito lindo na festa da Sodexo. Comunicação "perrrrfeita" durante a semana. Tudo me levava a crer (depois de toda a espontaneidade virtual, que é exatamente a mesma na real) que as coisas iam começar a caminhar "bem" (neste caso, bem = pra onde eu queria). O Tarot me dizendo que "assumindo esses diversos papéis, com o tempo, você terá muita INfelicidade" e as coisas andando pra um lado completamente oposto dessas palavras... E lá esta o destino se esfregando na minha fuça!

Do nada, aparece um ser circense (literalmente, ela trabalha com isso!) no meu orkut, fuçando (ou TENTANDO fuçar) minha vida e com apenas UM amigo em comum: o ser do post "Close to me". Ah, pqp, viu! Alegria de pobre dura pouco! Claro que eu fucei de volta e, basicamente, soube o que pretendia saber: um obstáculo a ser chutado ou evitado.

No "Mc Sábado Feliz", fui direto ao ponto e questionei. A resposta que obtive foi surpreendente: ele me respondeu com A VERDADE. Nessa hora, pela primeira vez na vida, não soube o que fazer com a verdade e, como sempre, levei uns dias pra "entender bem" a coisa. E, nesse dia, pela primeira vez na vida, SENTI NA PELE O QUE OS CARAS COM QUEM EU SAÍA SENTIAM. Eles perguntavam, eu respondia. Fim. Simples. Todos sabem que sou da política do "quem muito pergunta é porque quer saber" (os virginianos costumam dizer que "quem muito pergunta quer ser enganado"...rs). Que choque que eu dei em vários caras. Quando me diziam que essa minha atitude "assustava", eu taxava os caras de covardes e fim (afinal, se eles não tinham "colhões" - desculpem o termo - pra lidar com a verdade, não o teriam pra ficar comigo). Nesse dia percebi o tamanho da minha "covardia".

Nos dias em que pensei no que fazer em relação à "palhaça" (novinha, imatura, insegura e corna, diga-se de passagem) e ao raparigo, cheguei a uma conclusão sobre meu "susto" com a franqueza dele (eu não era indulgente na época em que minha franqueza assustava os caras... ainda bem que mudei! =D).

De todas as conclusões que tirei, ficou a dúvida entre a tentativa de "inflar meu ego", numa disputa meio desleal (analisadas os prós e contras tanto pra mim, quanto pra "palhaça"), e a desistência. Minha índole não me permite desistir de algo que eu acredite que vá ser bom pra mim (e pra Isa) e, por isso, queria ter encontrado o moço semana passada, pra conversar e poder tomar minha decisão. Porém, no dia da Taboo, ele foi ao RJ pra uma "entrevista de emprego" (achei que era desculpinha, mas era verdade - e mais uma vez percebi que ele realmente é franco - e mais uma vez fiquei triste, mas depois explico o porquê).

Eu estava revoltadíssima por não conseguir o que queria (saber coisas, pra poder raciocinar melhor). Mas, fui la pra balada com a Maldita, revi pessoas, tomei várias, dancei, me diverti, apanhei de uma pirralha ciumenta e nem entendi o porquê - apesar de saber BEM quem era o "pivô da tragédia" - vide flog), voltei pra casa e, no dia seguinte, após passar a ressaca, decidi "DESISTI".

Só que... no dia seguinte, ja tinha desistido de desistir. Mandei uma sms. Sem resposta. Sábado "você" chega em casa e dá sinal de vida sem dizer palavra (quem não conhece os jogos que eu jogo não vai entender essa frase). Domingo, msn. Sem resposta. Segunda, silêncio. Terça, silêncio... até eu ficar sabendo, por terceiros, que "o RJ pode virar de vez".

E AÍ TUDO SE EXPLICOU!!!! Aquarianos (falo com propriedade), quando querem e não devem, fazem de tudo pra fazer o que querem, mas quando querem e NÃO PODEM, ficam amuados, vão se isolando e ficam mudos. Ou seja, preferi, indulgentemente, concluir que, diante dos últimos acontecimentos, da crise emocional da palhaça corna, do pouco (mas não tão raso) contato entre a gente... o que nem tinha começado direito, já era!

E, mais uma vez, eu me pergunto: até que ponto determinadas coisas valem a pena? Comecei a reavaliar as palavras do Tarot, a minha felicidade doméstica, o valor da minha liberdade e o valor das pessoas a quem eu posso, quero ou vou me dedicar. Estou reavaliando meus desejos, meus amores e meus temores. Estou silenciosamente pedindo pela ajuda do meu Braço Esquerdo, do meu Companheiro que sempre me protege e me auxilia e me aconselha. Uma hora dessas eu chego às conclusões que preciso chegar (já sabendo que o "estar apaixonada" não passou nem perto da minha racionalização de emoções desta vez... tenho transformado qualidades e defeitos em equações matemáticas, levando em conta outros fatores como minha felicidade, minha paciência e minha tolerância em relação à infidelidade).

Eu só sei que está na hora de eu "me decidir" entre casar ou comprar uma bicicleta, e que eu sempre repugnei o casamento, mas sei que, daqui 20 anos, ele vai ser um 'mal necessário', quando eu já não estiver mais "com tudo em cima" pra cair na gandaia e quando já tiver criado minha filha.

Primeiro palavrão do post, mas necessário pra fazer funcionar a betaína: decisãozinha FODA! (Se vocês não entenderam nada, me desculpem, mas eu só precisava falar.)

Era isso. Acho...rs

Beijo procês!
PS: Sempre torcendo pro endereço do blog não cair na mão desse cara né! Já pensou o GORILA que eu ia pagar? rs

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

FIQUEI "PASSÈE"

Ois, pessoas!!!
Sábado fui ao escritório de uma Amiga da época da faculdade que é, também (óbvio) advogada, pra ver uns lances de Direito Militar. Foi legal porque terei uns trabalhos extras pra fazer, o que vai aumentar a minha renda (não vou advogar, vou calcular =D). MAS, foi péssimo pelo que aconteceu depois!!!

Saímos de lá correndo, porque o porteiro do prédio (comercial) diz que o prédio fecha ao meio dia (na verdade, fecha às 13h, mas o cara é folgado... e grosso!) e paramos no Giraffa´s pra Paula comprar o lanche que vem com brinquedo pra Isa (estávamos nós três e mais minha Mãe). De repente, enquanto eu pegava a bandeja, vi uma criança agachada atrás da cadeira que estava a bolsa da Paula, parecia estar brincando e achei que acompanhava o rapaz que estava no caixa.

Nessas, parou um bosta de um "cucaracho" (boliviano ou colombiano) ao lado da mesa, perguntando "se a Praça da República era muito longe dali". Minha Mãe começou a responder e, do nada, o filho da puta sai andando. Excomunguei até a última geração do cucaracho (como eu detesto essa gente da América Latrina que fala espanhol!!!), e sentei.

De repente, vejo a Paula no meio do salão gritando que tinham levado a bolsa dela.

PRECISO EXPLICAR??!?!!

O cucaracho, além de ser filho da puta por natureza, foi mais filho da puta ainda por ter enfiado um menor (que não pode ser preso/punido) na ação dissimulada dele!

Ai que ódio! Enfim, passamos o sábado na 1ª DP, ali na rua da Glória. Com a demora no atendimento, acabamos travando conversa com as outras vítimas que ali estavam. Tinha desde gente que simplesmente perdeu documentos pessoais e foi xingado de "ladrão" por um vizinho, até mães cujos filhos desapareceram ou quase foram sequestrados. Horrível. Outro absurdo que ouvi, além da dissimulação cucaracha de que a Paula foi vítima, foi o caso de uma moça que, a pretexto de tirar xérox de documentos pra preencher uma vaga de emprego, teve seu notebook furtado pelo cara que oferecia a vaga.

Fico me perguntando onde foram parar valores como bom caráter, honestidade e boa-fé. Usar uma necessidade humana, como é o trabalho, e uma criança pra cometer crimes... estou, sinceramente, indignada e totalmente inconformada!!!

PIOR DE TUDO: estabelecimentos como o Giraffa´s TEM OBRIGATORIAMENTE que ter câmeras de segurança, pelo menos interna, funcionando e, também, segurança na porta.

TÁ BOM!

Voltamos lá depois da delegacia, pra pedir cópia das imagens, e a gerente tinha colocado um cozinheiro como segurança... mas não conseguiu esconder que a câmera não funcionava!

VTNC!!!! Numa cidade como São Paulo isso é inconcebível! MAS, FODA-SE! Quem não cumpre com seus deveres morais e legais, PAGA EM DINHEIRO!!!! Quem mandou mexer com advogado?!?!?! rs

Inconformismos à parte, era isso que eu tinha a declarar hoje!
Boa semana pra vocês!
Beijo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

CLOSE TO ME

É... existem coisas que eu não descanso enquanto não conseguir. Podem ser boas ou más pra terceiros, mas quando eu "resolvo" que é boa pra mim, eu vou em frente e sigo como um rolo compressor: devagar, sempre e passando por cima do que aparecer na frente pra tentar me atrapalhar.

Faz algum tempo que tenho controlado a compressão quando percebo que posso prejudicar alguém. Até tem sido legal, mas tem me imposto tantos limites que já está me dando no saco hahahahaha

De qualquer forma, faz uns 2 meses, no máximo, que eu resolvi que queria uma coisa. Fiquei imaginando jeitos (simples, complicados, mirabolantes, não importa) de conseguir isso. Claro que eu tinha que dar o primeiro passo. E dei. Dei o segundo passo também e, qual não foi minha surpresa ao perceber que o segundo passo teve como consequência um "atalho" no meu caminho.

Não adianta. Eu ADOOOOROOOOO pessoas espontâneas que não se policiam pra falar as coisas que pensam/sentem. É muito mais simples lidar com pessoas assim, porque tendem a ser mais leais do que as que usam de polidez e "política da boa vizinhança".

Só posso dizer que, ontem, duas ou três SMS me fizeram ganhar o dia e melhorar o humor. Mais um passo, mais um gosto, mais um regalo da alma!!!!

Boa quinta pra vocês, afinal, amanhã já é sexta e nem tá faltando muito pra chegar!
Bjo!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O QUE DEVERIA SER...

Ois! Hoje vou martelar num prego que vive tentando escapar, e não vou me estender, porque, apesar de precisar falar, eu não aguento mais falar. Ou eu falo aqui, ou engulo a seco uma farofa sem jabá.

Há meses estou meio rebelde com a tal pessoa que não me paga os honorários de uns processos em que eu fiz os cálculos (e essa pessoa assinou). Há meses venho tentando achar uma solução razoavelmente pacífica (já que, quando se envolve família nessas coisas, nem sempre as coisas saem "bem" ou "boas" pra todo mundo) e, há meses venho engolindo a tal farofa. Fico com a boca seca, engasgo, mas tento engolir sem dar chilique, pra depois não dizerem que eu cuspi no prato em que comi durante 8 exaustivos anos.

Mês passado, se não me engano, houve uma alegação de que eu seria devedora de uns R$300, PORÉM, nenhum recibo, comprovante, conta feita em papel, etc foi apresentado, demonstrando o valor. Chegou a hora de dar um basta. Fiz acompanhamento de alguns processos novamente e notei que sou credora de R$ 500 (sem debitar esses R$300, já que eles são inexistentes). Apresentei as contas, valores, números de processo, varas, datas de recebimento e tudo o mais e, ÓBVIO, que, até agora, estou sem resposta e sem receber.

Estou cansada. As pessoas julgam que seus próprios problemas são sempre maiores e/ou mais importantes que os dos outros. Tenho consciência que, com boa saúde, posso fazer qualquer coisa e o que for necessário pra tocar minha vida sem desespero, mas isso não me tira o direito (e nem a sensação) de ficar brava por estar sendo lesada. Eu tenho uma filha pequena e dependente. O cara que me deve tem 2 filhos adolescentes e "lunáticos" (graças à "ótima" criação que estão tendo). A casa de "todo mundo" foi reformada e eu ainda não consegui fechar uma parede e abrir uma porta do outro lado do mesmo cômodo ou, sequer, arrumar o "Tigrão" (já que, pra arrumar este, preciso de mais dinheiro do que pra reformar o cômodo... afinal, não é qualquer carrinho por aí que tem dignidade e honra pra receber uma placa preta... cor de placa destinada a carro de colecionador, pra quem não sabe).

Estou fula. Taquicardia, tremedeira e insônia estão, novamente, batendo à minha porta. Dobrei a quantidade de cigarros por dia. Estou arredia novamente e isso me deixa "funicácia" da vida. Passiflorine, chá de melissa e camomila, Ansiodoron... não estão dando resultado. O Pharmaton parece que, ao invés de me deixar ativa pra trabalhar, está colaborando pra eu não conseguir dormir. O pior é saber que tudo isso, e eu não gosto de saber, não depende de nenhuma dessas naturebas que citei pra passar. Depende de mim, mas nessa situação, queria ver quem deixaria passar.

R$500 pode não ser "nada" pra muita gente, mas como cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é, eu sei o quanto isso vale pra mim. Não ganho R$500 da noite pro dia.

E já que a satisfação não foi garantida, quero meu dinheiro de volta.

Fim.

sábado, 8 de agosto de 2009

ONE MORE ADDICTION

Caraca, a coisa anda tão corrida por aqui que não está dando tempo de postar.

Pra resumir, tive 2 meses pra tomar uma decisão importante. Ela foi tomada, porém, agora, estou em compasso de espera pra que algumas outras coisas (que não dependem de mim) se resolvam e eu possa "dar cabo" da decisão que tomei.

Além disso, a quantidade de trabalho que estou tendo é comparável à dos escravos antes da Princesa Isabel. Nem comento...rs

E, pra terminar, arrumei mais um vício (além do cigarro - careta - que me acompanha desde a adolescência). Tal vício chama-se: Sorority Life! É um jogo online, onde você tem que acumular dinheiro virtual, pontos de influência pra passar de nível, energia pra poder organizar eventos e, também, confiança e stamina pra brigar com os demais participantes. Dá pra trocar roupa da bonequinha, comprar "glamour", guardar dinheiro em banco e "slap" na cara de pessoas que deixam a gente em depressão (sim, la, ter depressão é sinônimo de ser destrúída) ou que tiram nossa confiança e dinheiro ganhando nas batalhas.

Quanto mais "sisters" tenho na minha "house", mais fácil fica me defender de quem me ataca e mais garantida é a vitória sobre quem eu ataco. É divertidíssimo "brincar de Melissa Cadore" na internet!...rs

Só sei que, pra poder ter "sisters", meu perfil do Tagged virou uma putaria franciscana. Eu tinha menos de 40 amigos, entre conhecidos e uns carinhas que adicionei "pra fazer graça" e, de quarta pra cá, estou com 280 sisters (por enquanto) e quase 400 contatos no Tagged. Está faltando é tempo pra eu fazer "triagem": dos quase 40 antigos, sobraram uns 15 e dos novos, assim que der, vou deletar quem está interessado nas minhas fotos mas não joga SL (sim, meu Tagged é tão autolimpante quanto meu orkut!! =D)

Era isso. Tá tudo meio "de lado". Quando não trabalho, leio, vejo a novela ou durmo, estou jogando SL...rs... "meio totalmente" inútil, mas é divertido. Pra quem quiser, la vai:

http://www.tagged.com/verokee

Bjometagga!

terça-feira, 28 de julho de 2009

AI, AI, AI...

Caraca, hoje tenho que ser muito rápida e concisa neste post. Tenho menos de 30 minutos pra escrever sem atrapalhar a correria que acontece todas as manhãs (a Isa voltou às aulas e, consequentemente, eu ao trabalho... tenho que correr pra estar com "tudo pronto" às 11h30min rs). Este post tem um motivo que pode ser até "ridículo", mas é um motivo (e, pra mim, um tanto quanto "engraçado").

Estava ontem fazendo as contas: passei 20 dias afastada do meu trabalho no centro da cidade por conta de férias escolares e consultas médicas. No último dia 06, saí de lá com uma sensação meio ruim, porque eu sabia que tinha gente ali sentindo alguma coisa "não boa" a meu respeito. Claro que isso não é novidade, mas eu não estava entendendo bem o porquê. Ontem, tudo se esclareceu.

Por tantos outros posts que já fiz aqui, ficou claro que tenho problemas com "autoridade". Não aceito autoridade de pessoas incompetentes, que mandam sem saber mandar e, pior, sem saber fazer aquilo que estão mandando. Não aceito autoridade de pessoas sem experiências de vida valorosas e, tampouco, de pessoas que não tem um objetivo determinado, a não ser ganhar dinheiro. Raramente, aceito autoridade de pessoas sem cultura ou que não conseguem pensar "à frente". Enfim... pra resumir, eu aceito autoridade de pessoas que saibam mais que eu, que tenham coisas a me ensinar e que tenham real capacidade de se fazerem obedecer, sem precisar espezinhar ninguém.

Foi essa sensação de "autoridade indevida" que eu sentia no começo do mês e foi exatamente essa sensação que se esvaiu ontem. A "autoridade" foi embora por livre e espontânea vontade, alegando que estava trabalhando num "lugar grande" (e, na cabeça da pessoa, "melhor" do que o lugar em que trabalhávamos juntos). Porém, antes de sair, deixou bem claro o seu "desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem" (outrem, no caso, sou eu).

A frase entre aspas é o significado da palavra "inveja", segundo o dicionário Aurélio. A pessoa passou, pelo menos, um mês "falando mal" de mim e distorcendo fatos. Não sei se cheguei a comentar aqui, mas a pessoa saiu de lá dizendo que "eu e ela tivemos desentendimentos". Ram-ram: NÃO HOUVE DESENTENDIMENTO. É, não houve. O que houve foram três situações em que a pessoa agiu de forma incorreta (uma, passando um trabalho pra mim, que tinha sido designado a ela pelo chefe, pra eu fazer e ela ganhar; a segunda quando, sem sequer analisar efetivamente uma coisa que eu tinha feito, jogou um monte de pastas na minha mesa e disse, simplesmente, "está errado, refaça" - tipo, quem é ele pra mandar em mim? - sendo que o trabalho estava certo e quem confirmou isso foi a pessoa mais antiga do escritório; e, a terceira, quando se indignou que, às 16h do dia anterior à minha "não-ida" ao trabalho, veio me questionar a respeito de que tipo de trabalho eu fazia ou deixava de fazer - sendo que, não interessa o trabalho que se faz, mas sim o prazo cumprido).

Enfim, na primeira ocasião, eu tinha visto o chefe passando o trabalho pro cara. O chefe me perguntou o que eu estava fazendo e eu disse "um embargo à execução que fulando me pediu pra fazer pra ele" (e o cara simplesmente havia saído do escritório pra resolver problemas pessoais e largou o embargo com prazo praquele dia). O chefe só disse "ele não tem que te passar trabalho, principalmente um que eu pedi pra ele fazer". Emudeci e continuei fazendo o embargo.

Na segunda, que foi a situação do "está tudo errado, refaça", o lance é: existem alguns modelos de planilhas a serem utilizados para a realização dos cálculos e, quando eu comecei nesse trabalho, todos estavam usando um modelo novo e, o antigo, estava sendo aposentado. Óbvio que o modelo novo é muito mais "simples" de usar (apesar de mais complexo no desenvolvimento das planilhas) e que o modelo antigo é extremamente complicado pra quem está acostumado a trabalhar com planilhas "pá-pum" (que é o meu caso, já que as planilhas que usei durante 8 anos eram e ainda são muito eficazes e simples e que o modelo novo dos caras se assemelha em muito com as minhas). No trabalho que fiz, cheguei no mesmo resultado, por método diferente e, por isso "estava tudo errado". Nesse dia, eu fiquei puta. Depois que uma outra pessoa viu o que eu tinha feito, disse "mas isso aqui está certo, só está diferente", eu disse, numa boa, "viu, fulano, está certo tudo isso aqui, não preciso refazer" e fui, feliz, pegar uma pasta em que eu ia efetivamente ganhar dinheiro pra fazer.

Na terceira, e última, era uma quinta feira, último dia de aula. Cheguei no escritório já exausta e, na pilha de pastas havia 2 contestações de cálculos e 2 embargos à execução. Sei que falar isso pra vocês é a mesma coisa que nada, porque, quem não conhece cálculos, não consegue imaginar a discrepância na complexidade desses dois tipos de trabalho. O que posso dizer é: tudo tinha prazo pro dia 03 e, aquele dia, era dia 02. Peguei uma contestação. Fiz. Quando terminei a primeira contestação, fui pegar a segunda e, quando olho, o infeliz está lá da mesa dele, esticando o pescoço pra olhar O QUE eu estava pegando pra fazer. O caretinha chegou na minha mesa e disse "você não faz embargos não?" eu "faço, quando estou com a cabeça boa". Ele saiu enfezado da minha mesa e, todos no escritório tiveram oportunidade de ouvir. O lance é que eu disse isso de forma calma e com uma expressão facial semelhante à de uma "paisagem". Ou seja, cara de desprezo TOTAL. Não me dei ao trabalho de me "ofender", nem de elevar a voz e nem de dar uma resposta do tipo "cuida da sua vida, infeliz, você tá cheio de problemas e ainda está caçando mais a troco de quê?".

Porém, silenciei.

Passaram-se 24 dias até que, ontem, 25º dia, retornei ao trabalho. Ao chegar lá, vi dois recém saídos da adolescência sentados numa mesma mesa fuçando umas planilhas, um dos outros caras que trabalha lá na mesa do "autoritário" que falei aí em cima e as outras duas colegas sentadas em suas respectivas mesas. Ao ver tudo isso, perguntei ao colega o que estava acontecendo e ele me disse "fulano escolheu o caminho dele. Esses dois estão aqui pra auxiliar nos cálculos, mas o chefe vai te explicar direito" e ficamos conversando lá sobre os 20 dias que tinham se passado.

Nessa conversa, comecei a entender o que o outro estava sentindo: eu pego pastas mais "simples" de serem feitas quando tem muito prazo pra cumprir. Sou ágil na realização correta do trabalho e, quando entrei lá, foi a isso que me propus. Não olho o cliente (uns pagam mais que outros), não olho o tamanho da pasta: olho o serviço a ser feito e o dia que deve ser entregue. O cara que saiu, gostava de pegar "filé", gostava de pegar pastas de clientes que pagam "mais" e isso, nas palavras do que estava sentado no antigo lugar do primeiro.

Depois, na conversa com o chefe, soube que o cara tinha falado UM MONTE de mim. O chefe já tinha me avisado que as pessoas iam "me odiar" lá dentro e, como eu estava lá há apenas 4 dias, não tinha entendido direito, apesar de ter achado engraçado, já que "me odiar" é o que as pessoas mais fazem... ahahahahahah

O chefe "me usou" pra provocar uma melhora de atitude do cara que saiu fora e, em outra ocasião, já tinha me dito que estava descontente com as atitudes dele. Até que, no fim, o cara não aguentou a pressão e pediu pra sair, dizendo que está trabalhando num lugar "melhor". Expliquei ao chefe a história dos "desentendimentos", pois apesar de eu ter ficado puta, o cara se desentendeu sozinho! ahhaha Foda, mas essa foi a conclusão a que eu e o chefe chegamos no final da conversa que, como sempre, aconteceu com muito bom humor e várias risadas. Não tem tempo ruim entre mim e o chefe. Quando eu vou, vou pra trabalhar. Se estou com a cabeça atrapalhada, com problema pessoal que precise ser resolvido e não existe excesso de prazos a cumprir, eu ligo e digo "não vou", e fim.

Não tem registro em carteira, não tem cartão de ponto e não tem nenhuma criança lá, de modo que cada um sabe o que deve e precisa ser feito pra manter o bom andamento do trabalho.

Depois de tudo isso, fiquei maquinando em casa... não existe outra explicação pras atitudes do carinha, além de inveja/ciúme. Foram ridículas as atitudes dele, já que ele tem quase 40 anos e não se espera atitudes de criança de uma pessoa com idade já "avançada" (ahahah). Foi feio, MUITO feio da parte dele.

Ele se enfezou sozinho, se resolveu sozinho e, ao que parece, no escritório as coisas estão mais "encaminhadas". Quem ficou lá não se preocupa com quantas pastas o outro faz e nem com o cliente (= empresa) que enviou a pasta. Quem ficou lá está preocupado em fazer e ganhar por ter feito.

A única coisa que achei meio 'chata', se é que chega a ser chata mesmo, é que uma das moças pareceu chateada pela saída do carinha. Eles trabalharam bastante tempo juntos, já que ela é a mais antiga e ele entrou depois dela. Mas, ela não falou nada pra mim e nem sei se o carinha chegou a falar alguma coisa pra ela a meu respeito, como fez pro chefe e pro nosso outro colega. Sei lá...

Aprendi que os obstáculos desviam de mim quando ajo como agi. Quando respiro e "desprezo", não passo pelos obstáculos. Eles continuam ali, eu "não os vejo" e, mais cedo ou mais tarde, a pedra sai do meu sapato sozinha, sem doer e sem deixar calo. Quem partilha/conhece/entende/acredita nas mesmas coisas que eu, sabe de onde essa "saída pela direita" do carinha veio. E eu percebi, com MUITA nitidez que, ante uma injustiça ou um ato falho de terceiro, terceiro sai da minha frente sem eu perceber e antes que eu passe por cima dele feito trator. Ótimo.

Era isso. Passei 15 minutos do meu tempo pra postar e já estou ficando atrasada...rs

Beijos pra vocês, boa semana.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

FREUD TRATOU CALÍGULA?

Não sei nem por onde começar este post, de tanta coisa que passa pela minha cabeça acerca de somente um assunto. Hoje, logo cedo, vi no Twitter um link pra um artigo que fala sobre uma psicóloga (Rozângela Alves Justino, 44 anos, membro da Salus - Saúde e Salvação/ Rede Cristã de Profissionais de Saúde e da Igreja Presbiteriana Betânia de Niterói (RJ) prestes a ter cassado seu registro profissional por "curar homossexuais da homossexualidade". Fiquei bege!

Todo mundo sabe que tenho amigos "gls" (a outra sigla é muito complicada pra minha mente) e que o que me importa é o SER HUMANO, o caráter, o coração de cada um deles e não pra quem eles "dão ou deixam de dar". De qualquer forma, esses mesmos amigos conhecem minha opinião (ou parte dela) sobre o assunto. Porém, diante da possibilidade de condenação de uma psicóloga por "converter gays em heteros" (o.O), me vi obrigada a repensar, a reavaliar algumas coisas.

Não posso dizer que sou um ser livre de preconceitos. Aliás, na verdade, eu sou um ser cheio de PÓS CONCEITOS. Cada um tem o direito de fazer da sua vida o que bem entende, DESDE QUE não prejudique terceiros com suas ações. Desta forma, o que vale para os gls, vale também para os hetero: NÃO SUPORTO GENTE QUE AGE COM A FINALIDADE DE AGRESSÃO/AUTOAFIRMAÇÃO. Traduzindo em miúdos, acho ridículo viado se pegando na rua e se comportando como puta. Se essa frase é preconceituosa? Não, ela é pós-conceituosa, por uma simples reflexão: se os heteros "se comportam", se pegam em "cantos escuros" ou "entre 4 paredes", por que os gls TÊM que se pegar no meio da rua?

Não falo nada disso em termos religiosos, nem tampouco cientificamente comprovados. Falo como pessoa com liberdade de pensamento e liberdade de expressão, que já conviveu com MUITA gente, de toda classe social, religião, opção sexual, portadores de DSTs gravíssimas, etc. É MUITO FEIO ver duas pessoas praticamente "se comendo" na rua, no shopping ou coisa assim. O que pros heteros se tornou uma coisa "natural" com o passar dos anos, como p.ex., andar de mãos dadas, parece que pros gls isso é uma forma de autoafirmação e aí reside o cerne da questão.

Anos atrás, me lembro que o cantor (e acho que também é deputado, não?) Agnaldo Timóteo chegava a ser rude em suas apresentações na televisão e extremamente grosseiro ao fazer "campanhas pró negros" e xingar os brancos por terem nascido brancos. Era isso que ele demonstrava e, por fim, não só a mim como a outras pessoas com quem convivi e convivo, que a necessidade de "autoafirmação" dele, os altos brados sobre "ter orgulho de ser negro", etc, só demonstravam que, no fundo, ELE MESMO TINHA PRECONCEITO! Ele mesmo não suportava ser negro e, sofrendo (pouco se for ver bem) as consequências de todo um "desenvolvimento" sóciocultural, culpava a geração de brancos contemporânea dele de terem nascido brancos. (Será que me fiz entender? Não queria falar "curto e grosso" pra não ser grosseira como ele, mas às vezes, é a melhor forma de se fazer entender rs). Ser branco, negro, japa ou índio, ou turco, ou árabe, ou russo é uma questão de genética e de localização no globo terrestre. Ou você se aceita como nasceu, ou você se odeia pro resto da vida. Fim.

Falei do Timóteo por conta do antigo comportamento público dele (que deixei de acompanhar há muitos anos, porque estava começando a ficar com raiva de tanta idiotice) e que, atualmente, atinge, meio que num "inconsciente coletivo", grande parte dos gls. Os heteros cagam e andam pro que eles fazem e, ao invés de viverem, muitos deles ainda sentem a necessidade de "jogar na cara" da sociedade as "perversões" das quais são afeitos. E, notem que, ser g, l ou s, não é perversão. A perversão a que me refiro é, simplesmente, "jogar na cara dos outros o que se faria num motel" ou qualquer lugar parecido. ISSO É REALMENTE NECESSÁRIO PARA QUE UM GAY SEJA RESPEITADO?

Acho que muito pelo contrário. Quanto mais os gls recalcados agridem a sociedade, menos respeito vão ter (era isso que eu queria falar a respeito do Timóteo - soube de muitos negros que não toleravam o comportamento agressivo dele). Enfim, sabe-se que a sociedade está em fase de transição e que nem todas as pessoas têm habilidade pra lidar com as mudanças, na velocidade em que acontecem. Será mesmo que um velhinho de 90 anos tem OBRIGAÇÃO de assistir a atos libidinosos em locais públicos (sejam eles entre sexos opostos ou não)?

Além disso, leve-se em conta a biologia. A mulher foi feita côncava, o homem, convexo. O corpo humano tem "portas" de entrada e de saída, como qualquer edifício bem planejado. A natureza biológica do ser humano é heterossexual (por mais que sua natureza psicológica seja - ou não - bissexual). Dois homens ou duas mulheres não podem dar continuidade à raça humana (o que, talvez, fosse um benefício pro planeta rs), digo, naturalmente, porque podem procurar doadores anônimos pra implantação de óvulos fecundados, praticar ilegalmente o aluguel de barrigas ou, ainda, tentar a adoção de menores sem família, como qualquer heterossexual (NOSSA, QUE COISA! EXISTE IGUALDADE DE DIREITOS!... Mas nem todos percebem ou estão satisfeitos com isso.)

De qualquer forma, existem gls que são infelizes por serem gls. Isso é fato. Existem gls que, se conseguissem ou pudessem, de alguma forma, aderir psicológica e emocionalmente à sua natureza biológica o fariam, com o maior prazer (e, sabe-se, que a convicção de muitos outros gls meio que "reprime" esse tipo de pensamento, pra que "o movimento ganhe força"). Caraca, tem gay que é gay porque nunca "se viu de outra forma, desde que se entende por gente"; tem gay que é gay por "safadeza" (porque gosta da bagaça, admite e se diverte com isso); tem gay que é gay por modismo (ou vão me dizer que não está na moda "ser diferente"? - mesmo porque góticos, metaleiros, punks, etc são coisas do passado, ahn?)... QUE MAL TEM DEIXAR AS PESSOAS SEREM COMO QUEREM SER?...

E, QUE MAL TEM EM RESPEITAR QUEM NÃO PARTILHA DA MESMA OPINIÃO? É feio esfregar na cara dos outros costumes que, por religião, por opção, por preconceito, em razão da idade avançada, da dificuldade em adaptação pelas mudanças sociais, dos valores, etc, não fazem parte do cotidiano dessas pessoas? Ninguém chega na casa de outro, NEM NA RUA, impondo que segunda é dia de feijão e terça é dia de macarrão. É assim simples.

No dia da parada gay, TIVE que sair de casa pra ir até o escritório. Não havia espaço livre nas ruas em volta da minha casa pra andar. Passei com a minha mãe (de 60 anos) e com a minha filha (de 6 anos) em meio a um monte de vaca rebolando seminua em cima de carros e mesas de bar e de bicha se pegando e enfiando a mão dentro da calça do outro. Situação desnecessária. A parada tem transformado as ruas do meu bairro em um bordel a céu aberto. Isso é preconceito? NÃO, NÃO É! É uma questão de decoro. Minha filha mal sabe diferenciar "masculino" e "feminino" na gramática e sinceramente não precisa ter "lições contrárias à biologia" nessa idade. As pessoas não têm decoro e EXIGEM um respeito que elas mesmas não se dão. As pessoas confundem os vários tipos de liberdade que têm com libertinagem (ou opção de vida com putaria). Sorte que a pequena estava tão aflita com aquele amontoado de adultos que não ficou prestando atenção nos "detalhes" (óbvio que perguntei quando chegamos em casa se ela tinha visto e o que tinha visto... ela tem direito a uma explicação razoável sobre o que estava acontecendo aquele dia em volta da casa dela). Aquele dia fiquei muito puta com o que vi, com a mudança "involutiva" do comportamento das pessoas na parada. ("São os tempos da Kalyuga" ahahahaha - Kalyuga, em um de seus três conceitos, significa "a era da morte" e, em outro, "a era dos problemas e conflitos").

Mas, o que eu quero dizer agora, tem a ver com a tal Rozângela. Há 10 anos foi proibido aos psicólogos tratarem homossexualismo como doença. Aliás, foi proibida a teoria de que homossexualismo é doença. Sendo assim, param os estudos bioquímicos, biofísicos, psiquiátricos, etc, a fim de comprovar cientificamente ou descartar a hipótese do homossexualismo ser uma doença. Grande prejuízo, ao meu ver, pra ciência e até mesmo pra sociedade. Por quê? Da mesma forma que alguém pode optar por se tratar ou não de uma gripe, uma pneumonia ou até mesmo pra conter a progressão geométrica orgânica realizada pelo HIV, as pessoas poderiam ter a opção de serem ou não homossexuais, clinicamente falando. Todo mundo discute, alguns proíbem e muitos saem prejudicados. Como eu disse, nem todo gls ama ser ou quer ser gls. Se a ciência prova que é doença, quem quer se tratar, se trata. Quem não quer, não se trata. Não é assim que a Constituição nos garante a liberdade? De fazer desde que não seja crime, de pensar, de falar/escrever, de agir, de ir e vir e até mesmo de NÃO FAZER?...

A tal psicóloga, sob meu ponto de vista, cometeu um erro horrendo em suas afirmações e na forma de tratamento: primeiro, meteu religião no meio (quem não quer ser gls já tem um monte de culpas, complexos ou outros sentimentos "não-bons" dentro de si... precisa MESMO enfiar na cabeça do cara que ele é um pecador sem perdão?) e, segundo, porque acaba freudianamente afirmando que gls é doença adquirida através de abusos na infância. Ela restringiu DEMAIS seu campo de atuação. Que porra de psicóloga que "já sabe o que o cara tem" antes de ouvi-lo profundamente e com atenção, buscando a melhor forma de ajudá-lo e a real causa dos problemas que o cara DESEJA tratar. Não creio que ela deva ter seu registro cassado por querer tratar pessoas que não querem mais ser como são. Esse é o trabalho do psicólogo desde que a psicologia existe, caraca! Ela deveria, sim, ter seu registro cassado por ser tão limitada em sua visão sobre as causas da "doença" que ela afirma curar.

Li um depoimento de uma moça que afirmou ter sido infeliz enquanto se tratou com a tal Rozângela e REPRIMIU sua homossexualidade, e que tudo o que aconteceu nada mais foi do que AUTOCONTROLE.

ORA! Não é assim que vivemos todos? Com AUTOCONTROLE? Não é assim que deixamos de matar pessoas a torto e a direito? Não é através do autocontrole que nos tornamos pessoas amáveis ou desagradáveis? Se uma paciente afirma que a "cura" é o autocontrole, ÓTIMO! Deram a chave pra porta de saída, a quem quiser sair. Sexo vicia tanto quanto droga. Se o lance todo é "sair do sexo", controla o pinto dentro da calça e a perna fechada que tudo se resolve! E, isso, vale pra ambas as "vertentes", homo ou hetero.

MAIS UMA VEZ, EXISTE IGUALDADE... desta vez, de "tratamento". Se tudo é uma questão restrita ao autocontrole de impulsos sexuais, heteros e homos estão em pé de igualdade! (Pra que tanta necessidade de autoafirmação?) Distúrbios sexuais atingem o ser humano, independente do que ele goste de fazer "na prática".

Os evangélicos estão querendo dominar o mundo com suas teses furadas e, muitas vezes, CONTRÁRIAS ao texto constante da Bíblia que afirmam seguir ao pé da letra. Eles podem seguir, mas precisavam entender que NÃO SÃO O CARA que ensinou tudo aquilo (mesmo porque, se fossem o Cara, jogariam por terra, ainda, a tese da ressurreição =D). Uma pena que as pessoas misturem trabalho e religião (já que psicologia não é monastério) dessa forma e compliquem mais ainda a vida de quem já a tem bem complicada.

Amo meus amigos gls. Adoro os gls no geral (sempre me divirto muito com eles, com as conversas inteligentes - que a grande maioria dos heteros não têm conseguido ter comigo, com as zueiras sem culpa e com o fato de que, olhando nos meus olhos, eles sabem que não desprezo nenhum deles... a não ser os que são seres humanos medíocres e não simplesmente, gays).

Com tudo o que tenho ouvido, lido, percebido, observado... a Filosofia Clínica dá de mil na Psicologia e, ao invés de curar homossexuais, pode, simplesmente, ensinar o cara a pensar como um ser humano digno, decente, responsável, independente da sua opção sexual. Nem todas as pessoas têm o "autocontrole" necessário pra respeitar as opções dos outros, mas a Filosofia Clínica pode ensinar isso também (já que a Psicologia adora dizer que 'as respostas estão dentro da gente' ou que 'é culpa dos nossos pais', mas não agem efetivamente a fim de nos ensinar a nos aceitar ou nos disciplinar diante das coisas da vida, de dar opções plausíveis de atuação, etc - a Psicologia tem muita teoria não aplicada).

Acho que hoje ficou looooongo o texto, bem ao contrário do meu pavio.
Se algo ficou obscuro, manifestem-se que eu explico meus pós conceitos de outra forma.

Bjometwitta.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

HOJE SIM!

Ontem eu estava com a cabeça cheia de idéias pra escrever aqui. Poderia ter feito, pelo menos, uns três textos bem longos pra publicar, mas, seguindo adiante com determinadas mudanças, controlei um instinto meio selvagem, me calei e hoje, depois de uma noite razoavelmente bem dormida, posso escrever sobre OUTRAS coisas =D.

Levei a pequena à dentista e, saindo de lá, fomos comprar presente de Dia das Avós. É, vocês sabiam que está chegando? No próximo domingo, dia 26 de julho, é dia de Sant´Anna (Nanã) e "coincidentemente" é dia das avós. Até a Isa nascer, minha preocupação com o dia das avós era ínfima: se eu lembrasse, comprava alguma coisinha pra minha Nona (ainda mais pelo fato dela ser filha de Nanã), mas nunca esse dia foi "religiosamente lembrado" todos os anos. Depois do nascimento da Isa, esse dia me vem à lembrança todos os anos, pelo simples fato de que, apesar de continuar sendo minha Mãe, agora, minha Mãe tem outro status, o de "avó da minha filha", de modo que comemorar o Dia das Mães, pura e simplesmente, como a maior parte das pessoas faz, perde metade do sentido, já que a "figura materna" quem representa aqui em casa, sou eu.

Então, este ano, fiquei pensando o que poderia dar a ela de presente. No final de semana que passou, falamos sobre o Dia das Avós e notei que ela falou sobre isso com um brilho "diferente" no olhar, apesar de termos somente tentado ter certeza se era dia 26 ou dia 28 que se comemorava. Estava mais do que na cara que, se ela ganhasse o tal "presente de avó" ela ficaria feliz da vida, mas demonstrou não "se iludir" a respeito disso.

Fiquei imaginando como eu me sentiria de "ser lembrada num dia só meu" o dia que for avó. Notem que, percebi nela essas coisas ESTE ANO, apesar de ter sempre feito com que a Isa e ela "comemorassem" esse dia de uma forma ou de outra nos anos anteriores. Então, sabendo que ela gosta MUITO de perfumes, bolsas e livros (principalmente livros), fiquei pensando se dava um perfume que ela havia gostado numa loja umas semanas atrás (já levei minha Mãe na tal loja pensando no Dia das Avós, afinal, eu não dou ponto sem nó =D) ou se daria os livros que ela tanto quer, há mais de 10 anos e NUNCA encontramos o primeiro volume. Descartei a bolsa, porque dei uma de dia das mães pra ela. Pensei ainda se me endividava um pouco mais e ia em alguma loja dessas que vende de tudo pra comprar um note pra ela... mas achei que o note ia ser sacanagem, pois seria presente de grego, já que eu usaria MUITO mais que ela! rs

Enfim, eu e a Isa saímos da dentista e propus que fôssemos à Livraria Cultura, no Conjunto Nacional. Fica a três quadras da minha casa e, além disso, me proporcionaria um belo "passeio" pela Augusta, pra olhar vitrines e cobiçar mais coisas fúteis, apesar de nem tanto desnecessárias ("mulheres"! ahahah). Subimos a Augusta, eu e a Isa, olhando todas as lojas de sapato possíveis. Achei uma bota LINDA, ideal, praticamente do jeito que eu quero (queria com o salto uns dois dedos mais alto, mas com essa moda "hipismo", não acho nem a pau, a não ser que tenha aquele bico de matar barata no canto - só que dessas, eu tenho e não quero outra! =D). Enfim, bota linda com preço tentador, entrei na loja e... NÃO TINHA MEU NÚMERO! Apa(putaquelamierda) viu!

Tudo corroborava para que eu me ativesse ao presente de Dia das Avós. Eu sei que os céus sempre "me ajudam" na hora de fazer agrados pra minha Mãe e pra Isa. Sendo assim, bati o olho em mais uma loja (que tinha outra bota no estilo "ideal" apesar de não tão lindíssima quanto a primeira) e fui direto pra Cultura, pra não ficar mais tentada e acabar cedendo ao que não deveria (livre arbítrio rules!)

Chegando na Cultura (morrendo de calor, porque, antes de eu sair de casa, minha Mãe me disse que estava frio e eu acreditei rs), fui direto na seção de literatura estrangeira. Óbvio que, como sempre, me perdi e não consegui achar a Anne Rice lá no meio. Desde quando fizeram a megastore, cada hora eles colocam a Anne Rice num canto e eu NUNCA sou capaz de achar sozinha (mesmo porque, sempre tem "alguma coisa" no meio do caminho que me chama BEM a atenção e eu acabo dispersando da busca rs).

Foi então que um vendedor (que eu achei que era cliente, já que não usava camiseta verde água e nem crachá - ele estava em treinamento, ao que parece), muito solícito e simpático perguntou se eu precisava de alguma coisa. Claro que eu precisava. Precisava achar a Anne Rice e, mais ainda, o volume 1 de "A Hora das Bruxas". Parece incrível mas, todas as vezes que eu e/ou minha Mãe saímos pra comprar o tal livro, o volume 1 desaparece de toda e qualquer livraria e há anos estamos nos "frustrando" por ter "só" a coleção completa dos vampiros, mas não ter podido começar a coleção das bruxas (é... não adianta ler um livro da Anne Rice sem ter lido os anteriores: dá pra se perder, se confundir e fica completamente desinteressante por "perder o sentido" algumas e não raras vezes).

Então, chegando à prateleira, qual não foi a minha surpresa ao ver tão somente o volume DOIS. Cacete viu! Fiquei pra morrer. Mesmo acreditando que a resposta seria "está esgotado ainda", perguntei ao vendedor se não haveria, "perdido em alguma Cultura" o volume 1. Ele foi lá no computador deles verificar, e eu lá, folheando a viagem de Cristo pra Caná (da mesma autora, que mudou drasticamente de estilo). Quando ele estava voltando (acompanhado de um vendedor "oficial") e eu colocando o livro de volta na prateleira, passei os olhos na prateleira de baixo, só pra ver que autor tinha e, o que eu vejo? O VOLUME UM!

Em um pulo e uma esticada de braços, me agarrei ao livro como se estivesse sendo assaltada! ahahahah E já desatei a rir, junto com a Isa e os vendedores. Então um deles disse "ah, o computador acusou que tinha um e eu estava achando muito estranho não estar no lugar". Nota-se que os clientes são totalmente desorganizados né! Custava ter colocado na prateleira certa? ahahahah

Aí, como boa desligada que sou e sempre esqueço que tem leitores de código de barra espalhados pela loja toda, perguntei a eles se sabiam o preço dos volumes. Assim que perguntei, lembrei da maquininha e fiquei esperando a mesma resposta de sempre "você pode verificar ali no leitor". Mas não, o vendedor foi lá e viu os preços pra mim. ADOREI a disposição e a cordialidade (que não acontece com todos os vendedores da Cultura e quem frequenta sabe BEM como funciona rs). Então, ficamos lá, os quatro, na frente do leitor, conversando sobre Anne Rice, os vampiros, as histórias... e eu tentando resolver se trazia um, os dois ou nenhum livro (já que, 10 anos atrás eles custavam por volta de R$40, R$45 e, hoje, custa R$60 cada volume)... Não ia perder a oportunidade de voltar com o volume 1 pra casa né? Passei muito tempo procurando pra, de repente, achar e deixar lá pra outra pessoa (que provavelmente nem gosta tanto de Anne Rice) comprar e encostar o livro (ou, pior, mandar pra um sebo! ahaha).

E, por incrível que pareça, o vendedor "oficial" estava realmente disposto! Me acompanhou até o caixa ainda por cima! ahhaha Cometi um auto-furto! Peguei os 2 volumes mas, na hora, estava mais feliz por ter encontrado o volume 1 do que pensando em como vou fazer pra pagar a fatura do cartão! ("mulheres"! ahahah)

Liguei pra "véia" e disse que estaríamos lá, esperando por ela, lendo no dinossauro. Uma hora depois, ela chega, com uma cara desanimada que eu sei muito bem o que significava: é PÉSSIMO pra uma rata de livraria entrar na Cultura e não pegar nenhum livro pra trazer pra casa!... Mal sabia ela. A Isa, mais ansiosa do que a própria adrenalina, já foi logo cumprindo o combinado e pegando na sacola o pacote que tinha "I" na etiqueta (o II ficara reservado pro próprio dia 26).

GANHEI MEU DIA!

Se vocês tivessem tido a oportunidade de ver o olhar da minha Mãe e o sorrisão, por estar ganhando um livro, vocês também ganhariam seus dias! E, dobrariam o "valor do ganho" se tivessem visto a multiplicação do brilho do olho e do tamanho do sorriso ao ver que era o volume 1 de "A Hora das Bruxas". Há MUITO tempo não via minha mãe tão feliz com um presente! Logo ela veio perguntando o que tinha na sacola e eu disse "é meu esse" mas não contei qual livro era.

Chegando em casa e vendo o entusiasmo dela em ler a contracapa e as "abas" das capas do volume 1, perguntei à Isa se devíamos dar o volume 2 ontem também. Claro que, como boa criança, ela quis dar ontem. Já havia escrito uma dedicatória na primeira folha do volume 1, imagina se ia conseguir esperar e guardar segredo do volume 2 até o domingo?!?!!? rs

Demos o segundo e, putz! Foi animal! Só faltou minha mãe pular e bater palma, como criança que ganha o brinquedo que queria! Depois disso, ela ficou lá, sentada no sofá, enquanto víamos a novela, com os livros no colo e toda hora perguntando "onde vamos colocar? não tem mais espaço na estante" hahahahah E eu dizendo que reservaria uma prateleira inteira só pra Anne Rice.

Foi MUITO legal! Fico feliz quando minha Mãe e a Isa ficam com aquele ar de "realização", de felicidade emanando delas como luz. E, agora, já sei o que fazer em dias que estiver muito brava, como ontem: vou terminar meu dia na Livraria Cultura =], nem que seja pra sentar ao lado do dinossauro e ficar ouvindo os comentários das crianças a respeito dos livros que estão "lendo" (folheando pra ver as figuras, normalmente, né! hahahaha)

Enfim, quem tem avós sabe o quanto isso pode ser bom (ou ruim). Pra quem tem e percebe o lado bom, aproveita dia 26 pra fazer um agrado pra velhinha! E, se não tem avó, não faz mal! Vá à Cultura e termine seu dia com alegria!

Bjometwitta!

terça-feira, 21 de julho de 2009

V FOR VENDETTA

Estava demorando, eu sei! Apesar de todo o meu trabalho mental e emocional, ainda não consegui me libertar da sensação de "realização" quando algo dá errado pra alguém que tenta me ferrar. Antes, eu provocava a situação. Hoje, espero sentada num belo e confortável camarote, até que o balde seja chutado, a lona caia e o circo pegue fogo. Não atuo, aguardo. (Isso me livra de muito karma negativo, sabe? rs)

Porém, quando o mundo de alguém "prejudicial à minha saúde" racha, desmorona ou se abala, não consigo evitar a sensação de "borboletas no estômago". Sei que é feio, sei que eu deveria ser uma pessoa melhor e superior a isso, mas ainda não estou nesse alto nível de purificação! (Quando estiver, farei xixi em vidrinhos e VENDEREI como água benta, ta? Aviso quando iniciar tal projeto! hahahaha)

Na gestação de um ser humano, o ciclo é de 9 meses. Para a numerologia, os ciclos vitais intermediários ("pináculos") também são de 9 (anos). Aliás, na numerologia, todos os ciclos findam em 9 (horas, dias, meses e anos), conforme a situação. Desta vez, foram 9 meses. Nove meses achando que nada ia acontecer, que eu realmente tinha "pisado na bola" e que as outras pessoas envolvidas não mereciam "reprimendas".

Tenho consciência que quando fazemos algo errado, temos nosso preço a pagar. Também tenho consciência que raramente nos é dado o conhecimento dos reais pensamentos de outras pessoas (não raro, eu gostaria de ser um neurônio dentro da cabeça de alguns, pra confirmar ou deixar cair por terra minhas impressões sobre o caráter deles). MAS, também tenho consciência de que algumas pessoas, por mais que tentem, simplesmente NÃO CONSEGUEM disfarçar sentimentos ante determinados acontecimentos (meu teclado está me irritando hoje!), por mais dissimuladas que possam ser, ou efetivamente o sejam, ou por menos que os outros percebam essa dissimulação. O grande lance é que mais de 25 anos de convivência fazem com que a gente "pegue as coisas no ar". (Sem citar nomes, já que diante do período declarado, creio não ser necessário.)

Duas pessoas "provocaram" uma falsa derrocada minha. Enquanto elas se ocupavam de proferir despaltérios a meu respeito (distorcendo a verdade, mentindo e omitindo), tentei me ocupar em viver minha vida (apesar de destilar algum veneno sobre isso de vez em quando! rs). Na visão de alguns, os 4 meses que se seguiram a essa "mixórdia", eu me "ferrei", "paguei meu preço". Porém, como nem todos conhecem o que efetivamente se passava pela minha cabeça, o jeito foi RIR!... Passei 4 meses atrás de informações que eram meu objetivo. Quando as obtive, finalizei o processo (e não venham me dizer que "brinquei com sentimentos alheios" porque eu não brinquei com nada - existem pessoas que adoram a posição de vítimas do destino e se mostram vulneráveis, mas que são extremamente ocas... ou cheias de egoísmo e complexos).

As duas pessoas citadas ao certo souberam do fim do processo e, diante das inúmeras demonstrações de mediocridade mental, concluo que me julgaram arrebatada, infeliz ou coisa que o valha (digo isso porque uma delas SEMPRE dá a entender que me acompanha como novela e não consegue esconder de mim o que sabe, mesmo tentando... e, a outra, só é maria vai com as outras) e foi aí que minha "vendetta" teve início.

Eu AMO fazer as pessoas de idiotas quando elas pedem! (Quando pedem, é proposital - quando não pedem, procuro agir com ética e, quando falho, é sem intenção.) Com isso, continuei vivendo minha vida. Vocês leram nos outros posts deste ano, quando falei sobre paz interior e felicidade duradoura. Devo ter falado, também, sobre serenidade e confiança (se não falei, pensei... e este não é o momento apropriado pra partilhar tais pensamentos). Todos vivem altos e baixos e, quando se é feliz, os baixos são mais altos do que os baixos dos que tentam ou fingem ser felizes.

Passei anos da minha vida tentando retornar a um determinado estado de espírito e, aos poucos, fui obtendo o que queria. Anos atrás, algumas pessoas me diziam "ou você é boba ou é rica, porque ri demais". Minha essência é de riso fácil, porém, engoli o riso por muito tempo, pra "parar de ser boba" (já que rica, de verdade, nunca fui, apesar de ter vivido como princesa nos primeiros 22 anos da minha vida).

Que falta me fizeram as risadas sem motivo!

Busquei por elas e as tenho novamente! Também queria voltar a ser chorona. Passei 11 anos da minha vida chorando por apenas 2 motivos: saudades do meu Pai e raiva. Nada mais me motivava a abrir as torneirinhas oculares. Sempre ouvi dizer que as lágrimas lavam os olhos e a alma, e eu deixava que fluíssem. Por um tempo, acreditei que "lágrimas em vão" eram demonstrações de fraquezas humanas que eu possuía e, quase sempre, "engolia". Aprendi, durante todo meu processo de "revolução interior" que, ou eu voltava a chorar e aprendia a ser magoada novamente (ao invés de ser sempre "ofendida"), ou me tornaria um ser amargo (como algumas pessoas cujo caráter eu abomino), pois era a amargura o "fim do meu túnel". Atualmente, lavo os olhos e a alma por qualquer coisa e, interesse ou não, minha sensibilidade está mais aflorada (pobres os que não aproveitaram dessa sensibilidade tempos atrás, que eu fazia questão de restringir ao máximo!).

Rindo e chorando, estou reaprendendo a ser eu. Revi diversos conceitos, valores e princípios. Me reconheci e, com isso, consegui deixar de lado os sentimentos e as sensações que não faziam parte de mim na minha "melhor fase" como ser humano. Mas, como não sou Deus pra "estalar os dedos" e fazer acontecer de imediato, existem coisas ruins que ainda persistem, como o sentimento de vingança.

Quem me conheceu e conviveu comigo nos últimos 12 anos (ou parte deles) já me conheceu vingativa. Já me conheceu sendo "malvadinha" e fazendo tudo o que me era possível pra colocar pessoas "desagradáveis" em seus devidos lugares. Não teve o prazer de conhecer a Veri que se magoava e "deixava passar" as coisas ruins que lhe faziam. Porém, ela está de volta.

Se eu sinto raiva e quero me vingar de algumas coisas? Sim. Ainda sinto e ainda quero. Mas por períodos mais curtos e com menos intensidade. Minha alma ficou viciada nessas coisas, infelizmente. Mas, não existe clínica de desintoxicação de raiva e vingança, e isso tem que sair de mim, de dentro pra fora (o "de fora pra dentro" que eu andei aplicando "contra" mim mesma deu certo pra outras coisas, mas não pra isso).

Só sei que, com e apesar de tudo isso, minha inteligência não foi alterada. Aliás, se o QI diz alguma coisa, ele progrediu (está em 179 atualmente). Assim, eu ando "pescando" mais coisas que antes, e pesquei o início de duas "derrotas" (aparentemente). Claro que me satisfaz ter conhecimento disso, mas não me motiva a colaborar com as quedas. Como disse, estou no meu camarote, confortavelmente instalada, assistindo, apenas, como se fosse um filme, com o qual a gente se apaixona por ou odeia um personagem mas, quando acaba, a gente esquece a sensação.

E, também sei que essa "indiferença" a que tenho me dado o direito de usufruir, incomoda uma das "decadentes" (se é que não incomoda as duas). Algumas pessoas se deram maior importância do que realmente tinham na minha vida (talvez eu mesma as tenha dado maior importância do que realmente mereciam) e, como grande parte dos seres humanos não compreendem como eu posso ter me desapegado com tanta facilidade. Sinto muito não mais inflar ego de pessoas sem caráter e sem conhecimento, sequer teórico, do verdadeiro sentido da palavra "lealdade".

Um tempo atrás eu disse que temos que ser inteligentes e espertos o bastante pra reconhecer a felicidade quando ela entra em nossas vidas. Eu reconheci e ela está aqui, me acompanhando fielmente no dia a dia. Em alguns momentos, ela se cala, como um bom amigo que sabe não ser a melhor hora pra se manifestar, mas que se faz sempre presente, de um jeito ou de outro.

Feliz, confiante, serena, rindo e chorando, seguindo em frente... e cativante! (ahahaha... incorporei a palavra!) Minhas sinceras condolências aos pobres de coração e fracos de caráter.

PS: Poderia escrever MUITO mais sobre as quedas e a sensação de realização, mas quero não pensar mais nisso.

domingo, 19 de julho de 2009

MANIPULADORA, EU?!?!

Dentre tantas outras "qualidades" que foram a mim imputadas ao longo da minha existência (nossa, que poética! hahaha), como "cruel", "nervosa", "brava", "radical", "inflexível", "egocêntrica", etc, etc, etc, já me disseram, também, que sou manipuladora.

Há alguns anos, quando comecei a estudar e comparar religiões, aprendi (com o Buddhismo, se não me falha a memória - ainda seletiva) que para que as coisas aconteçam na nossa vida temos que CRIAR CONDIÇÕES. Ou seja, ou você faz por merecer o que quer, ou pode tirar o cavalinho da chuva porque, a cada passo é um tropeço (até a hora que você acaba caindo de vez). Isso não quer dizer que "criar condições" signifique passar por cima das pessoas feito trator, nem ser desonesto, nem nada disso. Sabe-se que a "lei do retorno" é infalível MESMO, até para aqueles que não acreditam ou se acham "imunes" a ela, bem como a "lei da afinidade" e a, agora famosa, lei da atração.

Muitos anos antes de toda essa "abertura religiosa" (pelo menos no Brasil, já que, até os anos 80, se você dissesse que era espírita, você era considerado herege, amigo do Demo ou qualquer coisa assim - e, se dissesse que era umbandista, então, piorava!), havia uma frase que já era mundialmente conhecida e trata exatamente dessas três leis, sem qualquer cunho religioso: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" (Antoine de Saint-Exupéry em "O Pequeno Príncipe").

Religiosamente falando ou não, porque isso realmente não importa, Buddha e o francês aí em cima (que nasceu 50 anos após a "fundação" do Kardecismo, religião cristã que explica as 3 leis que eu citei com muita clareza) têm coisas em comum, não acham?

Se eu me torno eternamente responsável por aquilo que cativo, significa que para cativar (atrair) qualquer coisa ou pessoa preciso criar condições para que essa atração ocorra. Se não houver afinidade entre o meu desejo e seu objeto, claramente as condições serão criadas de forma incorreta ou, na melhor das hipóteses, não serão criadas, por mais que eu me empenhe.

Agora, me digam: criar condições favoráveis à atração entre coisas/pessoas afins me torna manipuladora!?!?! Creio que o nome mais correto para a qualidade seja CATIVANTE. Não manipulo nada nem ninguém, apenas persigo condições benéficas, e atualmente, sempre verificando a compatibilidade das coisas/pessoas para que os efeitos da lei do retorno também sejam favoráveis (afinal, quão desagradável não é ver o feitiço virar contra o próprio feiticeiro não? rs).

Tudo isso veio à minha mente em razão de uma ação praticada: acordei cedo demais, em pleno domingo, para ir ao escritório do meu avô buscar trabalho sem correr o risco de encontrar o sócio dele, que parece amar passar o tempo na frente do computador de lá ao invés de ficar com a família. Criei as condições. Fui em um horário em que ele, provavelmente, não estaria, a não ser se algum advogado estivesse à beira da morte profissional caso não tivesse um cálculo pronto até amanhã lá pelas 8h.

Isso não é manipulação. Criar condições de expor meus pensamentos de forma convincente não pode ser considerada uma ação manipuladora. Nasci com um poder de persuasão razoável e, com todo o direito e razoável destreza que eu tenho, uso desse poder em meu favor quando necessário e imprescindível (existem situações em que prefiro calar a prolongar um sofrimento auditivo ouvindo merda! =D - crio condições favoráveis, também, ao bom uso do meu tempo!).

Também não pode ser considerada manipulação uma atitude que me leve a obter o que desejo. Se o que eu quero é bom pra mim e não vai prejudicar ninguém, não tem razão para que eu não aja de forma a atingir meu objetivo. Crio condições, me afino com pessoas e atraio "energias" que condigam com o que quero.

Não me desfaço de ninguém, mas observo em que, quando, como e porquê cada um pode ser útil na minha vida. Cada uma das pessoas que me cercam têm seu espaço e seus momentos de maior ou menor presença e, na vida de todo mundo é assim. É a velha história das pessoas que permanecem "por uma estação" ou "pra vida inteira". Não manipulo ninguém. As pessoas são livres para irem e virem quando quiserem e julgarem conveniente pra elas, mas de acordo com a lei do retorno, eu não "tenho" que aceitar as idas e vindas de ninguém na hora que ELAS acham que é boa, conveniente, etc... Da mesma forma as pessoas agem com terceiros. Então, se eu sou manipuladora por abrir maior ou menor espaço pra alguém, todo mundo é! Mas nem todo mundo é cativante, nem todo mundo quer e/ou busca coisas genuinamente boas (tudo bem que determinados valores estão invertidos, deturpados, arrasados e "fora de moda", mas isso é outra questão).

De tudo isso e tendo concluído acima que sou uma pessoa CATIVANTE, acho que ganhei meu domingo nublado! (Ia terminar meu domingo de forma mais benéfica se... deixa pra lá... preciso pensar em condições melhores a serem criadas nesta situação!)

Bom domingo pra vocês!
Bjometwitta!

sábado, 18 de julho de 2009

ENIGMA DO PRÍNCIPE? QUE ENIGMA?

Não vou me estender pra não apanhar... mas devo dizer que de todos os filmes do Harry Potter o único que não gostei foi esse que vi no cinema hoje!

Decepção com "defeitos" (literalmente) especiais...
Decepção com o final da história...
Decepção com uma contradição RIDÍCULA no meio da história...
Decepção com o enredo (do filme... não li os livros)...
Decepção
Decepção
Decepção...

Só decepção... ô tristeza viu!

Ah, sim... se ainda forem realmente ao cinema, vão numa sessão comum. Não comprem 3D pq só tem DOZE minutos de 3D num filme de quase 3 horas ok? Vão gastar o dobro pra ver nem 1/3...

Todo esse monte de decepção me deixou revoltada com o filme! hahaha
(Ouvi dizer q o último livro vai ser dividido em 2 filmes e que tudo termina em 2011... é verdade?)

Bjometwitta!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

SPEAK A LITTLE LOUDER AND I CRY

Tem dias que à noite é foda! No mau sentido da palavra! Cada dia mais eu confirmo minha tese que mulher é bicho ruim, que sangra quase uma semana e não morre...dentre outros defeitos, os quais a maioria dos homens não consegue viver sem.

Digo isso porque me incluo dentre os bichos ruins (obviamente sou mulher "de nascença" e não tinha muito como escapar dessa generalização - nem tão apressada). Eu sangro, eu me esfolo, quase morro por dentro, mas dificilmente dou o braço a torcer quando algo que eu quero muito vai contra os meus "sólidos princípios". Não quero dar o braço a torcer neste post, mas é o que provavelmente vai acabar acontecendo.

Meus amigos (e acho que os nem tão amigos assim) sabem que eu sou dual: uma hora "quero" muito, dali 5 minutos já abstraí da tal vontade; amo muito e no "primeiro erro", desamo com APARENTE facilidade (vocês acham que é fácil - talvez porque eu faça parecer fácil aos olhos de vocês, mas só eu sei a "desestrutura" interior quando isso acontece!); hoje quero namorar, noivar e casar e, amanhã, já mudei de idéia e quero simplesmente sexo casual, enfim... com coisas assim eu sou dual.

Mas, quando se trata de LEALDADE a coisa muda um pouco de figura: acabo sendo muito rígida (comigo e com os outros) e acabo, também, magoando (a mim e aos outros) por conta dessa "inflexibilidade". Se a deslealdade está inserida num relacionamento com o sexo oposto, a coisa PIORA! Meu instinto de vingança aflora e aí, sai da frente pra eu não passar por cima de qualquer coisa ligada a respeito e consideração.

Esse texto está meio revoltado né? Mas eu NÃO ESTOU revoltada. Ao contrário, estou pensando... em coisas que não deveria pensar. Hoje, numa conversa de horas e horas com o Carlito, muitos pensamentos vieram à mente e muitas lembranças voltaram... e eu sinceramente estou querendo enterrá-las novamente.

Não gosto de "memória emocional", porque quando ela se ativa, eu fico sentimentalóide e não suporto isso. Não gosto de lembrar que a vez mais recente que me apaixonei por um cara foi em 2003 (o que veio depois foi fogo de palha, então, não conta!)... e que, cada dia mais, o sexo oposto me dá mais e mais motivos (Tom, eu disse MOTIVOS, não "razões" ta? rs) pra querer continuar distante de um relacionamento. Tá difícil alguém me conquistar (ou eu permitir isso). Nem procuro mais um "par ideal", porque normalmente eles já estão comprometidos! rs ... Broxei de tanta desilusão! hahahahhahahahah

Com a minha memória emocional aflorada hoje, estou me contendo pra não fazer merda! hahahahah Que coisa viu!... E acho que vou ficando por aqui pra não ter que dar o braço a torcer (e vocês não vão conseguir "adivinhar" em relação a que!)

Hunf!
Besos.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

MEMÓRIA SELETIVA

Dizem que quem bebe muito tem amnésia alcoólica (e quem não bebe, insiste em dizer que isso é frescura, malandragem ou coisa assim - garanto que não é! Tenho mais horas de bebedeiras homéricas do que urubu de vôo, ok? hahahaha) e dizem que alguns velhinhos desligam o aparelho de surdez com a finalidade de ouvirem somente o que lhes convém (literalmente) - prática literal que seria adotada por inúmeros seres humanos se tivessem problemas de audição efetivamente (mas que é adotada em sentido figurado - já que muita gente só ouve o que quer ou finge não ouvir o que não quer).

Com o tempo, aprendi a desenvolver audição seletiva. Meus ouvidos continuam parecendo de tuberculoso (ouço até a vizinha do lado cochichando com a vizinha do primeiro andar por interfone/telefone pra vocês terem noção, e nem preciso encostar o ouvido na parede e nem ficar ouvindo atrás da porta...rs). Porém, existem coisas que realmente é melhor não ouvir, principalmente pra evitar um acesso de ira ou de língua destravada.

Além da audição, percebi esses dias que também desenvolvi uma outra habilidade de seleção: a MEMÓRIA! Desde cedo, minha memória visual sempre foi muito aguçada, então, pra não esquecer das coisaas, eu adquiri o hábito de anotá-las. Anotava na agenda dias de festas ou provas, fazia diários (ainda faço! haahah) - quando os post its amarelinhos foram lançados, meu quarto, cadernos, escrivaninha, luminária, espelho, vivia cheio deles espalhados... inclusive na época da faculdade, quando alguns professores não permitiam consultas à legislação e eu me via obrigada a decorar artigos de lei e seus respectivos assuntos - como eu ODEIO direito civil.

Enfim, com isso, ainda na época da faculdade, achei que seria válido fazer anotações não só sobre matérias (cujos resumos eram impecavelmente completos e minuciosos) e fatos do cotidiano, mas também das pessoas que passavam pela minha vida. Posso garantir que até aqueles caras que eu fiquei "por farra", constam das minhas anotações como "desconhecidos" (principalmente pra não serem vítimas da tal "amnésia alcoólica" - o que demonstraria claramente o total "desvalor do ser humano", que eu acho uma sacanagem das brabas!).

No começo, bastava UMA anotaçãozinha num canto de folha pra eu nunca mais esquecer do evento, fato ou pessoa, mas com o tempo, notei que algumas coisas eram "esquecidas" com mais facilidade depois que eu as anotava. Outras, eu NEM anotava. Quantas vezes não percebi que, com todas as nossas zueiras juntas, a memória da Fabi é MUITO mais extensa que a minha em relação às coisas que a gente viveu. Em várias ocasiões, eu me esforcei TANTO pra lembrar de algo que ela estava "contando" que cheguei ao ponto de "tomar umas" pra ativar a "memória etílica". NEM isso dava resultado! hahahaah

No meio tempo disso tudo, li umas coisas sobre Sherlock Holmes e a forma como ele organizava seu cérebro, com a finalidade de descobrir os crimes e tal. Como foi descrito no texto (até blogo ele qualquer dia), separei meu cérebro em compartimentos, como se fossem caixas dentro de um sótão (aliás, sótão é o termo usado no texto). Encaixotei assuntos de forma racional e organizada, deixando os mais recentes/importantes/usados/lembrados "na frente" e as coisas sem importância ou que eu realmente preferia esquecer (por algum "trauma" emocional), joguei "lá no fundo". Tentei não me desfazer de nada, por ínfima que fosse a importância da lembrança. Sempre tive consciência de que TUDO, TUDO o que vivemos e apreendemos terá alguma utilidade no futuro.

A partir de então, as minhas anotações começaram a surgir como "válvulas de escape". Ao invés de anotar pra lembrar, eu anotava pra poder esquecer, sem culpa, sem temores de precisar "daquilo" mais pra frente. Foi útil, ante o turbilhão que minha cabeça é no dia a dia. Sempre pensei demais e, por mais que eu "retire lembranças" da minha memória, continuo pensando demais (como já me explicou um médico - e mais de um - meu cérebro gasta mais energia do que minha boca e estômago conseguem consumir e processar - por isso sou esbelta! - sem brincadeira!).

Contudo, esse "pensar demais" de um tempo pra cá, se restringe ao que realmente importa. Organizando o sótão, consegui estabelecer parâmetros e classificar a prioridade das coisas. (Às vezes, ainda cai uma caixa ou outra da pilha e eu me atrapalho, mas... acontece! rs Só que isso não me assusta mais como fazia no começo - o medo de ter "más recordações" era tanto que eu me recusava a mexer na caixa pra botar ela em ordem novamente - hoje já estou sabendo lidar com o que passou de forma mais amena).

Falei, falei e não disse nada né?... Vou dizer agora...

Tudo isso foi pra chegar em um ponto: foram TANTAS as pessoas que passaram pela minha vida sem um estado de permanência que, nunca imaginei a "utilidade" das anotações que fazia (e ainda faço) a respeito delas. Esses dias, ressurgiu alguém que, se não tivesse lembrado de mim, eu NUNCA ia lembrar da existência! Aquarianos costumam ter boa memória (seja o sótão organizado ou não), principalmente memória relativa a fisionomia. Podemos não saber/lembrar nome, idade, quando, como, onde, mas dificilmente esquecemos um rosto (ou um detalhe desse rosto).

Porém, esse aquariano foi mais longe. Lembrou do meu rosto, nome, o que eu fazia na época e, ao que parecia, lembrava de MUITO MAIS! Me questionou a respeito e eu... NADA! Não conseguia me lembrar de ABSOLUTAMENTE NADA a respeito dele: nem nome, nem rosto, nem nada, nada, nada, nadica de nada! (A repetição da palavra "nada" é só pra vocês entenderem que nada é NADA MESMO!...)

Então, diante dos inúmeros meios de comunicação existentes, falei pra ele me adicionar no orkut. Ele adicionou. Foi só então que me toquei que ele era aquariano e, nem assim, eu conseguia lembrar de nada (a não ser de que eu sempre fui fissurada em aquarianos - desculpem-me pessoas de outros signos, mas só um aquariano pra entender outro - de 4 melhores amigas que tenho, 3 são de aquário!). Imaginei que "o Aguadeiro" tivesse algo a ver com a memória de elefante do rapaz e, também, com a minha memória seletiva - já que cansei de ver aquarianos não lembrando de certas coisas, exatamente como eu!

Continuei passeando pelo perfil e pensei "bom, eu dificilmente me esqueço de um rosto, mas não consegui me lembrar de PORRA NENHUMA desse cara... vou olhar as fotos de novo"... Lentamente, comecei a olhar as fotos, prestando atenção a detalhes do rosto. Foi então que, num lampejo de qualquer coisa que não posso classificar como 'lembrança', já que foi só um lampejo, notei uma "marca de expressão" num esboço de sorriso numa das fotos. Na hora, me deu um "tum": "fiquei com ele... será?"

Pois bem. O cara foi atencioso, educado e, pelo jeito, lembrava de "tudo". Comecei a lembrar dos detalhes que ele me deu nos e-mails, no sorrisinho da foto... e não conseguia lembrar com certeza de absolutamente nada. A única coisa "viva" de verdade era uma sensação de "teve alguma coisa errada nesse meio tempo que me fez esquecer".

Fui lá nas minhas anotações sobre pessoas. Fucei, fucei. O cara citou a faculdade... fui la em 1995/1996 (já que em maio/96 comecei a namorar e continuei namorando até maio/99). NÃO É QUE ACHEI ALGO?!?!?! Um nome, um local, uma data (minhas anotações são remissivas e cheias de códigos e detalhes). Juro que forcei a memória, mas a única coisa que ficou nítida (além da sensação ruim) foi uma imagem de um sorriso (na época, belo sorriso! ahahaha).

Depois disso, inconformada por não lembrar detalhes, fiquei pensando, "mascando" as coisas como chiclete... não cheguei à conclusão alguma! A sensação ruim ficou: não sei ao certo se tomei um fora ou um perdido, mas COM CERTEZA foi uma dessas duas coisas que me fez "não lembrar" do cara. Péssimo!

Treze (sim, tre-ze) anos depois, aparece um "ghost" na minha vida ahahhaah. Tudo bem vai, meu passado pode até me condenar, mas eu repetiria MUITAS coisas se ainda tivesse pique (na verdade, não precisaria repetir se não tivesse decidido parar... né? Poderia simplesmente continuar, continuar...rs). Ah, claro que, no caso específico desse relato, creio que eu não repetiria. Não pra tomar um fora ou um perdido! hahahaha Eu não era tão ardilosa com 19 anos! (Se eu voltasse no tempo, provavelmente não ia ter anotações pra fazer a respeito dele!)

Só pra desentalar, vou terminar o post com um trechinho de uma música "trolha":

♪♫ Baba, olha o que perdeu! Baba, criança cresceu! ♫♪

=P

quarta-feira, 15 de julho de 2009

PERDENDO O AMIGO...

Crianças! Não se matem ao lerem meu blog! É óbvio que eu ADORO contar finais de filmes, livros, seriados, etc... Mas o fato de eu não perder a piada não significa que eu queira perder o amigo! hahahahahahahahah

Li no Falando sobre Tudo (http://www.falandosobretudo.com/blog) que um cara da minha idade se matou pq o H.P. "morre no final" hahahaha... Eu acho que seria melhor motivo se matar por um cinquentão estar fazendo o papel principal, pelo Ronnie ter afinado o natiz e pela Hermione estar completamente fora da faixa etária de seus amigos! (Vejam a foto na postagem do Mikhael! ahahahahahah)

Ainda não vi o filme, não li os livros e ainda não sei o final... PROMETO (sem cruzar os dedos) não falar sobre o final do Harry Potter e o lance lá do Príncipe aqui no blog, ok?!?!? rs

Mudando de assunto... lendo outro blog, desta vez, "O OBSERVANTE" do Iuri (http://iuribarrosdefreitas.blogspot.com), percebi como as coisas que são da minha natureza "fluem". Eu ODEIO advogar e isso não é segredo pra ninguém... mas eu AMO Direito do Trabalho e parece que esse conhecimento e a facilidade em entender e "filosofar" a respeito nasceram comigo. Escolhi esse área do Direito por ser a única (sob meu ponto de vista) em que há a real possibilidade de AJUDAR alguém. Não há nada mais sagrado, nesta vida materialista, do que o sustento de um ser humano e de uma família e, sabe-se que a forma mais correta de se fazer isso é trabalhando (e MUITO!).

Sinceramente eu achava que já tinha esquecido a maior parte das coisas que aprendi na teoria necessária pra se prestar um concurso de Juiz do Trabalho. Achei que tinha "restringido meu conhecimento" a fazer as contas e pegar erros ridiculamente crassos de advogados inexperientes (ou que "se acham") na área (e me divertir - ou indignar - com tais erros). Porém, notei que quando se junta Direito do Trabalho com Direito Administrativo (outra das minhas paixões jurídicas), a coisa sai de mim com mais facilidade ainda!

PQP! Q q eu to fazendo AQUI?!?!?! hahahaha... Por mim, ainda estaria estudando (literalmente, sentada numa carteira de sala de aula), fazendo especializações, mestrado, faculdade de filosofia... DANDO AULAS E ESCREVENDO LIVROS! Cacete ser pobre viu! hahahaha

Quero deixar esse assunto de lado, pq me dá anguuuuuuustia de pensar qto tempo eu perdi depois q saí da faculdade!...

Enfim... no terceiro e último blog q vou citar aqui, o Ao Meu Redor, da Fe (http://nandactr.blogspot.com), com uma única frase que ela escreveu, consegui pensar em MUITAS COISAS!... E só tenho a dizer que, quem não reconhece o valor do nascer de um novo dia, provavelmente acha que não vai morrer nunca e que tem "muito tempo pela frente" pra fazer as sacanagens que tem vontade.

Era isso. To com preguiça hj!
Bjo
PS: Se o alemão me pegar, podem estar certos que não é o Alzheimer! (a explicação disto fica pra depois! ahhahaahah)

segunda-feira, 13 de julho de 2009

DELÍCIA CROCANTE WONKA

Minha síndrome de Peter Pan me fez ler, em umas 4 horas, o livro "A Fantástica Fábrica de Chocolate". Em busca de "maiores informações", procurei naquela folhinha onde vem a "ficha técnica" do livro e vi que ele é de 1964. Eu nem existia ainda (é! eu "subi e humilhei" mais de uma década depois do lançamento do livro).

Vi as duas versões do filme e li o livro. Posso dizer que os filmes mais antigos, dependendo do que se trata, AINDA me dão uma "coisa ruim" por dentro. Alguns personagens (ou atores, sei lá) eram bizarros. O Wonka antigo era aflitivo, do mesmo jeito que o cara que fez o Nospheratu (pois é... eu já vi muita coisa na vida! rs)

Ao ler a história, percebi que O SEGUNDO FILME É MELHOR QUE O LIVRO! =D

Além de ter o Johnny Depp na pele do ecêntrico Willy Wonka, ele não deixou o filme "medonho". Ao contrário, eu dou risada do começo ao fim e posso dizer que já assisti essa versão mais de 30 vezes. Mas, voltando ao livro...

Não sei se foi a tradução "feita para o público infanto-juvenil" ou se é a história em si que foi MUITO sem gracinha! O Tim Burton fez um BELO trabalho na refilmagem (a começar pelo fato do Depp não ter usado a barbichinha que o livro insiste em fazer ter o Wonka! rs).

Óbvio que, como boa chorona de carteirinha, o livro me emocionou. Porém, exatamente nos mesmos momentos em que o filme do Tim Burton me emocionou: na hora que o Charlie NÃO conseguiu o Convite Dourado, na hora que ele CONSEGUIU o Convite Dourado, lá na lojinha perto da fábrica (cujo vendedor, no livro, era um "tiozinho gordinho e branquelo" - e não o "negão" da refilmagem, mas tudo bem rs) e na hora em que o Wonka lhe deu a fábrica como herança.

Não sei se o livro interessa a vocês, mas posso garantir que (olha a maldade de contar o final - só pra não perder o costume) as lembranças de infância que o Wonka tem e a negativa em relação ao Charlie levar a família junto, para viver na fábrica, não constam da história escrita. Pra ser bem sincera, o Wonka nem é tão sarcástico no livro quanto na refilmagem. E pra ser mais sincera ainda, diante da bizarrice da primeira versão do filme, posso dizer que não lembro de NENHUM detalhe dela, de modo que qualquer comparação entre as versões cinematográficas que saírem de mim, podem não ser confiáveis! ahhaha

O que posso dizer é: não percam seu tempo com o livro. Tim Burton e Johnny Depp, como sempre, deram show no filme. O ator fez com que o Sr. Wonka ganhasse VIDA, inclusive por nos deixar "curiosos" sobre o fato de "não ter" envelhecido, mesmo depois de longos 10 anos de isolamento. O ar de "maldade", "ironia" e "sarcasmo" que há no filme é obra do diretor. Isso deu um toque de "interessante" a um livro cacete.

De qualquer forma, toda cultura é bem vinda. Porém, se vocês forem ler o livro, tenham certeza de que o filme é melhor! Vocês vão ler o livro lembrando das expressões faciais dos atores (já que a maioria dos diálogos foi realmente tirada do livro - ah! no livro, o Wonka não teve que comer a sopa de lagartas verdes dos Oompa Loompas, ok? rs)

Posso dizer que foram algumas horas (dividi entre sábado e domingo - já que o livro me deu um sono lascado, de tão "intrigante" rs) que poderia ter usado pra terminar meu cachecol de trança, ou ler vários capítulos do Anjos e Demônios! (Peguei A Fantástica Fábrica de Chocolate emprestada da minha madrinha =D)

E, só pra lembrar... Entrevista com o Vampiro... se não fosse pelos atores, que retrataram fielmente os personagens da Anne Rice, o filme seria uma porcaria (idêntica à porcaria que fizeram com "A Rainha dos Condenados")! Já falei isso aqui algumas vezes e vou tornar a repetir toda vez que um livro ou filme me decepcionar! hahahahaha

Agora, à leitura! Bjo.

domingo, 12 de julho de 2009

VOCÊ TEM SEDE DE QUÊ?

Hoje vou precisar de uma "leve" influência do Chico (Xavier) pra organizar tudo o que tenho em mente e depois passar pro "papel". Não estou com "lapso mental", mas "pensar muito cansa" e, com certeza, não deixa a gente classificar as coisas que devem ser resolvidas primeiro.

Na verdade, acho que essa desorganização mental se deve ao simples fato de que, para quase tudo o que se passa na minha cabeça não ter uma solução que dependa de mim (tem coisas que eu sei como resolver, mas não quero =D ...)

Há anos não tiro férias. Aliás, férias de verdade, só no último julho na época da faculdade: dormir sem hora pra acordar, acordar sem obrigação pra cumprir e responsabilidade pra honrar, fazer nada e ficar cansada, descansar cansando o corpo, não ter hora pra voltar (isso só dá prazer quando se pode acordar sem obrigações e responsabilidades). Época em que a maior responsabilidade era "passar de ano" (afinal, pegar DP num 5º ano de Direito, em 1999, significava fazer muitas, muitas adaptações... e terminar a faculdade em 6 ou 7 anos rs) e passar no exame da OAB. Pequenos grandes projetos a médio prazo e, missão cumprida. Tinha largado estágio pra poder estudar e me dava ao luxo de não estudar pra poder sair! ahahahahah... Deu tudo certo, ainda bem! (E graças às horas de estudos ininterruptos e em total isolamento social e familiar!)

Como não sou museu e já vivi recordando, volto ao agora. Duas pessoas que amo estão com problemas que não dependem de mim pra serem resolvidos. O que me competia fazer, eu fiz e vou continuar fazendo. Porém, as soluções estão mais pra 'obras da natureza' do que pra ações que se possa praticar. Alguém consegue organizar a "ordem natural" das coisas? =]

As coisas que têm soluções totalmente dependentes das minhas ações é que estão mais "complicadas". Tem pedacinhos de mundo passando do meu lado, em queda livre e eu estou, simplesmente, em estado contemplativo dessas quedas. Uma abstenção voluntária e incorreta. Não deveria estar na posição de observadora agora, deveria estar atuando. MAS (sim, eu tenho um "mas"), existem "rotinas" que não podem (ou não devem) ser quebradas e, tendo sido, prefiro parar a continuar no tropeço. Pior do que fazer uma coisa, é ter que refazer e, sim, estou me referindo a trabalho. Não posso errar. Errar, no meu caso, é perder tempo e, pior, DINHEIRO. Não estou pra perder (mais) dinheiro e, por isso, ao invés de me entregar a "trabalhos duplos", opto por me manter à distância, colocando a rotina em ordem (pior que a minha "rotina" é instável - e não depende só de mim).

A pequena de férias era algo que eu NÃO precisava neste momento. Me vejo atolada de coisas pra fazer e sem condições de fazer. Mudar os planos, organizar, reorganizar, racionalizar... nãããão adianta! Tentei e não deu. Não estou disposta a perder mais tempo (se não dá de novo, nem eu faço o que deveria ser feito e nem a criança aproveita as férias... e me recuso a ficar pensando nisso! rs)

Sendo assim, uns 2 e-mails e meia hora de caminhada e "levantamento de peso" (de autos de processos), resolvem parte da instabilidade. Mas quero companhia. Hoje tiro avó e neta do "marasmo" do domingo e vou até a rua de baixo pegar algum trabalho pra fazer em casa durante a semana... Semana, esta, que está repleta de tratamentos dentários e oftalmológicos e que está gerando certa ansiedade em mãe e filha pra saber quando os óculos cor de rosa ficarão prontos! hahaahha

Fomos fazer o óculos ontem. Tudo o que o oftalmo pediu (armação de acetato e lente de acrílico) não foi atendido! :S Pois é. A criança gostou de outro tipo de armação e tem um material "mais leve e que risca menos" que foi o escolhido pra fazer a lente. Tomara que não tenha implicações, porque se esta coisa quebra no rosto, lascou-se! (De qualquer forma, sabe-se que o olho esquerdo, através da lente, ficará "leve" e nitidamente maior que o direito... sendo assim, Deus salve a rainha e a estética! rs)

Sei lá se isso aqui ficou inteligível... só sei que, no momento, vou voltar aos meus livros. Estou lendo "Anjos e Demônios" (do cara lá do Código da Vinci) e "A Fantástica Fábrica de Chocolate"... Dependendo da quantidade de sono, preguiça e lerdeza que eu tenho, escolho um deles pra ler. Se quero ficar acordada, leio Anjos e Demônios... se quero ficar (mais) lesa, leio o outro.

Domingo friozinho este né? Me diz se não é um bom dia pra ler (e mais nada?) - além de ir buscar o tal trabalho! hahahaha

Bjometwitta!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

DEVOTA DE SANTO EQUILÍBRIO

Ois.
Depois do post científico plagiado de ontem, resolvi me manifestar sobre a tal ambliopia. Se trocarmos em miúdos os termos médicos, pode-se dizer que quem tem estrabismo e/ou muito grau em um olho só tende a fazer com que esse olho "se anule", ou seja, instintivamente, o organismo faz com que o olho "ruinzinho" pare de enxergar. É a lei do mais forte (neste caso, o mais saudável).

Sexta levei a Isa ao oftalmo, pela primeira vez. Desde o ano passado, ela andava se queixando muito de dor de cabeça. Reclamava na escola (e a Fe me mandava recado pela agenda, lembra Fe?), reclamava em casa, tinha "preguiça" de fazer as lições, emburrava, vivia (e continua :S ) dispersa nas aulas... eu imaginei que o astigmatismo (de pai, mãe e avós - pelo menos os maternos) havia pegado a criança. Realmente o astigmatismo é um treco que incomoda: ele faz com que se perca a noção de profundidade e deixa todos os objetos e pessoas sem contorno - é como se tudo que se olhe pareça um desenho numa folha de papel - tudo plano. E essa porcaria dá dor de cabeça.

Em janeiro, não deu pra levar a fedelha ao oftalmo, mas já tinha decidido que "das férias de julho não passava", e não passou. Fomos na sexta. O médico fez um exame mais longo que o "normal" (para quem está acostumado a ir ao oftalmo sabe que as consultas não duram mais de 15 minutos, isso quando a gente ainda senta na frente daquela máquina que tem uma luz azul e outra vermelha, pra examinar o fundo do olho, se não me engano). A consulta da Isa demorou mais: ele me pediu pra dilatar a pupila dela em casa e voltar lá pra terminar o exame. Ontem, terça, fizemos isso: a criança se comportou praticamente como uma lady pra pingar duas gotas daquele colírio ardido em cada olho, não chorou, não fez birra e ainda conseguimos dar boas risadas enquanto eu fazia graça pra ela (e ela com os olhos fechados por conta do incômodo rs).

Chegando no consultório, ele passou a Isa na frente de todos os outros pacientes (fomos atendidas de "encaixe" - acho que até ele achava que seria bem rápido). O consultório fica a 200m da minha casa, cheguei lá ás 14h e voltei pra casa era 15h05min. Mais uma vez, a consulta demorou uma vida. Ele fez testes com a Isa que eu nem tinha conhecimento da existência. Mediu os olhos dela com umas réguas que eu nem imaginava pudessem existir. Conclusão: ambliopia sem desvio.

Pois é. Os olhos dela são perfeitamente retos (ambos com 180º), mas o esquerdo enxerga muito, muito, muito mal. Demorei pra entender a receita para os óculos e os graus que tinham sido anotados (só consegui pouco antes de dormir, depois de muito pensar em tudo o que me tinha sido dito).

Qualquer pessoa se assustaria ao ouvir que tem 3 graus e meio de hipermetropia. O bagulho atrapalha (isso sem contar que a lente dos óculos deixa os olhos ENORMES e traumatiza até adulto - meu Pai, com mais de 40 anos, chegou a 3,5 de hipermetropia e se negou a usar os óculos com o grau certo por conta da aparência - espero que a Isa seja diferente dele, porque ela realmente precisa dos óculos pra fazer o olhinho esquerdo funcionar). Na consulta, pra Isa, o tanto de grau que ela tem na vista esquerda passou batido e, a idéia fixa de não querer usar óculos, se transformou em empolgação pelo fato do Padrinho dela estar dando os óculos de presente.

O que ela não gostou muito foi a idéia de ter que ir na Ortopstista. Mas não pelo fato de ser outro médico e ir a médicos encher o saco. Ela não gostou porque descobriu que ela pode ter que usar a "oclusão" (aquele tampão que os médicos colocam nos olhos de quem opera ou que tem estrabismo - ou ambliopia!). Foi um chororô magoado, sentido, dizendo que não quer usar "roupa de pirata" pra ir à escola e nem pra ficar em casa! (A vaidade atacou a criança =/ )

Enfim, ela não gostou da idéia do acessório de pirata e a mãe dela ficou passada, bege... e até um pouco chocada. Nunca ia imaginar que "olhos perfeitos" (aparentemente) pudessem ter que usar tampões. Pois é. Contrariando o que nossos olhos nus vêem, "olhos perfeitos" podem não ser tão perfeitos assim.

De qualquer forma, a ortoptista já está marcada. Com o tanto de certificados de especializações em universidades de vários lugares do mundo, com o tanto de atenção e série de procedimentos que o oftalmo adotou pra examinar os olhos da pequena, resolvi não contestar a indicação dele. Marquei na médica indicada e, qual não foi minha surpresa ao saber que essa médica é a mesma que tratou, com sucesso, um primo meu, quando ele tinha meses de vida.

Estou triste. Bem triste. Fica a sensação que foi erro meu não ter "prestado mais atenção" na Isa (quem leu o post anterior deve ter notado que seria realmente impossível pra mim, pra minha mãe ou pra um pediatra saber que ela tem ambliopia - ainda mais sem estrabismo - mas ainda assim meu subconsciente diz que isso "não é desculpa"). A Isa nasceu com grau alto de hipermetropia já. O efeito disso é: se a visão desenvolve até 100%, a parte do cérebro ligada à visão desenvolve até 100%; se a visão desenvolve até 30%, a parte do cérebro que cuida da visão só vai até 30% e é pra estimular o cérebro que o tratamento com a ortoptista serve. Força-se o olho mais fraco (com o tampão e/ou exercícios), pra abaixar o grau e, ao mesmo tempo estimular o cérebro a reconhecer o que é uma visão boa ou uma visão fraca. Neste caso, os olhos comandam o cérebro. A ambliopia NÃO interfere em coordenação motora, NEM no intelecto da criança, mas atrapalha o rendimento na escola (já que com a dificuldade pra enxergar, a criança se torna dispersa e "preguiçosa" em relação às atividades) e influencia no equilíbrio (já que, não enxergando direito, a pessoa se torna "desastrada", derruba as coisas, se bate em batentes, paredes, móveis e tropeça com muito mais facilidade do que quem enxerga bem). Dá até remorso de tantas broncas que a Isa tomou por "não olhar onde pisa" e por "derrubar copos" =[.


Não preciso nem dizer que depois de alguns dias de estresse, minha enxaqueca está a me visitar hoje. É um inferno abrir os olhos e ver a luz do dia com essa dor ridícula.

Enfim... só pra finalizar: o tratamento não é coberto pelo convênio. Pois é. Vou ter que fabricar dinheiro (já que é certo que o pai - de merda que eu "arrumei" pra Isa - não vai ter, não vai ajudar e provavelmente sequer vai se importar com o que está acontecendo a ela). Deus salve a Rainha, mas encha meus bolsos nos próximos meses!

Andei pensando... e vou lá escola da Isa conversar com a coordenadora. A escola não tem responsabilidade NENHUMA pelo que acontece, mas é de bom grado a direção ficar atenta e, talvez, até pedir exames oftalmológicos anuais na primeira semana de aula - ou no ato da matrícula - pra se prevenir em relação àquele tipo de pais que acham que tudo o que acontece de errado é culpa da escola, dos amigos do filho, dos pais dos amigos... mas não curtem assumir as consequências da própria irresponsabilidade - ou inexperiência. Vamos ver. Preciso saber como colocar isso pra Rose e pra Renata, porque não tenho queixas em relação ao ensino da Isa e MUITO MENOS com o tratamento que ela recebe no Passalacqua. Não quero que haja ofensas e nem que elas pensem que eu culpo a escola, porque não culpo. Só acho que vale a pena TODOS os pais ficarem atentos aos olhos dos filhos.

Não é o fato de achar que "nunca vai acontecer" determinada coisa com a Isa. É o fato de que você olha, presta atenção, acha que está tudo bem e, no fim, não está. E não é que você não vê porque não quer ou porque acha que não vai acontecer, mas simplesmente não imagina que uma coisa assim possa acontecer de forma tão "escondida", tão "camuflada".

Como eu disse no outro post, pais, levem seus filhos ao oftalmo antes dos 2 anos de idade. Fica o aviso e fica aí parte da minha experiência pessoal como mãe.

Bjo oto tchau.

terça-feira, 7 de julho de 2009

AMBLIOPIA

Vou dizer... se uma criança nasce estrábica, logo os pais procuram o oftalmo. Quando não existe o desvio, com qualquer demora pode ser tarde demais. Pais e mães, levem suas crianças ao oftalmo antes dos 2 anos de idade. Só por precaução. E antes dos 8, só pra conseguirem fazer alguma coisa.

Segue o artigo.
Beijo pra vcs.

AMBLIOPIA

O que é?

É uma diminuição da acuidade visual (visão) uni ou bilateral, onde não se encontra lesão ocular ao exame oftalmológico, que aparece em decorrência de obstáculos ao desenvolvimento da visão.

Como se desenvolve?

Acontece dentro dos seis primeiros anos de vida e é reversível quando tratada em tempo hábil. As causas mais freqüentes são: estrabismo ("vesgo") e erro de refração (altos graus ou diferenças importantes de grau entre os olhos).

Os dois primeiros anos de vida são os de maior plasticidade sensorial, isto é, dentro desse período a criança rapidamente perde visão quando surge algum problema, bem como recupera prontamente com o tratamento.

Também as chances de recidivas da queda de visão são menores quando o tratamento é feito nesse período.

Como se previne?

Como estrabismos de pequeno ângulo bem como diferenças de grau podem passar desapercebidas aos pais e ao médico não especialista, a prevenção da ambliopia definitiva está no exame oftalmológico de todas as crianças antes dos dois anos de idade.

Como se trata?

O tratamento clássico da ambliopia é a oclusão do olho de melhor visão, sendo que as ambliopias não tratadas até 8 anos de idade são consideradas irreversíveis. O tempo de oclusão depende da intensidade e da idade do paciente. Estudos recentes empregando levodopa e oclusão mostraram que é possível melhorar significativamente a acuidade visual, idependentemente da idade, em determinados pacientes com ambliopias antes consideradas intratáveis. Tendo em vista a literatura mostrar que as pessoas com pouca visão em um dos olhos tem maior chance de acidentar o olho de melhor visão, devemos tentar melhorar a acuidade visual do olho com ambliopia sempre que possível.

(Fonte: ABC da Saúde - www.abcdasaude.com.br)

terça-feira, 30 de junho de 2009

PASSADO É PASSADO

... ou, pelo menos, deveria ser.

Hoje eu tinha tirado o dia pra trabalhar em casa. Aliás, isso é o que eu tenho feito desde quinta à tarde. Fiz, por baixo, dez processos, entre laudos e impugnações. Hoje, dia útil, no qual eu deveria estar trabalhando, o cansaço físico me pegou. Se faz mal? A mim, nenhum (o percentual DESSES processos, SEMPRE chegam na minha mão). Então, resolvi fazer outras coisas.

Primeiro, saí pra comprar uma luminária nova pra escrivaninha da Isa. Coitadinha, usava a luminária que EU usava quando ainda estudava no Mackenzie. A tal luminária foi aposentada por excesso de uso descuidado. Três mudanças de residência, anos e anos de uso diário e váááários tombos, fizeram, desta vez, que os fios se soltassem dentro da caixinha soldada de metal em que tudo deveria funcionar. Os riscos, as marcas, o "encardido" dos anos no material plástico da luminária não foram nada perto desse lance dos fios. Pior que eu não consegui arrumar. Ô tristeza. De quem veio essa (meu Pai) não vem outra. Mas tudo bem. Comprei uma nova pra Isa. Prateada e preta, toda "mocinha". Quero só ver a cara dela quando ela chegar. (Só saí correndo pra comprar hoje porque ela tem que estudar pras provas globais: são três matérias amanhã e quatro na quinta feira! Dó!)

E, então, fiquei pensando numa "descoberta" (inútil, claro) que fiz hoje pela manhã (e que me fez - e ainda está fazendo - destilar algum veneno). Meu sarcasmo atacou, mas não como era antes. Não senti aquele "vvvvvvvuuup" vindo da boca do estômago enquanto a destilação acontecia. Senti, realmente, NADA. Tipo, escrevi o que vinha da cabeça, mas nada passou pelo caminho de alguma emoção. Eu AINDA acho estranho me sentir indiferente ou neutra. Nunca "fui" assim e agora, com todas as mudanças que aconteceram, "estou" assim e ainda não me habituei (apesar de todos os benefícios que esse estado de indiferença me trouxe e está me trazendo).

É claro que essa "indiferença" tem limite. Eu não ligo pra pessoa, pro que ela faz, pensa, sente, come... mas me deixa extremamente curiosa o fato de certas atitudes ainda serem tomadas com base nas minhas coisas, na minha vida. Essa pessoa é PASSADO pra mim e está no lugar dela. Láááá atrás. Mas, eu ainda não fiquei no lugar que deveria pra ela, porque eu não sou novela, mas ela está me acompanhando.

Isso me intriga. Eu fui tão "errada", tão "sacana" e todo mundo sabe que quando alguém dá uma mancada, vai acabar dando outra, então POR QUE EU, se eu "certamente" vou dar mancada? Hoje passou pela minha cabeça que as ligações que acontecem a cada quarenta e cinco ou sessenta dias, essas "visitas" (virtuais) ao "meu mundo", essa curiosidade das pessoas em relação ao que eu estou vivendo, passando, com quem estou ou deixo de estar, se eu estou ou não com alguém (do sexo oposto), se eu tenho ou não dinheiro pra pagar contas, sair, brincar de consumista, dentre outras coisas, podem representar:

1 - Saudade ¬¬

2 - Inconformismo (de eu estar vivendo minha vida "muito bem, obrigada", de nunca ter tentado uma aproximação, de nunca ter falado mais nada, de ter parado de "provocar" e aceitar provocação, de ser indiferente com as pessoas super "honestas, maduras e centradas" da família da pessoa e também com o que acontece com elas, etc)

3 - "Mera" curiosidade (gerada pelo inconformismo, talvez?)

4 - Orgulho ferido (por estar se sentindo uma merdinha de mosca depois de ter se achado imprescindível =D ... ai, não resisto ao sarcasmo que me diverte)

5 - Raiva (querendo me ver no fundo do poço)

6 - Inveja (porque eu sou ocupada, responsável, inteligente, alta, bonita, gostosa, tenho olhos verdes, cabelos que ficam do jeito que eu quero conforme o dia e a ocasião, independente financeiramente - sim, eu sou! - elegante, tenho bom gosto e enxergo anos luz adiante? =D)

7 - Outros (estou com preguiça de pensar em outras razões pra essa pessoa continuar "vigiando" minha vida - como pode ahahahaha)

Já sei que, no item 6, vocês estão pensando ironicamente "é modesta também". Explico minha forma de pensar com o seguinte raciocínio: quando a gente se conhece BEM, somos REALISTAS, independente dos defeitos e qualidades que possuímos. Além disso, os hipócritas costumam ser modestos (e camuflar o ego inflado). E, tem mais: os incompetentes costumam ser humildes (lobos em pele de cordeiros) e prepotentes (falam muito e não fazem nada, já que não tem poder e força interior). Arrogantes são os que PODEM (podem no sentido de ter PODER de realização, de atingir objetivos sem pisar em ninguém, de serem melhores que os outros e não esconderem isso de ninguém).

Ou seja, não sou hipócrita e, ainda por cima, sou arrogante. Arrogância não é defeito, porque ela não usa a humilhação como "arma". A prepotência é um defeito, e um dos mais graves. Normalmente os prepotentes são orgulhosos, invejosos, incompetentes, com pouco poder de persuasão (quando têm), pouca cultura, pouca educação (formal e familiar) e um conceito distorcido de "berço". O arrogante tem berço, educação, cultura e, normalmente, é bonito (ou, no mínimo, charmoso) e cheira gostoso! ahahahahhahaha...

Tudo bem vai... estou sendo venenosa, sarcástica e estou me divertindo falando mal dos outros, eu admito! Porém, sei que quando este post terminar, tenho o PODER de voltar ao meu estado de contemplação e indiferença. Escrevo essas coisas porque gosto de filosofia (seja barata, de botequim, clássica, clínica, etc) e os seres menores me dão motivos pra filosofar enquanto fabrico e destilo meu veneno, e me divirto com meu sarcasmo.

(Estão vendo como sou arrogante? Posso me sentir como eu quero, quando eu quero ou acho que devo! Isso é o máximo! ahahah Estou brincando. Sou arrogante porque aproveito tudo o que posso aprender pra me tornar uma pessoa melhor. Sou arrogante porque tenho o poder de me por à prova e me resolver sem viver a vida de outras pessoas. Sou arrogante porque sou independente financeiramente - mesmo com tropeços - e sou bem resolvida emocionalmente: sei o meu lugar no meu mundo e no mundo das pessoas que amo. Sou arrogante porque POSSO. Posso fazer tudo o que desejo e preciso e posso assumir as consequências desses atos. SER ARROGANTE É UMA DELÍCIA. Vocês deveriam experimentar conhecer seus limites, terem consciência de si mesmos, não terem vergonha do lado "obscuro" que todo mundo tem e serem arrogantes por terem esse poder! Eu aconselho!)

Enfim, ao que me lembro (é... do passado a gente lembra, mas não vive dele) é essa coisa da "prepotência" (da pessoa) vs (a minha) arrogância que gerou vários problemas. Eu não tenho culpa de ter bom caráter e personalidade forte, de pensar com a minha própria cabeça, de tomar minhas próprias decisões. Não sacaneio ninguém, mas me divirto com a estupidez alheia. Não julgo, apenas observo.

O que é passado pra mim, ainda parece presente pros outros. Ô bando de museu! Mas, tudo bem, quem sabe, um dia, eu venha a entender o porque dessa "vigilância" sobre a minha vida, essa "curiosidade" toda. Vindas de onde vêm, "admiração", "respeito", "querer bem"... são palavras e expressões que não cabem.

Aceito sugestões de quem entender sobre quem estou falando. Aceito comentários sarcásticos, irônicos e sérios também. Aceito responder perguntas (fora do blog) a quem quiser entender tudo isso pra poder opinar. Aceito mandar e-mail explicando também... nossa, como eu estou receptiva hoje, não? rs

Beijo pra vocês!

PS: A situação sobre aqueles processos não recebidos que falei nos posts anteriores está encaminhada, mas ainda não está resolvida. Estará quando MEU dinheiro estiver na MINHA conta corrente, sob o MEU poder de decisão sobre o que fazer com ele. =]

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