quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

ESFARRAPADOS

"No início do século (XX), havia no bairro do Bixiga um time de futebol e grupo carnavalesco chamado Cai-Cai, que utilizava as cores preto e branco, tinha um grupo de choro e jogava no campo do Lusitana, próximo ao cruzamento das ruas Rocha e Una, na região do Rio Saracura. Por volta de 1928, um grupo de amigos, liderados por Livinho e Benedito Sardinha, ajudava a animar os jogos e festas realizadas pelo Cai-Cai, porém eram sempre vistos como penetras e arruaceiros, sendo apelidados de modo jocoso como "a turma do Vae-Vae". Expulsos do Cai-Cai, estes criaram o "Bloco dos Esfarrapados" (voltado às marchinhas), liderado por Benedito Sardinha, e paralelamente, o Cordão Carnavalesco e Esportivo Vae-Vae (voltado ao choro e batuque), que foi oficializado em 1930. Em 1931, o Vae-Vae se tornou o Grêmio Recreativo Cultural e Social Escola de Samba Vai-Vai."

Estes são fragmentos unidos da origem do Bloco dos Esfarrapados (impossível de se separar da Vai-Vai). Até hj os Esfarrapados desfilam pelo Bixiga na segunda feira de carnaval. Passei minha infância e adolescência descendo do 5º andar do 602 da Manoel Dutra pra ver o bloco passar na sua, praticamente, reta final. Em anos em que chovia, e a esquina da Manoel Dutra com a 9 de julho (Praça 14 Bis) inundava por conta do transbordamento do Rio Saracura, os foliões passavam ali mesmo, pela enchente e, quantas vezes, não vinham tomar a bênção da minha Nona ali na porta do prédio...

A vez mais recente que eu tinha visto os Esfarrapados passarem foi em 1995, aos 18 anos, antes dos Nonos se mudarem dali. Embaixo do prédio ainda havia uma autoescola que, hj, é uma pastelaria. Tenho passado ali todos os dias, de segunda a sexta, pra levar a fedelha pra escola. Vi, num desses dias, um folheto avisando do horário de saída do bloco. Feliz da vida cheguei em casa dizendo "vamos ver os Esfarrapados na segunda!"...

A pimpolha teria sua primeira experiência carnavalesca tradicional na cidade em que nasceu. Não sei se foi uma idéia tão feliz qto pareceu... Resolvemos comer o pastel da ex-autoescola e esperar os Esfarrapados passarem por ali. Entramos, sentamos, com confete, espuma, maquina fotográfica e tudo... e, 20 minutos depois, Santa Bárbara e São Pedro entraram num acordo não mto favorável ao carnaval de rua. O dia virou noite e o céu despencou. A Saracura transbordou, a esquina encheu, o bloco empacou e o CET atrapalhou a farra e fez o trio elétrico (sinônimo de "evolução" pro bloco, q antes passava com batucada de colher de pau em panelas) dar a volta pela rua da Vai-Vai.

Saco. Ficamos empacadas ali sem ver o bloco, sem jogar confetes e espirrar espuma, esperando a aguaceira descer pelas duas únicas bocas de lobo que tem ali na rua. Desceu a água depois de uma hora. Acho q os Esfarrapados (ou "Encharcados") já tinham até terminado o desfile...

Uma pena pra pimpolha. Mas td bem. Tradição é tradição e em 2010 tem mais!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

INSPIRAÇÃO ... ???

As coisas acontecem de forma engraçada, esquisita, estranha, inusitada, hilária... Tudo bem, sei que não sou muito normal, mas os acontecimentos poderiam ser mais sutis (rs). Quando faço algo que "sai da linha", logo tropeço, caio e acabo demorando um tantinho a levantar. O erro e a consequência têm sido praticamente imediatos um ao outro para mim. Não sei se "ninguém merece", mas pelo jeito o "ninguém" é alguém e esse alguém sou eu! (rs)

Em pouco tempo, um bom progresso. Não um progresso "suficiente", mas um bom, senão ótimo, progresso. Uma evolução. Tem quem pense que estou parada, estagnada (ou quieta - hehehe), o que representa um ledo engano de mentes limitadas. Aqui, comigo, as coisas não param nunca. A diferença, atualmente, é que estou aprendendo a "ser como todo mundo": dissimulada, sonsa e omissa. Se gosto disso ou acho isso certo? A resposta é não para ambas as alternativas da pergunta. Porém (e tudo tem um porém), estar assim tem me feito muito bem (e tem sido necessário). Não precisei perder escrúpulos, nem a paciência e também não preciso destilar nenhum tipo de veneno.

"Vivendo e aprendendo". Chavão cabível. A fase "galinha desmiolada" passou (ao que parece). Aliás, a última (espero) fase "galinha desmiolada" foi breve, bem breve e a tendência é que o lapso temporal entre esta e a próxima (hunf) seja muito mais longo do que o que houve entre a penúltima e a última. Analisando a questão temporal, percebi que "galinha desmiolada" não era uma simples fase alguns anos atrás, mas sim um "estado permanente". Depois de 2003, passou a ser fase (nem tão simples às vezes, mas uma fase). E a cada período de tempo, ela fica mais esparsa e menos duradoura.

Ok. Vocês não estão entendendo o que é a fase "galinha desmiolada", mas me reservo o direito de não explicar. A ninguém. Nem a quem pensa que sabe o que essa fase significa. Agora chegou a hora de "perder as penas no mau sentido" (o bom sentido de perder as penas era quando eu saía e, no final da noite - ou começo do dia - minha mãe tinha que contabilizar as penas da "galinha" aqui (rs); foi a melhor parte do "estado permanente" de galinha desmiolada, afinal, efetivamente a galinha humana era galinha hahaah).

Se as conclusões tardavam a serem tiradas, atualmente elas tardam menos. Se a percepção de ações e fatos acontecia em "slow motion", hoje acontece, pelo menos, em velocidade aproximada ao que se pode considerar "normal". Muito bom.

"Amadurecer dói, mas é bom." Ouvi isso alguns anos atrás e, sinceramente, apesar dos "perrengues" que se pode passar na fase de amadurecimento, isso pode se tornar até divertido. Quando se aceita, sem revolta ou rebeldia, o que acontece e o que é preciso passar e, depois, se olha para trás com finalidade de análise e avaliação, o resultado de tudo é positivo (mas nem todos conseguem enxergar isso), o bom humor é uma das consequências mais benéficas do amadurecimento. Não há império de mau humor ou pessimismo quando se usa os "olhos da alma" para avaliar a própria vida. A não ser que se seja um orgulhoso-egoísta de marca maior.

Outra coisa benéfica do amadurecimento é o poder de reconhecer e admitir erros cometidos, qualidades inferiores que precisam ser melhoradas e revertidas para qualidades superiores sem o constrangimento "do espelho" (aquele que, quando dá sinal de vida, a gente trata logo de passar base, rimel, blush e batom pra tentar disfarçar para nós mesmos). É preciso coragem para reconhecer e admitir intimamente os defeitos que a vida esfrega na nossa cara (e, na maior parte das vezes não queremos e ainda nos recusamos a enxergar) e os erros que geram/geraram más consequências para o cotidiano. Essa coragem eu tinha, tive, tenho e vai continuar em mim, porque nasceu comigo. Percebi que os covardes são infelizes, insatisfeitos e nunca, NUNCA conseguem saber a origem das próprias mazelas. Pior de tudo é que um covarde de nascença não adquire coragem com experiência de vida. Ô dó!

Mais um benefício do amadurecimento é aquela "paz real" que eu falei no post anterior. A maioria de nós não conhece o que chamamos de "tranquilidade". Mentes, corpos e corações inquietos, ansiosos, hiper-ativos (* o hífen continua para palavras precedidas de super, hiper, ultra, etc*), seres que pensam e sentem de forma descontrolada ou incontrolável... esses não têm nem como conhecer a tal tranquilidade.

Imagino que vocês se perguntam "Como pode essa contradição: afirmar durante anos que pensa demais e, ao mesmo tempo, que conhece a tal tranquilidade?" Não é contraditório quando se pensa nos parágrafos acima, nos quais eu falei sobre progresso e evolução. Tudo depende de nós, inclusive, fazer triagem dos pensamentos e sentimentos. O duro é aprender a fazer essa triagem, mas quando se aprende, tudo vai de vento em popa e fica mais fácil de acontecer. Sim, continuo pensando demais e sim, conheço a tal tranquilidade. O próximo passo é fazer com que essa tranquilidade seja constante, não intermitente (A-haaaa! Viram como não é contradição minha? Minha tranqulidade - "paz real" - ainda é intermitente, mas estou cada dia mais próxima da constância.)

Triagem. Nunca pensei que aplicaria essa palavra na minha rotina. Pensava que isso era coisa só de pronto socorro, naquele pré atendimento antes de sermos encaminhados a um especialista ou ao clínico geral (rs). O bom é o acúmulo de funções de um ser em amadurecimento. Além da triagem, ainda existe a fase de "recrutamento e seleção" (R&S). Acumulamos funções filosóficas enquanto pensamos, médicas quando triamos e psicológicas quando recrutamos (pessoas, ações, sentimentos) e selecionamos ("armas" internas). Depois disso, ainda temos a função militar (preparação de estratégias de "guerra"), a função gerencial (de distribuir atividades e estabelecer prioridades) e, por fim, a função presidencial (de comandar nossa vida de acordo com os resultados obtidos através da prática de todas as outras funções). Ser dono dos próprios pensamentos, atos, sentimentos e das consequências disso tudo é muito legal (a função presidencial é exercida apenas esporadicamente durante o amadurecimento; depois de "totalmente maduro" eu ainda não sei como funciona! rs).

Algumas boas consequências para mim, se devem, principalmente, às quatro primeiras funções que descrevi. Ainda não passei por cima de ninguém!! (O que era notoriamente corriqueiro antigamente.) Espero continuar assim. Às três primeiras funções devo o estabelecimento de novos limites - admito que, neste ítem, a dissimulação e a omissão têm sido muito úteis: os limites são estabelecidos mas não é dado conhecimento às pessoas; quando percebo que eles serão ultrapassados ou invadidos, aprendi a "fingir que não é comigo", afinal, ninguém chuta cachorro morto e ninguém exige muito de cachorro burro - esses limites mantém minha tranquilidade em nível e local adequados.

A filosofia de hoje está chegando ao fim. Amadurecer é bom e divertido. E, ninguém, nunca, ousou dizer que isso seria ou é fácil (em que pese o "grau de dificuldade" do amadurecimento ser maior ou menor de acordo com a capacidade mental e habilidade de raciocínio de cada um). Aos que apreciam permanecer em "zonas de conforto mental e emocional", advirto: o amadurecimento não vai bater na porta de vocês, nem se convidar a entrar; também não vai se apresentar de forma nítida e não vai alertar que "é chegado o momento" dele acontecer. Amadurecimento vem aos que não se acomodam, em nenhum aspecto da vida, seja psicológico, emocional, mental, físico, profissional, familiar...

Beijos pra vocês.
PS: E aí, gostaram do nomezinho novo do blog?

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

IDADE DO CONDOR

Sobre o post anterior (dos pais e filhos) só queria dizer uma coisa: independente do cara que escreveu ter sido meio "radical", dando a impressão que "agrados" e "presentes" são "proibidos" pra que a educação dos filhos seja "de primeira", sob o meu ponto de vista, não é só pros pais "totalmente tontos" que a reportagem cabe. Se cada um de nós ler o texto com atenção e nos colocarmos no lugar de filhos (que somos) e/ou de pais (que somos e/ou vamos ser, ou não...rs), com certeza chegaremos a conclusões de "meio termo" e poderemos melhorar como pessoas, inclusive como amigos.

Sobre o título do post, tenho a dizer que: caceta! Ainda não tenho idade biológica pra estar "condor" em diversos lugares do meu corpitcho de sereia mãe!... Deixei a ginastiquinha de lado nos últimos dias, por conta dos "prazos" (já já eu conto essa!!!) e parece que to dentro de uma lata de sardinhas!

Tudo bem que se eu continuar levando e buscando a Isa a pé e fazendo minha ginastiquinha em casa, vou acabar "sumindo". Em uma semana perdi 1,5kg, o qual estou procurando desesperadamente... Alguém viu meu quilo e meio por aí???

Do que me adianta panturrilhas, coxas e glúteos rijos e com a musculatura em ordem se não tenho CARRRRRRRRRRRRRNE pra aumentar tudo isso?... Caraca, nunca imaginei que engordar depois de uma gravidez e depois dos 30 anos fosse tão complicado!!!!

Meu cérebro já não tem consumido mais tanta energia quanto antes. Deixei de pensar em e de me desgastar com diversas coisas desnecessárias, supérfluas, obsoletas... passei a me concentrar nas coisas que me dão prazer e dinheiro. Está bastando pra manter minha "sanidade mental", meus batimentos cardíacos no ritmo certo e meu corpo fora do "liquidificador habitual" que ele andava no final de 2008.

Abstraí das coisas que não posso resolver agora, de pessoas que parecem não ter "conserto", de assuntos que não me interessam nem nesta e nem em outra vida, de lugares nos quais eu não podia ser eu mesma e nem fazer o que eu tenho vontade, de atividades improdutivas ou estressantes... e estou aprendendo a abstrair até da minha raiva!

Fico me perguntando: como é que posso, com tanto "tempo mental livre", emagrecer ao invés de engordar???... Enfim, é mais um mistério entre o céu e a Terra que a nossa vã filosofia não há de responder tão cedo!...rs

Sobre os prazos... é a "fofoca" do mês...rs

Cá estou eu, desempregada e em busca de algo que me dê prazer (p.ex., trabalhar longe desta merda de bairro que eu não aguento mais! - abstraindo da raiva), desde novembro/2008, quando meu telefone toca, 2 dias antes do meu aniversário, com as seguintes afirmativas "Depositei R$ X na sua conta como presente de aniversário e tem diversos laudos e impugnações pra você".

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAPPPPPPPPPPPAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!

Acabou minha paz de espírito! Eu estava tão feliz procurando emprego todos os dias, deixando minha mini-casa com cara de casa de boneca de novo, cuidando da Isa, levando e buscando na escola, fazendo ginastiquinha, até engordando 250g por semana eu estava!... Como vocês podem notar, foi tudo por água abaixo!

Emagreci o que tinha engordado, minha casa está ficando de pernas pro ar outra vez, não tá dando pra procurar emprego todos os dias e a ginastiquinha foi pro beleléu! (Daí deve vir a minha dor nas costas!!!)... Até o pique pra levar e buscar a Isa eu ando perdendo: travou minha virilha direita na segunda feira e não tem outro jeito, tenho que ir e voltar a pé! (Pelo menos as panturrilhas, coxas e glúteos ficam em ordem!)

Minha cabeça não está dando nó. Não permito mais que isso aconteça por causa daqueles dois e nem do trabalho deles. Estou cumprindo os prazos e não vou mais ao escritório, a não ser nos dias que eu acho que devo ir ou que preciso ir (pra devolver os processos e pegar mais). Abstraíííí dessa gente, da falta de consideração dessa gente. Até da falta de escrúpulos dessa gente eu to abstraindo. Minha mãe que não anda muito conformada com a minha "calma" toda em relação a isso. Ela anda menos abstraída e menos calma que eu.

Enfim, é muito estranho ver a merda chegar no seu nariz e você estar abstraída do fato. Nem o cheirinho desagradável eu sinto mais. Mas eu sei o porquê disso estar acontecendo: estou ciente (consciente e inconscientemente) que tenho cumprido meus deveres e minhas obrigações. Isso dá uma paz interna que vocês não têm idéia. É mais uma (das raras) vezes em que se pode sentir uma paz REAL (não aquela que você "finge" pra você mesmo que sente... esta paz que estou sentindo é uma paz que simplesmente se sente e não passa nem pela cabeça que se está sentindo por querer ou sem querer). Muito bom.

Apesar de tudo isso, esta manhã tive um sonho ridículo (ahahaha)! Foi longo o sonho e eu sei até os rostos e conversas, mas está tudo entre nuvens na minha cabeça. Me lembro bem do final: estava sendo assassinada! ahahahahahha... Acordei com o barulho da minha respiração tomando susto... rrrrrrrrridddddddículo! hahahahah

Mas voltei à minha paz habitual (atualmente) quando notei que estava viva! hahahahaha

Fim.

"O DOMÍNIO DOS FILHOS SOBRE OS PAIS"

Tenho, constantemente, lido a RIE (Revista Internacional Espírita) e nela tenho encontrado diversas reportagens interessantes. Sabe-se que o Espiritismo Cristão (Kardecismo) não impõe dogmas e tenta, de certa forma, explicar religiosamente a razão da existência humana na Terra, afirmando serem necessárias diversas encarnações para que o espírito (alma, consciência) evolua de um estado ignorante ao estado da "perfeição divina", através dos ensinamentos do Cristo.

Para muitos, as afirmações e ensinamentos Kardecistas são "crendices", para outros tantos (inclusive para outros adeptos do espiritualismo) o Kardecismo não explica "nada" (ou "tanta coisa assim"), e ainda existem os que acreditam "em termos" nessa religiosidade cristã toda. Eu ainda não sei em qual dos dois últimos grupos eu me enquadro, mas descobrirei em breve (isso se o "breve" não for o final do post).

Enfim, uma das reportagens que me chamou muito a atenção foi a que leva o mesmo título do post. Vou tentar não emitir opiniões pessoais sobre o assunto, deixando a cargo de quem está lendo tirar as conclusões que achar necessárias e/ou cabíveis. Lá vai a transcrição de partes da matéria:

"Sentimento de culpa, baixa auto estima, medo de magoar quem tanto ama, e por consequência perder o seu amor, incapacidade de lidar com problemas, imaturidade psicológica, insegurança diante das questões existenciais (os chamados problemas da vida) devem ser alguns dos caracteres de muitos pais quando não sabem coibir a vontade autoritária de seus filhos. "Mas eles querem! Que posso fazer!?" - se justificam... E deixam de ensinar, de educar. Instrução, costumam dar, ou tentam ofertar, matriculando-os, muitas das vezes com sacrifício, nos melhores colégios, pagando academias de ginásticas e lutas marciais, danças, cursos de línguas estrangeiras...

Sabemos que a pessoa, ao se mostrar realmente amadurecida psicologicamente, só pode ser aquela capaz de suportar frustrações, ingratidões, insucessos, adiar um prazer, enfim, que sabe aceitar sem desânimo e queixa os reveses da vida.

Salientemos que, amadurecido psicologicamente, é uma coisa, amadurecido biologicamente é outra bem diversa... muitos deles são psicologicamente imaturos, criaram dentro de si uma dependência muito grande de seus pais, não se tornaram independentes, quando todos nós... fomos criados para sermos livres... Mostram-se tais pessoas como crianças de 5, 10, 12 anos... No fundo, são pais centralizadores, querem todos girando em sua órbita, preferencialmente num mesmo prédio de apartamentos, ou separados por pequenas distâncias, numa mesma rua ou bairro.

Sabem, vamos dizer agora, o que acontece com tais pessoas, filhos e pais? A vida... cria circunstâncias que as separam, aceitem, queiram ou não, pois a vida, sendo educativa por excelência, nessas horas, é imperativa na hora da aplicação do corretivo - separá-los, para mostrar que podem viver longe um do outro, fisicamente.

O filho imaturo psicológico não luta pelo que deseja e ambiciona. Pedem ajuda aos pais. Querem e determinam sua vontade. O amadurecido sabe que só pode ter, quando ainda dependem de seus pais para comer e dormir, enquanto estes desfrutarem de condições para dar. Assim, aceitam conformados e de forma equilibrada o "não" dos pais...

No fundo, esses imaturos psicológicos não querem se esforçar... É a famosa lei do menor esforço... E os filhos ainda alegam: "É! Mas o pai de fulano deu para ele isto que agora estou lhe pedindo!!"

O pai sente-se inferiorizado, vai e compra, com sacrifício, o que o filho quer, mesmo sentindo, intimamente, que seu subconsciente rejeita esta sua atitude imatura.

... De Deus quantos "não" já recebemos? Por quê? Porque o Não educa mais, muito mais do que o Sim.

Os pais ausentes, fisicamente de casa... e hoje tanto o pai quanto a mãe trabalham fora de casa... sentem-se inclinados a tudo fazer pelos filhos sem exigir-lhes esforços. Imaginam, tais pais, que dando o que eles pedem e querem eliminam sua ausência física deles.

...

Esses pais, muitos deles, carregam sentimento de culpa, ou seja, não deram a esses filhos, em vidas passadas, a atenção, os cuidados que eles necessitavam. E aqui se torna necessário um esclarecimento. Os filhos de hoje não são, obrigatoriamente, os filhos de ontem desprezados pelos pais; os laços de ligação podem ter sido outros, mas eles existiram.

...

Filho mimado é um sério problema. Filhos que recebem de seus pais de graça tudo o que desejam, são um provlema na vida da família, desgraçadamente.

... Quando um filho pede uma moto ou carro aos pais, não dêem... Porque caso eles sofram um desastre de consequências dolorosas, se o pai já carrega sentimento de culpa, esse duplicará, centuplicará. Deixem que ele (filho) compre com o dinheiro dele quando estiver já trabalhando, ganhando o próprio salário, podendo se manter, em todos os sentidos, e até, preferencialmente, morando só, sem a ajuda abusiva dos pais. Tudo que possa, então, acontecer, será simplesmente consequência do livre arbítrio deles...

Pais, não tratem seus filhos como coitadinhos, como deuses, como OBJETOS SEUS! Eles são de Deus, vocês queiram ou não, aceitem ou não tal realidade. Vocês devem, precisam educar os filhos para se tornarem livres dessas amarras neles colocadas por vocês mesmos.

Pais, digam-lhes, quando os filhos lhes pedirem alguma coisa que achem imprópria naqueles momentos de suas vidas: "Achamos que não devem fazer o que me pedem, por esta e aquela razão. Mas se quiserem, façam. Agora, prestem atenção: caso resulte alguma coisa errada, prejudicando vocês, seja lá o que for, assumam a responsabilidade, não a transfiram para nós". Saibam, pais, que os filhos ficarão aborrecidos, deixarão até de falar com vocês durante uns dois dias, pelo menos, e depois tudo voltará às boas, com certeza. Eles precisam de vocês!

Vivam com a consciência tranquila de haver cumprido com seus deveres perante Deus - o de educadores."

Era isso... pais deixando de serem "tontos" e filhos assumindo a responsabilidade pelos próprios atos. =]

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