sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

MINHA CARTINHA



Querido Papai Noel,
O 2013 está chegando ao fim e eu demorei muito pra decidir o que pedir neste Natal, mas consegui decidir antes que o senhor saia com as renas no dia 24. Vou fazer uma lista simples e, prometo, vou tentar não colocar aspas, parênteses, pedidos de duplo sentido e nem nada disso. Quem sabe se eu simplificar o senhor me atende não é mesmo? Como eu não sou egoísta, vou pedir presentes pra alguns amigos e irmãos também. Vamos lá.

1. Respeito entre as pessoas, independente de idade, gênero, crença, condição social ou cultural
2. Respeito às liberdades individuais de pensamento, opinião, expressão, escolha e de sentimentos
3. Que as pessoas entendam e consigam sentir que ninguém é mais que ninguém, já que os caminhos percorridos podem ser diferentes, mas o fim é sempre o mesmo
4. Que as pessoas se valorizem mais
5. Que as pessoas se amem mais
6. Que as pessoas se tolerem mais
7. Que as pessoas sejam mais pacientes
8. Que as pessoas sejam mais generosas
9. Que as pessoas percebam que em qualquer dos continentes, todos querem a mesma coisa: ser feliz
10. Que todos tenham moradia digna, serviços de educação e saúde de qualidade, comida no prato e agasalho no frio
11. Que a violência contra o ser humano e contra os animais acabe, porque todos sentimos dor
12. Que não haja mais violência moral e emocional
13. Que os bons exemplos comecem a vir "de cima", já que ninguém tem olhado pro lado
14. Que as pessoas comecem a olhar pro lado
15. Que aprendamos a não desprezar aqueles que nos querem bem, que nos valorizam e que estão conosco em qualquer momento da vida
16. Que as amizades sejam desinteressadas e se fortaleçam
17. Que as pessoas assumam a responsabilidade e as consequências de seus próprios atos
18. Que as pessoas possam ser motivadas a abandonar seus vícios e transformá-los em virtudes
19. Que as pessoas possam ter acesso à cultura e lazer de forma sadia
20. Que todos saibam que cada um tem seu lugar no mundo
21. Que aprendamos que a nossa liberdade é sempre menor que a liberdade dos outros
22. Que lembremos que conhecimento não ocupa espaço e que se for repartido só cresce e nunca se perde
23. Que possamos TODOS ter a mesma qualidade de vida que eu tinha 20 anos atrás
24. Que as pessoas aprendam a votar, já que não temos outra alternativa, por enquanto
25. Que o socialismo desapareça da face da Terra
26. Que os socialistas passem a ser honestos (eu sei que isso é difícil, Papai Noel, mas faz um esforço vai?)
27. Que não nos falte nada que seja necessário pra continuar tocando a vida de forma digna
28. Que todos possamos ter mais momentos alegres que tristes
29. Que consigamos entender que a felicidade é passageira e depende de nós prolongar ou reduzir sua permanência em nossas vidas
30. Que todos consigamos nos encarar como iguais, como irmãos.

Agora, Papai Noel, vou fazer meus pedidos pessoais, ta?
Gostaria de deixar em 2013 tudo de mal e errado que aconteceu e tem acontecido, inclusive e principalmente determinadas lembranças. Gostaria de começar 2014 com a saúde em dia e emprego novo. Gostaria de poder prover minha filha, minha casa, minha vida como fazia antes de ficar mal. Mas, as duas coisas mais importantes de todas: quero livrar meu coração desse peso triste que ele está carregando e ocupá-lo com sentimentos melhores.

E, pra 2014, não faço planos, nem promessas, nem traço metas. Não sou boa nisso.

Ah, Papai Noel, mais uma coisa: me ensina a desistir?
Obrigada.

Feliz Natal a todos e, lembrem-se: é uma data comercial e religiosa. Vários deuses "nasceram" no mesmo dia. Mas não custa respeitar. Aqui em casa não enfeitamos nada, porque o importante é a harmonia e a felicidade de estarmos juntas e unidas.

Bjos pra vcs.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

SEI LÁ



Faz 2 dias que estou com aquele sentimento de "sei lá". Nem adianta me perguntar se eu estou bem porque "sei lá". Se eu estou com apetite? Sei lá. Se quero sair ou ficar em casa? Sei lá. Calça ou saia? Sei lá. Estou "sei lá" pra quase tudo, apesar que tem outras frases que também definem bem a situação "só me fodo nessa merda", "que se foda essa merda toda", "estou merecendo aplausos na cara", "tá foda viver", "isso tá muito causado", "ah mano", "ó lá a merda feita", "o que eu deveria sentir?", "todos os argumentos são inválidos", "é de cair o cu da bunda", "me obrigue", "me solta que vou dar na cara dessa égua", "qual a necessidade disso?", "vai chorar, é?", dentre outras tantas, mas nenhuma que preste.

Certas coisas acontecem e a gente não entende o porquê na hora. Às vezes, levamos anos pra entender. E eu, sinceramente, não vejo a hora de entender por que eu resolvi "me deixar amolecer", por que eu resolvi "me abrir". É tão mais simples manter distância, ser fria, não me preocupar, não me importar, não ter consideração e funcionar somente na base da educação e da política da boa vizinhança. É muito mais simples. É método eficaz e indolor de convivência. Mas, não... fiz tudo ao contrário. Burra, burra, mil vezes burra.

Se, ainda, esse meu "erro de conduta" fosse/tivesse sido valorizado, ok, teria valido a pena. Mas também não foi. Só que agora é tarde demais pra remediar. Tenho 2 saídas: tentar ou desistir. O que vou decidir? SEI LÁ! Não consigo raciocinar. O lado racional está totalmente falho de uns dias pra cá. 

Pessoa certa na hora errada? DUVIDO. É falta de interesse, de sentimento, de consideração. Acho que todas as coisas boas que foram ditas a mim eram mentiras, palavras soltas de modo falso. Sei lá. O grande lance é não tratar como molotov quem te trata como biribinha... mas até eu conseguir reverter a coisa, sei lá quanto tempo vai levar.

Por enquanto, vou "especulando" mentalmente e seguindo com saudade.

domingo, 1 de dezembro de 2013

NEM MORNO, NEM NEUTRO


Desde meu mais recente texto, diversas coisas aconteceram e me fizeram pensar e repensar minha própria vida. Devo admitir que conheci mais pessoas boas que más (apesar de saber que ninguém é 100% bom, nem 100% mau). Conheci pessoas que enfrentam e que correm, que agem e se omitem, que são sinceras e que mentem, generosas e egoístas, pessoas que são honestas e outras totalmente sem caráter.

Dentre essas pessoas que eu chamo de boas, existem as que expõem seus pensamentos e outras que fingem ser neutras. Eu digo "fingem" porque NINGUÉM consegue ser neutro em determinadas situações. Alias, creio que em nenhuma situação. A partir do momento que temos princípios, valores, se torna impossível ser neutro, já que isso só vai acontecer enquanto não temos opinião formada sobre algum assunto. É, opinião formada acaba com qualquer neutralidade.

Dentre as pessoas boas e más, têm aquelas "mornas", que parece que "tanto faz". Essas também não me agradam. São as que ficam com um pé em cada canoa, "meditando" sobre o que sentir frente aos acontecimentos rotineiros ou não da vida.

Não gosto dos neutros e mornos. São chatos, difíceis de lidar e nunca sabemos quando eles vão nos virar as costas ou não. "Backstabber" tem aos montes pelo mundo e ninguém gosta deles, nem eles mesmos gostam de outros "backstabbers". Pra ser bem clara e como eu não sou neutra, nem morna, os que se enquadram nesses dois conceitos, ao meu ver, NÃO PRESTAM. Não são o tipo de pessoas que devem participar da vida em sociedade, porque mais prejudicam do que colaboram.

As coisas são muito mais simples quando são preto no branco - ou vice-versa - apesar de não precisarem ser levadas a ferro e fogo. Colorido, só amizade com o sexo oposto. Cinza? Só os livros pornôs da sexualmente frustrada lá.

Ando percebendo mornices e neutralidades a meu redor. Tenho literalmente DELETADO. Do facebook, do celular e do pensamento. Aconteceram coisas que me deixaram mais fria e mais insensível. Em três horas me tornaram um ser humano pior. Tudo o que levei quase 10 anos pra melhorar, veio um filho da puta e destruiu. Anarquia, levar ao caos pra reconstruir, não é coisa que se faça com seres vivos, só com o sistema. Mas existem pessoas que não pensam assim... se é que pensam.

Quando eu pensei que ia conseguir "reerguer" as COISAS, EU "caí" (fui derrubada, na verdade). Isso me fez perceber que, na minha escuridão interior, têm apenas 3 focos de luz (mensagem subliminar pros inteligentes). Dois deles, constantes. Um, parece a "bebida que pisca" (prefiro quando está aceso e quente). São essas 3 pessoas que me fazem acreditar que ainda existem pessoas que vale a pena amar, em todos os sentidos do verbo.

Eu tinha conseguido me afastar um pouco da desconfiança, da agressividade, da violência, do gosto pelos métodos de tortura... Tinha me aproximado da minha religião, da indulgência, da paciência, da tolerância, da generosidade, das leituras saudáveis... Foi tudo por água abaixo. Eu tinha esquecido da "campanha do armamento" e, agora, não sei o que faria se pudesse andar com uma arma. Ao invés de "amor universal", estou sentindo "ódio universal". Tenho consciência que isso faz mal só pra mim mesma, mas é o que me sinto capaz agora. Exceto por questões familiares, nunca me forcei a fazer nada que eu não quisesse e nunca permiti que me forçassem. Nunca havia me sentido impotente ou fraca ou desamparada (tirando um período longo após a morte do meu Pai).

Essas sensações são péssimas. É horrível você não poder fazer nada por quem você ama, mas não conseguir fazer nada por você mesmo, também é. Pra alguns que estão lendo, o texto parece sem sentido. Pra outros, sei que vão entender muito bem do que falo.

As consequências estão sendo as piores possíveis. Estou com medo das pessoas, de abraçar meus amigos, de sair na rua. Não consigo dormir direito. Não consigo trabalhar. Aliás, nem trabalho tenho mais. "Saí" do lance dos cálculos e agora está na hora de me afastar disso também, mudar de área, de ares, de convívio. Não sei se vai ser fácil conseguir um emprego (é, quero carteira assinada, FGTS e INSS, porque por quase 14 anos não tive isso... e quando precisei do INSS, tomei um belo não).

Quero mudar minha vida. Gosto muito de algumas pessoas com quem tenho "convivido" e não quero, nem vou deixá-las de lado, nem virar as costas a elas. Não vou deixar de vê-las, de falar com elas, de sair com elas. Tenho esse direito de escolher quem eu quero dentro ou fora da minha vida e, isso, NINGUÉM pode me tirar ou limitar. Respeito minha casa e minha família, e isso é o que importa. O que acontece dentro de mim, só a mim compete resolver e decidir. Se a decisão for errada, pelo menos eu sei que foi minha.

Só pra constar: me preocupo com as pessoas. Cada uma a seu modo. Com algumas me preocupo mais, com outras, menos. Aconselho a quem convive/conversa comigo nunca se comparar a ninguém. Cada pessoa na minha vida é única, ocupa um espaço diferente da outra e só eu sei as "fronteiras" desses "territórios", e também não vou expô-las.

Acho que era isso. Não dormi direito, estou capengando de sono e está difícil concatenar as ideias. Quem sabe o próximo post fica melhorzinho.

Bom domingo pra vocês.
Bjo na bunda.

Translate

Direitos autorais reservados à autora.. Tecnologia do Blogger.