sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

MINHA CARTINHA



Querido Papai Noel,
O 2013 está chegando ao fim e eu demorei muito pra decidir o que pedir neste Natal, mas consegui decidir antes que o senhor saia com as renas no dia 24. Vou fazer uma lista simples e, prometo, vou tentar não colocar aspas, parênteses, pedidos de duplo sentido e nem nada disso. Quem sabe se eu simplificar o senhor me atende não é mesmo? Como eu não sou egoísta, vou pedir presentes pra alguns amigos e irmãos também. Vamos lá.

1. Respeito entre as pessoas, independente de idade, gênero, crença, condição social ou cultural
2. Respeito às liberdades individuais de pensamento, opinião, expressão, escolha e de sentimentos
3. Que as pessoas entendam e consigam sentir que ninguém é mais que ninguém, já que os caminhos percorridos podem ser diferentes, mas o fim é sempre o mesmo
4. Que as pessoas se valorizem mais
5. Que as pessoas se amem mais
6. Que as pessoas se tolerem mais
7. Que as pessoas sejam mais pacientes
8. Que as pessoas sejam mais generosas
9. Que as pessoas percebam que em qualquer dos continentes, todos querem a mesma coisa: ser feliz
10. Que todos tenham moradia digna, serviços de educação e saúde de qualidade, comida no prato e agasalho no frio
11. Que a violência contra o ser humano e contra os animais acabe, porque todos sentimos dor
12. Que não haja mais violência moral e emocional
13. Que os bons exemplos comecem a vir "de cima", já que ninguém tem olhado pro lado
14. Que as pessoas comecem a olhar pro lado
15. Que aprendamos a não desprezar aqueles que nos querem bem, que nos valorizam e que estão conosco em qualquer momento da vida
16. Que as amizades sejam desinteressadas e se fortaleçam
17. Que as pessoas assumam a responsabilidade e as consequências de seus próprios atos
18. Que as pessoas possam ser motivadas a abandonar seus vícios e transformá-los em virtudes
19. Que as pessoas possam ter acesso à cultura e lazer de forma sadia
20. Que todos saibam que cada um tem seu lugar no mundo
21. Que aprendamos que a nossa liberdade é sempre menor que a liberdade dos outros
22. Que lembremos que conhecimento não ocupa espaço e que se for repartido só cresce e nunca se perde
23. Que possamos TODOS ter a mesma qualidade de vida que eu tinha 20 anos atrás
24. Que as pessoas aprendam a votar, já que não temos outra alternativa, por enquanto
25. Que o socialismo desapareça da face da Terra
26. Que os socialistas passem a ser honestos (eu sei que isso é difícil, Papai Noel, mas faz um esforço vai?)
27. Que não nos falte nada que seja necessário pra continuar tocando a vida de forma digna
28. Que todos possamos ter mais momentos alegres que tristes
29. Que consigamos entender que a felicidade é passageira e depende de nós prolongar ou reduzir sua permanência em nossas vidas
30. Que todos consigamos nos encarar como iguais, como irmãos.

Agora, Papai Noel, vou fazer meus pedidos pessoais, ta?
Gostaria de deixar em 2013 tudo de mal e errado que aconteceu e tem acontecido, inclusive e principalmente determinadas lembranças. Gostaria de começar 2014 com a saúde em dia e emprego novo. Gostaria de poder prover minha filha, minha casa, minha vida como fazia antes de ficar mal. Mas, as duas coisas mais importantes de todas: quero livrar meu coração desse peso triste que ele está carregando e ocupá-lo com sentimentos melhores.

E, pra 2014, não faço planos, nem promessas, nem traço metas. Não sou boa nisso.

Ah, Papai Noel, mais uma coisa: me ensina a desistir?
Obrigada.

Feliz Natal a todos e, lembrem-se: é uma data comercial e religiosa. Vários deuses "nasceram" no mesmo dia. Mas não custa respeitar. Aqui em casa não enfeitamos nada, porque o importante é a harmonia e a felicidade de estarmos juntas e unidas.

Bjos pra vcs.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

SEI LÁ



Faz 2 dias que estou com aquele sentimento de "sei lá". Nem adianta me perguntar se eu estou bem porque "sei lá". Se eu estou com apetite? Sei lá. Se quero sair ou ficar em casa? Sei lá. Calça ou saia? Sei lá. Estou "sei lá" pra quase tudo, apesar que tem outras frases que também definem bem a situação "só me fodo nessa merda", "que se foda essa merda toda", "estou merecendo aplausos na cara", "tá foda viver", "isso tá muito causado", "ah mano", "ó lá a merda feita", "o que eu deveria sentir?", "todos os argumentos são inválidos", "é de cair o cu da bunda", "me obrigue", "me solta que vou dar na cara dessa égua", "qual a necessidade disso?", "vai chorar, é?", dentre outras tantas, mas nenhuma que preste.

Certas coisas acontecem e a gente não entende o porquê na hora. Às vezes, levamos anos pra entender. E eu, sinceramente, não vejo a hora de entender por que eu resolvi "me deixar amolecer", por que eu resolvi "me abrir". É tão mais simples manter distância, ser fria, não me preocupar, não me importar, não ter consideração e funcionar somente na base da educação e da política da boa vizinhança. É muito mais simples. É método eficaz e indolor de convivência. Mas, não... fiz tudo ao contrário. Burra, burra, mil vezes burra.

Se, ainda, esse meu "erro de conduta" fosse/tivesse sido valorizado, ok, teria valido a pena. Mas também não foi. Só que agora é tarde demais pra remediar. Tenho 2 saídas: tentar ou desistir. O que vou decidir? SEI LÁ! Não consigo raciocinar. O lado racional está totalmente falho de uns dias pra cá. 

Pessoa certa na hora errada? DUVIDO. É falta de interesse, de sentimento, de consideração. Acho que todas as coisas boas que foram ditas a mim eram mentiras, palavras soltas de modo falso. Sei lá. O grande lance é não tratar como molotov quem te trata como biribinha... mas até eu conseguir reverter a coisa, sei lá quanto tempo vai levar.

Por enquanto, vou "especulando" mentalmente e seguindo com saudade.

domingo, 1 de dezembro de 2013

NEM MORNO, NEM NEUTRO


Desde meu mais recente texto, diversas coisas aconteceram e me fizeram pensar e repensar minha própria vida. Devo admitir que conheci mais pessoas boas que más (apesar de saber que ninguém é 100% bom, nem 100% mau). Conheci pessoas que enfrentam e que correm, que agem e se omitem, que são sinceras e que mentem, generosas e egoístas, pessoas que são honestas e outras totalmente sem caráter.

Dentre essas pessoas que eu chamo de boas, existem as que expõem seus pensamentos e outras que fingem ser neutras. Eu digo "fingem" porque NINGUÉM consegue ser neutro em determinadas situações. Alias, creio que em nenhuma situação. A partir do momento que temos princípios, valores, se torna impossível ser neutro, já que isso só vai acontecer enquanto não temos opinião formada sobre algum assunto. É, opinião formada acaba com qualquer neutralidade.

Dentre as pessoas boas e más, têm aquelas "mornas", que parece que "tanto faz". Essas também não me agradam. São as que ficam com um pé em cada canoa, "meditando" sobre o que sentir frente aos acontecimentos rotineiros ou não da vida.

Não gosto dos neutros e mornos. São chatos, difíceis de lidar e nunca sabemos quando eles vão nos virar as costas ou não. "Backstabber" tem aos montes pelo mundo e ninguém gosta deles, nem eles mesmos gostam de outros "backstabbers". Pra ser bem clara e como eu não sou neutra, nem morna, os que se enquadram nesses dois conceitos, ao meu ver, NÃO PRESTAM. Não são o tipo de pessoas que devem participar da vida em sociedade, porque mais prejudicam do que colaboram.

As coisas são muito mais simples quando são preto no branco - ou vice-versa - apesar de não precisarem ser levadas a ferro e fogo. Colorido, só amizade com o sexo oposto. Cinza? Só os livros pornôs da sexualmente frustrada lá.

Ando percebendo mornices e neutralidades a meu redor. Tenho literalmente DELETADO. Do facebook, do celular e do pensamento. Aconteceram coisas que me deixaram mais fria e mais insensível. Em três horas me tornaram um ser humano pior. Tudo o que levei quase 10 anos pra melhorar, veio um filho da puta e destruiu. Anarquia, levar ao caos pra reconstruir, não é coisa que se faça com seres vivos, só com o sistema. Mas existem pessoas que não pensam assim... se é que pensam.

Quando eu pensei que ia conseguir "reerguer" as COISAS, EU "caí" (fui derrubada, na verdade). Isso me fez perceber que, na minha escuridão interior, têm apenas 3 focos de luz (mensagem subliminar pros inteligentes). Dois deles, constantes. Um, parece a "bebida que pisca" (prefiro quando está aceso e quente). São essas 3 pessoas que me fazem acreditar que ainda existem pessoas que vale a pena amar, em todos os sentidos do verbo.

Eu tinha conseguido me afastar um pouco da desconfiança, da agressividade, da violência, do gosto pelos métodos de tortura... Tinha me aproximado da minha religião, da indulgência, da paciência, da tolerância, da generosidade, das leituras saudáveis... Foi tudo por água abaixo. Eu tinha esquecido da "campanha do armamento" e, agora, não sei o que faria se pudesse andar com uma arma. Ao invés de "amor universal", estou sentindo "ódio universal". Tenho consciência que isso faz mal só pra mim mesma, mas é o que me sinto capaz agora. Exceto por questões familiares, nunca me forcei a fazer nada que eu não quisesse e nunca permiti que me forçassem. Nunca havia me sentido impotente ou fraca ou desamparada (tirando um período longo após a morte do meu Pai).

Essas sensações são péssimas. É horrível você não poder fazer nada por quem você ama, mas não conseguir fazer nada por você mesmo, também é. Pra alguns que estão lendo, o texto parece sem sentido. Pra outros, sei que vão entender muito bem do que falo.

As consequências estão sendo as piores possíveis. Estou com medo das pessoas, de abraçar meus amigos, de sair na rua. Não consigo dormir direito. Não consigo trabalhar. Aliás, nem trabalho tenho mais. "Saí" do lance dos cálculos e agora está na hora de me afastar disso também, mudar de área, de ares, de convívio. Não sei se vai ser fácil conseguir um emprego (é, quero carteira assinada, FGTS e INSS, porque por quase 14 anos não tive isso... e quando precisei do INSS, tomei um belo não).

Quero mudar minha vida. Gosto muito de algumas pessoas com quem tenho "convivido" e não quero, nem vou deixá-las de lado, nem virar as costas a elas. Não vou deixar de vê-las, de falar com elas, de sair com elas. Tenho esse direito de escolher quem eu quero dentro ou fora da minha vida e, isso, NINGUÉM pode me tirar ou limitar. Respeito minha casa e minha família, e isso é o que importa. O que acontece dentro de mim, só a mim compete resolver e decidir. Se a decisão for errada, pelo menos eu sei que foi minha.

Só pra constar: me preocupo com as pessoas. Cada uma a seu modo. Com algumas me preocupo mais, com outras, menos. Aconselho a quem convive/conversa comigo nunca se comparar a ninguém. Cada pessoa na minha vida é única, ocupa um espaço diferente da outra e só eu sei as "fronteiras" desses "territórios", e também não vou expô-las.

Acho que era isso. Não dormi direito, estou capengando de sono e está difícil concatenar as ideias. Quem sabe o próximo post fica melhorzinho.

Bom domingo pra vocês.
Bjo na bunda.

domingo, 27 de outubro de 2013

EU APRENDI


Tinha uma comunidade no orkut chamada "as máscaras sempre caem". Verdade. O lance é que tem "gente" que passa anos e anos colando a tal máscara com super bonder, com a única e simples finalidade de se proteger. "Se proteger do que?", vocês devem estar se perguntando, mas vou me dar o direito de responder que somente cada pessoa sabe exatamente daquilo que precisa se proteger, que são circunstâncias pessoais e não precisam ser expostas em um blog. Pelo menos, não as minhas. O que eu puder, vou escrever no decorrer do post, é só ficar atento nas entrelinhas.

Nasci, fui criada e cresci no seio de uma família de "pessoas de bem", trabalhadoras, pobres, que nem sempre conseguiram construir um patrimônio ou fazer uma faculdade. No meu caso, dei "sorte". Minha mãe tem duas faculdades, meu pai tinha uma, eu tenho uma e estou com a segunda trancada (pq to sem grana e vou lá tentar o FIES). Tive sorte dos meus pais terem se matado pra comprar a "casa própria", de eu ter estudado em boa escolas particulares, ter feito cursos de línguas, ter sido sócia de clubes, de ter tido um cavalo e ter praticado hipismo clássico, dentre outros esportes. Tive SIM muita sorte. Eu mesma não me sinto capaz de realizar 1/4 do que meus pais realizaram até hoje (tanto que não realizei). Eu era patricinha (e "continuo sendo", afinal, quando você aprende e se acostuma com determinados tipos de coisas, fica bem difícil "largar o osso").

Minha mãe, conservadora, meu pai, hoje eu percebo, só era ciumento da filha única, mas tinha ideias muito mais liberais que minha mãe. Me lembro dele dizendo que eu era anarquista, mas que anarquia não era baderna. Ele dizia que era pra eu entrar nos eixos rs. Hoje percebo que SEMPRE tive problemas com autoridade. Não TOLERO que tentem mandar em mim, que me tolham, que tentem "cortar minhas asas". Não tolero que me cobrem. Sei das minhas responsabilidades, PORÉM, em determinados momentos, não consigo cumpri-las e, em outros, NÃO QUERO cumpri-las. E não admito que NINGUÉM me obrigue a isso, ou a qualquer outra coisa que eu não queira ou não me disponha a fazer.

Sou, como diziam, "gênio ruim". Tenho, como ainda dizem, "personalidade forte". Sempre disseram que eu era/sou "rebelde sem causa". Mas também tenho caráter, sou honesta e sincera ao extremo, mesmo que doa. PORÉM, me escondi. Durante quase 20 anos, fiquei escondidinha, tipo o frango com catupiry dentro da coxinha. Por quê? Família com profissões e funções ligadas aos órgãos judiciais, que eu nunca quis prejudicar, obviamente. Se eu gosto/gostava? NÃO. Quase 20 anos é mais da metade da minha vida e não é gostoso você viver nervosa, tendo que se omitir, "fingir", esconder determinados pensamentos e sentimentos pra não magoar ou prejudicar alguém.

Cansei de ouvir "você só está de bom humor e só trata bem os seus amigos", "você não conversa com a gente", "você só quer saber de sair", "você é irresponsável", e agora, a mais nova, "você tem uma filha de 10 anos pra criar". PORRA PUTA QUE PARIU. Se eu não tivesse passado uma vida sendo reprimida, criticada, julgada, tolhida, pressionada, cobrada, talvez eu fosse diferente né. Se eu tivesse sido ensinada a pensar (aprendi na marra) ao invés de apenas "obedecer ordens" (é, meus pais eram 2 generais, apesar de todo o diálogo que tivemos/temos - pra quem não sabe, meu Pai faleceu em 1997) e se tivesse meus pontos de vista considerados, esclarecidos, e se tivesse tido maior liberdade de escolha, eu seria diferente.

Na verdade, eu escolhi. Só não mostrei. Não busquei maiores informações sobre determinados assuntos, não li determinados livros, não assisti determinados filmes, não saí com determinadas pessoas, simplesmente PRA NÃO TER ENCHEÇÃO DE SACO. Foi azar o meu. Estou tendo que correr atrás do prejuízo agora, mas não tem problema. Eu aprendo rápido e aprendi a aprender com a experiência alheia.

Nos últimos meses, tem gente achando que eu estou sendo manipulada. LEDO ENGANO. Ninguém me subverte. Ninguém tem esse poder. EU estou permitindo que informações cheguem até mim por pessoas que pensam como eu, mas que sabem mais que eu. Só que isso tem sido um choque e está causando uma falta de entendimento, uma confusão, na cabeça das pessoas que estavam acostumadas comigo sendo "certinha".

Deixando claro: EU NUNCA FUI REAÇA. Só ficava na minha e expunha (e exponho ainda) a parte dos meus pontos de vista que condiziam com o meu lado que não foi reprimido. Se eu gosto da PM e das FFAA? Sim. Se eu gosto do meu País e da bandeira verde e amarela? Sim. Sou Brasileira e vou fazer o que eu puder pra ver meu País melhor. MESMO QUE SEJA IR CONTRA A OPINIÃO DAS PESSOAS, se eu acreditar do fundo do meu coração que estou fazendo o melhor.

Não vou aqui explicar o porquê de eu apoiar (até certo ponto) a intervenção militar e nem vou explicar o porquê de eu apoiar (até certo ponto) a tática Black Bloc. Isso fica pra outro post.

O importante aqui é deixar claro que os "anarquistas arruaceiros vagabundos terroristas vândalos irresponsáveis bandidos" são os que, mesmo sabendo do meu lado "reaça", NÃO ME JULGAM. Vêm conversar comigo, questionam, dialogam e NÃO ME DÃO ORDENS NEM ME CENSURAM. Se me zoam? ÓBVIO, da mesma forma que faço com eles. Uma pena que o pessoal "de direita" esteja agindo de maneira oposta.

Minha posição política não vai mudar meu caráter e nem meu coração, nem meu sentimento de querer um mundo melhor e nem minha vontade de fazer o bem. Quem é inteligente, aproveita, fica por perto, ganha minha amizade e minha confiança. E, garanto, isso NÃO É NADA FÁCIL. Sou desconfiada de tudo e de todos. Tive que aprender a ser, pra sobreviver da forma que sobrevivi (escondida).

Se eu demonstro sentimentos? NÃO. Todo mundo deve pensar aí que eu sou uma pedra de gelo. São realmente poucos os que conseguem ver "além". Estes, se dão bem. Ganham uma amiga pra vida inteira. Amiga daquelas que chega dando voadora (mesmo que seja voadora moral) e que, mesmo o amigo estando errado, não vai permitir que falem mal dele, dentre outras coisas. Quem eu chamo de amigo deveria saber que é assim. Se não sabe, passou da hora de ficar sabendo. Se não acredita, avisa logo que eu paro de perder tempo. \o/

Uma coisa eu tenho pra esclarecer. POR QUE, no dia 15/10, na manifestação dos professores, me ouviram gritando "quebra toda essa merda mesmo". Primeiro, porque quem teve 2 bombas miradas na cabeça enquanto simplesmente se afastava do tumulto fui eu e não nenhum de vocês. Segundo, porque quem ficou com as pernas travadas e sem conseguir respirar por causa do gás lacrimogênio fui eu e não nenhum de vocês. Terceiro, porque quem foi ajudada por anarquistas e black blocs fui eu e não nenhum de vocês. Quarto, porque quem viu/entendeu que realmente a PMESP tá uma merda fui eu e não nenhum de vocês. Quinto, porque FOI LIBERTADOR. Já que eu "não podia" dar uns box no PM que me atacou, tinha que arrumar um jeito de soltar minha ira.

Mais uma coisa: VIDRAÇAS NÃO SENTEM DOR. PESSOAS SIM.
Gostem ou não, é a mais pura verdade. Se eu aprovo ou concordo? NÃO. Gosto mais da parte da tática que protege as pessoas. MAS, ENTENDO PERFEITAMENTE o porquê de determinadas coisas acontecerem. Entendo o sentimento A.C.A.B. (pesquisem). Entendo a indignação contra o capitalismo e contra o Estado.

Continuo detestando comunismo, socialismo, leninismo e qualquer doutrina vermelha. Não suporto partidos vermelhos e "esquerdopatas" (anarquistas não são esquerdopatas e nem são vermelhos e os que gostam de misturar o vermelho com o preto não me representam). Sou contra o Foro de São Paulo e, por mim, "pessoas de bem" e black bloc deveriam se unir contra essa merda. Sou pró-família, contra o aborto, contra a marcha das vadias, detesto maconheiro ahahha... sim, tenho meu lado conservador e tenho minhas razões (jurídicas e científicas) pra ser contra essas coisas. PORÉM, se cada um quiser se foder e se desrespeitar, que se foda e se desrespeite. Mas se chegar em mim ou quiser me obrigar a algo ou a concordar com algo, VAI LEVAR, afinal, tenho meus direitos e não abro mão deles. Cumpro meus deveres e todos deveriam cumprir também.

E se tiver que votar no Aécio pra tirar o PT eu VOU VOTAR kkkkkkkkk. Nem adianta me encher o saco. Não voto nulo nem branco.

Se quiserem algum esclarecimento que não seja a respeito da intervenção militar e do black bloc (que, como eu disse, farei outro post), deixem comentários que eu autorizo e respondo depois.

To com preguiça de escrever mais. Bjo oto tchau.






terça-feira, 1 de outubro de 2013

"S"ERTO!



As coisas não estão boas. Nem pra mim, nem pros meus amigos e nem pro País. Tem gente tentando consertar, da forma que pode, da forma que sabe. O que todos os que estão tentando têm em comum é o fato de não estarem obtendo os resultados desejados. Se há resultados? Claro que sim, mas não os especificamente programados e isso está atrapalhando bastante as manifestações e desgastando muita gente.

No dia 07 de setembro, fui em duas manifestações: pela manhã, no Anhembi, pedindo pela intervenção militar (sim! eu considero a intervenção UMA saída) e, à tarde, na Paulista e, aí, parecia que cada um tinha uma pauta. Eu não desisto da rejeição da PEC 33 e nem da aprovação das PECs 280 e 300. Também não desisto da luta (que, às vezes, vira discussão intensa) contra essa "sombra vermelha" que paira sobre o País. Por enquanto, é só a sombra de algumas bandeiras de partidos políticos, mas se não nos cuidarmos, a sombra vai ser de sangue mesmo. E, só não ver quem não quer, quem está iludido, quem é inexperiente demais.

No dia 7, muitas pessoas, vulgarmente conhecidas como coxinhas, fascistas, patriotas idiotas, seguiram, equivocadamente, a manifestação que seria "destinada" ao Black Bloc e alguns partidários vermelhos que estavam presentes, fazendo barulho com tambores e, no caso do bloco, tinha o falso do socialista que se passa por anarquista no microfone, incitando a quebradeira e mandando os "coxinhas pra casa depois das 6 da tarde, porque eles iam voltar pra quebrar tudo na Paulista, patrimônio público e privado". O que aconteceu depois que esse pessoal saiu do MASP, eu não sei. Não sei se o carro de som acompanhou o bloco e os partidários até a hora que deu o conflito ou não (creio que não, afinal, o suposto anarquista que come Bob's, toma Coca-Cola e usa Converse gosta mesmo é de se esconder, de viajar pelo mundo e de manipular as pessoas - triste é que, com o novo evento dele, ele está conseguindo).

Só sei que ouvi da PM que os "mascarados" estavam sendo encurralados no Centro pra não voltarem pra Paulista. Só que eles voltaram, pelo menos uma parte deles. Chegou no Puppy (em frente à Gazeta), deu o quebra. Era de se esperar, afinal, "aquele senhor" tinha dito no MICROFONE (a PM não é surda, certo?) que voltariam pra quebrar tudo. Se havia manifestantes pacíficos no meio da repressão, foi burrice deles mesmos, porque sabiam do risco que corriam, afinal, também não são surdos. Eu vi a PM se aglomerando, vi um PM dando várias cacetadas na mesma pessoa... e saí de perto. Não gosto de violência, não estava próxima o suficiente do Puppy pra afirmar como a coisa começou. Depois, só ouvi um lado (dos manifestantes), mas não o da PM, então, me abstenho de opinar sobre a "ação" do dia 7.

Quando me afastei e me aproximei da faixa dos manifestantes pacíficos, pra continuar o caminho de volta, uns garotos (um de cara limpa, os outros, mascarados), chegaram bem perto de mim, me chamaram de fascista e patriota idiota. Eu não tenho sangue de barata. Dei dois passos na direção deles e gritei "ma-nipulados"... eles foram embora. Fiquei com muita raiva e magoada, por vários dias. Briguei com duas pessoas que eu gosto por causa desse fato. Fiquei com mais raiva ainda. Se eu já não aprovava o que o pessoal chama de "ação direta", a partir desse dia, começou a ser pessoal. Raiva generalizada por todos os mascarados e seus apoiadores. Afinal, eles eram burros o bastante pra NÃO percecber que, quem estava na manifestação "coxinha" estava brigando pelos interesses DELES TAMBÉM... E nunca, nós, coxinhas, quisemos a rua só pra gente ou expulsamos alguém de uma manifestação (exceto pelos petralhas paus-mandados do Rui Falcão - mas petralha não é "alguém", é "algo", certo? rs).

Fiquei vários dias remoendo... e resolvi criar o evento pelo voto impresso. Criei. Convidei o pessoal. Então, nos dias 17 e 18 ia ter manifestação contra os Embargos Infringentes do mensalão. Fui nos 2 dias. Na quarta, estávamos em pouquíssimas pessoas e, alguns, desistiram assim que escureceu (às vezes eu acho que algumas pessoas fazem essas coisas pra aparecer, pra ser popular e, quando vê que não está "abafando", se encolhe ou se retira - o que é ridículo... já que o problema é de todos e todos são iguais, principalmente nessas horas).

Na quinta, estávamos em poucos também e, qual não foi a surpresa quando alguns mascarados se juntaram a nós, os patriotas idiotas, com bandeiras do Brasil amarradas nas costas, e colaboraram com a manifestação, de forma pacífica e LINDA. Num primeiro momento, eu levei minha filha pro Charme, acompanhadas da Ana, pra observar e ver como ficaria a situação... Ficou tudo calmo, voltamos pra pista que estava sendo fechada (sentido Centro). Ficamos lá (eu e a Isa) até as 18h. Tive, nesse dia, a oportunidade de conversar, pela primeira vez, com um cara adepto da tática Black Bloc. Educado e paciente, ele me esclareceu algumas coisas. Depois, um deles (ainda vou dar o troco, viu, moço! rs) veio com o megafone no meu ouvido rs... e, então, vim embora pra casa.

Nesse dia, fiquei pensando como seria legal se, com muito mais gente - que é o ideal, tanto o bloco quanto os patriotas conseguissem participar das mesmas manifestações, sempre. Numa boa. Todos pela mesma causa, todos com as mesmas palavras de ordem. No dia 18 de setembro, não teve violência de lado nenhum. Os mascarados estavam em número bem reduzido, mas não creio que isso faria diferença se eles resolvessem partir pra "ação direta". De qualquer forma, esse dia me encheu de esperanças. Até comecei a pensar "ah, deve ter mais Black Bloc legal além do M" (sem nomes).

Então, recebi convite pros eventos do GAPP (pela prisão dos mensaleiros) e do FANOM (contra o marco civil da internet). Os dois marcados, também, pro dia 27 de setembro (ió! teríamos 3 pautas, eu esperava mais gente - a maioria era do GAPP, no meu tinha 9 gatos pingados e o contra o marco civil não apareceu ninguém - pelo menos, não de forma clara). 

Mas o grande lance foi: eu vi vários posts com fotos de mascarados no evento do GAPP e resolvi ler e acompanhar alguns e me meter em outros também. Eu queria informação, saber como esse pessoal pensa, a faixa etária, as razões, a maneira deles, os sentimentos... Quando vi, estava com vários mascarados na minha lista de amigos rs.

Tem 2 ou 3 que estão em período de observação, por serem "meio" radicais em relação a algumas coisas que eu (e muitas outras pessoas) não concordo. Mas os outros são ótimos. Comecei a perceber que pra alguns falta orientação, pra outros, carinho, pra outros, só um bom debate, uma boa troca de ideias. Gosto desses. Gosto de pessoas que possam me ensinar alguma coisa e que eu possa ensinar alguma coisa também. É bom aprender, ler, ouvir, falar, refletir. Será que é pela falta de vontade ou de estímulo pra fazer essas coisas que as pessoas estão como estão hoje em dia?

Enfim, chegou dia 27... conheci essas pessoinhas pessoalmente e conheci outras pessoinhas pessoalmente também. Amigos mais antigos um pouco que fiz pelo Face alguns meses atrás e que estão se tornando grandes companheiras e cada dia mais queridas (né Cris e Ale Anarco? rs). Conheci até quem eu não deveria rs... (só de lembrar que fui chamada de piriguete me dá vontade de sair socando rs). Conheci até quem eu não esperava conhecer (segredo <3 p="">

Foram horas agradáveis. Observei muito (eu falo muito, mas tenho visão de águia, míope, mas águia rs, e ouvido de tuberculoso rs). Pena que minha mãe não quis seguir com todo mundo - acho que ela se arrependeu no momento em que citei "deu pau com os petralhas" rs, Mas, ao mesmo tempo, foi melhor não termos ido. Fico imaginando a Isa no meio da confusão, tadinha. Onde tem petralha/socialista/vermelhos não pode ter criança. Sempre dá confusão, eles sempre provocam até os outros estourarem, pra depois se fazerem de vítimas (como aconteceu na sexta-feira, que os "coitadinhos" foram pedir escolta da PM "pra não apanharem dos mascarados" - como se eles não tivessem batido também, aquele monte de vermelho burro fdp!)

Depois desse dia, tenho conversado mais ainda com esse pessoal e, considerada a tática, eu continuo não aprovando depredação, pixação e violência, mas consideradas as pessoas, devo dizer que estou impressionada (pro bem) e feliz de estar em contato com eles.

Agora, vamos ver o que vai acontecer dia 15 de novembro. O "senhor do microfone" do dia 7 de setembro está arquitetando "ação direta", mas, como eu disse acima, ele é socialista usando anarquistas pra atingir objetivos que, pela história dele, são totalmente pessoais ou que vão atingir um número reduzido de pessoas, e não toda a sociedade ou a maior parte dela.

Eu gostaria muito que esses meninos com quem converso conseguissem entender que eu SEI o que eu estou falando... e que, enquanto eles vão se ferrar todos na manifestação, o cara vai estar indo de avião pra algum outro lugar, BEM LONGE de algo que ele mesmo organizou. (Lembrem-se: a Dilma era uma das piores terroristas dos anos 60 e atuou em RARÍSSIMAS ocasiões).

Enfim, vou continuar fazendo o "trabalho de formiguinha" que eu acredito ser bom, com paciência e, nos casos de não obter resultado, com resignação também. Só não vou parar.

Vejo alguns de vocês na reunião de sexta.
Bjo.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

NA MORAL


Não existem olhos mais expressivos que esses. Pelo menos, não pra mim. Esse serzinho mudou toda a minha vida. Me fez melhorar como pessoa, estudar sobre coisas que, antes, bem antes, eu considerava chatices... Ela me fez crescer, repensar atitudes e valores, pesar o que realmente era bom pra mim, pra nós, o que realmente valia a pena na vida.

Foram anos, quase uma década, de tristeza, amargura, revolta... mas, graças a Deus, esse tempo passou. Custei a perceber que o meu amor por ela é diferente de qualquer outro amor, de qualquer outra pessoa que esteja ao seu redor. Creio que eu e minha mãe, cada um ao seu modo, somos as pessoas que mais a amam  e que somos as únicas capazes de fazer qualquer coisa pra preservar sua vida, sua educação, seu bem-estar, sua integridade física, psicológica e emocional.

Devo admitir que meus Nonos tiveram e minha Mãe ainda tem um papel fundamental na minha vida e na vida da minha filha. A cada dia aprendo algo novo. A cada dia repenso algo velho. Às vezes, mudo de opinião, às vezes, não. Não me importa mais como as pessoas são ou o que querem ou o que gostariam em relação à minha filha se isso tudo não for ser bom pra ela. Educar, criar, ensinar, participar... ninguém disse que seria ou que é fácil. Filhos nos fazem virar onça, mas também nos mostram que é necessário engolir muitos sapos, às vezes maiores do que  podemos digerir, pra poder continuar vivendo e fazendo o melhor por eles.

Faz umas semanas, fiquei sabendo que dois amigos estão tendo problemas com seus  filhos. Eles são homens. Eu nunca estive "do lado de lá", nunca fui pai, inclusive por limitações biológicas (apesar de ter feito o papel de pai - e ainda fazer - durante todos esses anos). Mas tento entender o que se passa na cabeça dos genitores. Tenho visto que meu melhor amigo, meu primo... tiveram em suas vidas uma "gravidez surpresa" e não abandonaram as mães e nem rejeitaram os filhos. Casaram, estão numa boa, pelo menos por enquanto. Sei que pro meu melhor amigo, as ações do pai da Isa pesaram muito pra ele terminar de formar a  opinião dele  sobre filhos, sei que fiz parte, até mesmo da formação do caráter dele, já que ele é vários anos mais novo que eu... Eu já era advogada quando ele estava saindo do colegial (tipo Eduardo e Mônica rs)... Vejo meu primo no maior amor com o filhinho que nasceu há um mês... e ainda me pergunto como existem pais que podem rejeitar um filho...

Não é o caso desses dois novos amigos que fiz. Ambos querem participar da vida dos babies e nenhum dos dois está conseguindo, porque as mães estão dificultando... desse lado eu já estive! Sou/fui a mãe pé no saco desconfiada que não permitia interferência do pai na educação da filha. Quem conhece a história desde o começo, por menos que tenha concordado com diversas atitudes que tomei, sabe exatamente porque o fiz. Sabe exatamente que a pior coisa pra uma  mãe é ver seu filho rejeitado ou mal-tratado por alguém, principalmente se esse alguém for o pai. Não entra na minha cabeça esse tipo de sentimento chulo.

De qualquer forma, não é o caso dos meus dois amigos. Ambos querem participar da vida de seus filhotes e estão sofrendo com a distância, com as impossibilidades que estão sendo impostas pelas mães. Não é legal. Levei 10 anos pra entender esse sentimento dos pais. A maior reclamação que ouvi foi "você não me deixou ser pai". E é verdade. Eu não deixei. Mas, diante de tudo o que aconteceu e ainda acontece, eu SEI que não estava nem estou tão errada em ser pentelha e rígida com algumas coisas. Sei muito bem a hora de dizer "sim", já que os "nãos" estão sempre prontos.

Minha filha ama o pai dela, da mesma forma que eu amo o meu (apesar dele não estar mais aqui) e da mesma forma que qualquer um ama seu próprio pai (ou a pessoa que fez esse papel durante a vida). Esse sentimento ninguém vai tirar do coraçãozinho de nenhuma criança. CONTUDO, tudo vai depender da maturidade e da honestidade de ambos os pais. Tem pais que se degladiam e adoram  queimar o filme um do outro com os filhos. São pais egoístas, imaturos e que  só pensam neles mesmos. Como se um relacionamento homem-mulher fosse semelhante ao relacionameto pai-filho/mãe-filho. SÓ QUE NÃO!

Por mais raiva que eu tenha sentido durante quase 10 anos, eu procurava ser racional e explicar pra minha filha: "as pessoas são diferentes, o papai é assim... ou você aceita e se acostuma, ou você vai sofrer... ele não vai estar aqui quando você quiser ou precisar... ele vai estar aqui quando ELE quiser". E é assim, sempre foi assim. E, hoje, por mais que ela fique "tristonha" quando o pai não vem vê-la, ela já se acostumou... e às vezes até fala "ai que bom, assim eu posso dormir até tarde" ou qualquer coisa do estilo.

Um adulto agir pensando só nele mesmo ou em como atrapalhar o outro, pode até ser bom, divertido ou "justo" pro adulto, mas não vai trazer nada de bom pra criança. E, como quem pode mais, chora menos, é sempre bom pensar primeiro nos filhos, pra depois pensar em si mesmo. Ninguém pode criticar ou tirar a razão de quem age  pelo bem da criança.

Paciência, resignação, tolerância, esclarecimento, calma, uso da razão na hora mais crítica, ética... tudo isso é importante pra se construir uma relação sólida com o filho... e mais importante ainda se houver uma disputa pela guarda... Quanto mais reto e íntegro o comportamento, mais chances se tem de ficar com o filho por perto... mesmo que nossa vontade seja de esculachar o outro adulto e mesmo que tenhamos menos dinheiro.

Essas coisas não se resolvem do dia pra noite, principalmente quando se refere ao primeiro ou único filho. Todos somos marinheiros de primeira viagem e a inexperiência, a pressa, a ansiedade atrapalham bastante. Só com o passar do tempo é que vamos adquirir a experiência e a "frieza" pra saber qual a melhor forma de agir. O rio vai seguir seu curso, na sua própria velocidade, independentemente da nossa vontade.

Só digo a quem está passando por uma situação complicada com um(a) ex com o(a) qual se tem um filho uma coisa: não desistam, não se abatam e NUNCA deixem seus filhos pensarem ou acharem que vocês não querem nada com eles. A gente sempre pode dar um jeito de vê-los, falar com eles, mostrar que estamos presentes.... SEMPRE!

Estou aqui por vocês dois, "P" e "B". Vou ajudar no que eu puder e souber.
Não desanimem. A vida "é curta mas é longa". 

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

SE CHOREI OU SE SORRI, O IMPORTANTE É QUE EU AINDA NÃO MORRI

Hoje em dia, a existência do Facebook se tornou uma coisa de grande importância na vida das pessoas.  É ainda pior do que foi com o Orkut 10 anos atrás. Pessoas se ofendem se você bloqueia, remove, restringe, mas fazem o mesmo com você ou com outras pessoas.

Ué, minorias e maiorias querem que a igualdade constitucional do art. 5º impere, então, por que não começar com relacionamentos virtuais?

Deletar do Facebook não necessariamente significa deletar da vida. Deletar do Facebook, muitas vezes, significa tão-somente não ter mais vontade de se sujeitar à vigilância, controle ou qualquer coisa do estilo por determinadas pessoas.

Isso pode acontecer direta ou indiretamente, eu sei. Por isso, para que não ocorra de forma indireta, quando eu deleto uma pessoa, todas as que são ligadas com ela são deletadas automaticamente, em efeito dominó. Significa que eu não gosto das pessoas? NÃO. Significa que eu não aprovo determinados comportamentos ou palavras (me refiro à pessoa que deu causa ao efeito dominó).

Sabemos que para toda ação há uma reação. Antigamente, minha reação quando alguém me dava uma "bronca", por mais que eu fosse "bocuda", o que eu sentia por dentro era medo. Hoje, eu sinto cansaço. Por mais que sempre seja tempo de aprender e evoluir, só aprende e evolui quem quer. Minha filha tem 10 anos, ou seja, é a ela a quem devo educar e ensinar. Não tenho nem idade pra ter filhos adultos, então, não posso e nem vou me sentir responsável por clarear a mente de ninguém que pensa que sabe mais só porque é cronologicamente mais velho que eu. Idade não é sinônimo de conhecimento e de sabedoria. Tem gente que só está vivo... tem gente que vive de verdade. É destas últimas que quero estar cercada, mesmo que elas sejam só duas ou três.

Não gosto de gente burra ou mentalmente preguiçosa e também não gosto de gente orgulhosa ou prepotente. E, quanto mais eu vejo algumas pessoas se afastando ou cavando uma "humilhação  pública" pra mim, mais eu me apego à ideia de que é Deus me ouvindo quando rezo "livrai-me de todo o mal", pelo menos, fica mais fácil lidar com meu sentimento de revolta momentânea (que, depois, passa e me deixa cada dia mais calejada... até o dia que vou me tornar insensível a essas coisas, e vou aprender a valorar melhor o que são críticas construtivas ou, simplesmente, palavrório).

Um dia eu ainda vou aprender a não responder a nada e agir com as pessoas como elas agem comigo: de maneira sonsa, elogiando pela frente e detonando pelas costas, como eu vejo acontecer direto. Só não sei se vai valer a pena sujar meu caráter ou se é preferível continuar sendo "curta e grossa", mas ainda vou ponderar sobre isso.

Tudo o que acontece na vida da gente tem uma razão de ser. Eu estou tentando tirar lições tanto das coisas boas, quanto das ruins. Às vezes, sou lenta e só vou conseguir enxergar os fatos/atos láááááá na frente, mas uma vez que eu aprenda a lição, eu NUNCA MAIS ESQUEÇO.

Sei separar as coisas e pessoas. Sou seletiva, sempre fui. Sou chata e exigente, comigo e com os outros. Gosto de coisas e pessoas boas e de alto nível. E, uma coisa que eu sempre disse: nunca alguém vai conseguir me fazer pensar pior de alguém, a não ser a própria pessoa. Sendo assim, se eu deleto, removo, restrinjo, bloqueio, não falo, não visito, é simplesmente porque a própria pessoa mostrou pra mim que não está mais no nível que demonstrou estar anteriormente.

Gosto de estar com pessoas que possam me ensinar e que gostem de aprender. Que entendam que o conhecimento pode ser adquirido nas coisas mais simples. Que percebam que idade não é sabedoria se as pessoas não buscam evoluir e não se apliquem em raciocinar, a refletir sobre tudo o que as cerca.

Gosto de pessoas que não suguem o pouco de energia que tenho tido nos últimos anos e que não sintam uma curiosidade mórbida sobre "o que eu tenho". Gosto de pessoas que me querem bem e demonstram isso de alguma forma, mas não simplesmente transformem o "eu te amo" em uma frase vazia e sem sentido.

Quero estar cercada de gente do bem, que age no bem, que seja generosa e que sejam livres de pré-conceitos e pré-julgamentos. Gosto de questionadores. Gosto de debatedores, mas não aqueles que têm discurso pronto, e sim dos que são criativos, inteligentes, educados e que sabem que todos têm espaço pra ter sua própria opinião, mesmo que discordemos do que é dito.

Quero estar cercada de gente que não coloque palavras em minha boca, de gente que se lembre que todos têm sentimentos, inclusive eu. Quero estar cercada de gente que respeita o próximo, que faz o bem sem olhar a quem, que não se aposse ou se aproprie do que não é delas, que respeitem a memória dos que já se foram e a integridade dos que ficaram. Saudade não é sinônimo de respeito. Tem muitos que vulgarizam a palavra "saudade" do mesmo jeito que vulgarizam a palavra "amor". Desses, eu quero distância.

E,  se tudo o que eu quero ou não quero está "certo ou errado", não sei, mas é assim que é pra mim. E "eu" e "mim" são as pessoas que eu tenho que começar a aprender a  pensar se eu quiser me livrar de amarras e ser feliz daqui pra frente.

domingo, 28 de julho de 2013

BANANAAAAAAAAAAA


Amo! Sexta passada, em comemoração ao dia dos avós, fomos ao cinema. Íamos assistir Meu Malvado Favorito 2, mas aí demoramos um pouco mais do que deveríamos pra chegar ao Center 3 e, no fim, consegui assistir Wolverine Imortal primeiro.

Sobre o novo filme do Wolverine (não vou contar, não se preocupem), eu fiquei um pouco decepcionada. Depois de ter assistido Wolverine Origins, eu estava esperando algo ainda melhor, mas o Imortal não superou o anterior. O que me deixou contente é que ... não vou contar... é sobre o Prof. Xavier, mas eu não vou contar. (Quem quiser saber me manda SMS, msg no facebook ou qualquer coisa parecida, mas não vou contar aqui rs).

Sobre Meu Malvado Favorito 2... me matei de rir. Não tinha como ser diferente. Mais uma vez, gostei mais do primeiro, mas mais pelo "fator surpresa", de não saber o que esperar do filme. Em compensação, minha adoração pelos minions não diminuiu. Amo! "Aaaaahhhh!!! Prrrrr" (quem assistiu, creio que vai entender rs).

Valeu a pena, foi uma tarde divertida pra nós 3. A única coisa que me chateou um pouco foi ter chegado meio tarde na Paulista pra manifestação. Conversei com 2 policiais, eles me disseram que tinha umas 2 mil pessoas lá, e que estava dando confusão na Brigadeiro. O que eu vi de camburões da PM, carros da Rota e do Choque foi impressionante.

Disseram que a confusão foi causada pelo grupo anarquista/anticapitalista denominado Black Bloc (e, claro, foi a única coisa noticiada nos canais de notícias, porque sequer falaram a pauta da manifestação, infelizmente). O interesse deles é destruir símbolos do capitalismo... só destruíram agências bancárias, mas Mc Donalds, não. Caramba, por quê? Aposto que eles tiraram as máscaras do rosto e voltaram pra Paulista pra comer um lanchinho antes de ir pra casa, só pode!

Não sei quando esse pessoal vai entender que quebrar coisas não é ato legitimamente político, por mais que um banco seja um capitalista "nato". Quebrar coisa é vandalismo, falta de educação, falta de respeito, falta de berço. Quebra-quebra é coisa de gente influenciada e manipulada por professores (já manipulados) daquilo que eu chamo de "extrema-esquerda", ou então de filhinhos de papai (pais capitalistas, claro) e que se julgam extremamente revolucionários e intelectuais por se mostrarem "vermelhos" por onde passam.

A mídia manipula, o governo manipula e as escolas (principalmente públicas) manipulam mais ainda.

Não é uma questão de ser "reaça" ou "fascista", como já me chamaram muitas vezes. Simpatizo com o liberalismo (não o neoliberalismo) e não sou "reacionária" como os extremo-esquerdistas costumam me considerar simplesmente por não pensar como eles.

A questão é ser anti-comunismo e querer distância dos que se acham, se entitulam e tentam difundir as ideias comunistas. Marx já era. Comunismo puro é utopia e, normalmente, comunista é ateu/agnóstico e só dá valor pra família quando precisa dela, caso contrário, caga e anda pra seus "antepassados" e relativos. Contudo, os comunistas não param pra pensar que tudo o que Cristo ensinou foi COMUNISMO PURO e que quem pratica os ensinamentos cristãos é muito mais comunista do que esses "socialistazinhos de merda" e "anarquistas" de meia tigela. Tem muito "ateu capitalista" que é muito mais comunista que quem se rotula como tal.

O socialismo não é coisa do demônio, como os religiosos alegam. O socialismo é coisa de gente BURRA! NUNCA as tais "classes sociais" vão ser extintas, NUNCA vai haver distribuição de renda igualitária, NUNCA vai ser extinta a propriedade privada e os bancos e o Mc Donalds não vão deixar de existir. Socialistas sonham e ajudam a destruir o patrimônio das pessoas. Socialistas são capitalistas para si (vejam, por exemplo, os filhos do Lula e da Dilma, bem como a família do Fidel Castro, como ficaram pobres né?) e comunista para os demais.

Como isso? Veja: a classe MÉDIA no Brasil hoje tem renda de 700 a 1019 Reais. Faz-me rir. Minha vida está longe de ser como era quando eu era da classe média-média (nem alta, nem baixa). Porém, segundo o mega-governo petista, eu sou da classe média!!! E minha mãe, aposentada e pensionista do INSS, está na classe alta! ahahahahah Eu dou risada porque classe alta não tem R$30mil de dívidas sendo renovadas periodicamente pra diminuir juros (apesar de aumentar o prazo de pagamento, o que é um saco), pra poder pagar contas em atraso e fazer um mercado bom, com o básico, pra durar uns 3 meses.

Tem muito "coitadinho abusado pelo sistema" que mora na periferia e que vive em condições melhores que eu, minha mãe e minha filha. Casa maior, pintada, carro, comprando roupas (até calças de R$300 usando o cartão do Bolsa Família). E ainda reclamam.

O que eu vejo desses comunistas/anarquistas é que eles querem mandar e fazer os outros obedecerem, mesmo pregando que "todos devem ter voz". Hipócritas! São tão totalitários e autoritários quanto os governos que eles estão criticando (Sérgio Cabral e Alckmin, porque não os vi atacando a Dilma e o PT até agora).

O Sérgio Cabral anda abusado. Mandar invadir a privacidade das pessoas e ainda com prioridade? A Constituição Federal serve pra quê? Enfeite? Substituir papel higiênico na casa dele? Porém, não me venham comparar o Alckmin com aquele imbecil. Se o Alckmin não "conversa" com a população é porque não está sendo abordado da forma correta. Querem o "Fora Alckmin", mas vão fazer manifestação no Largo da Batata depois que o cara já está em casa e que o diretório do PSDB já fechou, pra ir pra onde? ALESP? É RISÍVEL! Perda de tempo!

Todo mundo foi pros primeiros atos gritando "vem pra rua vem contra o governo". Quase conseguiram invadir o Planalto (pena que não deu certo). Reclamaram da saúde e educação padrão FIFA e da corrupção. E, agora, ficam nessas de quebrar banco????? Ah, pra pqp!

Vamos estudar o SUS e a previdência. Vamos estudar o sistema educacional. Aí sim organizar manifestações decentes, com pauta clara, com propostas plausíveis e fazendo pressão nacional. Atualmente, todo mundo tem um amigo de outro estado/cidade ou que mora em outro estado/cidade e que conhece organizador de eventos em outras cidades também. Se os interesses de todos se referem à saúde, educação, segurança, saída do Renan Calheiros e Henrique Alves, reformas política e tributária, POR QUE ESTÃO VIAJANDO NA MAIONESE COM AS PAUTAS DAS MANIFESTAÇÕES? POR QUE ESTÃO QUEBRANDO BANCOS SE ISSO NÃO VAI MUDAR O SISTEMA?

Fico puta. Se eu puder ajudar, eu vou. Se houver uma manifestação que eu considere válida a pauta, eu vou.

Sexta-feira que vem, vai ter outra. Vou verificar a pauta. Se for só pra apoiar os cariocas de novo, eu não vou. Se for pelo "fora Alckmin" eu também não vou.

Sábado tem a manifestação contra o Foro de São Paulo (união dos comunistas e FARCs pra implantar o comunismo pela América Latrina), nessa eu vou. Está marcada há 1 mês e a pauta é fixa e tem objetivos claros.

Se pedirem minha ajuda pra verificar a parte jurídica de qualquer coisa, eu ajudo. Vou pesquisar, estudar e ver o que a gente pode propor de concreto. Mas se é pra ficar de nhém-nhém-nhém só pra aparecer na mídia, não dá! A mídia NUNCA vai cobrir uma manifestação que cobre do governo aquilo que ele não faz, porque o governo não deixa. Não adianta contar com esses vendidos. O negócio é acampar nos lugares, em turnos, gritar, levar corneta, faixas, caixa de som, dançar, fazer baderna pacífica até os caras serem vencidos pelo cansaço.

Somos em maior número e temos direitos legítimos que não estão sendo observados, mas as pessoas não têm agido com inteligência, que é um atributo que pode ser desenvolvido. Basta querer.

Vou encerrando por aqui.
Assistam os filmes porque valem a pena.
Bjo.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

ENLATADA... OPS, ENTALADA


Há algum tempo ando pensando em voltar a escrever aqui, mas não tinha certeza se deveria ou não, em razão do teor das postagens que eu queria fazer. Mas, conforme as coisas foram acontecendo, resolvi escrever. Como disse minha mãe, vou "tentar ser o mais educada possível".

Sei que existem pessoas que não me conhecem a fundo e só o que eu mostrei de mim foi uma pessoa "antissocial", "afastada", tantas vezes com o semblante sério demais para permitir a aproximação de qualquer um. Mas quem me conhece (de verdade e nem todos que vão ler isto me conhecem tão bem quanto pensam) sabe que as coisas não são bem assim. Sou sociável, gosto de fazer amigos, gosto (muito) de conversar e, também, costumava ser "palhaça" ou "doida" (ambos adjetivos tidos como qualidades, nada em tom pejorativo).

Contudo, há alguns anos, estou aprendendo que nem todos merecem meu lado bom. Tenho uma natureza desconfiada e costumava olhar a todos da mesma forma: esperar o pior de qualquer um e o que vier de bom é lucro. Fui criticada por pensar assim, algumas pessoas me fizeram "entender" que eu precisava "botar um pouco de fé nas pessoas". Infelizmente, no meu caso, isso foi um erro. Foram diversas decepções e não me recuperei de todas elas.

Em 1997, após a morte do meu Pai, eu era uma CRIANÇONA de 20 anos, que não sabia nada da vida, que tinha pais superprotetores, que tinha tido tudo do bom e do melhor (dentro das possibilidades dos meus pais), boa educação moral e formal, que aprendeu a ter bons valores, princípios e caráter. Que aprendeu que honestidade e sinceridade são as principais características de um ser humano de bem. (In)felizmente, não fui ensinada a fazer política. Quando percebo política ou politicagem à minha volta, me afasto. Não sei conviver/lidar com essas coisas.

Nesse ano, veio uma decepção enorme (não vou citar o nome de NINGUÉM aqui, mas sei que sempre vai ter um pra vestir a carapuça, afinal, "quem tem c* tem medo"). A única pessoa que havia passado pela mesma coisa que eu, com a mesma idade, criada nas mesmas condições, assim que meu Pai bateu as botas simplesmente virou as costas e "se foi". Mudou de cidade. Até hoje, não entendo pra que ela foi morar na rua de baixo da minha casa... acho que foi só pra manter um "falso controle" sobre  a doença do meu Pai e sobre a nossa vida. Hoje, não consigo acreditar nas boas intenções de ninguém.

No ano seguinte, as coisas pareciam ter mudado, afinal, eu estava morando em "Higienópolis", meu Pai tinha deixado um seguro de vida e a grande maioria das pessoas (parentes e "amigos") pensou que eu e minha mãe estávamos "ricas". Doce ilusão. Mas, qual não foi nossa surpresa ao receber um telefonema de alguém pedindo para que minha mãe "emprestasse" dinheiro a uma conhecida para quitar condomínios em atraso? Foi o primeiro tapa na cara: ERA ASSIM QUE AS COISAS FUNCIONAVAM COM MEU PAI? Questionamentos começaram, afinal, meu Pai sempre dizia que não tinha dinheiro pra fazer um agrado pra mim ou pra minha mãe, mas MUITA GENTE ficava numa boa depois de telefonar pra ele. Que legal, né?

Bom, nesse meio tempo, duas pessoas grudaram na minha mãe. Eram cursos, viagens e tudo mais... até que o dinheiro do seguro acabou. Depois disso, sequer um telefonema pra saber se estávamos bem. Todos na família (seja do meu Pai ou da minha mãe) sabem que eu e minha mãe NUNCA fomos de telefonar pra ninguém, nem de nos convidarmos pra ir na casa de ninguém. Quem ligava em aniversários e datas especiais era meu Pai... eu não sei se ele tinha um calendário mental ou o que, mas nunca caiu na minha mão um calendário de verdade com datas e coisas assim. Enfim, meu Pai se foi, com ele todas as facilidades financeiras que as pessoas pensavam que eu e minha mãe tínhamos (e não tínhamos, já que só era fácil pra terceiros - não sei se meu Pai era ingênuo, bom demais pra ser verdade ou trouxa mesmo).

No ano seguinte (1999), mais uma decepção... um acontecimento que, pra alguns, poderia não significar nada, pra mim significou... não fui convidada e só fiquei sabendo um ou dois anos depois que duas pessoas tinham se casado. 

A cada dia que passava, ficava mais claro pra mim que eu não sou parte da "família". Meu Pai morreu e, com isso, parece que o "vínculo" morreu junto.

Eu fui levando, tentando não pensar nessas pessoas todas e nem nessas coisas. Tinha faculdade pra terminar, tinha novos amigos pra curtir, tinha o Tigrão pra cuidar e desfilar com ele por aí (que saudades do meu Opala!), tinha minhas aulas diárias de inglês que eu amava... Aí, a faculdade acabou. Bateu o desespero. Eu nunca tinha ficado sem nada pra fazer por tanto tempo (3 meses). Consegui um emprego, fui trabalhar. Fiquei 1 ano e pouco trabalhando com o Alê, até que, em fev/2001, meu avô me chamou pra trabalhar com ele.

Até hoje me pergunto se isso foi bom ou ruim. Doze anos se passaram e não tenho certeza, e não sei nem se vou ter. Muitos altos e baixos, muitas água podre passada por debaixo da ponte... enfim...

Em 2002, nasceu a Isa. "Amigos", já eram, né? Depois que parasse de amamentar ia ter que refazer todo meu círculo social (valeu Daniboy pelo arranque inicial em outubro/2003 =D ). Teve muita crise com o pai da Isa durante a gestação e nos 9 anos que se seguiram. Não foi fácil e, quanto mais eu tentava arrumar uma solução, menos eu arrumava. Tentei pedir ajuda a 2 pessoas (pai e filho) e recebi negativa de ambos... isso porque são meu sangue!! Mas, tuuuudo bem... A "gênio ruim" aqui é feita de ferro né?... Ou melhor, aço, que não enverga nem enferruja... humpf!

Em 2003, minha avó materna faleceu em março, meu avô materno em dezembro. Foi um ano BEM difícil. Uma fulana saiu falando pra família do meu avô que minha mãe não queria visitas aqui em casa (e até hoje parece que as pessoas acreditam nisso)... mas ela vai ter o que ela merece pela merda que fez. A família da minha avó já tinha dado no pé bem antes. Éramos eu, minha mãe e a Isa... e todas as consequências (dos nossos atos e dos de terceiros também).

Em 2004, a situação ficou ruim mesmo. Contávamos moedinhas pra comprar pão pra por na sopa da Isa. Passou, graças a Deus. Dois mil e cinco, 2006, 2007, 2008, 2009.... 2013... continuamos eu, minha mãe e a Isa.

Mas tem novidades!!!! Em 2008 eu fiquei doente! (Sabiam? Não, né? Eu esqueci que morri com o meu Pai em 1997 e depois com os meus avós em 2003!!! - sou pior que gato, não? Quantas vidas será que me restam pra eu continuar morrendo?)

Pois é... fiquei doente... em 2009 fui lá, num mediquinho de meia tigela que me fazia ficar dopada o dia todo. Eu não saía de casa, não conversava, não comia, não dormia... mas, ahhhh, adorava um cafezinho. Resultado? Anorexia e 48kg, ansiedade generalizada, depressão e vai saber mais o quê!... Até que eu cansei de ficar retardada o dia todo. Se fosse pra ficar assim, eu fumava maconha!

Troquei de médico. Encontrei a "Santa Ana Lúcia", que me tirou do buraco. Mas, como eu não recebia alguns honorários desde 2008, não tinha como pagar assistência médica (várias pessoas jogavam isso na minha cara, mas ninguém pensava que a pessoa pra quem eu devia 2 mil, estava me devendo muito mais pelo trabalho prestado  durante 6 anos - é, só 6, porque quando eu percebi  o que estava acontecendo, decidi não fazer mais nada pra essa pessoa - como eu sou filha da puta né?). Fiquei sem convênio. Estou me tratando no SUS. Legal, né?

Não é segredo que nasci na Umbanda mista de Candomblé e que leio muito sobre Kardecismo. Não é segredo pra ninguém que os guias estão me ajudando com muitas coisas desde 2004 e eu sei que se não fosse por Eles, pelo pessoal da Federação Espírita do Estado de São Paulo, pela MINHA MÃE, pela MINHA FILHA, por toda a compreensão, companhia e amor delas, eu, provavelmente, ia ter gasto minha última vida no vídeo game da vida.

Dois anos atrás, no aniversário da minha madrinha, algumas pessoas ficaram "chocadas" com a minha aparência e meus 48kg. Alguns meses depois, em setembro, nos reencontramos no aniversário do meu avô. ENCHERAM minha mãe de perguntas. Minha mãe respondeu. FILHAS DA PUTA CHEIAS DE CURIOSIDADE MÓRBIDA!!!!! Sabem por quê??? Por que se fazem de tão boas, tão solícitas e tão legais com "outras pessoas", mas comigo, NADA! Depois daquilo, NUNCA ligaram pra saber mais nada!!!! (Só um esclarecimento: a família da minha mãe NUNCA fez nada de mal pra gente depois que meus avós se foram. Nunca nos destrataram, nunca encheram o saco, NADA. E, da família do meu Pai, os únicos que sempre foram os mesmos, nesses meus 36 anos de vida, são a Sônia e o Toninho. Tenho profundo respeito e admiração por eles, por agirem de acordo com as palavras que proferem.)

Ouvi tantas vezes "que saudades do meu primo", "nossa, seu pai era um cara e tanto", "ah, seu pai era uma ótima pessoa".... CADÊ O RESPEITO E ADMIRAÇÃO AGORA? JÁ COLOCARAM A MÃO NA CONSCIÊNCIA (se é que vocês têm alguma) E SE PERGUNTARAM COMO ELE REAGIRIA A TANTO DESCASO E DESRESPEITO? Certeza que a gente já tinha mudado de cidade de novo e ele teria mandado todos vocês a um grande monte de merda!

Então, eu pergunto a vocês: o que vocês gostariam que eu fizesse? Ligasse chorando e dissesse "ah, meu Deus, eu to morrendo"... O que vocês poderiam fazer? Nada, certo? Afinal, quem tinha que tomar os remédios e voltar a comer era eu. E o tal "apoio moral", vocês nunca deram... Por que seria diferente nessa situação, não é mesmo?

E, agora, pergunto outra coisa: vocês realmente, lá no fundo do coração envenenado de vocês, acreditam ou esperam que eu tenha respeito, consideração e/ou apreço por vocês? Fica MUITO difícil nutrir esses sentimentos... Fica MUITO difícil pensar em encontrar vocês, que dirá cumprimentar (como já fiz este ano, afinal, meus pais me deram educação e eu não fingi que não vi vocês como vocês fizeram comigo no casamento do Daniel), conversar, CONVIVER!

Tudo o que vocês me mostraram depois que meu Pai morreu foi HIPOCRISIA e, também, o tipo de pessoa que EU NÃO devo ser! Me digam, vocês sabem que estão fingindo palavras, ações e sentimentos ou vocês ainda tem o véu da ilusão diante dos olhos e crêem piamente que são tão bons quanto têm se considerado? Como é que vocês conseguem? Eu não conseguiria dormir à noite (nem de dia).

Ah, sim. Tem mais coisas.

A partir do momento que uma pessoa falta com o respeito para com a minha mãe ou minha filha, EU PERCO A EDUCAÇÃO. Doa a quem doer. Eu desço do salto, rodo a baiana, toco o puteiro e mando se foder. Caso as pessoas queiram ser tratadas com respeito, caso queiram que seus filhos sejam tratados com respeito, eu digo, DÊEM-SE ao respeito e REPENSEM a educação que deram a eles (ahhh, que alívio ter falado isso, afinal, uma mãe tomou umas a mais no dia dos pais em 2004 na casa da minha madrinha e se achou no direito de ser autoritária comigo sobre a forma de educar a Isadora... ainda bem que eu desconsiderei, porque não quero que minha filha seja desrespeitosa com a mãe de ninguém, como o filho dela foi com a minha).

Além disso, nos momentos mais difíceis da minha vida, as seguintes pessoas estiveram ao meu lado: Tio Luiz (irmão da minha mãe, pra quem não sabe, que foi a pessoa que me ensinou a não brigar com meu Pai por causa de "conflitos de gerações" quando eu era criança), minha Mãe, meus Nonos e, por incrível que pareça, a Isadora. Ela tem um entendimento e uma compreensão a respeito das pessoas e da vida que eu não sei de onde vieram. Devem ter nascido com ela. Aprendo coisas com ela todos os dias, talvez mais coisas do que eu possa vir a ensinar a ela.

De qualquer forma, ESSAS são/foram as pessoas que se sacrificaram por mim (além do meu Pai, obviamente), que me deram respeito, atenção, que se propuseram a me ensinar coisas, que respeitaram os meus limites emocionais e de entendimento, que NUNCA me abandonaram e que só partiram porque Deus chamou (exceto minha mãe e minha filha que, graças a Deus, estão comigo).

Não me peça o que você não pode ou não vai me dar. A cada dia que passa, os "podres", os "abusos" cometidos enquanto meu Pai era vivo AINDA estão aparecendo. A cada dia que passa, quanto mais me excluem do que alguns chamam de "família", mais grata eu fico, porque é Deus me ouvindo quando eu rezo "livrai-me de todo o mal".

Vocês não têm consideração. Vocês são más! (Parem de se iludir vai, vocês já estão bem crescidinhas =D )

Tá bom, eu posso ser cruel com as minhas palavras, mas eu tive tempo pra pensar. Quando você faz mal aos outros "sem intenção de magoar ninguém", só mostra que a maldade está dentro de você... ou então, que sua inteligência é MUITO limitada e não abrange todos (ou a maior parte d)os aspectos de uma mesma questão... ou então, vai ver que você sabe muito bem o que está fazendo mas não está nem aí. Exatamente  como a grande maioria das pessoas da atualidade.

Como diria meu Pai, "a unanimidade é burra". Eu prefiro ser "do contra".

Pra quem não sabia nada de mim, "belo esclarecimento", né? Como toda "família" tem problemas, porque a "minha" (ahn?) ia ser diferente? =D

Talvez agora vocês entendam um pouquinho melhor meu "isolamento" em determinadas situações e o porquê de eu ficar sempre de "cara feia"... mas não se preocupem, eu só mordo quando provocada.]

Bjo ôto tchau!


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