segunda-feira, 26 de agosto de 2013

SE CHOREI OU SE SORRI, O IMPORTANTE É QUE EU AINDA NÃO MORRI

Hoje em dia, a existência do Facebook se tornou uma coisa de grande importância na vida das pessoas.  É ainda pior do que foi com o Orkut 10 anos atrás. Pessoas se ofendem se você bloqueia, remove, restringe, mas fazem o mesmo com você ou com outras pessoas.

Ué, minorias e maiorias querem que a igualdade constitucional do art. 5º impere, então, por que não começar com relacionamentos virtuais?

Deletar do Facebook não necessariamente significa deletar da vida. Deletar do Facebook, muitas vezes, significa tão-somente não ter mais vontade de se sujeitar à vigilância, controle ou qualquer coisa do estilo por determinadas pessoas.

Isso pode acontecer direta ou indiretamente, eu sei. Por isso, para que não ocorra de forma indireta, quando eu deleto uma pessoa, todas as que são ligadas com ela são deletadas automaticamente, em efeito dominó. Significa que eu não gosto das pessoas? NÃO. Significa que eu não aprovo determinados comportamentos ou palavras (me refiro à pessoa que deu causa ao efeito dominó).

Sabemos que para toda ação há uma reação. Antigamente, minha reação quando alguém me dava uma "bronca", por mais que eu fosse "bocuda", o que eu sentia por dentro era medo. Hoje, eu sinto cansaço. Por mais que sempre seja tempo de aprender e evoluir, só aprende e evolui quem quer. Minha filha tem 10 anos, ou seja, é a ela a quem devo educar e ensinar. Não tenho nem idade pra ter filhos adultos, então, não posso e nem vou me sentir responsável por clarear a mente de ninguém que pensa que sabe mais só porque é cronologicamente mais velho que eu. Idade não é sinônimo de conhecimento e de sabedoria. Tem gente que só está vivo... tem gente que vive de verdade. É destas últimas que quero estar cercada, mesmo que elas sejam só duas ou três.

Não gosto de gente burra ou mentalmente preguiçosa e também não gosto de gente orgulhosa ou prepotente. E, quanto mais eu vejo algumas pessoas se afastando ou cavando uma "humilhação  pública" pra mim, mais eu me apego à ideia de que é Deus me ouvindo quando rezo "livrai-me de todo o mal", pelo menos, fica mais fácil lidar com meu sentimento de revolta momentânea (que, depois, passa e me deixa cada dia mais calejada... até o dia que vou me tornar insensível a essas coisas, e vou aprender a valorar melhor o que são críticas construtivas ou, simplesmente, palavrório).

Um dia eu ainda vou aprender a não responder a nada e agir com as pessoas como elas agem comigo: de maneira sonsa, elogiando pela frente e detonando pelas costas, como eu vejo acontecer direto. Só não sei se vai valer a pena sujar meu caráter ou se é preferível continuar sendo "curta e grossa", mas ainda vou ponderar sobre isso.

Tudo o que acontece na vida da gente tem uma razão de ser. Eu estou tentando tirar lições tanto das coisas boas, quanto das ruins. Às vezes, sou lenta e só vou conseguir enxergar os fatos/atos láááááá na frente, mas uma vez que eu aprenda a lição, eu NUNCA MAIS ESQUEÇO.

Sei separar as coisas e pessoas. Sou seletiva, sempre fui. Sou chata e exigente, comigo e com os outros. Gosto de coisas e pessoas boas e de alto nível. E, uma coisa que eu sempre disse: nunca alguém vai conseguir me fazer pensar pior de alguém, a não ser a própria pessoa. Sendo assim, se eu deleto, removo, restrinjo, bloqueio, não falo, não visito, é simplesmente porque a própria pessoa mostrou pra mim que não está mais no nível que demonstrou estar anteriormente.

Gosto de estar com pessoas que possam me ensinar e que gostem de aprender. Que entendam que o conhecimento pode ser adquirido nas coisas mais simples. Que percebam que idade não é sabedoria se as pessoas não buscam evoluir e não se apliquem em raciocinar, a refletir sobre tudo o que as cerca.

Gosto de pessoas que não suguem o pouco de energia que tenho tido nos últimos anos e que não sintam uma curiosidade mórbida sobre "o que eu tenho". Gosto de pessoas que me querem bem e demonstram isso de alguma forma, mas não simplesmente transformem o "eu te amo" em uma frase vazia e sem sentido.

Quero estar cercada de gente do bem, que age no bem, que seja generosa e que sejam livres de pré-conceitos e pré-julgamentos. Gosto de questionadores. Gosto de debatedores, mas não aqueles que têm discurso pronto, e sim dos que são criativos, inteligentes, educados e que sabem que todos têm espaço pra ter sua própria opinião, mesmo que discordemos do que é dito.

Quero estar cercada de gente que não coloque palavras em minha boca, de gente que se lembre que todos têm sentimentos, inclusive eu. Quero estar cercada de gente que respeita o próximo, que faz o bem sem olhar a quem, que não se aposse ou se aproprie do que não é delas, que respeitem a memória dos que já se foram e a integridade dos que ficaram. Saudade não é sinônimo de respeito. Tem muitos que vulgarizam a palavra "saudade" do mesmo jeito que vulgarizam a palavra "amor". Desses, eu quero distância.

E,  se tudo o que eu quero ou não quero está "certo ou errado", não sei, mas é assim que é pra mim. E "eu" e "mim" são as pessoas que eu tenho que começar a aprender a  pensar se eu quiser me livrar de amarras e ser feliz daqui pra frente.

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