quarta-feira, 21 de novembro de 2007

BAFOON

Em 1995, assisti, no cinema, "Entrevista com o Vampiro", com Brad Pitt, Tom Cruise e Antonio Banderas (este, até então, eu não conhecia)... Brad Pitt, com sua intocável face de boneco de porcelana, encarnou o vampiro Louis Point du Lac, fazendeiro que tinha (no filme) perdido esposa e filho na mesma ocasião e vivia uma vida armaga... Desejando morrer, foi surpreendido pelo vampiro Lestat (Tom Cruise) q atendeu seu "pedido" e o deu uma "nova vida", cheia de dons, habilidades e "magia". Viveram algumas sagas, até "fazerem" a vampirinha Cláudia (eskeci o nome da mini-atriz!...rs), q não podia mais crescer depois de ter recebido "o presente das trevas". Após inúmeras mortes, aventuras e infortúnios vividos em Nova Orleans e de duas tentativas de matar Lestat, Louis e Claudia alcançaram o Velho Mundo e conheceram, em Paris, o vampiro Armand (Antonio Banderas - o personagem era francês, mas tinha um forte sotaque latino... pq será?...rs)... q permitiu a morte de Claudia e se despediu de Louis numa visita ao Louvre (no filme)...

Essa mistura do "sobrenatural" com a essência humana me fez prestar atenção nos créditos finais... e vi "based on novel by Anne Rice"... Caraaaaaaaaca!... Era td o q eu precisava! Desde criança, sempre q podia, comprava quadrinhos de vampiros e, na adolescência, me "cai no colo" um livro sobre três vampiros "lindos, ricos e sexies" (claro, pensando na imagem dos vampiros como sendo a imagem dos atores né!)...

Corri pra livraria mais próxima e, não encontrando o livro do filme, dei de cara com um outro, da mesma Anne Rice, "O Vampiro Lestat" (18.07.95)... Notei, ao ver a contracapa, q a "autobiografia" do Lestat era, nada menos, q o SEGUNDO livro de uma trilogia... Fui, então, em busca do Entrevista com o Vampiro com mais ferocidade q antes. No dia seguinte, encontrei (19.07.95)... e, não me lembro qdo, comprei, também o terceiro da trilogia: "A Rainha dos Condenados" (q tb virou filme... mas o ator q fez o Lestat ACABOU com o personagem... mas isso é papo pra depois, já q escrevi sobre esse filme em outro post deste mesmo blog)...

Duas semanas atrás resolvi, ao invés de ver o filme, ler Entrevista com o Vampiro pela, nada menos, TERCEIRA vez!... A cada linha q releio sinto mais vontade de me tornar irreal e participar das coisas q acontecem na história!... ahahaha... O livro difere do filme... antes, eu gostava mais do filme... hj, acho q prefiro o livro, com a história completa, cheia de detalhes e, com a percepção de q Louis e Lestat são, na íntegra, partes (quase sempre) "escondidas" de mim...

Existem, no livro, coisas q o filme não diz... e existem outras, q o filme diz de forma diferente. Primeiro, Louis não perdeu "mulher e filho": perdeu um irmão mais novo, q caiu da escada e quebrou o pescoço. Segundo: Louis não matou a "governanta" de Point du Lac: matou o capataz negro. Terceiro: Lestat não estava sozinho qdo Louis, na volta a Nova Orleans, o encontrou num "mausoléu" (aquilo era, no livro, uma casa de 2 andares, PRÓXIMA ao cemitério, mas não DENTRO do cemitério); Lestat tinha alguns "aprendizes" q o abandonaram - Louis encontrou um deles na visita ao seu "feitor". Quarto: não foi Lestat quem mordeu o pescoço do jornalista (Christian Slater) q entrevistou Louis: foi o próprio Louis, qdo percebeu q tinha falhado na "missão" de convencer os humanos q a natureza vampírica era PODRE e não "uma dádiva". Quinto: o "ressurgimento" de Lestat se deu em 1984, após 55 anos enfurnado embaixo da terra, num cemitério q eu não me lembro o nome e a Entrevista com o Vampiro foi feita em 1976, ou seja, Lestat realmente NUNCA poderia ter mordido o jornalista, sendo q, ao final da Entrevista, Lestat ainda estava "dormindo" e apreendendo informações do século XX.

Somente nesta terceira leitura da Entrevista com o Vampiro passei a comparar as obras de arte da literatura e do cinema norte-americanos. Porém, a cada vez q leio o livro ou assito o filme, penso, há 12 anos, a mesmíssima coisa: NINGUÉM poderia ter interpretado melhor Louis, Lestat e Armand q os 3 atores q citei acima. NINGUÉM. A interpretação deles foi de um "realismo" incomparável! (E por isso digo q o ator q fez A Rainha dos Condenados "acabou" com o Lestat q a Anne Rice tanto se esmerou em descrever: o carinha transformou um "puta de um vampiro" (poderoso e arrogante) em um adolescente drogado e cheio de superioridade. Foi ridícula a interpretação do cara e a descaracterização de um personagem q a escritora e o Tom Cruise criaram com tanta perfeição!).

Terminei de ler a Entrevista ontem e logo peguei, na estante, O Vampiro Lestat. Ainda estou nas primeiras páginas, afinal, não consigo ler um livro de 422 páginas em meia hora (ou menos) como fariam meus "ídolos vampirescos". Mas, pude notar, logo de cara q os atores, o diretor e provavelmente toda a equipe técnica de A Rainha dos Condenados, simplesmente LERAM os livros da trilogia inicial das Crônicas Vampirescas da Anne Rice, mas não conseguiram captar UM DÉCIMO do "espírito da coisa". Primeiro pq, o início de A Rainha dos Condenados (filme) é, nada menos, q o início de O Vampiro Lestat (livro) e não do livro q dá nome ao filme. PUTA DECEPÇÃO DO CACETE!... Fico me perguntando se a Anne Rice se arrepende de ter permitido q uma equipe técnica e um elenco tão FRACOS fizessem de uma de suas principais obras o filme de terror barato q fizeram! (é pior q filme de terror japonês... pior q Todo Mundo em Pânico!...rs)

Enfim... quero ver se, desta vez, consigo ler a autobiografia do "pretensioso" até o fim. Da primeira vez, parei na página 300 e pouco, mas o "Lestat" tem uma linguagem muito chata (em comparação à usada pelo Louis, no primeiro livro). Depois da trilogia, vieram outros: A Historia do Ladrão de Corpos, Memnoch, Sangue e Ouro e A Fazenda blablablawood (não lembro o nome direito). As Crônicas Vampirescas parecem não ter fim. Ainda existem os livros Pandora e O Vampiro Armand. Todos MUITO legais.

Aliás, na boa, o vampiro mais sexy de todos é o Armand (apesar de ser ruivo). O mais "poderoso" (no sentido de não fazer questão nenhuma de esconder ou deixar de usar seus "dons") é o Lestat. Mas o vampiro mais humano e mais apaixonante é o Louis. Uma pena q, depois dos dois primeiros livros, a Anne Rice o tenha deixado em "segundo plano".

De todos esses livros, me falta o "Sangue e Ouro". E, por conta disso, retomei a leitura das Crônicas... pq decidi comprá-lo em breve. Isto pq, pros menos avisados, quem não le o livro anterior não entende o livro seguinte. Todas as histórias são intimamente ligadas e, até O Vampiro Armand, q é um livro "não-Crônico", se faz entender melhor qdo lidos os outros.

Estou amando essa leitura 'retomada'. Tem-me feito passar alguns momentos do meu dia com a cabeça "limpa" de pensamentos. A leitura de Anne Rice é tão gratificante pra mim q, como eu disse, gostaria de estar DENTRO dos livros (já q minha cabeça fica "lá" enqto leio).

A Anne Rice também escreveu livros sobre bruxas. A Hora da Bruxa I e II foram os primeiros... os outros eu não sei a ordem e não me lembro, pois os vampiros são o meu "ponto fraco". Apesar q, isso não está me impedindo de sentir uma vontade INSANA de fazer a coleção "Rice" sobre as bruxas tb.

Enfim, além dos livros de vampiro e das bruxas, ela tem outras obras "avulsas", dentre as quais "Chore para o Céu", "O Violino" e "O Servo dos Ossos" (creio q tenham outros, mas eu só tenho e li esses 3).

Paulo Coelho, perto da Anne Rice, pra mim, vira cinza. Ele é "fraquinho", apesar do sucesso mundial dos livros xulos q escreve. Afinal, como mtos devem saber, A UNANIMIDADE É BURRA (as obras vertidas pra outros idiomas não devem conter os erros gramaticais q eu encontrei em alguns dos livros dele e, por isso, talvez sejam "os mais vendidos"...rs).

Depois de toda essa "vampiridade" matinal, conto meu feriado.

Isa de pijama, pulando nos sofás. Mamis no pc, jogando Chainz2 e eu, feito uma barata tonta, querendo dar uma volta, pra tirar o mofo e aproveitar um pouco do sol q fazia. Feliz e saltitante perguntei "Isa, vc vai querer sair?" ela "não, quero ficar em casa" e eu "tá bom". Tomei banho, me vesti, peguei meu livro (Entrevista, q tava no final) e pensei "vou tomar um café, ver se tem feirinha no Center 3, ler um pouco sozinha e depois volto pra casa".

Nossa, qta ilusão dentro do meu coraçãozinho!!!...rs... Logo q saí de casa, minha rasteirinha começou a machucar meu pé direito... tentei não dar atenção e fui caminhando em direção ao Center 3, afinal, precisava "assistir Senhor dos Anéis" ou, pelo menos, encontrar o "grande Gandalf" (metáforas ininteligíveis pra quem não tem acompanhado minha "aventura"...rs). Ao passar pelo Espaço Unibanco, notei um "pirulão" me encarando e nem dei atenção. Continuei andando, até q pisaram na minha sandália (bem na do pé direito). Diante do silêncio do ser atrás de mim, dei uma "meia-virada" de cabeça, pela esquerda, pra trás, com a cara amarrada e, então, ouvi "me desculpa pelo pisão na sandália". Respondi "td bem" e continuei andando.

Só q o ser apertou o passo e emparelhou comigo. E eu apertei o passo mais um pouco. Nessas, o cara tava determinado a puxar papo MESMO comigo. Começou a perguntar sobre o livro q eu estava lendo e dizer q não tinha visto o filme e mais um monte de blablablás q, passando por um café no Mc Donalds, terminou com quase 2 horas de conversa num barzinho q tem ali perto.

O cara é gente fina, inteligente, divertido, tem um olhar mto bonito e uma bunda BEM parecida com a do Ben Affleck (assistam Pearl Harbor e prestem atenção na cena em q a Kate Backinsale conta a ele q está grávida de outro cara... a bunda do cara é um "sonho" de tão 'redonda'... ahahah). Mas, NEM o olhar e NEM akela bunda convexa me fizeram perder a MINHA determinação de NÃO DAR MOLE!... ahahahah

Meussssssssssssss, eu sempre escolho "a dedo"... e sempre acabo com o "dedo torto". Não quero mais. To fechada pro desconhecido! (Ainda mais depois de saber q as 5 ou 7 letras já são minhas conhecidas!!!!...rs)... Sei lá, se o cara me ligar, legal, terei horas a fio de conversa telefonica umas 2 ou 3 vezes e só... pelo menos até ele desistir de tentar "algo mais" comigo.

De qualquer forma, isso fez do meu feriado um dia INUSITADO!... Vou sair mais vezes sozinha com um livro de vampiros na mão!!!!... Afinal, meu forte é ACUMULAR AMIGOS!... ahahahahah

Enfim, pra terminar...
Em uma cena de Entrevista com o Vampiro, o Louis é perseguido e imitado pelo Santiago, um vampiro intelectualmente medíocre (apesar de poderoso). Louis o chama de "bufão" na cena e, esse adjetivo causa vários problemas ao Louis (mas isso só da pra saber qdo se lê o livro...rs).

Fui procurar no dicionário, afinal, dá pra imaginar o sentido da palavra sem conhecê-la em virtude da natureza da situação. Bufão (bafoon) significa FANFARRÃO e, fanfarrão é sinônimo de "mediocre" e não de "alguém q gosta de festa", como eu sempre imaginei... ahahahah Às vezes, a "sra. barsa" aqui tb falha... ahahah

Depois disso, resolvi procurar o sentido de "pária" (estudado nos livros de história da infância e adolescência, mas completamente esquecido pela minha repúdia à matéria...rs): no caso do livro, pária = excluído do meio social. O termo foi usado em relação ao Louis e ao Armand. Ao primeiro por ter colocado fogo no Teatro dos Vampiros e ao segundo por ter permitido o incêndio.

Por fim, minha curiosidade não cedeu ao ler a palavra "prestidigitador". Aproveitei q tava com aquele Aurélio gigante nas mãos pra ver q prestidigitador é o nome "chique" de um ILUSIONISTA, de alguém q ilude de alguma forma "mágica".

Adorei... ahahahahaha

Bom, era isso por hj!
Bjo.

sábado, 17 de novembro de 2007

FERRO FRIO

Hello!!!!!!

Nos últimos posts parece q malhei em ferro frio. Ando meio brava e, como sempre, inconformada com certas coisas. Vcs todos já conhecem bem minhas razões (ou motivos... já q é impossível se ter razão qdo a emoção tem lugar) e eu mesma estou cansada de "malhar em ferro frio".

Amanhã tem a festinha de final de ano da escola da Isa. Ela me disse q vai lutar judô com 2 amiguinhas dela... e q ela pretende derrubá-las com o "manga-e-gola"... ahahaha... tadinha!... Ela é toda delicada, toda doce... fico me perguntando se ela vai ter coragem de fazer isso com a Papito e com a Ana Luiza, q são amiguinhas dela desde a primeira semana na escola!... ahahahah... Vai ser divertido de qualquer forma, mesmo pq, a Papito tb é toda meiga, mas é maior q ela!... ahahahahah

Tirando isso... o Papai Noel dela vai dar um Little Pony pra ela. Mais um. Apesar de não ser o Pony "Cerrém-nascido" (recém-nascido em Isonês...rs) e nem o Little Pony Brincalhão, acho q ela vai se divertir em ter um Little Pony q ela possa riscar e apagar, sem q tome uma bronca por estar detonando o brinquedo!... ahahhahaha... (Todos os brinquedos dela são 'inteiros'... não existe brinquedo, aqui em casa, q possa ser doado por "desgaste" ou jogado fora por estar destruído!... A PRESERVAÇÃO é uma coisa q ela está aprendendo desde pequena e, ainda bem, ensinei de forma a dar bons resultados!...rs)

Enfim, amanhã sim é q eu vou ter história pra contar. Depois da festa, meus avós vêm, anos-luz depois de mtos, almoçar aqui (apesar de eu e minha avó não estarmos lá nas melhores épocas). A Fe deve vir tb e a Be, se sentir disposta depois de algumas "facadas" a mais nas pernas e mão, tb está convidada...rs... Talvez a Ju e o Dan tb apareçam, mas como eu nunca tenho certeza de nada, então, só posso garantir 3 dessas presenças (além de mim, da minha mãe e da Isa, afinal, alguém tem q ceder a casa e fazer o almoço!... ahahaha)

O dia está prometendo ser divertidinho (apesar de terem algumas nuvens no céu por aqui...rs)... Mesmo pq, o caminho já mudou. Tem terra batida ainda, mas a bosta foi "jogada pra longe". Novos passos em novos rumos. A força pra "aguentar as consequências" vou adquirir com o tempo. Até mesmo pelo fato de q raríssimas vezes senti uma coisa chamada "arrependimento". Pra mim, é ele q me tornaria fraca.

Não me martirizo por decisões tomadas. Tive, até hj, quase 6 anos pra refletir sobre certas coisas q eu podia ter feito ou q eu possa vir a fazer. É tempo o suficiente pra saber q, sendo boa ou não, sendo permissiva ou não, fazendo coisas certas ou não, eu SEMPRE vou ser "culpada" por erros de terceiros. Então, se é pra tomar bucha por causa dos outros, nada melhor do q tomar bucha por minha própria "irresponsabilidade".

Um passo foi dado. Amanhã, mais um será. E, daqui pra frente, vários outros. Afinal, enqto se "marca passo" de um lado, a gente caminha a passos largos de outro. É chegada a hora. É chegada a MINHA hora. E, agradeço a Deus, aos céus, aos Orixás, a Buddah, à Santa Sara Khali, etc etc etc todas as boas pessoas e amigos leais q me cercam e estão comigo nessas horas.

GRANDES HOMENS SEMPRE RECEBEM AJUDA DE OUTROS GRANDES HOMENS.

Essa foi minha sorte no orkut outro dia. E, grandes homens não são mesquinhos e omissos. Grandes homens podem ser até mulheres. Da mesma forma q pessoas miúdas, medíocres e egoístas. Tenho sorte pelo número de "grandes homens" q me cercam. (Se não posso chamar isso de sorte, só posso concluir q fiz boas escolhas!)

Bjos pra vcs, GRANDES PESSOAS da minha vida.
Pras pequenas, um breve suspiro basta.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

SOU DO TAMANHO DO Q VEJO E NÃO DO TAMANHO DA MINHA ALTURA - II

Tinha escrito um monte de coisas, mas não gostei do texto, no conjunto... então, vou começar td de novo...rs...

Hj, to passando o dia ao som de Lenny Kravitz e com a cabeça cheia de pensamentos. Final de ano, pra mim, representa um período de aflição. Começa em outubro e termina só depois do Ano Novo... ou melhor, só depois do Carnaval: dia das crianças, aniversário da Isa, festa de final de ano, rematrícula, uniforme, lista de material e fantasia pro carnaval. É uma coisa atrás da outra. Td isso requer dinheiro, coisa q raramente eu tenho. Como já disse aqui, várias vezes, não tenho 13º nem férias com 1/3 a mais de salário. Aliás, não tenho nem período de férias, qto mais um terço extra no salário!...rs

Tb não é novidade q, todo ano acontece a mesma coisa: brigas por causa de pensão e "despesas extras". Qtos de vcs, q lêem, conhecem pais e mães? Creio eu q conheçam, no mínimo, seus próprios pais. Qtos de vcs já ouviram falar de casos, na Justiça de Família, em q pai e mãe se degladiam por causa da guarda de um filho e, o q perde, fica miguelando ou exigindo mundos e fundos de pensão?... Pois é...

Td começa pra ver QUEM FICA COM O FILHO e termina em briga financeira. Da primeira fase, eu "escapei". Sofri algumas "ameaças" (e tenho até conversa gravada sobre isso) sobre me tirarem a guarda da Isa, mas não saiu da ameaça. Além disso, judicialmente, a guarda da Isa é minha há mais de 1 ano: tenho uma sentença q declara a "manutenção da guarda com a mãe". Sendo assim, estou dentro da lei e, quem tentou me prejudicar, na verdade, me beneficiou. Não precisei nem contratar advogado pra ter a guarda da Isa declarada como minha por um Juiz de Direito.

Porém, da segunda parte eu não escapei. As "brigas financeiras" existem desde q eu e o Gustavo terminamos o namoro em 2003. Pra ele, pagar metade do q a filha dele precisa (metade da escola e do lanche, metade da assistencia médica, metade dos passeios, metade das roupas, 1/3 do condominio, 1/3 da conta de luz, 1/3 da comida e 1/3 do material de limpeza q se usa na casa) é muito.

Às vezes, tenho a sensação de não saber se ele se faz de burro ou se ele é burro realmente. Quem me cerca, costuma dizer q ele é sonso e q só se faz de burro, mas eu prefiro conceder a ele o benefício da dúvida. Se não fosse pela minha mãe, a filha dele não morava e não comia. Ou seja, necessidades primárias do ser humano (casa, comida e banho) quem banca É A AVÓ MATERNA. Roupa, sapato, passeio, presente pra amiguinho, roupa de carnaval e festa junina e essas duas festas, festa de fim de ano, passeios, cultura (livros, dvds, exposições), passeios (incluem sempre um sorvetinho, um suco, um salgadinho ou docinho, etc), uniforme, tenis, lista de material, quem banca É A MÃE. Mensalidade da escola e assistência médica, quem banca É O PAI.

Enqto o pai quer "cobrir o negativo" no banco, a avó (q não tem obrigação nenhuma em relação à criança) e a mãe, têm passado mais hora dentro de hospital do q urubu voando, têm gasto mais $$ em remédio pras duas do q nunca gastaram, têm TENTADO pagar (quase) todas as contas da casa (já q o condomínio, DENTRE OUTRAS contas, "tá ficando") e da filha dele.

Se o $$ da mensalidade e da assistência médica são necessários? ÓBVIO QUE SIM!... Se não fosse, talvez o pai não tivesse nem o desprazer de ter q ler alguns e-mails de vez em qdo. MAS NÃO É O BASTANTE! Ele diz q "não pode bancar a pensão e mais despesas extras" e, cada vez q ele faz isso, a filha dele perde de algum lado. E, normalmente, o q acontece, é ela aparecer na escola com uniforme roto e curto. Claro, de todas as coisas, SE VESTIR "não é" necessário. É "supérfluo". E, como EU faço despesas "sem consultá-lo" ou "contra a vontade dele" (se tem q ser feito e eu sei q vou levar um não, não perco meu tempo nem me desgasto, não é mesmo?), EU q banque uniforme, lanche, passeios, roupas, presentes, comida, casa, roupa... afinal, criança "não precisa" de vida social, criança "não precisa" de cultura e lazer e criança tb "não precisa" DE ATENÇÃO!...

Existem necessidades humanas q não requerem gastos. Atenção, carinho, interesse, consideração... QUANTO CUSTA NO MERCADO MAIS PRÓXIMO DE VCS?... No mais próximo de mim essas coisas são de graça, e ainda vem acompanhadas de cobertura de abraços e beijos.

Ou seja, o q precisa do dinheiro pra pagar, ele não dá "pq não tem" (as raves, presentes pra namoradinha, pagar conta de gente capaz q não trabalha, dentre outras coisas, "não custam" dinheiro...)... e o q não precisa de dinheiro?... Pq ele não dá?

Não dá e, se qualquer um de vcs for perguntar pra ele, ele vai dizer q "a culpa" É MINHA!... Afinal, eu não deixo minha filha ir na casa dele. E não deixo MESMO! As duas vezes q ela foi, voltou doentinha (uma com diarréia, a outra com infecção na garganta). Minha filha não é brinquedo e tem uma rotina. Quem não entende e não respeita a condição dela de SER CRIANÇA, não tem q ficar com ela por perto. Então, se preservar a saúde (e a boa educação) da minha filha é SER CULPADA de alguma coisa, então eu sou.

Sou culpada de várias coisas, mas NÃO POSSO SER CULPADA DO PAI DELA SER OCO. Só tem essa explicação. Egoísta é um adjetivo q a gente já conhece: é sempre "primeiro ele", depois a os pais e os irmãos dele (se as coisas forem do jeito dele), depois os amigos (pq normalmente amigos aceitam 'qualquer coisa', mesmo q discordem) e, depois, se eu não esqueci nenhum detalhe (como trabalho, mulher e trance), a filha.

É... acompanhando meu próprio raciocínio, notei minha falha (ou meu acerto). Com todas essa prioridades antes da existência da filha, "não sobra" sentimento, interesse, atenção e carinho pra ela. Tinha esquecido q AMOR ACABA! E, óbvio, q se o produto principal acaba, os derivados tb não têm como ser produzidos.

BINGO!

FOI POR ISSO Q ELE NÃO LIGOU PRA ELA NEM TROUXE PRESENTE ONTEM, NO DIA DO ANIVERSÁRIO DELA! Como eu posso ser tão burra? Se a coisa mais importante do mundo, q é o dinheiro, acaba, pq o amor e seus derivados, q são completamente secundários e sem razão de ser deveriam "ter sempre"?????

Nossa, e eu to sendo mais burra ainda!!!!!!!!!!!!!!!... Se o amor acaba e os derivados tb, o q ele me falou na sexta-feira Santa se torna óbvio: "não me interesso pela situação dela na escola". CLARO, VERIDIANA!!!!! ISSO É ATENÇÃO E INTERESSE, DERIVADOS DO AMOR!... Caralho, hein, gente, to precisando voltar pra escola da vida!

Queridos (sem ironia, pq eu sei quem lê este blog), vcs sabem né? Amanhã tem festinha do aniversário da Isinha na escola. Fazendo as contas a grosso modo, os gastos são de R$300,00, numa festa pra 60 crianças. Eu não acho q cinco Reais por criança seja um absurdo de caro. Principalmente pq a Isa, qdo chega julho, já começa a perguntar qdo é o aniversário dela, se falta mto, q ela quer festa com bolo e docinho... Eu to me matando pra fazer a bendita festinha e, particularmente, acho q vou bancar os R$300 sozinha. Afinal, foda-se o MEU cheque especial e os empréstimos q tenho no banco né?

Existem coisas, quem tem filho sabe, q não tem como vc negar. Sou o tipo da mãe q diz não PRA TUDO: desde uma Amazing Ananda (uma boneca q custa R$800) até um chocolate de 1 real na padaria. SEMPRE tenho o não na ponta da língua. Dá pra negar uma festa de aniversário pra alguém q tem (agora) 5 anos de idade e fica 4 meses esperando por um dia "só dela"? Seria covardia.

Mas, como o meu amor pela Isa não acaba e só cresce. Até qdo ela vai dormir na casa dos meus avós, q são pessoas q eu confio 100% em relação aos cuidados com a minha filha, eu ligo pra saber se ela tá bem, se comeu, se dormiu, se se comportou... Não é uma ligação de 5 minutos pra saber da minha filha q vai fazer meu negativo no banco estourar. Algumas economias são "porcas".

O q me dói não é só o fato dele não colaborar como deveria com as despesas, pq isso eu (acho q) já aprendi (a duras penas) q não muda nele (como não muda em nenhum outro materialista). O q mais me dói é a falta de atenção e interesse dele em relação à filha. Ele afirmou, com mais de 100% de certeza, q quem sai perdendo é a Isa. Realmente, ela sai perdendo: uma figura paterna ausente por uma figura paterna presente, íntegra e felicitada pela presença dela (meu avô); ela sai perdendo horas de tristeza pensando nos "porquês" do pai-genético dela; ela sai perdendo vários "maus-exemplos" derivados da falta do q a maioria aqui conhece como BERÇO (acho q já enjoei dessa palavra... mas o sentido dela tá tão em falta hj em dia q, quem sabe repetindo isso, as pessoas passam a se interessar mais em "praticar o berço"); ela tb sai perdendo algumas discussões entre os pais dela; ela tb sai perdendo a visão da mãe dela triste, nervosa e chorando por um "não" q ele dê à alguma coisa q ela esteja precisando...

Ela só 'sai perdendo' coisa ruim. Ele não nota q, hj, a ausência e o desinteresse dele constroem a base do desprezo q ele vai ter em troca daqui alguns anos. Crescer e "acumular primaveras" não necessariamente significam "amadurecimento" e/ou "entendimento". Isto é, mesmo q ela tenha idade pra dizer "vou fazer", se eu disser "NÃO", ela NÃO VAI FAZER. E quem me conhece sabe q as coisas funcionam assim. Não preciso dizer um não por "birra". O não vai ser fundamentado em valores concernentes à época em q for dito. Se não houver motivo pra um não, ela toma um sim e td bem.

Mas, a "esperança" dela se tornar adolescente pra poder "conviver mais" com ela, é furada. Se hj, q ele tem um dia por semana "só pra ele" (não na casa dele, mas pra ele) curtir com a filha, almoçar, conversar, perguntar, brincar, etc e ele não aproveita, expectativas pro futuro só vão causar mais desilusão. Pra ele e pra ela.

Ela é esperta e mais sensível q eu e ele juntos e, qdo ela crescer, o q hj eu escrevo com nome de "desprezo", é bem capaz q ela transforme em "compaixão"... ou raiva, nos dias dela de mau-humor. Não duvido q, daqui alguns anos, eu me surpreenda e a veja tomando atitudes q vão funcionar como tapas na cara dele. Atitudes não de desprezo, mas DE AMOR.

Imaginem a cara de bosta do ser humano: vc age com seu filho como se ele fosse "uma criança qualquer q vc veja no metrô" por toda a vida e, qdo seu filho cresce, ele te dá amor, mas isso, ao invés de te fazer sentir "vingado da megera da mae do seu filho, da carrasca q nao deixava seu filho ir pra sua casa de fds", te faz sentir humilhado, com o orgulho ferido, triste, de cabeça baixa... por estar tomando uma lição de moral de uma "criança".

Conscientemente, pro MEU ego, se ela desprezasse ele seria perfeito. EU ia me regozijar. Mas, pelo lado moral, religioso, social e humanitário da situação, ela "amar o inimigo" é o ato mais correto. Eu vivo rezando a Deus pra me dar força pra aceitar aquilo q eu não posso mudar, mas não consigo ficar inerte ao ver o sentimento da minha filha desprezado pelo próprio pai.

Vcs não têm idéia de como é difícil tolerar e conviver com isso e, ao atender o telefone ou encontrar o "meliante", ainda ter q engolir a seco, "sorrir" (mesmo q amareladamente) e ser educada, pra ver minha filha bem. Essa "tolerância" não é minha e nem por mim. Não faço isso pra "enobrecer meu espírito" e nem pra ser "a boa" da história não. Faço isso pq É A INTEGRIDADE EMOCIONAL DA MINHA FILHA q está em jogo. Faço por ela e não por mim. E acho q isso não me enobrece em nada.

Eu seria mais nobre se fosse, simplesmente, IMPARCIAL. Mas ainda não estou nesse grau de evolução. Seria melhor se eu conseguisse NÃO SENTIR nada. Se eu simplesmente aceitasse a natureza dele, como aceito a natureza dos meus amigos. Não consigo. Não me conformo de um pai amar menos um filho do q uma mãe. Amar de formas diferentes sim, mas não menos.

Minha mãe, meus avós, alguns parentes e amigos amam minha filha na mesma intensidade q eu. Se emocionam e ficam bravos com ela na mesma intensidade q eu. Mas não amam como mãe. Amam como avó, bisavós, primos, amigos da mamãe... mas NINGUÉM a não ser ele trata a Isadora "desse jeito". Pra mim, é inacreditável meus amigos terem mais interesse, respeito e consideração pela minha filha q o pai dela. É real, mas é mto triste pra mim. Não pelo sentimento dos meus amigos, mas pela falta de sentimento do pai.

Bom, a Fe tá querendo sair do msn pra estudar, mas tá esperando eu acabar de postar, então, depois de algumas ironias, alguma pimenta e uma certa dose de armargura, vou encerrando.

Tomara q meu Pai tenha estado certo durante os anos em que viveu: DEUS PROVERÁ!...rs... Enqto, isso, vou tentando fazer minha parte.

Bjos pra vcs.

domingo, 4 de novembro de 2007

SOU DO TAMANHO DO Q VEJO E NÃO DO TAMANHO DA MINHA ALTURA

Semaninha complicada esta...
Postei na terça de manhã, falando sobre a imparcialidade dos juízes do trabalho... creio q o ideal é TODOS sermos imparciais em qualquer situação. A imparcialidade nos dá clareza de raciocínio e serenidade nos momentos difíceis e de decisão. Imparcial foi td o q eu NÃO FUI na audiência de terça à tarde. Peguei, novamente, um advogado ainda menos experiente q eu mas q, pelo jeito, AMA o "ad argumentandum", coisa q eu detesto. Ele queria discutir, em audiência, as matérias da contestação... Eu não tinha sequer tido acesso ao conteúdo da verborragia constante daquelas páginas, mas notei q ele não tinha escrito nelas nada além de uma "negativa de vínculo". Uma pena q eu não tenha tido oportunidade de ler e me manifestar sobre a defesa. Ia ser mto legal ter a certeza (pois a "presunção juris tantum", ou seja, a presunção q pode ser invalidade por prova em contrário) de q ele tinha feito uma "negativa geral" e q eu ia ganhar a ação nos detalhes!... É triste, mas fiquei na dúvida dele ter contestado as diferenças salariais, de ter contestado as verbas rescisórias. Presumo (admitindo prova em contrário se eu ler a contestação, como disse) q ele tenha alegado, simplesmente, a "inexistência de vínculo empregatício" da empresa com o meu cliente e isso, indubitavelmente, contrariaria prova documental dos autos, dando ganho de causa "a mim" (sim, quem ganha a causa é o advogado... o cliente só fica com o dinheiro!...rs)...

Enfim, nem com "o dinheiro" conseguimos ficar direito, já q meu cliente, num acesso de "bondade" abriu mão de mais de 60% do valor em q a ação estava e q os honorários q vou receber não vão pagar NEM as horas q gastei pra fazer a inicial... Mas, td bem... na próxima, nada de "temor reverencial", mesmo q o cliente seja pai do presidente da República...

Tirando essa decepção logo na minha primeira ação "solo" (depois ainda me dizem "pq vc odeia advogar?"...rs), quarta e quinta, pra mim, foram dias meio q perdidos... Semana TOTALMENTE desconcentrada e "sem vontade"... Nem de dormir eu tinha vontade...rs... A dúvida sobre "o futuro da minha carreira" foi-se esvaindo paulatinamente a cada pensamento q surgia na minha cabeça. Numa lerdeza incomum, fui juntando as pecinhas do meu quebra-cabeça pessoal e, ao ver a data de abertura e encarramento das inscrições e a data da prova de seleção pra pós da USP, TUDO FICOU CLARO, como o dia ensolarado q fazia na quinta-feira! (Doce ilusão pros q programaram viagem no feriado de finados...rs... o povo não se toca q finados é feriado de ficar em casa pq SEMPRE CHOVE???? - Menos qdo EU vou pra praia!...rs... Notei isso em algumas ocasiões!...rs)

Empolgada com as datas, "retomei" os estudos, mas não como deveria. Eu não tinha parado de estudar totalmente, mesmo depois da reprovação na primeira fase do concurso mais recente q prestei, mas eu andava mto lenta e, faltando pouco mais de 30 dias pra prova, eu deveria estar mais ágil.

Definitivamente essas datas me confirmaram a certeza q eu já tinha, apesar da dúvida q plantaram na minha cabeça. Direito do Trabalho é minha vida. Não sei o q faria se não me dedicasse a isso. Penso em outros caminhos e td me parece cinzento, embaçado e vazio ao mesmo tempo mas, qdo penso no q faço, no q quero, é como se uma luz fortíssima cegasse meus olhos e, em seguida, td parecesse colorido e nítido, como sempre deve ser.

Filosofias à parte, estou em "quarentena". Se eu já andava meio ausente da net por falta de tempo, imaginem agora q eu tenho q CRIAR TEMPO pra estudar? Eu "já era"!... ahahah... Prazos, processos, "Projeto Anel"... até a festa de aniversário e a festinha de fim de ano da escola da Isa estão parecendo "secundário"... Pior (ou melhor) é q eu estou fazendo as coisas pra ambas as festas, em paralelo com todas as outras coisas q me ocupam 18 horas por dia!...

Meus amigos?... Nossa, to relapsa quase q 100% em relação a eles. Minha mãe?... Caraca, conversamos qdo ela chega do trabalho e fim. Se ela sai de perto de mim e me deixa "em silêncio", eu durmo em questão de segundos e, "nothing left". Tá complicado. Ando cansada, mas tenho vontade. Qdo to disposta, a vontade some. Bem coisa de "puta": dá e passa. E isso me dá uma "réiva"... hahahahaha

Enfim, me perdoem os q sentem a minha "ausência", mas é por um bem maior!
Celular, orkut e e-mail são válidos pra se comunicarem comigo ta?... ahahahha

Agora, me vou. Amanhã é aniversário da rebenta e eu tenho q comprar um presente pra ela, q não sei nem o q é ainda!... (Parece q estou dando conta de "suprir necessidades" né...rs... Afinal, essas dúvidas, só surgem em relação ao q é "supérfluo"...rs)

Bjos pra vcs!

terça-feira, 30 de outubro de 2007

VAI PELA LINHA DO SOL, ELE VAI!

Pois é... to completamente fora de rumo, de prumo e de horário!... To atrasada com todas as coisas que quero, gosto e preciso fazer. O trabalho está se acumulando em várias prateleiras de uma estante que, há anos, eu não via ocupada com tantos volumes de processo (pra ser bem exata, desde 1996, qdo meu Pai usava a mesma estante pra mesma função)... Este outubro não está parecendo tão longo qto os outros outubros da minha vida. Tem sido um mês "cansado", mas não lento como sempre foi.

Esse acúmulo de trabalho e mais todos os pensamentos que tomam conta da minha cabeça (desde sempre) têm me feito ficar cansada e lenta. Ou seja, perto da minha lentidão, o mês está passando a jato. Não consegui render td o q gostaria, mas rendi mais q o mês passado (setembro foi mais lento do q a minha lerdeza!)... Normalmente, em todos os anos, desde q me conheço por gente, meus meses, de agosto a novembro, não rendem tanto quanto os outros. Talvez pelo cansaço (físico/mental), talvez pela preguiça de "terminar" o ano, talvez pela ansiedade de ver o verão, o Natal, o Reveillon e meu aniversário chegarem!... ahahah... Não sei... mas, este ano está sendo diferente. Meses "preguiçosos" sim, mas estou caminhando, mesmo q diminua o passo, pra não ficar desejando q o mundo acabe num barranco pra q eu possa "morrer encostada"...rs

De qualquer forma, eu SEI (hj eu sei mesmo) q as coisas acontecem COMO E QUANDO TEM Q ACONTECER. Aprendi q não adianta querer apressar o curso do rio, pq a água tem sua velocidade própria, independente da nossa vontade. Claro q se está nas nossas mãos adiantar uma alegria ou retardar um sofrimento, podemos e devemos fazê-lo... mas mudar e apressar a água, isso não dá. Então, ou a gente aceita ou a gente se mata, pq não existe angústia maior do q querer uma coisa q "não dá agora" e tb não adianta querer fugir de algo q se esfrega na nossa cara mais q "desaforo"...rs

Enfim, recebi gratas notícias na última sexta-feira de outubro (dia 26, 16º "aniversário" do meu Baile de Debutantes - o meu foi aos 14 anos!) e, tb, me plantaram uma sementinha de dúvida no coração (e no estômago). Questionaram-me sobre minha carreira, sobre meus desejos em relação a ela, sobre as certezas que carrego comigo há quase duas décadas. E, qdo eu falo da "sementinha da dúvida" não é pq não estou mais certa do q quero. É pq eu não entendi o questionamento.

Não é segredo que a função de Juíza do Trabalho e o cargo de Professora Universitária são meus objetivos principais em relação à minha carreira. Talvez, "segredo", pra alguns, sejam os fatos de eu ter "perdido a pressa" e de eu ter tomado consciência dos "requisitos" q eu preciso pra chegar onde eu quero. Talvez, a segunda parte alguns tenham desconfiado de um tempo pra cá: quem me conhece, pelo menos um pouco, sabe q "se é pra fazer mal feito, prefiro não fazer". Meu perfeccionismo, minha "auto-cobrança", minha índole, minha ambição não me deixam ser ou fazer "pouco". Fazer o necessário SIM, mas não deixar passar nenhum detalhe q possa "salvar minha pele". Pra alcançar o q quero, não posso ser "desleixada" ou "desencanada". Ser juiz exige mto conhecimento teórico, mta prática (processual e no interior de uma vara do trabalho), mta responsabilidade (pessoal, moral e social) e muito, muito equilíbrio emocional.

Pra conseguir td isso, ainda faltam alguns passos. A parte do conhecimento teórico e prático, a cada dia da minha vida eu resolvo. TUDO ENSINA!... A responsabilidade (pessoal e social) estão a meio caminho andado (não dá pra separar direito do trabalho e responsabilidade pessoal/social). A responsabilidade moral existe em cada caso, aparece na época certa, na análise de cada processo, de cada reclamatória. O q tá mais "atrasadinho" nisso td é o equilíbrio emocional.

Imparcialidade não é algo fácil de se adquirir. Principalmente qdo se vive e se vivencia o direito do trabalho. A falta de responsabilidade (pessoal, moral e social) das empresas é que eleva, cada dia mais, o número de ações trabalhistas. Ou seja, ao meu ver (lendo, pelo menos, 20 processos diferentes por mês e calculando, em dinheiro, os resultados da irresponsabilidade empresarial) fica extremamente difícil pensar q um empregado não tem razão numa ação.

Óbvio q existem pessoas q são "reclamantes por profissão". Tem cara q entra nas empresas já pensando nelas como "investimento a médio/longo prazo", já pensando no valor q uma ação trabalhista vai lhe render qdo sair de lá. Isso é irresponsabilidade social do trabalhador, MAS, presumindo-se sua "hipossuficiencia" (seja financeira, seja educacional, seja cultural), não se pode condenar o cara por pensar q "toda empresa faz sacanagem" (mesmo pq, por mais imparcial q eu deva ser, tenho q concordar com os trabalhadores: não tem UMA empresa q não faça pelo menos UMA sacanagenzinha com seus empregados e prestadores de serviços!...rs)

Enfim... questionamento feito, me resta questionar o questionador... QUERO fazer uma pós... além de aumentar meu conhecimento, me renderá PELO MENOS mais um título... e, se eu me tornar professora, vai me render outro título... (advogada, especialista e professora... 3 títulos não é mal pro desempate na 5ª fase do concurso de juiz!..rs...)

Até os 35 estarei lá! (Ou, quem sabe, até os 40)... Mas sei q esse é o MEU CAMINHO pra felicidade, pra realização pessoal... Sem o direito do trabalho eu não sou nada!... Não me considero nada. Há mais de 10 anos vivo pra isso, ando em direção a isso. MAS, sei q preciso "acumular" mais coisas antes de chegar onde eu quero. Tem pessoas q chamam isso de "agregar valores"... e é isso q tenho feito.

Tirando essa parte "burocrática" do direito, mas sem sair dele... hj tem audiência do pai da Re... meeeeeeeeeeeeeeeeeeeuuuuuuuuuuussssssssss, vcs não tem noção de como eu DETESTO audiencia, de como eu ODEIO ficar numa lenga lenga discutindo por palavras escritas em papel... Se eu conheço a forma de interpretação e de aplicação da lei, pq eu tenho q ficar discutindo né?... Pois é... mas, vamos lá ver o q me aguarda!!!!!... Quero ver qto tempo vamos (eu e o cliente) levar pra receber o $$ q esses filhos da mãe devem 'pra gente'.

De resto, td igual... fds pacatos... e, garanto, isso já está me cansando!...rs... Eu e minha vida andamos pacatas demais!... ahahahahha... Mas, nada como um moço com mais de 1,80m, cabelos e olhos castanhos, com braços q dão 'abraços de urso', educado, simpático (ele deve ser gay!...rs) não ajude a resolver!...

Recado pra mim mesma: TOMA VERGONHA NESSA CARA LAVADA E VAI LOGO FALAR COM O MOÇO PORRA!... ahuahauhau... Não, não vou... pelo menos até domingo o "projeto anel" fica onde e como está (cada um no seu canto, com td parado!... ahahahah)

Bom, pra quem vai viajar, boa viagem.
Pra quem não vai, bom feriado preguiçoso.
Pra quem vai ter q trabalhar (eu deveria, mas não to a fim), bom trabalho e calma, muita calma!... ahahahahah

Bjo!
PS: É feio alguem com mais de 20 anos e com uma prole a educar aparecer com o pescoço roxo numa visita num é?...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

THE MUSIC IN ME...

Resumão básico:
semana retrasada, meus "Amigos" foram lá em casa. Um moço e uma moça. O moço trava bravo viu, mas esta vez nem é comigo o stress. Comigo o stress foi o mês passado. Aliás, não é q foi "comigo", foi um stress recíproco entre nós que, pra mim, rendeu um mês de mau-humor do "cão" (seria literalmente?... ahahahah), como vocês puderam notar nos posts anteriores. Este mês tudo PARECE que vai ficar mais tranquilo, apesar daquele cucaracho filho da puta estar tentando me dar o calote. Mas, eu decidi que ele NÃO VAI CONSEGUIR!... Já já vou no consultório dele receber e só saio de lá com o remanescente dos meus honorários na mão! (Caso contrário, meu vento vai deixá-lo careca... ahhaah)

Depois dessas duas gratas visitas, no sábado, o Gustavo foi ver a Isinha (sim, pasmem! Quase 2 meses depois da visita mais recente, ele aparece... não falo mais nada!). Conversamos sobre os aniversários dos amiguinhos da Isa (que eu to bancando os presentes), sobre o dia das crianças, sobre o aniversário dela (já deixando bem claro pra ele que não vou fazer NADA em casa, pq não quero ficar fazendo faxina e nem aguentando reclamação de vizinho! - Assim, não junta um bando na minha sala!), sobre a festa de fim de ano da escola (e o respectivo presente pro Papai Noel dar pra Isa no final da festa), matricula na escola nova, uniforme, lista de material e perua. Não sei como, mas ele não discordou, não constestou e ainda se dispôs a colaborar. Não, não sei o que aconteceu, mas nem me interessa. Se a contribuição foi genética e, agora, se restringe à contribuição monetária (excluindo-se a contribuição educacional, moral, emocional e psicológica), vamos deixar o rapaz colaborar sem questionar! (E, eu bem sei que, normalmente, depois dessa benevolência toda, costumam vir pedidos que me fazem dizer não e, então, começamos uma nova fase de turbulências, inclusive em relação ao pouco que ele faz pra filha... hunf)

À noite, assistimos TROPA DE ELITE (saiu primeiro no camelôô, lá lá lá lá lá lááááá... hahahaha) e Zodíaco (este, do mesmo diretor de Seven e no mesmo estilo: serial killer). Domingo, pasmaceira total, a não ser pelo Mc (só pra comprar a Uvinha com os pompons) e a feirinha do Center 3 (pra deixar uns brincos meus pra arrumar com um cara que mexe com prata e pedras - e, falando nisso, QUE CARA!..rs), que tá melhor que antes. De segunda à quinta-feira, tive uma correria só com laudos e mais laudos e mais laudos. Sexta, fui no escritório de um colega dvogado assinar uma procuração pra ele dar entrada numa ação pra mim e almocei com a Pá.

Nossa, não a via desde 2005 acho... nunca vi duas fulanas demorarem tanto pra se encontrar. Até parece que a gente se conheceu há 13 anos!... ahahahaha... Foi legal o almoço mas, claro, como não podia deixar de ser, dei uma gafe que me faz ficar roxa de vergonha até agora! hahahah (Não, não vou contar... podem ficar curiosos...rs)

Sábado, a Lu estava em casa. Então, eu, Mamis e Isa fomos nas Pernambucanas, ao banco, comer, na Paulista e depois voltamos pra casa. Óbvio que eu dormi assim que chegamos em casa né...rs... Casa limpinha, cheirosa, com a Isa cansada e quieta... nada melhor que um bom cochilo vespertino!... ahahahhaa... Ontem, nada demais também. Almoçamos no Mc (e a Isa trouxe a Moranguinho de skate...rs), passamos no camelô, ficamos invocando os nossos Amigos do além pra fazer a gente invisível pra um moleque maltrapilho que tava infernizando todo mundo na rua, fomos la no cara das pratas (e QUE CARA!), pegamos meus brincos, deixei umas coisas da minha mãe pra arrumar... e, voltamos pra casa... assistimos Quarteto Fantástico 1 (review) e 2 e High School Musical 2... depois chapinha na mamis e cama!

Hoje... melhor não falar de hoje...rs

No meio desse monte de coisas pequeninas que foram acontecendo, claro que tem as partes, no mínimo, "estranhas" e chatas que acontecem. Ando meio "tolerância zero" com meu primo: ele não sabe pra onde correr quando se sente pressionado e, ao invés de se concentrar no trabalho dele e não perder tempo, ele passa o dia da cozinha pra mesa dele, da mesa dele pro banheiro, do banheiro pra minha mesa, da minha mesa pra cozinha... ou fica me imitando enquanto trabalho, ou fica falando de assuntos nada a ver, ou fica me torrando a paciência com brincadeira boba, ou fica me perguntando porque eu to séria, ou fica tentando fazer pressão em mim por conta da quantidade de trabalho que tem vindo pro meu avô.

Eu vou me irritando sabe. Segunda passada, ele simplesmente arrancou o cheque do meu salário e uns recibos que estavam na minha mão... quase rasgou. Eu bufei e saí pisando duro, de cara feia. Depois ele vem com a maior cara deslavada "eu só queria ver o número do processo"... grrrrrrrr!... E eu "só" respondi "puta falta de respeito arrancar as coisas da mão das pessoas. queria saber, perguntasse!" E saí andando de novo. A coisa já tava ruim. Eu não estava suportando mais as brincadeiras e as conversas fora de hora. Depois dessa, nossa, quanto mais silêncio de mim e parta mim, melhor.

Pra quem não sabe, sou advogada por formação, mas eu faço cálculos em ações trabalhistas. Isso significa que minha mesa costuma ficar parecendo um RH: recibos de pagamento, cartões de ponto, relatórios de vendas e quilometragem, carteiras de trabalho, processos e tudo mais. Eu uso tudo isso pra LANÇAR DADOS E VALORES em planilhas, pra depois fazer as contas. Na boa, um erro de digitaçao ou de valor trocado, ferra meu trabalho inteiro. Não é um bicho de 7 cabeças não. Aliás, é bem simples o trabalho pra quem tem um bom raciocínio lógico. Mas requer concentração pra não se cometer erros. E, então, pergunto: DÁ PRA TER CONCENTRAÇÃO COM ALGUÉM DO LADO DA SUA MESA, TAGARELANDO E TE IMITANDO?????????? (Alguém tem coragem de dizer que eu sou intolerante e/ou impaciente?... To nessas desde 2001...)

Enfim, esse é um dos meus maiores motivos de stress. Mas, graças a Deus, meu avô tá cada dia melhor e tá voltando a aparecer mais aqui no escritório. É engraçado, que quando o Véinho tá aqui, o outro não levanta a bunda da cadeira pra me infernizar... alguém sabe me dizer o que passa na cabeça do cidadão???? (Eu sei: vocês não acham que ele vai querer se queimar com o sócio dele "só" porque ele não sabe calar a boca e trabalhar quieto né?)

E, mudando de pato pra ganso, mas ainda sendo ave...
No meio dessas sensações estranhas (como essa ira contida em relação à falta de silêncio no meu local de trabalho), surgiu uma que há muito tempo eu não sentia. Chamo essa sensação de "é meu"... ahahah... Fazia tempo, muito tempo mesmo, que eu não batia o olho em um cara e pensava "nossa, é esse". E, mais tempo ainda, que eu não ficava tão desconcentrada. É... "o cara... e que cara!". Alto, gostoso, bonito, educado... tá, já sei! Vocês estão pensando a mesma coisa que eu: "ou é casado, ou é galinha ou é viado"... huahauhauahau... Juro que se não for nenhum dos 3, em breve, vou estar mais quieta em casa ainda do que já estou. Mas, uma coisa eu garanto: se a mãe do cara for "da macumba" que nem eu, eu termino o namoro no momento em que eu ficar sabendo!... De mãe macumbeira, basta a minha, que não faz mal pra ninguém!... hahahah (Antes o requisito era: não seja geminiano nem sagitariano. Agora, o requisito é: sua mãe não pode ser da "Umbandomblé"... hahahah... Melhor aguentar uma kardecista chata que fica só la rezando pra afastar os "maus spritos" do que uma macumbeira que vai em mafuá né!... ahahah)

Enfim, era isso...
Vamos ver o que me espera nessa semaninha mais curta!

Aaaaaaaahhhhhhhhhhh!!!
Só pra constar: não há remédio, tala e "gelol" que façam minha mão direita desadormecer. A tendinite pegou feeeeeeeio ontem, e eu nem sei pq, já que desde quinta eu não entrava na net... =/

Bom... era isso. Bjos pra todos!
E torçam pra eu me concentrar mais (preciso esquecer os bíceps e o cavanhaque!... ahahahah) e pra minha mão acordar!...rs

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

DUAS VENTAROLAS

"Eram duas ventarolas, duas ventarolas que vinham do mar
Uma era Iansã, Eparrêi
A outra era Iemanja, Adofiaba
Uma era Iansã, Eparrêi
A outra era Iemanja, Adofiaba"

Meu amigo João (do RJ, não o fedido) comentou o seguinte no post anterior:
"Estava custando para abanar as ventarolas!... Faz o seguinte: aproveita que o tempo anda bom (vai virar na 2ª...) e vai prum lugar onde tenha um belo bambuzal. Fica pensando em nada, só ouvindo os bambús "falarem" com você. Sinta a brisa acariciar seu corpo.Oyá precisa, de vez em quando, largar a espada e ficar só se abanando."

Na hora me lembrei dessa curimba cruzada e resolvi postar de novo.

Se vcs leram o post anterior, devem ter notado a intensidade da minha irritação e devem, tb, ter percebido q meu sistema nervoso não anda lá dos mais "relaxados"... Meu, COMO PODE?... (Tá, calma, já vou começar a explicar o "o que" q falta depois do "como pode"...rs).

As pessoas se queixam que não têm dinheiro pra nada. Reclamam da vida, do trabalho, da família... MAS, chegam tarde no trabalho, ao invés de trabalhar durante o dia ficam conversando com os colegas, tirando um cochilo depois do almoço, falando q a mulher mais apressa do q ajuda, mais reclama do q faz, e bla bla bla...

E, ainda tem coragem de DELEGAR FUNÇÕES. Pensem (como se eu já não tivesse escrito sobre isso aqui umas trocentas vezes): uma empresa com 2 sócios e 1 funcionária. Desses sócios, um trabalha mais pro lado "político" da coisa e o outro, deveria fazer sua política e, também, botar a mão na massa. A funcionária está, atualmente, encarregada de fazer os trabalhos de responsabilidade do "sócio político" e, eventualmente, "sobrando tempo", ajudar nos outros prazos, que estão por conta do outro sócio.

Sem mais delongas, com a quantidade de trabalho q tem tido, se eu chegar no escritorio depois das 9h30, 10h no máximo, não rende td o q eu tenho pra fazer. Isso sem contar q, chegam coisas da merda da Pepsi com prazos apertados e, qdo "vc" ve q não vai dar conta, faz a sua funcionária interromper o q está fazendo, pra fazer o q é encargo seu. Pra completar, é "tão bom" chegar no seu local de trabalho, pegar td fechado e ter q ir na casa do seu 'chefe' buscar a chave...

Pois é... Há uns 4 meses tenho falado pro meu avô (sócio político) fazer uma cópia das chaves do escritório pra mim, pq é um pé no tolete ter q ficar indo na casa do Rubens pegar as chaves. Até agora, nada de chave pra Verizinha. To pedindo, tb, pra ele por uma porra de um microondas lá, assim não preciso ir almoçar na casa do Rubens... isso sem contar a "comodidade" de não ter q sair do escritório e ficar ouvindo reclamação e briga enqto eu como... só q nada de microwaves até hj. MAAAASSSSSSSSS, HOJE EU RESOLVI ABANAR AS VENTAROLAS! (Acho q agora vcs começaram a entender o pq de eu ter colado o comentário do João no início do post =] )...

Porra, to com trocentos laudos pra fazer (inclusive do Rubens)...9h35min chego no escritorio e td fechado. Lá vai a babaca até a casa do cara pra pegar a chave com a filha dele. Filha que, aliás, adora fingir q não ouve a campainha, em mtas das vezes q tenho q pegar a porcaria da chave. Toca, toca, toca, liga, toca, liga, toca e NADA de atenderem, nem porta, nem telefone. Ligo pro cara e "vou demorar uma meia hora pra chegar".

VAI PRA PUTA Q O PARIU!

Ficar meia hora sentada num quintal imundo ou então na calçada esperando "o chefe abrir o escritório"?????????????????... Não, não sou paga pra isso. Minha hora de trabalho custa mto caro pra mim pra eu ficar perdendo tempo ESPERANDO. Resolvi subir "o morro". Ligo pra minha mãe do caminho e decido: NÃO VOU TRABALHAR HOJE!... Tenho q buscar meu óculos novo às 16h30min e fazer uns exames às 17h30min. QUE PORRA RENDE SEU TRABALHO SENDO Q VC TEM Q PARAR PRA ALMOÇAR FORA E SE VC CHEGA NO TRABALHO PERTO DO MEIO-DIA?

Não dá. Não dá mesmo.
Cheguei em casa, acendi uma vela pros meus Orixás, rezei, respirei e resolvi escrever pra ver se eu paro de "ventar". Só q isso tb não dá. Aliás, não está dando (no gerúndio, pq não é uma situação acabada e mto menos definitiva). Cada vez q eu acho q vou me acalmar, PIMBA!... Lá vem um teste de paciência, tolerância e compaixão.

Não consigo sentir compaixão por gente burra e acomodada. São "pobres de espírito"?... Devem ser, sei lá, não me interessa... quero mais é QUE SE FODAM esses, pq a minha cota de foda na vida já ultrapassou meu limite de tolerância e de controle da minha raiva. Faz um tempo q to falando pra minha mae e pra alguns amigos q queria MUITO tirar uns 2 ou 3 dias pra ficar no flar q eu fiquei qdo a Isinha nasceu. Sem tv, sem telefone, sem computador. Só eu, uns livros, música, uma cama e, se estiver sol, uma piscina. É esse o "bambuzal" q eu to querendo, não é de hj. To precisando SIM, ficar só "me abanando" (aliás, tem 2 leques lindos aqui em casa, sem uso.... talvez comece a usá-los nesses dias de calor... "Iansã tem um leque de penas... pra abanar dia de calor..." =] ). Quero tempo, quero silêncio, quero um pouco de isolamento.

Não é pra abrir mão de responsabilidades e mto menos pra "fugir de problemas". O flat fica bem pertinho da minha casa e sei q, qdo voltar, td vai estar como eu deixei qdo saí. Seria ilusão pensar q 3 dias foras iam fazer "minha vida mudar". Não vão fazer minha vida mudar, mas podem fazer meu humor mudar.

É só isso q eu to querendo: mudar meu humor. Quem sabe qdo eu resolver td o q tá pendente: óculos, aparelho, plaquinha pra morder, pagamento de prestação e empréstimo, matrícula na academia + (pelo menos) as chaves do escritório (pq parece q o microondas é "sonho meu"). Reduzir a quantidade de nicotina pode não estar sendo tão bom. Do q adianta ser bom pros pulmões e péssimo pro meu humor?... Nos primeiros dias eu tava felizona, apesar da dor de cabeça, da taquicardia e da tremedeira. Agora não to mais tão feliz e tb não to conseguindo controlar tão bem o número de cigarros q to fumando por dia. O pior vai ser daqui umas 2 semanas, qdo colocar o aparelho. NO MORE CIGARRETS!... Ainda mais se o aparelho for do branquinho... não quero nem ver. Acho q vou fazer como "todo mundo" e procurar um psiquiatra só pra tomar um tarja preta q funcione, pra mim, como placebo...rs

Bom, era essa a reclamação do dia!... ahahah

Já já vou ligar pro meu avô e conversar seriamente com ele, pela 10ª vez, sobre essa coisa das chaves. Até parece q eu quero ou q tem mta coisa pra "afanar" no escritório...rs... se tivesse algum "tesouro" lá, eu até entenderia essa "frescura" com as chaves... só q não tem. Essa omissão dele não tem razão de ser. É impressionante como meu avô testa minha paciência... ele só resolve qdo eu dou ultimatos. Aliás, não sei se é ele q testa minha paciência ou se isso é só a natureza virginiana dele (devagar pra entender as coisas, mas rápido pra decidir, qdo entende).

Só pra constar: realmente o tempo virou hj. Ontem tava um calor insuportável. Hj, amanheceu nublado e, assim q eu comecei a subir a ladeira pra voltar pra casa, começou a chover aqui. E não foi pouco. Lá se foi parte da minha chapinha, mais uma parte do meu humor... A única vantagem de ter pego essa chuva toda no caminho (sem guarda-chuva) foi a sensação e a vontade de estar no quintal da casa q eu morei em Itapecerica - cercada de bambus de um lado, com um vale LINDO do outro - se estivesse lá, estaria de biquini, aproveitando toda a chuva pra lavar minha alma.

"I want to feel the end and to enjoy the consequences
I am playing the game, the one that will take me to my end
I´m waiting for the rain... to wash who I am..."

Bjos pra vcs.

domingo, 23 de setembro de 2007

SE NÃO EU, QUEM?

Acabei de ver na página inicial do blog que eu não posto aqui desde março... Eu sabia que fazia tempo que eu não escrevia, mas não me toquei que era TANTO tempo...rs... Claro que, pelos posts no flog, todo mundo sabe que muita coisa aconteceu e que algumas coisas mudaram... Pessoas entraram e saíram da minha vida, aumento de trabalho e de salário, uma pequena aquisição pro guarda-roupas, make up, cabelo... muita coisa mudou, de forma grande ou pequena, insignificante ou não... Até meu humor andava diferente. Passei um bom tempo sem saber o que era "acordar de mau-humor", mas, de uns dias pra cá, já esqueci essa sensação e o que não sei, agora, é o que significa acordar de BOM-humor...

Não é novidade pra ninguém que algumas coisas sempre me tiraram do sério e que assim continuam. O que eu acho que poucos sabem é que, em determinadas ocasiões, até um cara me xavecando me tira do sério... Isso não era assim até 2000, quando aquela besta drogada me lascou um empurrão depois de tomar um fora. A consequência disso foram horas numa delegacia, um exame de corpo de delito no IML (pra ver minha sobrancelha esquerda, que tinha sido cortada numa quina, durante a minha queda e antes do meu desmaio), algumas horas no Fórum Criminal e uma boa dose de sarcasmo durante a audiência e uma não-aceitação de um pedido de desculpas (como se isso bastasse pra consertar o dano no meu rosto e no meu espírito)...

Depois disso, qualquer cara mais "insistente" me irrita, me enoja. Sim, sou diferente da maioria. Não gosto das pessoas pela quantidade de casas decimais ANTES da vírgula numa conta corrente ou qualquer aplicação financeira. Não gosto dos caras pelo número de penas de pavão que eles insistem em mostrar como disfarce pras suas incompetências. Pra mim, não cheira e não fede a profissão que o cara tem, o lugar onde ele mora, o carro que ele dirige e o lugar que ele me convida pra ir.

Pra mim, o que realmente fede, é a FORMA como a pessoa me aborda. Não só os homens em geral, mas qualquer pessoa... abordou do jeito "errado" ou me olhou de uma forma que eu não goste, "já era"... vira um "vaso", pelo qual eu passo sem dar qualquer atenção (afinal, o que são vasos sem lindas flores?). Semana retrasada revivi a sensação que tive quando o infeliz que me deu o empurrão "insistia" que eu tinha que ficar com ele. O cara se achava a última bolacha do pacote, achava que era "impossível" eu, como mulher, não querer ficar com ele. Se considerava dotado de inúmeras e imensas qualidades que, se existiam nele, não apareciam de forma alguma. Era uma sensação de "coação", como se o cara estivesse me forçando a ficar com ele. Aparentemente educado, mas acabou mostrando seu "equino interior" quando foi contrariado.

A grande maioria de vocês sabe que, quando eu falo que tenho PÓS-conceitos estou sendo sincera. Sabe, também, que, por mais que eu generalize algumas coisas em relação aos orientais, indígenas, espanhóis e descendentes, não maltrato nem ignoro ninguém antes de dar a opotunidade da pessoa me sacanear antes de eu tirar minha conclusão sobre seu caráter (aliás, faço isso com todas as pessoas, independente de raça, credo, condição social, opção sexual, etc). Feliz ou infelizmente, eu, na grande maioria das vezes, concluo rápido e concluo CERTO.

Voltando na semana retrasada... América latina, tirando o Brasil que é essencialmente descendente de portugueses e italianos, é um continente basicamente formado por pessoas descendentes de espanhóis e índios e isso vai desde o México até o extremo sul (não sei a geografia do mundo não galera... nunca fui boa nisso. Não gosto e nem faço questão de gostar, afinal, quando preciso de informação, recorro ao Mapa-Mundi).

Já notaram como Países como Bolívia, Colômbia, o próprio México, tem inato na grande parte da população um coração duro feito diamante e um olhar seco feito o deserto? São maus na essência, desconfiados e "abusados" (sim, generalizando, pois em qualquer parte do mundo podemos separar o joio do trigo). O caráter dessas pessoas é muito, muito duvidoso e questionável. Os próprios índios brasileiros deixam a desejar. Experimentem ir ao Mato Grosso, por exemplo, para almoçar em algum restaurante "razoável" e deixem seus celulares sobre a mesa. Em 15 minutos, não existe mais celular algum e vocês sequer vão saber como o aparelhinho sumiu. Eles pegam pra vender e ganhar algum dinheiro além daquele que o Governo fornece (não me venham falar em "fragilidade" e "incapacidade de discernimento" dos silvícolas. Eles são muito mais politizados e "espertos" que a maioria de nós).

"Ladrões de galinhas" envergonham qualquer Nação, quando têm esse tipo de comportamento. A polícia se vê impossibilitada de punir (afinal, nem todos são iguais perante a lei) e a população sente 'pena', 'compaixão'. Mas isso é só até serem atingidos por uma "flecha" saindo de algum "bodoque" no meio de alguma floresta. No resto do continente não é diferente. A sede pelo "pudêr" está no ser humano de qualquer lugar, mas NEM TODOS deixam essa bosta de "pudêr" lhes subir a cabeça. "Vamos combinar" que os "puderosos" lá da Bolívia não são "sangue bom".

Falsos democratas para os quais existe democracia quando funciona a favor deles. Quando lhes é contrária, dá-lhe ditadura e censura! O Governante reflete o comportamento e o pensamento da população de seu País quando é por ela eleito (olhem o Lula: não sabe falar, não sabe se comportar e dá dinheiro fácil a qualquer custo - eleito por que tipo de pessoa?).

Não gosto de gente assim. E isso não é preconceito é GOSTO. E gosto não se discute. Tenho meus pés muito atrás com certos tipos de pessoas. Bolivianos são um desses tipos. Me causam dores de cabeça, gastrite, asco, nojo, náuseas, irritação, tensão e uma certa raiva.

Junta o fato de ser boliviano com o fato de ter passado dos 40 anos de idade. Conseguem imaginar o asco, nojo e náuseas duplicando? Some-se à nacionalidade e à idade a aparente educação e o equino interior que falei ali em cima. Já conseguem até ver a gastrite atacada e o asco, o nojo e as náuseas quadruplicadas não é mesmo? Mas não para aí não!

Imagine que você deu um fora em alguém há uns meses e parecia que a pessoa tinha se tocado, mas, para sua surpresa, meses depois, a pessoa te liga e te fala "preciso dos seus serviços profissionais" (ah-ahhhh!!! Sim, vocês leram sobre isso no flog!). Você atende e o fulano começa a te xavecar. Então, vem aquele tipo de "dúvida Tostines": ele te "contratou" pra poder te xavecar ou te xavecou pra ver se sai sem pagar? E, a partir do momento que o cara sai do seu escritório, você não consegue mais ser a mesma pessoa.

Se sente mal, nervosa, irritada, enojada, com vontade literal de vomitar tudo o que comeu durante o dia e não tinha, ainda, sido totalmente digerido. Se pudesse, você seria grossa mesmo com a pessoa, só pra ela se tocar da merda que fez, da merda que é e da merda que você não quer pra sua vida! Por menos que deva, meu humor virou e não tá conseguindo desvirar.

Durmo mal, como mal, trato mal. A tendinite nos braços não me deixa trabalhar direito, há meses. Não to com paciência, nem benevolência. To sem saco mesmo. Cansada, puta da vida dentro das calças. O nojo é mais intenso que a raiva. A raiva é mais intensa que a irritação. A irritação é mais intensa que qualquer outra sensação minha. Eu deixei de ser um limão nos primeiros 10 minutos do meu dia pra me tornar um jiló por 24 horas. A Isinha não está entendendo nada. Minha mãe não tá conseguindo ficar muito tempo por perto. EU NÃO TO ME TOLERANDO!... E, quanto mais isolada e quanto mais em silêncio, mais eu quero ficar isolada e em silêncio. Não estou pra muita conversa. Vozes me irritam. O barulho do teclado me irrita. Não, não estou na TPM. Muito pelo contrário, estou na semana "romântica" e, nem assim, pretendo encontrar ninguém do sexo oposto, com intuito libidinoso.

Preciso de férias do mundo. Preciso e quero um tempo só pra mim. Pra pensar, refletir, meditar e resolver as coisas que estão 'mal-resolvidas aqui dentro'. Não bastasse a gastrite e a irritação por conta do comportamento do maldito boliviano quarentão, minha fáscia não desinflama. Enquanto tomo remédio, tudo fica lindo e eu até vejo ondinhas coloridas na minha frente. Quando paro, a cabeça inteira queima, os olhos dóem, os ouvidos ficam mais sensíveis a qualquer ruído. A consequência disso é a irritação piorar um pouquinho mais, pelo menos até eu ir ao ortodontista, no dia 02 e mandar fazer meu aparelho e minha plaquinha de bruxismo.

E tem mais! Imagine alguém que, de seus 30 anos de vida, fuma há 17. Imagine alguém que fumava 2 maços e meio de pigas por dia (= 50), reduzindo isso a menos da metade. Imagine alguém que, na infância, era hiperativo, não tendo quase nada pra fazer durante o seu dia e, o que tem pra ser feito, apesar de mentalmente cansativo, nunca é o bastante pra esgotar a energia do corpo, mesmo com 30. Ou seja, colocando aparelho, o corte do cigarro vai ser obrigatório. E como não serão as crises de abstinência?

Pra finalizar, o contribuinte genético continua com aquela merda de comportamento omisso e egoísta, intolerável.

Aí a gente pode somar, pela ordem de ocorrência:
Tendinite + irritação + cucaracho + irritação + sensação de coação moral + irritação + redução da nicotina + irritação + bruxismo + irritação + inflamação da fáscia + irritação + barulho + trabalho + filho querendo cantar e tocar piano o dia inteiro + mãe reclamando + irritação + contas pra pagar + falta de dinheiro pra tudo o que precisa + irritação + cucaracho que não quer pagar + irritação + casa pra cuidar + irritação + nego te cobrando bom-humor + irritação...

Enfim, eu não sei quanto dá essa soma, mas sei que minha irritação tá passando dos limites. Remedinhos anti-stress, calmantes, relaxantes musculares, anti-inflamatórios... na-na-não, não fazem o efeito que poderiam. Meu estômago grita a cada comprimido que entra. Psiquiatra não quer saber de mim. Psicólogos não funcionam comigo. Filósofo clínico eu não tenho grana pra bancar. Enfim, me resta ficar no meu canto, em silêncio de preferência.

Ah, sim, só pra dar a última fodidinha da semana: a MIOPIA!... Tomar no cu viu. Já já lá estarei eu entrando na faca pela... QUINTA vez. Aff.... DEU!...rs...

Enfim, tirando tudo isso aí que eu falei, tá tudo ótimo! ahahahahahahah

Não me peçam pra flogar fotinhos meigas e lindas do Disney on Ice, com textos "super-legais" de se ler, pq não to a fim. O blog é bom por isso. Pela ausência de imagem, a forma de vocês encararem meu texto muda. Não tem influência visual.

Bom, to indo.
Bjos pra vcs.
PS: Não me perguntem onde eu vou escrever depois. Vão ter que ficar controlando blog e flog pra saber de alguma coisa. Salvem o link nos favoritos!...rs

domingo, 4 de março de 2007

ONE LAST CRY

Bom, acho que todos os que estão lendo isto, já leram o post no flog... Então, não vou precisar de preâmbulos...

Há quase 10 anos tenho tentado entender e aceitar a morte do meu Pai e, devo confessar, acho que todas as vezes que pensei "desta vez eu consegui" não foram nada além de um "auto-ledo-engano"... Mas, em 2005, tive meio que um choque: descobri que eu já não era eu... era um "espelho" do meu Pai, só que com a imagem BEM distorcida...

Sim, a imagem estava distorcida, porque por mais que eu tentasse fazer "as coisas certas como ele", acabava saindo tudo errado... e eu não sabia como encontrar a FILHA do cara, já que, ao olhar pra mim, eu só via "o cara"... Como diria minha prima, "tudo cagado"... ahahahahah

De lá pra cá comecei a mudar algumas coisas. Consegui algumas, ainda não consegui outras, mas várias estão encaminhadas... eu só preciso resolver qual delas deve ser mudada primeiro. O melhor de td é que nada disso é por ninguém além de mim mesma. O "pior" é que, como estava no meu perfil do orkut outro dia, minha "energia sutil está num constante conflito entre a velocidade do pensamento e o tempo transcorrido"... Traduzindo em miúdos: meu espírito não se contenta com a velocidade que o corpo tem pra assimilar informações e praticar mudanças.

Claaaaaro que a ansiedade acaba "imperando" na maior parte do tempo. Aliás, ela impera o tempo todo... ops!!!... ImperAVA!!!

Há algumas semanas, "uma pessoa" me disse coisas que o sub (ou seria o "in")... que o subconsciente já sabia, mas o consciente não estava conseguindo perceber e, a partir dali, eu decidi que não dava mais pra adiar determinadas mudanças e determinados acontecimentos. Percebi que ficar adiando a tomada de algumas decisões estava, cada dia mais, sendo pior pra mim mesma.

Então, conversando com um amigo (êêêê João, seu sumido!...rs - calma, gente! É o João do RJ!!!!), ele me deu uma dica... que já me havia sido dada pela Paula, ano passado, mas, por algum motivo desconhecido até por mim, eu não levei em conta na época. Escrever uma carta. É, uma carta!... Escrever uma carta pro meu Pai, como se fosse a despedida que não deu tempo de acontecer e, também, uma (ou várias) conversas que deveríamos ter tido e não tivemos, ou tivemos, mas de forma "incompleta".

Então, muitos se perguntam: "uma carta pra um morto?... Que palhaçada!"

E eu só digo: palhaçada pra quem não acredita nas mesmas coisas que eu. E crenças não estão em discussão no momento. =]

Demorei, viu... demoreeeeei pra sentar a bunda, pegar a caneta e começar a escrever. Passei semanas me "auto-desculpando" pra não escrever aquilo. Unicamente por falta de coragem. Foram 10 anos apegada a algo que não tem razão de ser, sem que eu realmente quisesse me desapegar, me desprender. Acostumei a viver torturada pela ausência do meu Pai, causada por uma morte que era esperada há 1 ano e meio. Parece que esse tempo não foi o bastante pra eu me "pré-acostumar" com a idéia dele morrer. Vivi na ilusão de que ele, por nunca ter ficado doente na vida, ia conseguir se livrar de um câncer generalizado. Doce (ou amarga?) ilusão!

Vivi nela os últimos 10 anos. Revoltada, inconformada, magoada, amargurada, procurando resgatar meu Pai em tudo e em qualquer coisa, em todos e em qualquer pessoa. Só fiz mal a mim mesma!

Eu ouvia dizer que o amor mais puro que pode existir é entre pais e filhos. Sempre fui filha, ou seja, o momento do meu nascimento não mudou nada na minha vida. Eu nasci e já era amada!... Só fui conseguir notar a pureza e a grandiosidade desse amor qdo minha filha nasceu, em 2002. Foram 25 anos tentando acreditar em algo que eu não conseguia, por não conhecer "a recíproca".

Realmente, o amor mais puro que eu já pude sentir é meu amor por ela. E, o único sentimento comparável a esse, é o que eu sinto pelos meus pais. Nessas, acabei me apegando mais ainda à morte "abrupta" do meu Pai (sim, "abrupta", porque, como eu disse, me iludi, acreditando que ele sobreviveria àquilo!)...

Mal sabia eu o buraco em que eu estava me enfiando, por vontade própria!...

Enfim, na última sexta, depois de muito ouvir um monte de "gente" (deste mundo e/ou "do além") me falando sempre as mesmas coisas, sentei, peguei a caneta e escrevi. No "São Paulo, 02 de março" já começou a me dar um nó na garganta...

Resolvi não resistir ao choro. Fazia anos que não "chorava com vontade". Fico controlando pra sair só meia-dúzia de lágrimas(pra não parecer dramática), não borrar a maquiagem e essas coisas idiotas!... Ao mesmo tempo que ia escrevendo, não ia controlando as lágrimas, mas também não conseguia pensar...rs

Talvez, os 110 minutos que levei escrevendo poderiam ter durado menos, se não fosse o tanto de água saindo do olho!... Enfim... terminei de escrever e fiquei pensando: "Caramba, esses dias soube que ele tá por perto e que tá meio bravo... será q ele leu?"... Pois é... Eu custo a acreditar em coisas como essas, que ele "tá por perto e tá bravo", porque não sei se acredito que, depois da morte, a gente fique circulando por aqui... Tem tanta coisa melhor pra fazer do que continuar neste mundo horroroso!!!!...rs

Bom, não feliz e ainda não aliviada como eu gostaria, resolvi ler a carta em voz alta. Se ele não leu enquanto eu escrevia, se não acompanhou meus pensamentos "de perto" como sugeriram pra mim, ele ia ouvir, porque quando eu dissesse "Pai", ele ia saber que a conversa era com ele, e não com o "Pai do Céu"...

Minha Mãe teve uma participação enorme e intensa nesses meus atos. Soube respeitar meu choro, minha tristeza (porque ela não curte saber que eu estou chorando e não poder fazer nada!)... teve a paciência de esperar eu terminar de escrever pra ir me abraçar e me dar o carinho que, há anos, não era dado (ou era e eu não conseguia sentir) daquela forma. Eu ia dar a carta pra ela ler, mas, quando decidi ler em voz alta, propus e ela aceitou ser minha ouvinte de "corpo presente".

Aí, sim, quando terminei de ler a carta e depois que consegui parar de chorar, comecei a prestar atenção em como eu estava me sentindo. Durante a carta e logo que fechei a caneta, a DOR da perda chegava a ser física. Era como se eu tivesse voltado no tempo e estivesse, no dia do crematório, na minha casa, lá em Itapercerica, chorando na mesma intensidade e sentindo as mesmas coisas. Tudo parecia ter acontecido naquele dia (02/03/07 e não 14/07/97). Porém, depois que li a carta em voz alta e consegui parar de chorar, notei que um aperto "constante" que eu tinha, bem no meio do peito, que se intensificava quando lembrava do Papis e que me empurrava a uma reação (em momentos que eu deveria estar AGINDO e não reagindo), normalmente, agressiva ou que me fazia sentir como se fosse enfartar quando não podia reagir, tinha sumido.

Achei que podia ser "ilusão do momento". Preferi não julgar nada antes de dormir, afinal, nada como um dia após o outro. Era 3 e meia da manhã quando fui pra cama. Acordei 10 e meia, no sábado, com a minha Mãe me levando um cafezinho matinal no quarto. Ô DELÍCIA ACORDAR ASSIM!...

Só que eu não conseguia abrir os olhos!... ahahahha.. Gente, se vocês soubessem como eu (ainda!) estou "bonita" inchada e roxa de tanto chorar na sexta-feira!!!... ahahahahaaha

E aí, ontem, eu consegui avaliar melhor tudo o quanto tinha se passado na sexta à noite. Realmente, o "aperto" constante, tinha desaparecido e a sensação de alívio ainda estava presente. Menos ansiosa, mas não no grau desejado (que é aquele em que a ansiedade aparece de vez em quando e não o que ela "some" de vez em quando!...rs)... mais tranquila...

Claro q minha "auto-pressão" ainda vai ficar por aqui mais algum tempo. Mas só até eu ficar do jeito q eu quero! (Opa!... ahahahah)... Mas, agora, consigo pensar com mais clareza em diversas coisas. Até o último capítulo da novela das 8 me ajudou!... ahahahah... Senti a vitória do Alex (Marcos Caruso) pela guarda do Francisco (não sei o nome do mini-ator) como se fosse minha!... Senti as palavras da Juíza-Relatora das Apelações (Eva Wilma) como se fossem voto de um Acórdão real na minha vida!...

Uma porcaria de uma novela me encheu de esperança. Me tirou uma boa parcela de insegurança. Prepotência, arrogância, dinheiro, "playground", "egoísmo disfarçado de arrependimento" não têm vez quando inexiste o que a personagem chamou de DISPONIBILIDADE DE AMAR!

É isso. É só isso que eu tenho a oferecer pra minha filha. Disponibilidade de amá-la, incondicionalmente, independente de ter ou não dinheiro pra comprar uma "Amazing Ananda" pra ela no Natal (essa boneca faz "tudo"... e custava, no final do ano, R$800...rs), independente do meu prédio ter ou não um "playground" pra ela brincar, mesmo porque, aqui do lado de casa, tem, por falta de um, DOIS parquinhos... que ela pode escolher. Enfim, faz 5 anos que vivo sob ameaças de "vou tirar ela de você" e, acho desnecessário (mas vou) dizer, que isso é terrível. Acaba com qualquer pessoa. Porém, aqui se faz, aqui se paga. Se alguém quer minha educação, minha compreensão e meu respeito, FAÇA POR MERECER!... Porque, em relação à criação da Isadora, EU ESTOU FAZENDO por merecer tudo isso.

O grande mal dessa situação "extra-tv" é que a "parte contrária" DIZ que pensa na filha, mas só age de forma a "cutucar" ou "agredir" a mim. Chega a ser ridículo. O cara não para pra pensar que, se ele tem direito de ver a filha, MAIOR É O DIREITO DELA DE VER O PAI. Parece que esquece que se ele tem obrigação de pagar pensão, É DIREITO DELA TER EDUCAÇÃO E SAÚDE GARANTIDAS, já que ele acha que faz muito pagando essas duas coisas e sequer se interessa pelo desenvolvimento dela na escola.

Ele acha que faz muito por ela, acha que ELE MESMO está em primeiro lugar, acha que "a guarda" tem que ser dele... mas tudo isso pra agredir a mãe da filha dele e/ou revidar agressões feitas por ela (= eu).

VOU SIM PASSAR A VIDA INTEIRA EM GUERRA CONTRA ELE, ENQUANTO ELE NÃO APRENDER A PENSAR NA ISADORA PRIMEIRO!... Ela vem em primeiro lugar. Ela é criança, não tem como se defender e nem como tomar decisões. Enquanto isso, EU decido por ela, já que, da parte masculina, não há sequer interesse, quanto mais equilíbrio e responsabilidade pra tomar uma decisão sobre a vida de outra pessoa, ainda mais tão pequena.

Parei de me torturar. Quer tentar tirar a Isa de mim, pode tentar. Não vai conseguir!... Porque DISPONIBILIDADE DE AMAR NÃO TEM NADA A VER COM VONTADE DE PAGAR CONTAS!... DISPONIBILIDADE DE AMAR NÃO TEM NADA A VER COM SENTAR NO CHÃO DA SALA E FICAR MONTANDO PECINHAS, até a hora que a menina responde mal pra ele, ele fecha a cara e vai embora pra casa.

É muito fácil a gente amar alguém pelo qual a gente não precisa fazer nada além de pagar umas contas. Mas é difícil pagar essas contas né?... Acaba com o dinheiro pra rave, pra ecstasy, pra uma faculdade que não começa nunca e até pra namorar... Nossa, como dói pagar a escola e a assistência médica da filha!... Dói tanto que não deixa amar!

E é por essa INDISPONIBILIDADE EMOCIONAL, que se exterioriza com vários "nãos" pras necessidades de uma criança de quatro anos e com bastante prepotência nas respostas pra pessoa que o procura pra resolver as coisas, que estou certa de que a minha INDISPONIBILIDADE FINANCEIRA não representa NADA!!!!!... Absolutamente NADA no cotidiano.

EU TENHO A DISPONIBILIDADE DE AMAR!
E é isso que me faz ser mãe!... Ou melhor, MÃE, porque nem todos os genitores têm direito às letras maiúsculas. Posso não ser a mãe que eu planejava e pretendia ser, mas sou a melhor mãe que posso ser. Dinheiro nenhum vai substituir rezar a Ave-Maria com ela antes de dormir. Playground nenhum vai substituir a alegria que ela sente em montar um brinquedo e me "dar de presente". Economia nenhuma vai retirar de dentro de nós duas a felicidade de uma deitar no colo da outra e ganhar cafuné ou cócegas.

E não me falem em convivência. Porque se eu tenho vários bons momentos, também passo por vários apertos pra tentar fazer a Isadora aprender valores importantes, mesmo que, atualmente, estejam em desuso (e o próprio pai dela demonstra o "desuso" dos mesmos).

Enfim... vitoriosa por mim, vitoriosa por ela.
O UNIVERSO ESTÁ CONSPIRANDO A MEU FAVOR!
E vou me aproveitar disso, pra maré demorar a mudar!!!!!

Eu sempre fui feliz. Esses dias, estava num momento alegre. E a alegria continua. Só que um pouquinho maior! Aproveitem-se disso também, porque eu to boazinha!... ahahahahahaha

Beijos!

sábado, 10 de fevereiro de 2007

THE THIRD DECADE - NEW ERA

Pois bem...
Há quase 48 horas eu estava nascendo pela trigésima vez!... Levou susto???... Nãooooo... Nem eu levei susto por estar completando trinta anos...

Foi simplesmente um dia LINDO, apesar da chuva torrencial que estava caindo em São Paulo. Simplesmente um dia feliz porque, apesar de tantas coisas "erradas" nessas três décadas que se passaram "a cavalo", eu consegui sentir a alegria de ter feito MUITAS coisas certas nos últimos tempos.

Fazer 25 foi pior. Uma "auto-decepção" por não ter realizado as coisas que eu idealizei aos 18, por não ter conseguido passar no tão "sonhado" concurso, por não ter tido um filho (no meu aniversário de 25 ainda não tinha e achava que não teria tão cedo) , por não ter um projeto de livro pra escrever, por não ter uma "boa renda" mensal, que tranquilizasse minha família em relação ao futuro e nem tê-la "encaminhado" com algumas ações e uma carteira de clientes razoavelmente boa.

Foi triste. Eu tinha a sensação que "a vida" estava acabando, sendo que ela mal tinha começado!... Eu mal tinha saído das fraldas (aliás, eu NEM tinha saído das fraldas aos 25) e nem percebia o que estava acontecendo comigo. Naturalmente (afinal, parecia uma "coisa da vida") eu me distanciei de muitas pessoas desde os meus 20 anos de idade. Me fechei, fiquei na defensiva, fiz questão de impor demasiados limites ao que eu chamo de "intimidade"... Perdi a intimidade com a minha casa, com a minha família e com todos os meus amigos mais próximos e mais queridos. Aceitava a distância que eu mesma impunha como uma "coisa da vida", como se tudo o que estava acontecendo fosse "normal"... Mas não era!

Do nada, em 9 meses, algumas coisas começaram a mudar: nasceu a Isinha. E, PELO MENOS UM dos meus planos, mesmo que ocorrendo acidentalmente, tinha dado certo: eu tinha tido uma filhA aos 25 anos, pra não ser "mãe-avó". A vida mudou MUITO. Eu achei que tinha amadurecido bastante, mas, ainda assim, eu só passei de filha única a "irmã mais velha" (da minha própria filha), apesar de não ter ciúmes dela (acho que não consigo explicar o tipo de ciúme... ou consigo: é o tipo de ciúme que se tem quando vc se sente "preterido" em relação a outra pessoa... Foi o único ser que, quando recebia agrados, carinho e presentes de outras pessoas não me deixava com ciúme por "não ser pra mim" - a mimadinha!...rs).

Pra mim, isso era o "auge" do amadurecimento, mas eu nem sabia o que estava por vir! (Se soubesse, talvez não estivesse aqui pra contar!..rs)... Depois, eu fui vendo que as coisas que eu gostava já não me causavam toda a excitação que eu sentia antes de me "tornar mãe". A balada já não era a mesma, as pessoas já não eram as mesmas, eu já não era a mesma, apesar de não conseguir mudar, sequer, um fio de cabelo do lugar!...

Fazia as coisas por osmose: elas estavam ali, como sempre estiveram e, como rotina dá uma "certa segurança", eu tentei manter a minha, acrescentando a ela, uma função a mais (afinal, eu trabalhava e cuidava das minhas coisas, além de dispender algum tempo de cada um dos meus dias pra curtir meus avós, que se foram em 2003)... Talvez tenha sido algum tempo "perdido" tentando reaver uma rotina que não cabia mais na minha vida.

Então, decidi que precisava me "estabilizar emocionalmente". Comecei a namorar (um cara escolhido "a dedo") e resolvi procurar uma terapeuta pra tratar "minha agressividade e a não aceitação da morte do meu Pai"... Claro que ambas as coisas não deram muito certo. O namoro porque, como sempre, o cara escolhido "a dedo", apesar de meses de "triagem e dinâmicas", foi escolhido com o meu dedo "torto" (rs) e, a terapia, porque eu simplemente queria respostas que, se eram pra ser encontradas dentro de mim, não precisava que alguém "perdesse" um tempo útil com um cliente pagante, pra me ajudar a sair de um lugar do qual eu ainda não estava preparada pra sair.

Com tudo isso, eu me fechei mais e resolvi que "intimidade" eu não teria com mais ninguém, pra não abusar e pra não ser abusada. "Perdi" pessoas que, mal eu sabia, eram importantes pra mim... e MUITO importantes. Eu digo que "perdi" porque apesar de ter uma doação integral delas (na medida do possível), eu não me doava. Era tudo racional. Pensava no que dizer, pensava quando dizer e, se me conviesse, simplesmente não dizia nada ou... agredia verbalmente. Não xingando ou ofendendo, mas simplesmente dizendo coisas que eu sabia a mágoa que causariam e, nem assim, me continha.

Determinadas coisas perderam valor pra mim. Talvez uma só pessoa tenha tido essa "intimidade" como recíproca verdadeira na amizade e, mesmo assim, não consegui mantê-la tão por perto como eu queria que ela estivesse. Passei tempos tentando "fixá-la", tentando com que a rotina da nossa amizade permanecesse inalterada apesar de todas as alterações da minha vida.

Não deu certo. Foi mais uma decepção pra mim. Todas as minhas qualidades de "amiga" eu estava perdendo, mesmo sem "aprontar" com as pessoas. Então, resolvi que, se era pra "perder" todo mundo, que perdesse com motivo, por ter aprontado, magoado, destruído... e virei um trator. Passava por cima de tudo e de todo mundo e simplesmente satisfazia meu ego.

Mas era momentâneo. Mesmo fazendo "o que eu queria, quando queria e como queria", eu não estava satisfeita!... Resolvi virar o jogo em 180º e tentar desfazer todos os "equívocos egocêntricos" que eu havia cometido. Passei a dar crédito às pessoas... e, de novo, comecei a me decepcionar com elas e notei que NADA HAVIA MUDADO.

O mundo, apesar de ter ficado completamente diferente em questão de 4 anos, continuava o mesmo. As pessoas só se tornaram mais desrespeitosas e menos leais. Mais tolerantes, mas menos sinceras. Atitudes como as que eu tinha tomado com pessoas que me eram caras foram totalmente banidas da minha vida e eu voltava a ser uma pessoa mais "ingênua", mais "alegre", mais "palhaça", mais "Peter Pan", nunca deixando de fazer o que eu queria, quando queria e como queria, mas tentando não fazer o mal que eu praticava habitualmente às pessoas que me cercavam.

Tentei retomar velhas amizades e, por várias vezes, fui tão bem aceita por elas que isso me fazia mal, porque eu não me sentia capaz de retribuir tudo. É como se eu tivesse esquecido de quem eu sou realmente. As pessoas falavam coisas de mim com mais intimidade do que eu mesma estava tendo comigo.

Eu não me sentia da família, morava numa casa que eu sentia como se não fosse minha, era filha de uma mãe com a qual não estava conseguindo retomar laços que haviam sido desfeitos por "n" motivos... e mãe de uma filha que estava se desapegando, porque eu nunca tinha sabido o que fazer de verdade. Só o meu "instinto" e a minha "intuição materna" não estavam sendo o bastante pra entender o que minha filha precisava em relação a mim.

De repente, parece que tudo foi reavivando na minha memória. A cabeça estava voltando a funcionar e o pensamento mais corriqueiro era "como eu era dentro da minha casa e com a minha família?"... "eu abria a geladeira na casa dos primos e da minha avó?"... E, tudo parecia uma coisa tão "distante" de mim, algo que parecia "inacreditável que eu tivesse feito um dia". Mas, esse era meu normal... Era NORMAL!... Eu tinha perdido toda a intimidade com as pessoas e com a vida... não sabia mais como fazer isso de forma tão natural. Eu achava que, se tentasse, ia parecer artificial e, no fim, era exatamente essa intimidade que as pessoas esperavam de mim!

Então, resolvi mudar DE NOVO a vida e a rotina. Continuei sem procurar as pessoas que também não me procuravam, mas tentei retomar a intimidade comigo mesma... pensar em tudo o que estava me acontecendo. Resolvi parar de manter aquela rotina que já não fazia mais parte da minha vida, por mais que eu tentasse manter, e colocar minha leitura em dia, voltar a ver filmes, me "antenar" em relação ao "efeito estufa" (hoje considerado, de forma mais abrangente, como "aquecimento global" que, 1 ano atrás, eu ficava toda confusa quando ouvia falar...rs), ficar mais tempo com a minha mae e com a minha filha, que estavam precisando de mim e, o pior, eu delas... e não percebia, ou melhor, não reconhecia que precisava delas!...

FOI A MELHOR COISA QUE ME ACONTECEU!

Parei de "escolher a dedo" as pessoas, parei de me preocupar se iam ou não pensar que eu estava "doente" por estar levando uma vida mais normal e mais saudável... Voltei a fazer meus exercícios em casa (a bunda até cresceu!...rs), voltei a ver novela, já vi todos os filmes possíveis e imagináveis que eu gostaria de ter visto e não havia conseguido antes (por uma pura "falsa falta de interesse")... voltei a procurar as pessoas que tinham sido importantes pra mim (por orkut, msn, telefone, pombo correio e sinal de fumaça) e, por incrível que pareça, a rotina caseira não me irritava mais como parecia fazer antes. Aprendi a lidar melhor com o meu tempo. Passei a dividi-lo entre trabalho (depois de quase 8 meses desempregada), filha, mãe e, o mais importante: EU MESMA!

Achei que "nunca mais" teria o famoso "tempo pra mim" com o sem fim de coisas que tenho pra fazer diariamente!... E, descobri que tenho!... Notei que é bom chegar numa sexta e tirar a noite pra conversar ou ler, ao invés de ficar com um monte de "encosto" num lugar abafado, cheio de gente feia e com muita gente chata e que não presta! (O "desbocadismo" continua...rs)...

Enfim, retomei a intimidade com o "lar" (casa + núcleo familiar), mas agora sinto falta de "espaço"... hahahahaha... Antes minha casa servia somente como "dormitório", mas hoje, serve como cinema, danceteria, barzinho, restaurante... e não está cabendo tudo em 2 quartos, sala, cozinha e banheiro... principalmente o que tem dentro de mim... está ficando "grande demais" pra se conter somente neste 1,70m/56,5kg + o apertamento onde moro.

E, durante meu último inferno astral da terceira década, resolvi que, mesmo me sentindo "maior do que eu mesma" e "menor do que eu gostaria" de me sentir, tinha que reunir algumas pessoas em relação às quais eu tinha perdido a intimidade e estava sentindo uma enorme necessidade de retomar a sensação!

Então, convidei de um por um, essas pessoas pra irem me encontrar no dia em que completaria 30 anos. No mês de inferno astral cheguei a desanimar um pouco da idéia, mas, como sempre, achei melhor "não desistir", porque isso me faria um enorme bem!

Chegou então, o "grande dia". A ansiedade bateu FORTE!... Eu nem parecia a "velha Veri, desencanada em relação à presença das pessoas" que todo mundo andava achando que eu era. Por mais que eu aparentasse estar "interessada no mundo à minha volta", na verdade, por dentro, eu não estava nem aí. Não me interessava de verdade, não sentia nada de verdade, não estava "íntima" de verdade... não como parecia estar.

Aprendi a "enganar bem" as pessoas. Foram 10 anos da minha vida que me serviram como facul e pós em "artes cênicas". Ninguém, por mais que eu falasse (ou não) o que eu sentia, conseguiu ter a exata noção do sentimento, nem eu mesma, porque as palavras, apesar de "cheias de emoção" estavam, in fact, vazias... completamente ocas!

As palavras traduziam tudo o que "minha mente sentia", mas não o que o "coração pensava". Me tornei uma tola por não expressar verdadeiramente meus sentimentos (por mais que parecesse estar fazendo isso) ou então, uma esperta, por conseguir enganar até a mim mesma!

Tomei um baque ENORME semana retrasada. Uma das minhas melhores e mais queridas amigas está com um problema de saúde sério, preocupante... e o fato de saber disso me fez MUITO MAL!... Foi nesse dia que eu me toquei de tudo isso que escrevi aí em cima. Foi nesse dia que eu percebi quanto sentimento bom existia dentro de mim sem que eu tivesse conhecimento disso. Foi nesse dia que eu me toquei quanta gente realmente boa eu estava "deixando pra trás" (ou "de lado") desde 1997. Foi nesse dia que eu percebi que precisava reverter a situação e foi nesse dia que parecia que nada mais importava na minha vida além de fazer alguma coisa por essa amiga e por outros que talvez estivessem precisando de mim e eu deles, sem perceber NADA do que estava passando.

"Há males que vem para o bem", mas não precisava ser desse jeito!

No "grande dia" faltaram alguns protagonistas: Isão, Juquinha, Patrícia P., Simone Roque e Lé... fizeram MUITA, MUITA FALTA MESMO!... São pessoas com quem eu NUNCA briguei a ponto de restar alguma mágoa ou de ter que "acertar algum ponteiro". São pessoas que, apesar de tudo e de qualquer coisa, apesar da vida, apesar do tempo, eu PRECISO MUITO pra continuar vivendo bem e feliz, mesmo que distantes (apesar de estar preferindo a antiga intimidade...rs)

Mas, mas uma vez, me dei conta disso, talvez, um pouco "tarde". O correto seria NUNCA ter desatado nó de marinheiro. E eu, com todas as minhas "proezas" e "valores reversos" (apesar de alguns serem muito corretos), consegui desatar. Fracasso?... Talvez tenha sido, mas não é mais, porque, pra mim, ter percebido tudo isso, é outra grande proeza!

Todas as pessoas a quem convidei são importantes pra mim de alguma forma. Todas as que não foram fizeram falta SIM. Foi incompleto, mas foi MUITO feliz o "grande dia" da minha vida!

Inglês, Ro D´Amico, Maldita, Du, Mi, Vitor, Má, Ro Sousa e Paula, Portuga, Diego, Analu, Fabi... OBRIGADA MESMO!... A felicidade de ter vcs todos "civilizadamente juntos numa mesa de bar" foi IMENSA!... Obrigada aos meninos por terem deixado as namoradas em casa!... Cacá e Hugo, vcs são 2 bons fdp!... Mas amo vcs mesmo assim!... ahahahaha... E, Mandi, valeu a tentativa!... ahahahahahah... Ernat, Fe e Bê, pra vcs eu nem vou falar nada viu!...rs

Di, sem comentários pra vc!

Foi o aniversário "mais íntimo" (entendam como quiserem) e mais perfeito de todos!... Quem não foi, perdeu! (e fez falta)... Quem foi, deve ter notado a alegria nos meus olhos. Queria ter tido mais tempo com cada um ali! Aliás, eu QUERO mais tempo com cada um ali!

Trinta anos. Me tornei uma balzaquiana "com muito orgulhooo, com muito amooooorrrr". Sem medo, sem insegurança, sem inconsciências. Perfect!

Enjoy it if you want!
Beijos a todos.

quarta-feira, 3 de janeiro de 2007

PRIMEIRO(S) DE 2007

Primeira visão: o relógio do meu celular mudando do dia 31 pro dia 01, no exato instante
Primeira sensação: alívio
Primeira reação: lágrimas
Primeira ação: abraçar minha mãe
Primeira vontade: apertar minha filha
Primeira música: "me bate me xinga" - Edson e Hudson
Primeira bebida: champagne
Primeira saudade: do meu Pai
Primeira garfada: salada de bacalhau
Primeira refeição: arroz branco, tender e purê de maçã
Primeira loucura (individual): ouvir música no talo de madrugada
Primeiro desastre: derrubar minha taça cheinha de vinho
Primeira quebra: o copo da Isa
Primeira fruta: manga
Primeiro cigarro: às 2h10min (e eu achei que ia conseguir parar de fumar)
Primeira piada: eu achar que ia conseguir parar de fumar...rs
Primeira gafe: o mesmo erro de português, duas vezes, em duas frases seguidas...rs
Primeiro espanto: nenhuma vizinha solteirona e mal-comida ter reclamado do som alto de madrugada...rs
Primeira SMS: pra Er
Primeiro almoço fora de hora: logo no dia 1º!
Primeira tiração de sarro: da minha mãe, por ter confundido o rabo da Tig com um "tufo de pelo"
Primeiro filme: Tekila Sunrise (Conspiração Tequila, com Mel Gibson e Michelle Pfeifer)
Primeira visita em casa: Fe, Tete e Cau
Primeiro convite do ano: colação de grau e baile de formatura da Fê
Primeiro capítulo de novela: Páginas da Vida
Primeiro passeio em família: rua Teodoro Sampaio, dia 02
Primeira compra: TV e lavadora de roupas
Primeira loucura (coletiva): a primeira compra
Primeiro ato tecnológico: ligar todos os fios de todos os aparelhos na tv nova, sem errar nada!
Primeira soneca vespertina: depois do primeiro passeio
Primeira hora perdida: dia 03, pra ir pra casa dos meus avós
Primeira visita: meus avós, com direito a café da manhã
Primeira campainha tocada: do escritório
Primeiro processo: de instrução, da 36ª...

E, por sinal, o trabalho tá completamente parado, pq eu floguei, to blogando e não fiz nada até agora... e já são 14h15min... ahahahahah... ô lerdeza!!!!... Tá aí: essa é minha primeira lerdeza de 2007!... ahahahahahha... Ainda bem que a Justiça do Trabalho só volta a funcionar a semana que vem!...rs... Senão, ia ficar tudo atrasado no escritório!!!!...

Enfim... meu Reveillon foi MARAVILHOSO!!!... Melhor que o meu Natal... e olha que eu já tinha achado meu Natal tudo de bom... 2007 já tá começando em PAZ!... E, a cada dia, fica mais difícil me tirar isso!!!

Feliz 2007 pra todos!
Bjones!

Translate

Direitos autorais reservados à autora.. Tecnologia do Blogger.