terça-feira, 30 de dezembro de 2008

BYE, BYE, BABY

Querendo que 2008 acabasse desde fevereiro, enfim estou a pouco mais de 24 horas do tão almejado "Ano Novo", mais precisamente, 2009. Acho que este ano, mais do que nenhum outro, eu não vejo/via a hora de acabar. Ano bissexto, creio não ser novidade pra ninguém, pra minha família, nunca é bom, sei lá eu o porquê.

Meu "bonde" virou "metrô" de uns meses pra cá e a viagem de 5 meses entre julho e dezembro parece ter durado bem menos agora, apesar de ter parecido interminável enquanto acontecia. É muito, muito duro ter a areia em que suas próprias certezas foram construídas jogadas nos olhos, de forma tão "abrupta". Certezas jurídicas = areia; certezas familiares = areia; certezas financeiras = areia; certezas de amizade = areia.

Claro que essas areias todas foram citadas de forma generalizada, referindo-se a situações específicas. Este ano bissexto (poderia ser o último na face da Terra né?) foi útil em relação ao meu aprendizado. Não tive tempo de fazer um "balanço anual completo" com o tanto de coisas que vêm acontecendo e que eu tenho pra pensar e fazer, mas a algumas conclusões eu consegui chegar, alguns pontos de vista eu consegui mudar, outros só foram reforçados, outras coisas eu consegui aprender e perceber... enfim, até que foi proveitoso...

Resumidamente e não necessariamente na ordem:
1. aprendi a valorar meu trabalho (valorar e valorizar são verbos com significados diferentes, ok?)
2. percebi que algumas pessoas mentem indiscriminadamente, porém, algumas o fazem porque nasceram assim, outras pra se esconder ou se enganarem sobre sua própria liberdade e autonomia
3. percebi que nem todas as mentiras me prejudicam, por mais que eu abomine qualquer uma delas, e que posso me divertir com elas quando são ditas
4. aprendi que cabe a mim a decisão de "sofrer" ou não com as mentiras alheias
5. percebi que uma "palavra mal colocada", por egoísmo ou fraqueza, pode destruir uma pretensa "fraternidade", ou o que se poderia ter chamado de "amizade de uma vida inteira"
6. aprendi definitivamente que a conveniência faz a amizade pra determinados tipos de pessoas e que essa conveniência me faz mal, sendo ou não "comigo"
7. percebi que preciso aprender a ser desonestamente honesta e injustamente justa
8. aprendi que lealdade e honestidade são conceitos arraigados EM MIM e que a vida seria melhor se as pessoas "sucumbissem" a esses valores
8. percebi que por mais que eu esteja certa, algumas pessoas nunca tomariam meu partido
9. aprendi a não tomar partido, quando eu não quiser tomar
10. aprendi a não aceitar ser humilhada, mesmo que eu esteja passando por um momento de "auto-descrença"
11. percebi que a minha força interior é muito maior do que eu imaginava
12. aprendi a ser mais independente e ampliar meu "lugar ao sol"
13. percebi (e reforcei a conclusão de) que conhecimento técnico é ótimo, mas não tem o "poder" de "abrir a cabeça" das pessoas
14. reforcei a conclusão de que as pessoas só enxergam o que querem e só mudam quando querem, quando e se conseguem enxergar as coisas
15. aprendi que cultura não torna ninguém hábil a "julgamentos" pessoais
16. aprendi que eu sou minha própria juíza, minha própria carrasca e minha própria mão que afaga
17. percebi que sou mais indulgente com as pessoas em geral do que comigo mesma
18. percebi que meu caráter é minha única certeza
19. completei em 100% a certeza de que amor de mãe é único e inigualável
20. a duras penas aprendi que minha filha é "a pessoa mais importante do mundo" só pra mim e pra minha mãe
21. aprendi que pessoas que "amam dinheiro" e vivem com a finalidade de acumulá-lo não têm escrúpulos
22. percebi que o mal está superando o bem e que eu não estou conseguindo fazer a minha parte de forma eficaz, por mais que eu tente
23. percebi que estou a ponto de sucumbir ao interesse, à desonestidade, à conveniência, mas que não consigo pensar em sucumbir ao materialismo
24. aprendi que ser cruel é bom e que bancar a louca é preciso
25. aprendi a torturar quem me tortura, a mentir pra quem mente pra mim e a "roubar" as armas dos adversários pra usar contra eles no futuro com mais destreza
26. percebi que eu também posso ser filha da puta se quiser e que quando deixei de ser o fiz de forma consciente
27. aprendi com mais profundidade que o tempo aqui e no Além tem "tempos diferentes", mas que todo mundo tem o que merece
28. aprendi a reconhecer um sorriso falso, forçado ou infeliz
29. percebi que meu riso é solto e quando acontece é espontâneo (até pra tirar foto!...rs)
30. aprendi que 10 minutos de atenção podem reavivar muitas coisas boas em qualquer pessoa e que essas pessoas não são movidas pela conveniência que tanto me faz mal
31. aprendi a reconhecer melhor alguns esforços alheios e que os meus só serão vistos por quem quiser vê-los e aprendi também a não me magoar quando não os vêem
32. aprendi a desconsiderar o que me faz mal ou é inútil e a tornar minha memória de elefante uma memória de elefante seletiva
33. percebi que é muito ruim quando sufocam um sentimento bom meu, mas que posso conviver com isso
34. percebi que, sufocado, o sentimento sai pela metade
35. aprendi a não me doar 100%, por mais que eu goste disso
36. descobri mais alguns limites pessoais e percebi limites em terceiros
37. percebi que só respeito limites quando e se quero ou preciso muito
38. percebi, depois desse post, que aprendi e percebi mto mais coisas do q tinha imaginado antes de começar a escrever...rs

"Conhece-te a ti mesmo" e "ame ao próximo como a si mesmo" têm sido as frases "chaves" dos meus últimos anos. Este ano foi útil, mas ainda bem que está chegando ao fim. Em 2009, infelizmente, sei que vou me amar mais do que ao próximo e que isso não vai fazer bem a algumas pessoas. Mas será um "mal necessário" aos outros com a finalidade de um bem maior pra mim.

Que venha 2009!!!
Beijos e feliz Ano Novo pra todos, sem exceção!

domingo, 14 de dezembro de 2008

LESANDO DIREITOS AUTORAIS

"O homem, ser relativo e limitado... egocêntrico... exige uma medida para tudo. Avalia, segundo um critério quantitativo e qualitativo no despender ou receber; às vezes, falseia tendo em vista seus interesses e vantagens próprias, tal considerado no aspecto geral..."

"...O homem é um ser social. Vivemos em sociedade; logo impera, por assim dizer, um regime de trocas no relacionamento, exigindo, evidentemente, medidas. Tais medidas, desde que justas, propiciam uma convivência harmônica que deve existir... Há que se considerar as medidas referentes à convivência material e espiritual... Como criaturas imperfeitas que somos, ocorrem deficiências na prática de uma ou de outra... O ideal sreia o perfeito equilíbrio entre as duas; porém, face às discórdias decorrentes...do egoísmo e da visão distorcida da vida futura, temos o caos reinante."

"...a rigor, cada um possui a medida própria, individual, ou seja, somos a medida, medida-padrão para recebermos o que merecemos... Daí a nossa cautela em julgar os outros, porquanto estaremos, no julgamento, utilizando nossas próprias medidas..."

"Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido vos medirão também." (Evangelho de Jesus, segundo Mateus)... Assim, é temerário tentarmos avaliar medidas alheias, consoante as nossas próprias medidas..."

"Somos, pelsa nossas medidas, os próprios artífices das nossas venturas ou desventuras, conforme a lição seguinte: "Deus tem suas leis que regulam todas as vossas ações; se as violais é vossa falta. Sem dúvida, quando um homem comete um excesso, Deus não pronuncia um julgamento contra ele para lhe dizer, por exemplo: foste guloso e vou te punir. Mas ele traçou um limite; as doenças e, frequentemente, a morte, são as consequências dos excessos: eis a punição. Ela é o resultado da infração à lei. Assim em tudo." (O Livro dos Espíritos, questão nº 964)

"...Deus põe, generosamente à nossa disposição, o manancial infinito das suas bênçãos e benefícios, sem considerar medidas, porquanto, depende de nós mesmos a captação maior ou menor da sua doação misericordiosa e, para tal desiderato, repetimos, a nossa própria personalidade serve de medida, para recebermos o que merecemos..."

O texto é de Julio Laurentino de Lima (1º Ten Ref PM e advogado, integrante do quadro de expositores da USE Intermunicipal de Americana/Nova Odessa) e foi extraído da RIE (Revista Internacional de Espiritismo), do mês de outubro de 2008.

Depois de tantas lesões aos direitos autorais do Dr. Julio e da RIE, só fico com uma pergunta na cabeça: POR QUE É TÃO DIFÍCIL APLICAR A REFORMA ÍNTIMA? Hunf.

Bjos pra vcs... eu vou reler o livro.

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