terça-feira, 21 de julho de 2009

V FOR VENDETTA

Estava demorando, eu sei! Apesar de todo o meu trabalho mental e emocional, ainda não consegui me libertar da sensação de "realização" quando algo dá errado pra alguém que tenta me ferrar. Antes, eu provocava a situação. Hoje, espero sentada num belo e confortável camarote, até que o balde seja chutado, a lona caia e o circo pegue fogo. Não atuo, aguardo. (Isso me livra de muito karma negativo, sabe? rs)

Porém, quando o mundo de alguém "prejudicial à minha saúde" racha, desmorona ou se abala, não consigo evitar a sensação de "borboletas no estômago". Sei que é feio, sei que eu deveria ser uma pessoa melhor e superior a isso, mas ainda não estou nesse alto nível de purificação! (Quando estiver, farei xixi em vidrinhos e VENDEREI como água benta, ta? Aviso quando iniciar tal projeto! hahahaha)

Na gestação de um ser humano, o ciclo é de 9 meses. Para a numerologia, os ciclos vitais intermediários ("pináculos") também são de 9 (anos). Aliás, na numerologia, todos os ciclos findam em 9 (horas, dias, meses e anos), conforme a situação. Desta vez, foram 9 meses. Nove meses achando que nada ia acontecer, que eu realmente tinha "pisado na bola" e que as outras pessoas envolvidas não mereciam "reprimendas".

Tenho consciência que quando fazemos algo errado, temos nosso preço a pagar. Também tenho consciência que raramente nos é dado o conhecimento dos reais pensamentos de outras pessoas (não raro, eu gostaria de ser um neurônio dentro da cabeça de alguns, pra confirmar ou deixar cair por terra minhas impressões sobre o caráter deles). MAS, também tenho consciência de que algumas pessoas, por mais que tentem, simplesmente NÃO CONSEGUEM disfarçar sentimentos ante determinados acontecimentos (meu teclado está me irritando hoje!), por mais dissimuladas que possam ser, ou efetivamente o sejam, ou por menos que os outros percebam essa dissimulação. O grande lance é que mais de 25 anos de convivência fazem com que a gente "pegue as coisas no ar". (Sem citar nomes, já que diante do período declarado, creio não ser necessário.)

Duas pessoas "provocaram" uma falsa derrocada minha. Enquanto elas se ocupavam de proferir despaltérios a meu respeito (distorcendo a verdade, mentindo e omitindo), tentei me ocupar em viver minha vida (apesar de destilar algum veneno sobre isso de vez em quando! rs). Na visão de alguns, os 4 meses que se seguiram a essa "mixórdia", eu me "ferrei", "paguei meu preço". Porém, como nem todos conhecem o que efetivamente se passava pela minha cabeça, o jeito foi RIR!... Passei 4 meses atrás de informações que eram meu objetivo. Quando as obtive, finalizei o processo (e não venham me dizer que "brinquei com sentimentos alheios" porque eu não brinquei com nada - existem pessoas que adoram a posição de vítimas do destino e se mostram vulneráveis, mas que são extremamente ocas... ou cheias de egoísmo e complexos).

As duas pessoas citadas ao certo souberam do fim do processo e, diante das inúmeras demonstrações de mediocridade mental, concluo que me julgaram arrebatada, infeliz ou coisa que o valha (digo isso porque uma delas SEMPRE dá a entender que me acompanha como novela e não consegue esconder de mim o que sabe, mesmo tentando... e, a outra, só é maria vai com as outras) e foi aí que minha "vendetta" teve início.

Eu AMO fazer as pessoas de idiotas quando elas pedem! (Quando pedem, é proposital - quando não pedem, procuro agir com ética e, quando falho, é sem intenção.) Com isso, continuei vivendo minha vida. Vocês leram nos outros posts deste ano, quando falei sobre paz interior e felicidade duradoura. Devo ter falado, também, sobre serenidade e confiança (se não falei, pensei... e este não é o momento apropriado pra partilhar tais pensamentos). Todos vivem altos e baixos e, quando se é feliz, os baixos são mais altos do que os baixos dos que tentam ou fingem ser felizes.

Passei anos da minha vida tentando retornar a um determinado estado de espírito e, aos poucos, fui obtendo o que queria. Anos atrás, algumas pessoas me diziam "ou você é boba ou é rica, porque ri demais". Minha essência é de riso fácil, porém, engoli o riso por muito tempo, pra "parar de ser boba" (já que rica, de verdade, nunca fui, apesar de ter vivido como princesa nos primeiros 22 anos da minha vida).

Que falta me fizeram as risadas sem motivo!

Busquei por elas e as tenho novamente! Também queria voltar a ser chorona. Passei 11 anos da minha vida chorando por apenas 2 motivos: saudades do meu Pai e raiva. Nada mais me motivava a abrir as torneirinhas oculares. Sempre ouvi dizer que as lágrimas lavam os olhos e a alma, e eu deixava que fluíssem. Por um tempo, acreditei que "lágrimas em vão" eram demonstrações de fraquezas humanas que eu possuía e, quase sempre, "engolia". Aprendi, durante todo meu processo de "revolução interior" que, ou eu voltava a chorar e aprendia a ser magoada novamente (ao invés de ser sempre "ofendida"), ou me tornaria um ser amargo (como algumas pessoas cujo caráter eu abomino), pois era a amargura o "fim do meu túnel". Atualmente, lavo os olhos e a alma por qualquer coisa e, interesse ou não, minha sensibilidade está mais aflorada (pobres os que não aproveitaram dessa sensibilidade tempos atrás, que eu fazia questão de restringir ao máximo!).

Rindo e chorando, estou reaprendendo a ser eu. Revi diversos conceitos, valores e princípios. Me reconheci e, com isso, consegui deixar de lado os sentimentos e as sensações que não faziam parte de mim na minha "melhor fase" como ser humano. Mas, como não sou Deus pra "estalar os dedos" e fazer acontecer de imediato, existem coisas ruins que ainda persistem, como o sentimento de vingança.

Quem me conheceu e conviveu comigo nos últimos 12 anos (ou parte deles) já me conheceu vingativa. Já me conheceu sendo "malvadinha" e fazendo tudo o que me era possível pra colocar pessoas "desagradáveis" em seus devidos lugares. Não teve o prazer de conhecer a Veri que se magoava e "deixava passar" as coisas ruins que lhe faziam. Porém, ela está de volta.

Se eu sinto raiva e quero me vingar de algumas coisas? Sim. Ainda sinto e ainda quero. Mas por períodos mais curtos e com menos intensidade. Minha alma ficou viciada nessas coisas, infelizmente. Mas, não existe clínica de desintoxicação de raiva e vingança, e isso tem que sair de mim, de dentro pra fora (o "de fora pra dentro" que eu andei aplicando "contra" mim mesma deu certo pra outras coisas, mas não pra isso).

Só sei que, com e apesar de tudo isso, minha inteligência não foi alterada. Aliás, se o QI diz alguma coisa, ele progrediu (está em 179 atualmente). Assim, eu ando "pescando" mais coisas que antes, e pesquei o início de duas "derrotas" (aparentemente). Claro que me satisfaz ter conhecimento disso, mas não me motiva a colaborar com as quedas. Como disse, estou no meu camarote, confortavelmente instalada, assistindo, apenas, como se fosse um filme, com o qual a gente se apaixona por ou odeia um personagem mas, quando acaba, a gente esquece a sensação.

E, também sei que essa "indiferença" a que tenho me dado o direito de usufruir, incomoda uma das "decadentes" (se é que não incomoda as duas). Algumas pessoas se deram maior importância do que realmente tinham na minha vida (talvez eu mesma as tenha dado maior importância do que realmente mereciam) e, como grande parte dos seres humanos não compreendem como eu posso ter me desapegado com tanta facilidade. Sinto muito não mais inflar ego de pessoas sem caráter e sem conhecimento, sequer teórico, do verdadeiro sentido da palavra "lealdade".

Um tempo atrás eu disse que temos que ser inteligentes e espertos o bastante pra reconhecer a felicidade quando ela entra em nossas vidas. Eu reconheci e ela está aqui, me acompanhando fielmente no dia a dia. Em alguns momentos, ela se cala, como um bom amigo que sabe não ser a melhor hora pra se manifestar, mas que se faz sempre presente, de um jeito ou de outro.

Feliz, confiante, serena, rindo e chorando, seguindo em frente... e cativante! (ahahaha... incorporei a palavra!) Minhas sinceras condolências aos pobres de coração e fracos de caráter.

PS: Poderia escrever MUITO mais sobre as quedas e a sensação de realização, mas quero não pensar mais nisso.

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