domingo, 19 de julho de 2009

MANIPULADORA, EU?!?!

Dentre tantas outras "qualidades" que foram a mim imputadas ao longo da minha existência (nossa, que poética! hahaha), como "cruel", "nervosa", "brava", "radical", "inflexível", "egocêntrica", etc, etc, etc, já me disseram, também, que sou manipuladora.

Há alguns anos, quando comecei a estudar e comparar religiões, aprendi (com o Buddhismo, se não me falha a memória - ainda seletiva) que para que as coisas aconteçam na nossa vida temos que CRIAR CONDIÇÕES. Ou seja, ou você faz por merecer o que quer, ou pode tirar o cavalinho da chuva porque, a cada passo é um tropeço (até a hora que você acaba caindo de vez). Isso não quer dizer que "criar condições" signifique passar por cima das pessoas feito trator, nem ser desonesto, nem nada disso. Sabe-se que a "lei do retorno" é infalível MESMO, até para aqueles que não acreditam ou se acham "imunes" a ela, bem como a "lei da afinidade" e a, agora famosa, lei da atração.

Muitos anos antes de toda essa "abertura religiosa" (pelo menos no Brasil, já que, até os anos 80, se você dissesse que era espírita, você era considerado herege, amigo do Demo ou qualquer coisa assim - e, se dissesse que era umbandista, então, piorava!), havia uma frase que já era mundialmente conhecida e trata exatamente dessas três leis, sem qualquer cunho religioso: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" (Antoine de Saint-Exupéry em "O Pequeno Príncipe").

Religiosamente falando ou não, porque isso realmente não importa, Buddha e o francês aí em cima (que nasceu 50 anos após a "fundação" do Kardecismo, religião cristã que explica as 3 leis que eu citei com muita clareza) têm coisas em comum, não acham?

Se eu me torno eternamente responsável por aquilo que cativo, significa que para cativar (atrair) qualquer coisa ou pessoa preciso criar condições para que essa atração ocorra. Se não houver afinidade entre o meu desejo e seu objeto, claramente as condições serão criadas de forma incorreta ou, na melhor das hipóteses, não serão criadas, por mais que eu me empenhe.

Agora, me digam: criar condições favoráveis à atração entre coisas/pessoas afins me torna manipuladora!?!?! Creio que o nome mais correto para a qualidade seja CATIVANTE. Não manipulo nada nem ninguém, apenas persigo condições benéficas, e atualmente, sempre verificando a compatibilidade das coisas/pessoas para que os efeitos da lei do retorno também sejam favoráveis (afinal, quão desagradável não é ver o feitiço virar contra o próprio feiticeiro não? rs).

Tudo isso veio à minha mente em razão de uma ação praticada: acordei cedo demais, em pleno domingo, para ir ao escritório do meu avô buscar trabalho sem correr o risco de encontrar o sócio dele, que parece amar passar o tempo na frente do computador de lá ao invés de ficar com a família. Criei as condições. Fui em um horário em que ele, provavelmente, não estaria, a não ser se algum advogado estivesse à beira da morte profissional caso não tivesse um cálculo pronto até amanhã lá pelas 8h.

Isso não é manipulação. Criar condições de expor meus pensamentos de forma convincente não pode ser considerada uma ação manipuladora. Nasci com um poder de persuasão razoável e, com todo o direito e razoável destreza que eu tenho, uso desse poder em meu favor quando necessário e imprescindível (existem situações em que prefiro calar a prolongar um sofrimento auditivo ouvindo merda! =D - crio condições favoráveis, também, ao bom uso do meu tempo!).

Também não pode ser considerada manipulação uma atitude que me leve a obter o que desejo. Se o que eu quero é bom pra mim e não vai prejudicar ninguém, não tem razão para que eu não aja de forma a atingir meu objetivo. Crio condições, me afino com pessoas e atraio "energias" que condigam com o que quero.

Não me desfaço de ninguém, mas observo em que, quando, como e porquê cada um pode ser útil na minha vida. Cada uma das pessoas que me cercam têm seu espaço e seus momentos de maior ou menor presença e, na vida de todo mundo é assim. É a velha história das pessoas que permanecem "por uma estação" ou "pra vida inteira". Não manipulo ninguém. As pessoas são livres para irem e virem quando quiserem e julgarem conveniente pra elas, mas de acordo com a lei do retorno, eu não "tenho" que aceitar as idas e vindas de ninguém na hora que ELAS acham que é boa, conveniente, etc... Da mesma forma as pessoas agem com terceiros. Então, se eu sou manipuladora por abrir maior ou menor espaço pra alguém, todo mundo é! Mas nem todo mundo é cativante, nem todo mundo quer e/ou busca coisas genuinamente boas (tudo bem que determinados valores estão invertidos, deturpados, arrasados e "fora de moda", mas isso é outra questão).

De tudo isso e tendo concluído acima que sou uma pessoa CATIVANTE, acho que ganhei meu domingo nublado! (Ia terminar meu domingo de forma mais benéfica se... deixa pra lá... preciso pensar em condições melhores a serem criadas nesta situação!)

Bom domingo pra vocês!
Bjometwitta!

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