terça-feira, 28 de julho de 2009

AI, AI, AI...

Caraca, hoje tenho que ser muito rápida e concisa neste post. Tenho menos de 30 minutos pra escrever sem atrapalhar a correria que acontece todas as manhãs (a Isa voltou às aulas e, consequentemente, eu ao trabalho... tenho que correr pra estar com "tudo pronto" às 11h30min rs). Este post tem um motivo que pode ser até "ridículo", mas é um motivo (e, pra mim, um tanto quanto "engraçado").

Estava ontem fazendo as contas: passei 20 dias afastada do meu trabalho no centro da cidade por conta de férias escolares e consultas médicas. No último dia 06, saí de lá com uma sensação meio ruim, porque eu sabia que tinha gente ali sentindo alguma coisa "não boa" a meu respeito. Claro que isso não é novidade, mas eu não estava entendendo bem o porquê. Ontem, tudo se esclareceu.

Por tantos outros posts que já fiz aqui, ficou claro que tenho problemas com "autoridade". Não aceito autoridade de pessoas incompetentes, que mandam sem saber mandar e, pior, sem saber fazer aquilo que estão mandando. Não aceito autoridade de pessoas sem experiências de vida valorosas e, tampouco, de pessoas que não tem um objetivo determinado, a não ser ganhar dinheiro. Raramente, aceito autoridade de pessoas sem cultura ou que não conseguem pensar "à frente". Enfim... pra resumir, eu aceito autoridade de pessoas que saibam mais que eu, que tenham coisas a me ensinar e que tenham real capacidade de se fazerem obedecer, sem precisar espezinhar ninguém.

Foi essa sensação de "autoridade indevida" que eu sentia no começo do mês e foi exatamente essa sensação que se esvaiu ontem. A "autoridade" foi embora por livre e espontânea vontade, alegando que estava trabalhando num "lugar grande" (e, na cabeça da pessoa, "melhor" do que o lugar em que trabalhávamos juntos). Porém, antes de sair, deixou bem claro o seu "desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem" (outrem, no caso, sou eu).

A frase entre aspas é o significado da palavra "inveja", segundo o dicionário Aurélio. A pessoa passou, pelo menos, um mês "falando mal" de mim e distorcendo fatos. Não sei se cheguei a comentar aqui, mas a pessoa saiu de lá dizendo que "eu e ela tivemos desentendimentos". Ram-ram: NÃO HOUVE DESENTENDIMENTO. É, não houve. O que houve foram três situações em que a pessoa agiu de forma incorreta (uma, passando um trabalho pra mim, que tinha sido designado a ela pelo chefe, pra eu fazer e ela ganhar; a segunda quando, sem sequer analisar efetivamente uma coisa que eu tinha feito, jogou um monte de pastas na minha mesa e disse, simplesmente, "está errado, refaça" - tipo, quem é ele pra mandar em mim? - sendo que o trabalho estava certo e quem confirmou isso foi a pessoa mais antiga do escritório; e, a terceira, quando se indignou que, às 16h do dia anterior à minha "não-ida" ao trabalho, veio me questionar a respeito de que tipo de trabalho eu fazia ou deixava de fazer - sendo que, não interessa o trabalho que se faz, mas sim o prazo cumprido).

Enfim, na primeira ocasião, eu tinha visto o chefe passando o trabalho pro cara. O chefe me perguntou o que eu estava fazendo e eu disse "um embargo à execução que fulando me pediu pra fazer pra ele" (e o cara simplesmente havia saído do escritório pra resolver problemas pessoais e largou o embargo com prazo praquele dia). O chefe só disse "ele não tem que te passar trabalho, principalmente um que eu pedi pra ele fazer". Emudeci e continuei fazendo o embargo.

Na segunda, que foi a situação do "está tudo errado, refaça", o lance é: existem alguns modelos de planilhas a serem utilizados para a realização dos cálculos e, quando eu comecei nesse trabalho, todos estavam usando um modelo novo e, o antigo, estava sendo aposentado. Óbvio que o modelo novo é muito mais "simples" de usar (apesar de mais complexo no desenvolvimento das planilhas) e que o modelo antigo é extremamente complicado pra quem está acostumado a trabalhar com planilhas "pá-pum" (que é o meu caso, já que as planilhas que usei durante 8 anos eram e ainda são muito eficazes e simples e que o modelo novo dos caras se assemelha em muito com as minhas). No trabalho que fiz, cheguei no mesmo resultado, por método diferente e, por isso "estava tudo errado". Nesse dia, eu fiquei puta. Depois que uma outra pessoa viu o que eu tinha feito, disse "mas isso aqui está certo, só está diferente", eu disse, numa boa, "viu, fulano, está certo tudo isso aqui, não preciso refazer" e fui, feliz, pegar uma pasta em que eu ia efetivamente ganhar dinheiro pra fazer.

Na terceira, e última, era uma quinta feira, último dia de aula. Cheguei no escritório já exausta e, na pilha de pastas havia 2 contestações de cálculos e 2 embargos à execução. Sei que falar isso pra vocês é a mesma coisa que nada, porque, quem não conhece cálculos, não consegue imaginar a discrepância na complexidade desses dois tipos de trabalho. O que posso dizer é: tudo tinha prazo pro dia 03 e, aquele dia, era dia 02. Peguei uma contestação. Fiz. Quando terminei a primeira contestação, fui pegar a segunda e, quando olho, o infeliz está lá da mesa dele, esticando o pescoço pra olhar O QUE eu estava pegando pra fazer. O caretinha chegou na minha mesa e disse "você não faz embargos não?" eu "faço, quando estou com a cabeça boa". Ele saiu enfezado da minha mesa e, todos no escritório tiveram oportunidade de ouvir. O lance é que eu disse isso de forma calma e com uma expressão facial semelhante à de uma "paisagem". Ou seja, cara de desprezo TOTAL. Não me dei ao trabalho de me "ofender", nem de elevar a voz e nem de dar uma resposta do tipo "cuida da sua vida, infeliz, você tá cheio de problemas e ainda está caçando mais a troco de quê?".

Porém, silenciei.

Passaram-se 24 dias até que, ontem, 25º dia, retornei ao trabalho. Ao chegar lá, vi dois recém saídos da adolescência sentados numa mesma mesa fuçando umas planilhas, um dos outros caras que trabalha lá na mesa do "autoritário" que falei aí em cima e as outras duas colegas sentadas em suas respectivas mesas. Ao ver tudo isso, perguntei ao colega o que estava acontecendo e ele me disse "fulano escolheu o caminho dele. Esses dois estão aqui pra auxiliar nos cálculos, mas o chefe vai te explicar direito" e ficamos conversando lá sobre os 20 dias que tinham se passado.

Nessa conversa, comecei a entender o que o outro estava sentindo: eu pego pastas mais "simples" de serem feitas quando tem muito prazo pra cumprir. Sou ágil na realização correta do trabalho e, quando entrei lá, foi a isso que me propus. Não olho o cliente (uns pagam mais que outros), não olho o tamanho da pasta: olho o serviço a ser feito e o dia que deve ser entregue. O cara que saiu, gostava de pegar "filé", gostava de pegar pastas de clientes que pagam "mais" e isso, nas palavras do que estava sentado no antigo lugar do primeiro.

Depois, na conversa com o chefe, soube que o cara tinha falado UM MONTE de mim. O chefe já tinha me avisado que as pessoas iam "me odiar" lá dentro e, como eu estava lá há apenas 4 dias, não tinha entendido direito, apesar de ter achado engraçado, já que "me odiar" é o que as pessoas mais fazem... ahahahahahah

O chefe "me usou" pra provocar uma melhora de atitude do cara que saiu fora e, em outra ocasião, já tinha me dito que estava descontente com as atitudes dele. Até que, no fim, o cara não aguentou a pressão e pediu pra sair, dizendo que está trabalhando num lugar "melhor". Expliquei ao chefe a história dos "desentendimentos", pois apesar de eu ter ficado puta, o cara se desentendeu sozinho! ahhaha Foda, mas essa foi a conclusão a que eu e o chefe chegamos no final da conversa que, como sempre, aconteceu com muito bom humor e várias risadas. Não tem tempo ruim entre mim e o chefe. Quando eu vou, vou pra trabalhar. Se estou com a cabeça atrapalhada, com problema pessoal que precise ser resolvido e não existe excesso de prazos a cumprir, eu ligo e digo "não vou", e fim.

Não tem registro em carteira, não tem cartão de ponto e não tem nenhuma criança lá, de modo que cada um sabe o que deve e precisa ser feito pra manter o bom andamento do trabalho.

Depois de tudo isso, fiquei maquinando em casa... não existe outra explicação pras atitudes do carinha, além de inveja/ciúme. Foram ridículas as atitudes dele, já que ele tem quase 40 anos e não se espera atitudes de criança de uma pessoa com idade já "avançada" (ahahah). Foi feio, MUITO feio da parte dele.

Ele se enfezou sozinho, se resolveu sozinho e, ao que parece, no escritório as coisas estão mais "encaminhadas". Quem ficou lá não se preocupa com quantas pastas o outro faz e nem com o cliente (= empresa) que enviou a pasta. Quem ficou lá está preocupado em fazer e ganhar por ter feito.

A única coisa que achei meio 'chata', se é que chega a ser chata mesmo, é que uma das moças pareceu chateada pela saída do carinha. Eles trabalharam bastante tempo juntos, já que ela é a mais antiga e ele entrou depois dela. Mas, ela não falou nada pra mim e nem sei se o carinha chegou a falar alguma coisa pra ela a meu respeito, como fez pro chefe e pro nosso outro colega. Sei lá...

Aprendi que os obstáculos desviam de mim quando ajo como agi. Quando respiro e "desprezo", não passo pelos obstáculos. Eles continuam ali, eu "não os vejo" e, mais cedo ou mais tarde, a pedra sai do meu sapato sozinha, sem doer e sem deixar calo. Quem partilha/conhece/entende/acredita nas mesmas coisas que eu, sabe de onde essa "saída pela direita" do carinha veio. E eu percebi, com MUITA nitidez que, ante uma injustiça ou um ato falho de terceiro, terceiro sai da minha frente sem eu perceber e antes que eu passe por cima dele feito trator. Ótimo.

Era isso. Passei 15 minutos do meu tempo pra postar e já estou ficando atrasada...rs

Beijos pra vocês, boa semana.

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