As coisas acontecem de forma engraçada, esquisita, estranha, inusitada, hilária... Tudo bem, sei que não sou muito normal, mas os acontecimentos poderiam ser mais sutis (rs). Quando faço algo que "sai da linha", logo tropeço, caio e acabo demorando um tantinho a levantar. O erro e a consequência têm sido praticamente imediatos um ao outro para mim. Não sei se "ninguém merece", mas pelo jeito o "ninguém" é alguém e esse alguém sou eu! (rs)
Em pouco tempo, um bom progresso. Não um progresso "suficiente", mas um bom, senão ótimo, progresso. Uma evolução. Tem quem pense que estou parada, estagnada (ou quieta - hehehe), o que representa um ledo engano de mentes limitadas. Aqui, comigo, as coisas não param nunca. A diferença, atualmente, é que estou aprendendo a "ser como todo mundo": dissimulada, sonsa e omissa. Se gosto disso ou acho isso certo? A resposta é não para ambas as alternativas da pergunta. Porém (e tudo tem um porém), estar assim tem me feito muito bem (e tem sido necessário). Não precisei perder escrúpulos, nem a paciência e também não preciso destilar nenhum tipo de veneno.
"Vivendo e aprendendo". Chavão cabível. A fase "galinha desmiolada" passou (ao que parece). Aliás, a última (espero) fase "galinha desmiolada" foi breve, bem breve e a tendência é que o lapso temporal entre esta e a próxima (hunf) seja muito mais longo do que o que houve entre a penúltima e a última. Analisando a questão temporal, percebi que "galinha desmiolada" não era uma simples fase alguns anos atrás, mas sim um "estado permanente". Depois de 2003, passou a ser fase (nem tão simples às vezes, mas uma fase). E a cada período de tempo, ela fica mais esparsa e menos duradoura.
Ok. Vocês não estão entendendo o que é a fase "galinha desmiolada", mas me reservo o direito de não explicar. A ninguém. Nem a quem pensa que sabe o que essa fase significa. Agora chegou a hora de "perder as penas no mau sentido" (o bom sentido de perder as penas era quando eu saía e, no final da noite - ou começo do dia - minha mãe tinha que contabilizar as penas da "galinha" aqui (rs); foi a melhor parte do "estado permanente" de galinha desmiolada, afinal, efetivamente a galinha humana era galinha hahaah).
Se as conclusões tardavam a serem tiradas, atualmente elas tardam menos. Se a percepção de ações e fatos acontecia em "slow motion", hoje acontece, pelo menos, em velocidade aproximada ao que se pode considerar "normal". Muito bom.
"Amadurecer dói, mas é bom." Ouvi isso alguns anos atrás e, sinceramente, apesar dos "perrengues" que se pode passar na fase de amadurecimento, isso pode se tornar até divertido. Quando se aceita, sem revolta ou rebeldia, o que acontece e o que é preciso passar e, depois, se olha para trás com finalidade de análise e avaliação, o resultado de tudo é positivo (mas nem todos conseguem enxergar isso), o bom humor é uma das consequências mais benéficas do amadurecimento. Não há império de mau humor ou pessimismo quando se usa os "olhos da alma" para avaliar a própria vida. A não ser que se seja um orgulhoso-egoísta de marca maior.
Outra coisa benéfica do amadurecimento é o poder de reconhecer e admitir erros cometidos, qualidades inferiores que precisam ser melhoradas e revertidas para qualidades superiores sem o constrangimento "do espelho" (aquele que, quando dá sinal de vida, a gente trata logo de passar base, rimel, blush e batom pra tentar disfarçar para nós mesmos). É preciso coragem para reconhecer e admitir intimamente os defeitos que a vida esfrega na nossa cara (e, na maior parte das vezes não queremos e ainda nos recusamos a enxergar) e os erros que geram/geraram más consequências para o cotidiano. Essa coragem eu tinha, tive, tenho e vai continuar em mim, porque nasceu comigo. Percebi que os covardes são infelizes, insatisfeitos e nunca, NUNCA conseguem saber a origem das próprias mazelas. Pior de tudo é que um covarde de nascença não adquire coragem com experiência de vida. Ô dó!
Mais um benefício do amadurecimento é aquela "paz real" que eu falei no post anterior. A maioria de nós não conhece o que chamamos de "tranquilidade". Mentes, corpos e corações inquietos, ansiosos, hiper-ativos (* o hífen continua para palavras precedidas de super, hiper, ultra, etc*), seres que pensam e sentem de forma descontrolada ou incontrolável... esses não têm nem como conhecer a tal tranquilidade.
Imagino que vocês se perguntam "Como pode essa contradição: afirmar durante anos que pensa demais e, ao mesmo tempo, que conhece a tal tranquilidade?" Não é contraditório quando se pensa nos parágrafos acima, nos quais eu falei sobre progresso e evolução. Tudo depende de nós, inclusive, fazer triagem dos pensamentos e sentimentos. O duro é aprender a fazer essa triagem, mas quando se aprende, tudo vai de vento em popa e fica mais fácil de acontecer. Sim, continuo pensando demais e sim, conheço a tal tranquilidade. O próximo passo é fazer com que essa tranquilidade seja constante, não intermitente (A-haaaa! Viram como não é contradição minha? Minha tranqulidade - "paz real" - ainda é intermitente, mas estou cada dia mais próxima da constância.)
Triagem. Nunca pensei que aplicaria essa palavra na minha rotina. Pensava que isso era coisa só de pronto socorro, naquele pré atendimento antes de sermos encaminhados a um especialista ou ao clínico geral (rs). O bom é o acúmulo de funções de um ser em amadurecimento. Além da triagem, ainda existe a fase de "recrutamento e seleção" (R&S). Acumulamos funções filosóficas enquanto pensamos, médicas quando triamos e psicológicas quando recrutamos (pessoas, ações, sentimentos) e selecionamos ("armas" internas). Depois disso, ainda temos a função militar (preparação de estratégias de "guerra"), a função gerencial (de distribuir atividades e estabelecer prioridades) e, por fim, a função presidencial (de comandar nossa vida de acordo com os resultados obtidos através da prática de todas as outras funções). Ser dono dos próprios pensamentos, atos, sentimentos e das consequências disso tudo é muito legal (a função presidencial é exercida apenas esporadicamente durante o amadurecimento; depois de "totalmente maduro" eu ainda não sei como funciona! rs).
Algumas boas consequências para mim, se devem, principalmente, às quatro primeiras funções que descrevi. Ainda não passei por cima de ninguém!! (O que era notoriamente corriqueiro antigamente.) Espero continuar assim. Às três primeiras funções devo o estabelecimento de novos limites - admito que, neste ítem, a dissimulação e a omissão têm sido muito úteis: os limites são estabelecidos mas não é dado conhecimento às pessoas; quando percebo que eles serão ultrapassados ou invadidos, aprendi a "fingir que não é comigo", afinal, ninguém chuta cachorro morto e ninguém exige muito de cachorro burro - esses limites mantém minha tranquilidade em nível e local adequados.
A filosofia de hoje está chegando ao fim. Amadurecer é bom e divertido. E, ninguém, nunca, ousou dizer que isso seria ou é fácil (em que pese o "grau de dificuldade" do amadurecimento ser maior ou menor de acordo com a capacidade mental e habilidade de raciocínio de cada um). Aos que apreciam permanecer em "zonas de conforto mental e emocional", advirto: o amadurecimento não vai bater na porta de vocês, nem se convidar a entrar; também não vai se apresentar de forma nítida e não vai alertar que "é chegado o momento" dele acontecer. Amadurecimento vem aos que não se acomodam, em nenhum aspecto da vida, seja psicológico, emocional, mental, físico, profissional, familiar...
Beijos pra vocês.
PS: E aí, gostaram do nomezinho novo do blog?