domingo, 13 de agosto de 2006

ÁPICE SEM CRISE

Hola...

Como eu disse pra uma amiga, num scrap, hoje eu acordei tão amarga quanto o jiló e tão azeda quanto o limão... e por mais que eu esteja tentando melhorar meu humor, não sei se está rendendo não...

Foi a "discussão" com a mãe de uma coleguinha da Isadora na porta da escola na sexta, a expectativa de uma entrevista pra acontecer em breve, mais a expectativa pra saber o resultado da prova da USP na segunda... e, acho que além de tudo isso, a TPM (na pior fase, conforme aquele e-mail que eu postei outro dia) está me pegando de jeito... (e ainda hei de lembrar das coisas quebradas aqui em casa, não tendo grana pra conserto e a cada dia uma a mais quebra... já está me dando nos nervos)...

Enfim, não dormi com a macaca, mas fui acordada por ela... o humor não está bom messssmo... Estou até evitando conversar (em casa e na internet) pra não ter como descontar meu mau-humor em ninguém...

Agora, aos fatos...

Sexta, fui buscar a Isadora na escola... na quinta, não veio atividade da aula de Educação Artística porque (imaginei eu) as crianças deveriam ter feito algo para o Dia dos Pais e o presentinho viria na sexta... Realmente, foi o que aconteceu...

E qual não foi (e não foi mesmo) a minha surpresa ao ver que a "lembrancinha" do ano passado (uma mensagem dizendo sei lá eu o que impressa em papel colorido e sem a Isadora ter feito NADA além de entregar ao pai) estava sendo "repetida" de um modo um pouco mais colorido (mas, ainda, sem nenhum dedinho da Isa na confecção do negócio)... Minha indignação do ano passado e do Dia das Mães este ano voltou...

Respirei fundo e comecei a conversar com a dona da escola sobre os presentes desses dias "de família"... E disse a ela que, o mais correto, seria enviar uma circular ao responsável da criança, explicando o que seria e como a criança iria participar da confecção do presente e que, os pais que não concordassem com envio do dinheiro ou compra do material necessário, explicariam isso aos filhos e a diretora dividiria as crianças em duas turmas: as que vão fazer o presente "grande" e as que vão desenhar, recortar ou fazer algo com as próprias mãos pro pai ou pra mãe...

A dona da escola me disse "mas as crianças vão sofrer preconceitos por causa disso, entre elas" e eu disse "tudo depende de como vocês vão explicar pras crianças o que acontece... se vocês ensinam que as diferenças entre as pessoas e as famílias são normais e que todos continuam sempre convivendo em harmonia, brincando juntos, estudando juntos, independente do presente que os pais vão ganhar, elas vão crescer com muito menos preconceitos e revoltas dentro de si... agora, se vocês mostrarem pra elas que os pais são culpados, que elas são "menos" do que as outras por causa de um presente, o erro é de vocês... e dos pais que não deixaram os filhos participarem da atividade".

Nessas, chegou o padrasto de uma das crianças e a mãe de uma outra... A dona da escola me diz assim "Tem mães e pais que não se falam e não se olham na cara..." e eu "Eu sei. Eu e o Gustavo somos assim. Se não é a lembrancinha da escola, não compramos presentes de dia das mães ou dos pais um para o outro. Mas a Isadora não tem NADA A VER com as nossas diferenças... e ela não cresce vendo brigas e nem achando que um odeia o outro. Pra mim e pro Gustavo não faz a mínima diferença ganhar um pedaço de papel com umas palavras, normalmente com cunho Kardecista, e que não foi escrito, pintado ou desenhado pela Isadora. Muitas mães e pais simplesmente jogam o papel no lixo, pois uma mensagem espírita numa cidade onde a maioria das pessoas é evangélica não vai alcançar a finalidade. Então, tem muita diferença entre gastar o dinheiro do material que a gente compra no começo do ano com uma coisa que minha filha não fez e gastar um pouco a mais pra que ela faça o meu presente e o presente do pai."

A mãe da menininha (que, coitadinha, eu prefiro nem citar o nome) vira e diz "Você está errada. Eu não falo com o pai dos meus filhos, sou separada como você. Não gosto dele e não vou dar dinheiro pra escola pros meus filhos fazerem presente pra ele." e eu "Ah, eu estou errada?... Mas eu aposto que você gasta muito mais que 40 reais pros seus filhos darem presente pra ele no domingo" e ela "É, eu compro presente separado" e eu "Isso mostra como você é egoísta. Deixa de ganhar um presente feito pelos seus filhos, simplesmente pra que o pai não ganhe um presente feito por eles."...

A mulher ficou funicácia comigo e começou a falar, falar, falar (quando não me interessa o que a pessoa fala, eu desligo os ouvidos)... e eu simplesmente disse "Se um dia a sua filha for uma rebelde, revoltada, se meter com drogas e com crimes, não vai adiantar você chorar. Você não está ensinando cidadania pra sua filha. Você só mostra pra ela que "o pai dela nao presta", mas não pensa que ela não tem nada a ver com os erros que você e ele cometeram quando estavam juntos. Por causa de pessoas como você existem muitos adolescentes problemáticos e, pra mim, a errada é você. Você é egoísta e sua filha vai ser igual, o que mostra que ela, apesar de ser pequena, não é boa amizade pra minha filha."

(Acho que fui um "pouco além" do que deveria, afinal, se ela pensa primeiro nela pra depois pensar na filha, na educação e formação de caráter e personalidade da filha, nada do que eu falei vai fazer essa burra pensar...)

Depois disso, sem dar tempo pra fulana responder, virei pra dona da escola e disse: "Algumas das coisas que estão acontecendo desde o meio do ano passado estão me desagradando. Se continuar assim e não houver uma rápida mudança antes das férias, ano que vem, a Isadora não volta. E eu não mais indico a escola a ninguém. Até segunda, bom fim-de-semana."

E aí a fulana ficou lá falando com a diretora, coisas que eu prefiro nem saber (ainda teve partes das coisas que eu conversei com a diretora, na presença do padrasto de um menininho, que nem vale a pena ser citado aqui... exceto que: se o pai é ausente, a criança tem o direito de escolher pra qual figura masculina ela quer dar o presente de Dia dos Pais... que pode ser um padrasto, um tio, um avô, um vizinho... mas que todas as crianças têm direito a ter essa atividade... e não mostrar para os que têm pai e mãe que ter os dois e os dois se darem "bem" é errado... e que o certo é viver em pé de guerra).

Isso tudo aconteceu depois que meu avô e minha prima discutiram logo cedo... ela chorando, ele com falta de ar, todo nervoso... E eu entre a cruz e a caldeirinha, porque os dois estavam certos em alguns pontos e errados em outros... não dava nem pra "tomar partido"...

Ou seja, meu fds começou "bem" né...

No final da tarde, me liga uma moça de uma empresa... tivemos uma longa conversa por telefone... ela propôs que eu fizesse alguns testes (online) pra empresa dela... e disse que no início da semana conversaríamos de novo...

Notem: quando eu penso que está tudo se ajeitando com meu avô, surge uma nova oportunidade... e me complica com ele de novo... pois, se eu ficar com ele, ele talvez não precise contratar ninguém estranho (além de uma recepcionista) pra trabalhar no escritório... e se eu não ficar, ele vai ter que contratar dois... pra fazer o que eu faço sozinha... e isso tudo ainda complica meu primo... que vai ter que fazer as assistências técnicas com prazos curtíssimos sozinho e ainda ter que arrumar tempo pra ensinar os caras que vão entrar no escritório...

E, dependendo do que der essa entrevista, talvez eu não consiga continuar com ele...

Hunf...

Sexta-feira foi o dia de quase todos os acontecimentos... eu sabia que a sessão pública para divulgação dos resultados da prova da pós, lá da USP, ia ser dia 14... mas, sexta, soube que vai ser ao meio-dia...

1) Briga do meu avô e da minha prima
2) Horário do resultado
3) Longa conversa com a moça da empresa
4) Não poder sair com um amigão pra conversar por estar sem estrutura física...

E, pra completar, ontem, como se não bastasse a máquina de lavar roupa não estar torcendo nenhuma pecinha sequer, me quebra o varal também... e eu aqui, com as cortinas pra lavar... Acabei discutindo com a minha mãe... e resolvi q não faço absolutamente mais nada até ela limpar as janelas e o chão da cozinha como tinha prometido e mandar consertar o varal.

Não nasci pra ser dona-de-casa, não fui criada pra ser dona-de-casa e não optei por ser dona-de-casa. Cansei. Eita servicinho chato que não tem fim (ainda mais quando se tem criança em casa... e pior ainda quando o adulto que mora com você não colabora... nem na execução do serviço, nem na manutenção da limpeza... arghhhhh).

Era isso.
Jiló-limão total.
Sem bjo.

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