Uma vez ouvi a seguinte frase, de uma das duas piores pessoas que tive o desprazer de cruzar durante a vida: "a arma da mulher é a língua".
Sim. É. Mulher não para de falar nunca. Provoca, ofende, chicoteia, ilude, ludibria, alfineta, se faz de vítima, simula ofensa. Isso é um tipo refinado de "tortura" que, ao longo do tempo, esmigalha o parceiro emocional e psicologicamente. Mulheres agirem dessa forma é comum e, apesar dos exemplos dos pais fazerem parte da formação da personalidade e poderem "suavizar" a língua ferina feminina, não existe garantia nenhuma das mulheres crescerem e amadurecerem sem essa péssima característica. O fato de a língua ser "o chicote da alma", não impede a vasta maioria das mulheres de ter suas verborragias ácidas e ofensivas.
Os homens são, no geral, "menos elaborados" que as mulheres, mais toscos, mais brutos (não fiquem bravos, rapazes, não estou tentando ofender, nem denegrir vocês - leiam até o fim). Perdem a "noção do perigo" com mais facilidade e os que têm "ouvido seletivo" conseguem controlar melhor a raiva e demoram mais a liberar a agressividade que lhes é intrínseca. Alguns homens têm rompantes de violência e agridem fisicamente as parceiras. Alguns homens fazem como mulheres: tacam logo todo o veneno sobre as parceiras e vão minando, nas mulheres, a autoconfiança, a autoestima, o amor próprio...e, também, o respeito, a consideração e amor que (eventualmente) elas tinham por eles.
Há quantos milhões de anos somos reconhecidos como espécie? Olhando para os aspectos mais gerais e amplos da nossa evolução, não mudamos tanto assim (os meios mudaram, os fins são os mesmos). Dependendo da situação, nós, mulheres, ainda seremos, figurativamente falando, "arrastadas pelos cabelos" pelos homens que fazem parte das nossas vidas. Assim como eles, homens, se sentirão acuados pela nossa comunicação.
Violências podem ser escusáveis em determinadas circunstâncias (ex: atirar em um bandido para se defender), mas nenhum tipo de violência é justificável. A violência sofrida pelo corpo, com o tempo, perde suas marcas e suas dores, ou a gente acaba se acostumando com elas e passa a ter uma sensação (moral-afetiva) de "adormecimento". Mas, a violência sofrida pela alma dificilmente será apagada ou esquecida e raramente é praticada de modo inconsciente. A violência praticada contra a alma é sempre consciente, intencional, praticada com o propósito de humilhar.
Abusos verbais e emocionais, sejam praticados pelas mulheres ou pelos homens, machucam profundamente e podem, sim, ter consequências hediondas e duradouras, quando não permanentes, para quem os sofre.
Nossa sociedade está doente e essa doença tem como origem primária, principalmente, o ego. E o ego é, ao meu ver, a causa óbvia do que afeta a alma (própria e alheia).
As redes sociais, principalmente as que enaltecem a imagem em detrimento da essência, transformaram as pessoas em poços de futilidades, cheias de mimos e caprichos, em constantes disputas (de egos) e embates (de ignorâncias). A cobrança generalizada de "empatia" e, ao mesmo tempo, a não concessão de NENHUMA "empatia" pelas mesmas pessoas que a exigem mostra, tristemente, o aumento da mediocridade humana (intelectual e moral, mas, principalmente, moral).
Tudo é cobrado, nada é concedido.
Tudo é direito, nenhum dever reconhecido.
Tudo é egoísmo, injustiça, preconceito.
Ética? Ninguém mais sabe o que é, ninguém mais "vê passar".
Quase ninguém é auto-responsável.
São raras as pessoas com envergadura moral. Mais raras ainda as que possuem envergadura intelectual. Os bons estão adoecendo e morrendo, e as "gerações Paulo Freire" não são lá muito inteligentes e cultas, apesar de terem a certeza de ser. E a situação é essa no mundo todo, não apenas no Brasil.
(Ficou sem nexo de novo? Sorry. Se eu falar abertamente tudo o que quero e penso sobre o assunto, mais cedo ou mais tarde vai ter mimimi e estou sem estrutura e sem paciência para embates =D ).
É considerado "feio" passar por cima das pessoas, mas era tão mais tranquilo viver quando eu me importava menos com isso.
Por fim, uma dica: Controlem suas línguas, humanos.