Nos últimos 10 anos, tenho estudado sobre algo que, antes de 2004, eu achava uma chatice. Tenho aprendido bastante sobre valores éticos e, também, princípios diferentes dos que eu tinha, relacionados aos sentimentos, além de ter aprendido a diferenciar estes das sensações e ambos das emoções.
Porém, em 2013, eu REGREDI. Sim, regredi. Esqueci da prática de diversos bons hábitos que tinha adquirido, retomei a prática de maus hábitos que tinha abandonado e, no fim, acabei me tornando duas coisas que nunca fui: indisciplinada e desorganizada. Mas isso não está me incomodando muito, pra ser sincera. O que me incomoda mais são as causas disso, bem como as causas de eu ter voltado a ter a sensação de raiva/ira constantemente, de ter voltado a me aproximar das pessoas sem analisá-las primeiro, de ter voltado a acreditar em "chantagens emocionais" ou "chororôs" de marmanjo. Isso só me prejudicou.
Em compensação, adquiri (de vez, estava em processo de transição) o hábito de me colocar no lugar do outro "como me sentiria se", "o que eu faria se", "como seria se". Não sei até que ponto isso foi positivo pra harmonia da minha família mas, individual e egoisticamente falando, ter admitido (o pouco que faltava pra mim e 100% pro mundo) que eu não sou de direita, que não suporto receber ordens, que não admito que me subjuguem, que minhas ideias não são em NADA parecidas com as da minha mãe (de direita), do meu pai (liberal) ou do meu avô (comunista). Tirei um peso das minhas costas e, agora, posso dizer o que penso, mesmo que isso incomode as pessoas, afinal, por quase 30 anos me senti incomodada com determinados pontos de vista e, muitas vezes, não entendia o porquê.
De qualquer forma, 2014 começou diferente. Por mais que coisas que me incomodaram tenham acontecido e por mais que minha rotina esteja alterada, contrariando minha vontade e tolhendo minhas liberdades individuais (principalmente a de expressão e a de locomoção - ainda bem que não podem "prender" meus pensamentos \o/ ), esses 12 primeiros dias foram muito proveitosos. Dividindo meu tempo entre o rock e as músicas clássicas, passei muitas horas refletindo sobre fatos, atos, palavras e tudo o que aconteceu diretamente a mim e o que eu senti em relação a essas coisas.
Ontem, vocês devem ter visto, num outro perfil meu que não estou certa qual é, a foto da copa da árvore que eu passei um tempão olhando, observando, admirando... e, no post anterior ao da foto, devem ter lido que eu estava me sentindo em paz, em união com a natureza. Morei no meio do mato. Estar em contato com a natureza era algo comum pra mim. Hoje, vivo no mesmo "apertamento" que nasci, só que com mais prédios, hospitais, poluição de todo tipo e helicópteros em volta. Não dá pra ter paz aqui. Ou melhor, não dá pra "silenciar a mente" aqui.
A tranquilidade que eu estava ontem me fez perceber o que eu realmente preciso. Não não deixei de amar quem eu amava e nem de desprezar quem eu desprezava. Mas o que eu realmente preciso não está ligado a essas pessoas. Está ligado tão somente a mim. Como eu vou resolver pra conseguir o que realmente preciso (não é de dinheiro ou coisas materiais que estou falando, apesar que preciso MUITO de dinheiro agora, já que está pra completar 2 meses que to desempregada kkk), vou saber com o tempo. Não adianta querer colocar o carro na frente dos bois ou apressar o curso do rio, porque, no primeiro caso, a coisa não anda e, no segundo caso, a coisa tem seu próprio ritmo pra andar e não dá pra ser forçado.
Só sei que fui a um parque que não ia há uns 20 anos sábado. Passei horas maravilhosas com minha filha e o pai dela (por incrível que pareça, o rapaz estava agradável). E, hoje, fiz o que costumava fazer quando era patricinha (rs): almocei fora, fiz compras, dei uma volta na Paulista e voltei pra casa, só que hoje com a minha filha e a minha mãe (ah, o dinheiro veio do empréstimo que peguei no banco no meio da semana pra pagar 3 meses de contas atrasadas - sobrou um pouquinho, aproveitei pra fazer a alegria da família - afinal, a gente "mora bem e é burguesa", mas não temos grana nem pra ir em casa emprestada na Praia Grande, quanto mais ir pra Bahia ou qualquer outro lugar do país, como a mãe de uns e outros aí que adoram me rotular, mas esquecem de olhar o próprio rabo =D).
O que tenho a dizer e a desejar a todos neste início de 2014 é que, apesar de ter levado uns dias do ano novo pra raciocinar, me inspirar e escrever o que deveria ter escrito no dia 31 de dezembro, hoje a coisa fluiu e, o mais importante e que não pode ser esquecido jamais: DESEJO A VOCÊS, EM DOBRO, TUDO AQUILO QUE ME DESEJAM E VENHAM A DESEJAR. Desta forma, cuidado com o que desejam a mim, porque a lei do retorno é infalível e quem fala a verdade não merece castigo.
Carpe diem!
PS: Este texto era pra ser um post curtinho na Mah Loo rs.