Ois...
Pois é... hoje está difícil pra mim saber por onde começar... talvez pelo "óbvio" (pelo menos pra mim) seja simples...
Hoje, 14 de julho de 2006, um dia "frescamente ensolarado" de inverno, igualzinho ao dia 14 de julho de 1997, não há como não lembrar (nem como não me sentir meio triste e "vazia"), faz 9 anos que meu Pai morreu... Eu mal consigo pensar nas coisas quando tenho isso em mente... A saudade é imensa... a tristeza de não tê-lo (fisicamente) por perto pra conversar, pra me aconselhar, pra brigar de vez em quando, pra me "empurrar" ou pra me "segurar" ou, ainda, pra me "chacoalhar" em determinadas situações, pra desenvolver em conjunto, pra crescer, amadurecer, pra dividir, somar, multiplicar (menos pra subtrair, já q a subtração de 9 anos atrás já foi total)... A incerteza de tê-lo ou não (espiritualmente) por perto... Caraca, é f*** pensar que já faz tanto tempo e ao mesmo tempo ter a sensação de ter sido "ontem"... Sei lá se eu já me conformei ou não... sei lá se o meu "processo de aceitação" se completou ou não... HOJE não é o dia certo de eu conseguir fazer uma auto-avaliação... quem sabe amanhã... E é pra amanhã que vou deixar meus outros pensamentos sobre isso...
Nos últimos 10 dias, muitas coisas aconteceram... e essas coisas me testaram de várias maneiras... testaram minha tolerância, minha paciência, meus conhecimentos, minha capacidade de pegar determinadas coisas "no ar", minha eficiência, a eficácia de algumas decisões, meu poder de argumentação, minha honestidade, meu jogo de cintura... e até meu caráter...
E de toda essa "micro"-experiência pude avaliar o seguinte:
1) minha tolerância qdo pessoas tentam me fazer de idiota NÃO melhorou... a articulação de palavras e frases "ofensivas" continua "boa"...rs
2) minha paciência pra debater, argumentar melhorou MUITO em determinados aspectos... mas NÃO melhorou qdo vejo algo "errado" acontecendo de forma "insistente", como se fosse certo, justo ou "irrelevante"...
3)meus conhecimentos em determinadas áreas do direito, que imaginei estarem "esquecidos", na verdade, só estavam "adormecidos"... tem coisas que nasceram comigo, parece... e a facilidade em lidar com elas seja no raciocínio ou na execução se mostrou latente...
4) minha capacidade de pegar as coisas "no ar" está "pra lá de boa"... vi que ainda consigo (e de melhor forma) aprender e apreender informações das mais variadas espécies, desprezando o inútil e armazenando o útil... uma coisa meio "Sherlock Holmes": organizando o "sótão" (cérebro) de forma mais eficaz...
5) minha eficiência por ter notado que, em 5 horas e meia, ampliei um "horizonte" que estava limitado a "um grão de areia"... acrescentando a esse grão mais alguns, importantes, decisivos...
6) a eficácia de algumas decisões importantes que tomei, inclusive no aspecto de reconhecimento de alguns limites que (talvez) eu não tinha mas teria que ter nesse caso e no aspecto de preservar minha individualidade, minha privacidade, minha profissão, minha carreira e meu nome...
7) meu poder de argumentação, obviamente ainda influenciado pelos prismas da tolerância e da paciência, está a todo vapor, quando observo que determinada argumentação PODE SER ÚTIL, pois, se eu notar que é inútil, ainda mantenho meu silêncio e não desperdiço mais "neurônios" pelo simples prazer de "ter a última palavra"...
8) minha honestidade e meu "jogo de cintura" em casos como este, que colocam à prova minhas decisões sobre mim mesma... a honestidade sempre em alta, de modo que pra eu aprender a ser "fdp" de verdade, teria que nascer de novo, ou então fazer as coisas na base da "falsidade", do "sarcasmo", da "ironia" que, pra mim, são conceitos DESPREZÍVEIS... mesmo em se tratando de "jogadas" milhonárias... afinal, a "atuação artística" dos advogados, ao meu ver, deve se restringir aos opositores... e não, abranger os que se consideram "aliados", como tentaram me fazer crer... e nessas, talvez meu jogo de cintura tenha ficado REALMENTE RESTRITO ao relacionamento com terceiros... já que pra se aliar a alguém tem-se que ter NO MÍNIMO confiança e respeito... coisas que senti não estarem presentes nas pessoas que queriam a minha "aliança"... e acabaram se transfigurando nos "primeiros opositores" da situação...
9) meu caráter, talvez pelo fato desses "pretensos aliados" (ou seriam "reais opositores"?) não terem observado coisas que poderiam tê-lo feito durante, no mínimo 15 anos... pois então saberiam limitar palavras e atitudes que tomaram por encararem a coisa como "se eu sou assim, todo mundo deve ser"... pra alguém dizer que meu caráter é falho, deve ter prova na mão... pra não sofrer consequências da minha "tão famosa" DESCONFIANÇA...
Enfim... sempre estive pronta pra fazer o que tem que ser feito... mas creio que ainda não estou pronta, apesar de um monte de experiências vividas, pra INCONSTÂNCIA de sentimentos, pensamentos e atitudes das pessoas... ainda mais quando se trata de NEGÓCIOS... Não é segredo que se alguém me diz alguma coisa, vou levar em conta e "martelar" naquilo até a pessoa me convencer do contrário... e, se, pra isso, a pessoa tiver que mostrar que suas intenções não são "das melhores" é bom que o faça desde o princípio... pois essas "mudanças súbitas" eu não tolero...
Controlar meu "instinto" pode não ser tão simples quanto parece... e tentar nem sempre é conseguir... Mas controlar meu instinto tb não significa me deixar ser passada pra trás e arriscar meu pescoço por "más" intenções alheias...
Agora chega, porque eu to com humor de "cão"... (dos bravos)...