Tinha escrito um monte de coisas, mas não gostei do texto, no conjunto... então, vou começar td de novo...rs...
Hj, to passando o dia ao som de Lenny Kravitz e com a cabeça cheia de pensamentos. Final de ano, pra mim, representa um período de aflição. Começa em outubro e termina só depois do Ano Novo... ou melhor, só depois do Carnaval: dia das crianças, aniversário da Isa, festa de final de ano, rematrícula, uniforme, lista de material e fantasia pro carnaval. É uma coisa atrás da outra. Td isso requer dinheiro, coisa q raramente eu tenho. Como já disse aqui, várias vezes, não tenho 13º nem férias com 1/3 a mais de salário. Aliás, não tenho nem período de férias, qto mais um terço extra no salário!...rs
Tb não é novidade q, todo ano acontece a mesma coisa: brigas por causa de pensão e "despesas extras". Qtos de vcs, q lêem, conhecem pais e mães? Creio eu q conheçam, no mínimo, seus próprios pais. Qtos de vcs já ouviram falar de casos, na Justiça de Família, em q pai e mãe se degladiam por causa da guarda de um filho e, o q perde, fica miguelando ou exigindo mundos e fundos de pensão?... Pois é...
Td começa pra ver QUEM FICA COM O FILHO e termina em briga financeira. Da primeira fase, eu "escapei". Sofri algumas "ameaças" (e tenho até conversa gravada sobre isso) sobre me tirarem a guarda da Isa, mas não saiu da ameaça. Além disso, judicialmente, a guarda da Isa é minha há mais de 1 ano: tenho uma sentença q declara a "manutenção da guarda com a mãe". Sendo assim, estou dentro da lei e, quem tentou me prejudicar, na verdade, me beneficiou. Não precisei nem contratar advogado pra ter a guarda da Isa declarada como minha por um Juiz de Direito.
Porém, da segunda parte eu não escapei. As "brigas financeiras" existem desde q eu e o Gustavo terminamos o namoro em 2003. Pra ele, pagar metade do q a filha dele precisa (metade da escola e do lanche, metade da assistencia médica, metade dos passeios, metade das roupas, 1/3 do condominio, 1/3 da conta de luz, 1/3 da comida e 1/3 do material de limpeza q se usa na casa) é muito.
Às vezes, tenho a sensação de não saber se ele se faz de burro ou se ele é burro realmente. Quem me cerca, costuma dizer q ele é sonso e q só se faz de burro, mas eu prefiro conceder a ele o benefício da dúvida. Se não fosse pela minha mãe, a filha dele não morava e não comia. Ou seja, necessidades primárias do ser humano (casa, comida e banho) quem banca É A AVÓ MATERNA. Roupa, sapato, passeio, presente pra amiguinho, roupa de carnaval e festa junina e essas duas festas, festa de fim de ano, passeios, cultura (livros, dvds, exposições), passeios (incluem sempre um sorvetinho, um suco, um salgadinho ou docinho, etc), uniforme, tenis, lista de material, quem banca É A MÃE. Mensalidade da escola e assistência médica, quem banca É O PAI.
Enqto o pai quer "cobrir o negativo" no banco, a avó (q não tem obrigação nenhuma em relação à criança) e a mãe, têm passado mais hora dentro de hospital do q urubu voando, têm gasto mais $$ em remédio pras duas do q nunca gastaram, têm TENTADO pagar (quase) todas as contas da casa (já q o condomínio, DENTRE OUTRAS contas, "tá ficando") e da filha dele.
Se o $$ da mensalidade e da assistência médica são necessários? ÓBVIO QUE SIM!... Se não fosse, talvez o pai não tivesse nem o desprazer de ter q ler alguns e-mails de vez em qdo. MAS NÃO É O BASTANTE! Ele diz q "não pode bancar a pensão e mais despesas extras" e, cada vez q ele faz isso, a filha dele perde de algum lado. E, normalmente, o q acontece, é ela aparecer na escola com uniforme roto e curto. Claro, de todas as coisas, SE VESTIR "não é" necessário. É "supérfluo". E, como EU faço despesas "sem consultá-lo" ou "contra a vontade dele" (se tem q ser feito e eu sei q vou levar um não, não perco meu tempo nem me desgasto, não é mesmo?), EU q banque uniforme, lanche, passeios, roupas, presentes, comida, casa, roupa... afinal, criança "não precisa" de vida social, criança "não precisa" de cultura e lazer e criança tb "não precisa" DE ATENÇÃO!...
Existem necessidades humanas q não requerem gastos. Atenção, carinho, interesse, consideração... QUANTO CUSTA NO MERCADO MAIS PRÓXIMO DE VCS?... No mais próximo de mim essas coisas são de graça, e ainda vem acompanhadas de cobertura de abraços e beijos.
Ou seja, o q precisa do dinheiro pra pagar, ele não dá "pq não tem" (as raves, presentes pra namoradinha, pagar conta de gente capaz q não trabalha, dentre outras coisas, "não custam" dinheiro...)... e o q não precisa de dinheiro?... Pq ele não dá?
Não dá e, se qualquer um de vcs for perguntar pra ele, ele vai dizer q "a culpa" É MINHA!... Afinal, eu não deixo minha filha ir na casa dele. E não deixo MESMO! As duas vezes q ela foi, voltou doentinha (uma com diarréia, a outra com infecção na garganta). Minha filha não é brinquedo e tem uma rotina. Quem não entende e não respeita a condição dela de SER CRIANÇA, não tem q ficar com ela por perto. Então, se preservar a saúde (e a boa educação) da minha filha é SER CULPADA de alguma coisa, então eu sou.
Sou culpada de várias coisas, mas NÃO POSSO SER CULPADA DO PAI DELA SER OCO. Só tem essa explicação. Egoísta é um adjetivo q a gente já conhece: é sempre "primeiro ele", depois a os pais e os irmãos dele (se as coisas forem do jeito dele), depois os amigos (pq normalmente amigos aceitam 'qualquer coisa', mesmo q discordem) e, depois, se eu não esqueci nenhum detalhe (como trabalho, mulher e trance), a filha.
É... acompanhando meu próprio raciocínio, notei minha falha (ou meu acerto). Com todas essa prioridades antes da existência da filha, "não sobra" sentimento, interesse, atenção e carinho pra ela. Tinha esquecido q AMOR ACABA! E, óbvio, q se o produto principal acaba, os derivados tb não têm como ser produzidos.
BINGO!
FOI POR ISSO Q ELE NÃO LIGOU PRA ELA NEM TROUXE PRESENTE ONTEM, NO DIA DO ANIVERSÁRIO DELA! Como eu posso ser tão burra? Se a coisa mais importante do mundo, q é o dinheiro, acaba, pq o amor e seus derivados, q são completamente secundários e sem razão de ser deveriam "ter sempre"?????
Nossa, e eu to sendo mais burra ainda!!!!!!!!!!!!!!!... Se o amor acaba e os derivados tb, o q ele me falou na sexta-feira Santa se torna óbvio: "não me interesso pela situação dela na escola". CLARO, VERIDIANA!!!!! ISSO É ATENÇÃO E INTERESSE, DERIVADOS DO AMOR!... Caralho, hein, gente, to precisando voltar pra escola da vida!
Queridos (sem ironia, pq eu sei quem lê este blog), vcs sabem né? Amanhã tem festinha do aniversário da Isinha na escola. Fazendo as contas a grosso modo, os gastos são de R$300,00, numa festa pra 60 crianças. Eu não acho q cinco Reais por criança seja um absurdo de caro. Principalmente pq a Isa, qdo chega julho, já começa a perguntar qdo é o aniversário dela, se falta mto, q ela quer festa com bolo e docinho... Eu to me matando pra fazer a bendita festinha e, particularmente, acho q vou bancar os R$300 sozinha. Afinal, foda-se o MEU cheque especial e os empréstimos q tenho no banco né?
Existem coisas, quem tem filho sabe, q não tem como vc negar. Sou o tipo da mãe q diz não PRA TUDO: desde uma Amazing Ananda (uma boneca q custa R$800) até um chocolate de 1 real na padaria. SEMPRE tenho o não na ponta da língua. Dá pra negar uma festa de aniversário pra alguém q tem (agora) 5 anos de idade e fica 4 meses esperando por um dia "só dela"? Seria covardia.
Mas, como o meu amor pela Isa não acaba e só cresce. Até qdo ela vai dormir na casa dos meus avós, q são pessoas q eu confio 100% em relação aos cuidados com a minha filha, eu ligo pra saber se ela tá bem, se comeu, se dormiu, se se comportou... Não é uma ligação de 5 minutos pra saber da minha filha q vai fazer meu negativo no banco estourar. Algumas economias são "porcas".
O q me dói não é só o fato dele não colaborar como deveria com as despesas, pq isso eu (acho q) já aprendi (a duras penas) q não muda nele (como não muda em nenhum outro materialista). O q mais me dói é a falta de atenção e interesse dele em relação à filha. Ele afirmou, com mais de 100% de certeza, q quem sai perdendo é a Isa. Realmente, ela sai perdendo: uma figura paterna ausente por uma figura paterna presente, íntegra e felicitada pela presença dela (meu avô); ela sai perdendo horas de tristeza pensando nos "porquês" do pai-genético dela; ela sai perdendo vários "maus-exemplos" derivados da falta do q a maioria aqui conhece como BERÇO (acho q já enjoei dessa palavra... mas o sentido dela tá tão em falta hj em dia q, quem sabe repetindo isso, as pessoas passam a se interessar mais em "praticar o berço"); ela tb sai perdendo algumas discussões entre os pais dela; ela tb sai perdendo a visão da mãe dela triste, nervosa e chorando por um "não" q ele dê à alguma coisa q ela esteja precisando...
Ela só 'sai perdendo' coisa ruim. Ele não nota q, hj, a ausência e o desinteresse dele constroem a base do desprezo q ele vai ter em troca daqui alguns anos. Crescer e "acumular primaveras" não necessariamente significam "amadurecimento" e/ou "entendimento". Isto é, mesmo q ela tenha idade pra dizer "vou fazer", se eu disser "NÃO", ela NÃO VAI FAZER. E quem me conhece sabe q as coisas funcionam assim. Não preciso dizer um não por "birra". O não vai ser fundamentado em valores concernentes à época em q for dito. Se não houver motivo pra um não, ela toma um sim e td bem.
Mas, a "esperança" dela se tornar adolescente pra poder "conviver mais" com ela, é furada. Se hj, q ele tem um dia por semana "só pra ele" (não na casa dele, mas pra ele) curtir com a filha, almoçar, conversar, perguntar, brincar, etc e ele não aproveita, expectativas pro futuro só vão causar mais desilusão. Pra ele e pra ela.
Ela é esperta e mais sensível q eu e ele juntos e, qdo ela crescer, o q hj eu escrevo com nome de "desprezo", é bem capaz q ela transforme em "compaixão"... ou raiva, nos dias dela de mau-humor. Não duvido q, daqui alguns anos, eu me surpreenda e a veja tomando atitudes q vão funcionar como tapas na cara dele. Atitudes não de desprezo, mas DE AMOR.
Imaginem a cara de bosta do ser humano: vc age com seu filho como se ele fosse "uma criança qualquer q vc veja no metrô" por toda a vida e, qdo seu filho cresce, ele te dá amor, mas isso, ao invés de te fazer sentir "vingado da megera da mae do seu filho, da carrasca q nao deixava seu filho ir pra sua casa de fds", te faz sentir humilhado, com o orgulho ferido, triste, de cabeça baixa... por estar tomando uma lição de moral de uma "criança".
Conscientemente, pro MEU ego, se ela desprezasse ele seria perfeito. EU ia me regozijar. Mas, pelo lado moral, religioso, social e humanitário da situação, ela "amar o inimigo" é o ato mais correto. Eu vivo rezando a Deus pra me dar força pra aceitar aquilo q eu não posso mudar, mas não consigo ficar inerte ao ver o sentimento da minha filha desprezado pelo próprio pai.
Vcs não têm idéia de como é difícil tolerar e conviver com isso e, ao atender o telefone ou encontrar o "meliante", ainda ter q engolir a seco, "sorrir" (mesmo q amareladamente) e ser educada, pra ver minha filha bem. Essa "tolerância" não é minha e nem por mim. Não faço isso pra "enobrecer meu espírito" e nem pra ser "a boa" da história não. Faço isso pq É A INTEGRIDADE EMOCIONAL DA MINHA FILHA q está em jogo. Faço por ela e não por mim. E acho q isso não me enobrece em nada.
Eu seria mais nobre se fosse, simplesmente, IMPARCIAL. Mas ainda não estou nesse grau de evolução. Seria melhor se eu conseguisse NÃO SENTIR nada. Se eu simplesmente aceitasse a natureza dele, como aceito a natureza dos meus amigos. Não consigo. Não me conformo de um pai amar menos um filho do q uma mãe. Amar de formas diferentes sim, mas não menos.
Minha mãe, meus avós, alguns parentes e amigos amam minha filha na mesma intensidade q eu. Se emocionam e ficam bravos com ela na mesma intensidade q eu. Mas não amam como mãe. Amam como avó, bisavós, primos, amigos da mamãe... mas NINGUÉM a não ser ele trata a Isadora "desse jeito". Pra mim, é inacreditável meus amigos terem mais interesse, respeito e consideração pela minha filha q o pai dela. É real, mas é mto triste pra mim. Não pelo sentimento dos meus amigos, mas pela falta de sentimento do pai.
Bom, a Fe tá querendo sair do msn pra estudar, mas tá esperando eu acabar de postar, então, depois de algumas ironias, alguma pimenta e uma certa dose de armargura, vou encerrando.
Tomara q meu Pai tenha estado certo durante os anos em que viveu: DEUS PROVERÁ!...rs... Enqto, isso, vou tentando fazer minha parte.
Bjos pra vcs.