quarta-feira, 21 de novembro de 2007

BAFOON

Em 1995, assisti, no cinema, "Entrevista com o Vampiro", com Brad Pitt, Tom Cruise e Antonio Banderas (este, até então, eu não conhecia)... Brad Pitt, com sua intocável face de boneco de porcelana, encarnou o vampiro Louis Point du Lac, fazendeiro que tinha (no filme) perdido esposa e filho na mesma ocasião e vivia uma vida armaga... Desejando morrer, foi surpreendido pelo vampiro Lestat (Tom Cruise) q atendeu seu "pedido" e o deu uma "nova vida", cheia de dons, habilidades e "magia". Viveram algumas sagas, até "fazerem" a vampirinha Cláudia (eskeci o nome da mini-atriz!...rs), q não podia mais crescer depois de ter recebido "o presente das trevas". Após inúmeras mortes, aventuras e infortúnios vividos em Nova Orleans e de duas tentativas de matar Lestat, Louis e Claudia alcançaram o Velho Mundo e conheceram, em Paris, o vampiro Armand (Antonio Banderas - o personagem era francês, mas tinha um forte sotaque latino... pq será?...rs)... q permitiu a morte de Claudia e se despediu de Louis numa visita ao Louvre (no filme)...

Essa mistura do "sobrenatural" com a essência humana me fez prestar atenção nos créditos finais... e vi "based on novel by Anne Rice"... Caraaaaaaaaca!... Era td o q eu precisava! Desde criança, sempre q podia, comprava quadrinhos de vampiros e, na adolescência, me "cai no colo" um livro sobre três vampiros "lindos, ricos e sexies" (claro, pensando na imagem dos vampiros como sendo a imagem dos atores né!)...

Corri pra livraria mais próxima e, não encontrando o livro do filme, dei de cara com um outro, da mesma Anne Rice, "O Vampiro Lestat" (18.07.95)... Notei, ao ver a contracapa, q a "autobiografia" do Lestat era, nada menos, q o SEGUNDO livro de uma trilogia... Fui, então, em busca do Entrevista com o Vampiro com mais ferocidade q antes. No dia seguinte, encontrei (19.07.95)... e, não me lembro qdo, comprei, também o terceiro da trilogia: "A Rainha dos Condenados" (q tb virou filme... mas o ator q fez o Lestat ACABOU com o personagem... mas isso é papo pra depois, já q escrevi sobre esse filme em outro post deste mesmo blog)...

Duas semanas atrás resolvi, ao invés de ver o filme, ler Entrevista com o Vampiro pela, nada menos, TERCEIRA vez!... A cada linha q releio sinto mais vontade de me tornar irreal e participar das coisas q acontecem na história!... ahahaha... O livro difere do filme... antes, eu gostava mais do filme... hj, acho q prefiro o livro, com a história completa, cheia de detalhes e, com a percepção de q Louis e Lestat são, na íntegra, partes (quase sempre) "escondidas" de mim...

Existem, no livro, coisas q o filme não diz... e existem outras, q o filme diz de forma diferente. Primeiro, Louis não perdeu "mulher e filho": perdeu um irmão mais novo, q caiu da escada e quebrou o pescoço. Segundo: Louis não matou a "governanta" de Point du Lac: matou o capataz negro. Terceiro: Lestat não estava sozinho qdo Louis, na volta a Nova Orleans, o encontrou num "mausoléu" (aquilo era, no livro, uma casa de 2 andares, PRÓXIMA ao cemitério, mas não DENTRO do cemitério); Lestat tinha alguns "aprendizes" q o abandonaram - Louis encontrou um deles na visita ao seu "feitor". Quarto: não foi Lestat quem mordeu o pescoço do jornalista (Christian Slater) q entrevistou Louis: foi o próprio Louis, qdo percebeu q tinha falhado na "missão" de convencer os humanos q a natureza vampírica era PODRE e não "uma dádiva". Quinto: o "ressurgimento" de Lestat se deu em 1984, após 55 anos enfurnado embaixo da terra, num cemitério q eu não me lembro o nome e a Entrevista com o Vampiro foi feita em 1976, ou seja, Lestat realmente NUNCA poderia ter mordido o jornalista, sendo q, ao final da Entrevista, Lestat ainda estava "dormindo" e apreendendo informações do século XX.

Somente nesta terceira leitura da Entrevista com o Vampiro passei a comparar as obras de arte da literatura e do cinema norte-americanos. Porém, a cada vez q leio o livro ou assito o filme, penso, há 12 anos, a mesmíssima coisa: NINGUÉM poderia ter interpretado melhor Louis, Lestat e Armand q os 3 atores q citei acima. NINGUÉM. A interpretação deles foi de um "realismo" incomparável! (E por isso digo q o ator q fez A Rainha dos Condenados "acabou" com o Lestat q a Anne Rice tanto se esmerou em descrever: o carinha transformou um "puta de um vampiro" (poderoso e arrogante) em um adolescente drogado e cheio de superioridade. Foi ridícula a interpretação do cara e a descaracterização de um personagem q a escritora e o Tom Cruise criaram com tanta perfeição!).

Terminei de ler a Entrevista ontem e logo peguei, na estante, O Vampiro Lestat. Ainda estou nas primeiras páginas, afinal, não consigo ler um livro de 422 páginas em meia hora (ou menos) como fariam meus "ídolos vampirescos". Mas, pude notar, logo de cara q os atores, o diretor e provavelmente toda a equipe técnica de A Rainha dos Condenados, simplesmente LERAM os livros da trilogia inicial das Crônicas Vampirescas da Anne Rice, mas não conseguiram captar UM DÉCIMO do "espírito da coisa". Primeiro pq, o início de A Rainha dos Condenados (filme) é, nada menos, q o início de O Vampiro Lestat (livro) e não do livro q dá nome ao filme. PUTA DECEPÇÃO DO CACETE!... Fico me perguntando se a Anne Rice se arrepende de ter permitido q uma equipe técnica e um elenco tão FRACOS fizessem de uma de suas principais obras o filme de terror barato q fizeram! (é pior q filme de terror japonês... pior q Todo Mundo em Pânico!...rs)

Enfim... quero ver se, desta vez, consigo ler a autobiografia do "pretensioso" até o fim. Da primeira vez, parei na página 300 e pouco, mas o "Lestat" tem uma linguagem muito chata (em comparação à usada pelo Louis, no primeiro livro). Depois da trilogia, vieram outros: A Historia do Ladrão de Corpos, Memnoch, Sangue e Ouro e A Fazenda blablablawood (não lembro o nome direito). As Crônicas Vampirescas parecem não ter fim. Ainda existem os livros Pandora e O Vampiro Armand. Todos MUITO legais.

Aliás, na boa, o vampiro mais sexy de todos é o Armand (apesar de ser ruivo). O mais "poderoso" (no sentido de não fazer questão nenhuma de esconder ou deixar de usar seus "dons") é o Lestat. Mas o vampiro mais humano e mais apaixonante é o Louis. Uma pena q, depois dos dois primeiros livros, a Anne Rice o tenha deixado em "segundo plano".

De todos esses livros, me falta o "Sangue e Ouro". E, por conta disso, retomei a leitura das Crônicas... pq decidi comprá-lo em breve. Isto pq, pros menos avisados, quem não le o livro anterior não entende o livro seguinte. Todas as histórias são intimamente ligadas e, até O Vampiro Armand, q é um livro "não-Crônico", se faz entender melhor qdo lidos os outros.

Estou amando essa leitura 'retomada'. Tem-me feito passar alguns momentos do meu dia com a cabeça "limpa" de pensamentos. A leitura de Anne Rice é tão gratificante pra mim q, como eu disse, gostaria de estar DENTRO dos livros (já q minha cabeça fica "lá" enqto leio).

A Anne Rice também escreveu livros sobre bruxas. A Hora da Bruxa I e II foram os primeiros... os outros eu não sei a ordem e não me lembro, pois os vampiros são o meu "ponto fraco". Apesar q, isso não está me impedindo de sentir uma vontade INSANA de fazer a coleção "Rice" sobre as bruxas tb.

Enfim, além dos livros de vampiro e das bruxas, ela tem outras obras "avulsas", dentre as quais "Chore para o Céu", "O Violino" e "O Servo dos Ossos" (creio q tenham outros, mas eu só tenho e li esses 3).

Paulo Coelho, perto da Anne Rice, pra mim, vira cinza. Ele é "fraquinho", apesar do sucesso mundial dos livros xulos q escreve. Afinal, como mtos devem saber, A UNANIMIDADE É BURRA (as obras vertidas pra outros idiomas não devem conter os erros gramaticais q eu encontrei em alguns dos livros dele e, por isso, talvez sejam "os mais vendidos"...rs).

Depois de toda essa "vampiridade" matinal, conto meu feriado.

Isa de pijama, pulando nos sofás. Mamis no pc, jogando Chainz2 e eu, feito uma barata tonta, querendo dar uma volta, pra tirar o mofo e aproveitar um pouco do sol q fazia. Feliz e saltitante perguntei "Isa, vc vai querer sair?" ela "não, quero ficar em casa" e eu "tá bom". Tomei banho, me vesti, peguei meu livro (Entrevista, q tava no final) e pensei "vou tomar um café, ver se tem feirinha no Center 3, ler um pouco sozinha e depois volto pra casa".

Nossa, qta ilusão dentro do meu coraçãozinho!!!...rs... Logo q saí de casa, minha rasteirinha começou a machucar meu pé direito... tentei não dar atenção e fui caminhando em direção ao Center 3, afinal, precisava "assistir Senhor dos Anéis" ou, pelo menos, encontrar o "grande Gandalf" (metáforas ininteligíveis pra quem não tem acompanhado minha "aventura"...rs). Ao passar pelo Espaço Unibanco, notei um "pirulão" me encarando e nem dei atenção. Continuei andando, até q pisaram na minha sandália (bem na do pé direito). Diante do silêncio do ser atrás de mim, dei uma "meia-virada" de cabeça, pela esquerda, pra trás, com a cara amarrada e, então, ouvi "me desculpa pelo pisão na sandália". Respondi "td bem" e continuei andando.

Só q o ser apertou o passo e emparelhou comigo. E eu apertei o passo mais um pouco. Nessas, o cara tava determinado a puxar papo MESMO comigo. Começou a perguntar sobre o livro q eu estava lendo e dizer q não tinha visto o filme e mais um monte de blablablás q, passando por um café no Mc Donalds, terminou com quase 2 horas de conversa num barzinho q tem ali perto.

O cara é gente fina, inteligente, divertido, tem um olhar mto bonito e uma bunda BEM parecida com a do Ben Affleck (assistam Pearl Harbor e prestem atenção na cena em q a Kate Backinsale conta a ele q está grávida de outro cara... a bunda do cara é um "sonho" de tão 'redonda'... ahahah). Mas, NEM o olhar e NEM akela bunda convexa me fizeram perder a MINHA determinação de NÃO DAR MOLE!... ahahahah

Meussssssssssssss, eu sempre escolho "a dedo"... e sempre acabo com o "dedo torto". Não quero mais. To fechada pro desconhecido! (Ainda mais depois de saber q as 5 ou 7 letras já são minhas conhecidas!!!!...rs)... Sei lá, se o cara me ligar, legal, terei horas a fio de conversa telefonica umas 2 ou 3 vezes e só... pelo menos até ele desistir de tentar "algo mais" comigo.

De qualquer forma, isso fez do meu feriado um dia INUSITADO!... Vou sair mais vezes sozinha com um livro de vampiros na mão!!!!... Afinal, meu forte é ACUMULAR AMIGOS!... ahahahahah

Enfim, pra terminar...
Em uma cena de Entrevista com o Vampiro, o Louis é perseguido e imitado pelo Santiago, um vampiro intelectualmente medíocre (apesar de poderoso). Louis o chama de "bufão" na cena e, esse adjetivo causa vários problemas ao Louis (mas isso só da pra saber qdo se lê o livro...rs).

Fui procurar no dicionário, afinal, dá pra imaginar o sentido da palavra sem conhecê-la em virtude da natureza da situação. Bufão (bafoon) significa FANFARRÃO e, fanfarrão é sinônimo de "mediocre" e não de "alguém q gosta de festa", como eu sempre imaginei... ahahahah Às vezes, a "sra. barsa" aqui tb falha... ahahah

Depois disso, resolvi procurar o sentido de "pária" (estudado nos livros de história da infância e adolescência, mas completamente esquecido pela minha repúdia à matéria...rs): no caso do livro, pária = excluído do meio social. O termo foi usado em relação ao Louis e ao Armand. Ao primeiro por ter colocado fogo no Teatro dos Vampiros e ao segundo por ter permitido o incêndio.

Por fim, minha curiosidade não cedeu ao ler a palavra "prestidigitador". Aproveitei q tava com aquele Aurélio gigante nas mãos pra ver q prestidigitador é o nome "chique" de um ILUSIONISTA, de alguém q ilude de alguma forma "mágica".

Adorei... ahahahahaha

Bom, era isso por hj!
Bjo.

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