Ois!...
Então, comecei a ler um livro (de filosofia – pasmem!) que fala sobre a vaidade. Então, resolvi que, como não ando muito a fim de somente “relatar fatos”, vou compartilhar de algumas (várias, pra dizer a verdade) partes do livro com vocês... (às vezes vou palpitar, mas na grande parte do tempo, só vou transcrever mesmo...rs)... Então, vamos lá!
OBS: Como vou transcrever, nem adianta vir dizer que minha gramática está esquisita, trocada, com erros, porque o autor é mais antigo que andar pra frente e a gramática dele também...rs
“... Há vaidades que são universais, e compreendem vilas, cidades e nações inteiras; as outras são particulares, e próprias a cada um de nós; das primeiras, resulta a sociedade, das segundas a divisão.”
“A razão não nos fortalece contra os males que resultam da vaidade; antes nos expõe a toda a atividade deles; porque induzida pela mesma vaidade só nos mostra que devemos sentir, sem discorrer sobre a qualidade do sentimento... Sente a razão o que a vaidade sente, e quando vimos a sentir menos, é por cansados, e não por advertidos. Daqui vem que as mais das vezes devemos nossos acertos menos à vontade, do que à nossa fraqueza; devemos a nossa moderação menos ao discurso, do que à nossa própria debilidade. Deixamos o sentimento por cansados de padecer. A duração do mal, que nos abate, nos cura.”
“Há ocasiões em que contraímos a obrigação conosco de não admitirmos alívio nas nossas mágoas... parece-nos que o ser firme a nossa dor é prova de ser justa... Uma grande pena admira-se e respeita-se: é o que basta para a vaidade nos faça persistir no sentimento.”
“... fazemos vaidade de tudo quanto é grande: a mesma pena quando é excessiva, nos lisonjeia, porque nos promete a admiração do mundo.”
“Há vários termos no progresso da nossa vaidade: esta no primeiro estado da inocência vive em nós como oculta, e escondida: o tempo faz que ela se mova, e se dilate. ... nossa alma está disposta para receber e concentrar em si as impressões da vaidade: esta, que insensivelmente se forma do que vemos, do que ouvimos, e ainda mais do que imaginamos, quando cresce em nós, é imperceptível... Nascemos sem vaidade; porque nascemos sem uso de razão, nem de discurso: quem dissera que aquilo o que nos devia defender do mal, é o mesmo que nos conduz a ele, e nos precipita!”
“Só a vaidade sabe corporificar idéias, e fazer diferente, e desigual, o que é composto por um mesmo modo, e organizado de uma mesma forma.”
“Com os anos não diminui em nós a vaidade, e se muda, é só de espécie. ... Sempre fomos vaidosos, mas nem sempre domina em nós o mesmo gênero de vaidade.”
“Não vivemos contentes se a nossa vaidade não estiver satisfeita... Um riso agradável, que achamos nas pessoas eminentes, e que por mais que seja equívoco sempre a vaidade o interpreta a seu favor... uma lisonja dita com tal arte, que fica sendo impossível conhecermos-lhe veneno; qualquer coisa destas, e ainda menos basta para que nossa vaidade se reveja, e se satisfaça; de sorte que não vivemos alegres, se não vivemos vaidosos.”
“... Na lei universal ninguém ficou isento da dor, nem da tristeza; todos nascem sujeitos ao mesmoa princípio, que é a vida, e ao mesmo fim, que é a morte; a todos compreende o efeito dos elementos; todos sentem o ardor do sol, e o rigor do frio; a fome e a sede, o gosto e a pena, são comuns a tudo aquilo que respira... nunca o homem pode ser mais, nem menos do que homem...”
“... A VAIDADE É DE TODO O MUNDO, DE TODO O TEMPO, DE TODAS AS PROFISSÕES, E DE TODOS OS ESTADOS.”
Acho que pra começar, já está bom né... dá pra vocês terem uma idéia do que o livro fala mais ou menos... e pra notar que o autor faz comparações da vaidade com coisas comuns das nossas vidas o tempo inteiro, mas algumas comparações são tão chatas de entender por causa do português pra lá de arcaico, que eu não tenho paciência pra escrever aqui...rs
Beijos pra vocês... espero que tenham aproveitado alguma coisa... e AGUARDEM, pois mais sobre a vaidade está por vir! (Nossa, até a MINHA gramática está esquisita!... ahahahhahaha)