Nossa, nem dá pra acreditar que já faz quase um mês que não escrevo aqui... eu já queria ter escrito antes, mas quando dava tempo, dava preguiça também... e quando faltava preguiça, faltava tempo também... mas beleza... de hoje não passa...rs
Vamos lá...
Do último post pra cá aconteceu muita coisa na minha vida... existiam 4 coisas pra eu resolver... com 4 pessoas diferentes... e eu, pelo menos, TENTEI resolver... Eu digo que "tentei", porque eu fiquei satisfeita com os resultados, mas tenho consciência que alguns desses assuntos serão retomados em breve...
Uma delas, com a minha mãe... Sabe aquela coisa que alguns filhos têm de "não decepcionar" os pais, ou então de "corresponder às expectativas" deles?... Pois é... eu sempre fui "certinha" em relação a isso... Sempre me preocupei em "andar na linha" (deles)... Não sei se por amor ou medo... mas tentei sempre fazer as coisas que me cabiam da melhor maneira possível... Se eu briguei com meus pais durante a adolescência???... POOOOOORRRRA, se briguei... passei bem uns 6 ou 7 anos da minha vida em "conflito de gerações"... Mas tudo foi muito válido... (hoje eu sei disso!)... Enfim... fiquei grávida "fora de época"... e, na minha cabeça, por tudo o que aconteceu, minha mãe tinha passado a me "odiar" por isso... Claro que depois que a Isa nasceu, muita coisa mudou, inclusive opiniões e pontos de vista em relação a uma gravidez "extemporânea"... Mas, no fim, fui conversar com ela sobre essa coisa de "corresponder às expectativas" dela e do meu pai... e me surpreendeu a resposta... Ela disse que a única expectativa que ela (ainda) tem é de eu ser feliz com alguém com quem possa constituir meu próprio núcleo familiar... estranho né?... Eu perguntei sobre escola, comportamento, gravidez, etc... e ela só me fala sobre ter minha própria família... dizendo que todas as coisas que ela e meu pai "queriam pra mim", meu pai sempre expressou... e eu sempre fiz... Então, maravilha... assunto resolvido de modo positivo...rs
Outras duas coisas que eu queria resolver e consegui (mas essas são as coisas que serão "retomadas em breve") foi o lance de trabalho, subordinação, omissão de informações, cobranças, confiança em funcionário vs. pessoa, prazos, etc... que estavam rolando lá no escritório... e que eram assuntos que eu tinha que resolver com meu avô-chefe e com o Rubens... Numa terça conversei com meu primo... na quarta, com o meu avô... a conversa com meu primo parece que rendeu "mais"... pelo menos ele parou de me cobrar, de omitir informações e de me jogar prazos "impossíveis" nas costas às 20h da quinta pra entregar às 12h da sexta...rs... Com o meu avô a coisa já não foi tão simples... ele parou de me cobrar... está mais "relax" pra se comunicar e tals... Mas ele acha que um salário de R$1.800,00 é o bastante pra mim... e eu já deixei claro que pra ganhar R$ 1.800,00 eu fico onde estou... porque não compensa, pra mim, pagar mais escola e deixar a Isa período integral, por um salário que não vai cobrir minhas despesas mensais (contas, escola, almoço e transporte), sendo que R$ 1.800,00 ainda vêm com os descontos previdenciários e de transporte... Ele ficou "chocado" com as coisas que eu falei pra ele... eu meio que repeti a conversa que eu tinha tido com o Rubens um dia antes... e, por "increça que parível", não perdi a classe (e nem a educação e nem elevei o tom de voz... dá pra crer?...rs)... Não sei até quando essa "calmaria" no escritório vai durar... eu não tenho a MÍNIMA intenção de parar de fazer os laudos do meu avô, mesmo arrumando um outro emprego que me custe a alma pra ganhar mais do que o dobro do que ganho... Sei que ele confia na qualidade do meu trabalho... e sei que se deixar por conta de uns e outros da família, se ele morrer, minha avó acaba "chupando o dedo"... porque tem gente ali que não respeita nem os direitos da própria mãe... Ou seja, o direito e a luta pelos direitos das pessoas está no meu sangue... aliás, acho que é parte da minha alma... mas isso é outro papo...
E... a quarta coisa que eu tinha pra resolver era uma parte do meu relacionamento com o Zuru... e resolvi... pelo menos por enquanto... não existem assuntos a serem REtomados... mas com certeza novos pontos começarão a existir em breve para serem debatidos e acertados... o que, aliás, é praxe de todo e qualquer tipo de relacionamento...rs...
No fim, resolvi com a minha mãe numa quinta... com o Rubens e com o Zuru numa terça e com meu avô numa quarta... E, de lá pra cá, tenho tentado achar meios de resolver qualquer coisa que esteja me incomodando DE VERDADE...
Que mais?... Ah, sim... semana passada fez 5 semanas que o Gustavo não vem ver a Isa de domingo (e nem em dia nenhum da semana)... Depois daquela discussão sobre "direitos e deveres" de cada um e tals, ele proferiu as seguintes sentenças "A Veridiana me proibiu de ver a Isadora e está entrando com uma ação. Então, vou esperar."... MEU DEUS DO CÉU QUE MOLEQUE MAIS ACÉFALO!!!!... Eu falo pra ele "vou buscar os direitos da sua filha... você busque os seus como achar melhor... se achar que procurar a justiça resolve, que procure"... e o cara senta a bunda numa cadeira e PROVA MAIS UMA VEZ que o que interessa pra ele de verdade não é a convivência com a Isadora... o que interessa pra ele é me contrariar, me agredir, me fazer "pagar pelos meus pecados"... e isso porque "se ele paga a pensão, tem direito de visita... se não paga, não tem direito de visita... se ele pode comprar qualquer coisa, ele tem direito... se ele não pode comprar nada, ele simplesmente some porque ELE está em primeiro lugar e a Isadora vem depois"...
No fim, essa briga vai acabar durando a vida inteira... seja a dele, seja a minha ou seja a da menina... Ele não percebe que o irracível, o inflexível da história é ele... Mais do que eu cedi abrindo a porta da minha casa EM PLENO NATAL pra ele e pra família católica e materialista dele entrarem na minha casa e curtirem a tarde com a Isadora!?!?!?!?!?... Na boa, pra quem lê este blog desde quando fiquei grávida, deve saber bem que eu disse que isso NUNCA ia acontecer... que a mãe dele NUNCA ia conhecer/conviver com a Isa... Na boa... eu fico dando chances a eles de me provarem que eu posso confiar a Isinha a eles por um ou dois dias longe de mim... e fico dando chance também A MIM de ver que eles "não são tão maus como eu pensava"... mas... NÃO DÁÁÁÁÁÁÁÁÁ!!!... Tudo pra eles está ligado a dinheiro... TUDO!!!... Eu estou proibida, desde antes de a Isa nascer, de entrar na casa deles... ou seja, não sou bem-vinda... como eles também não são aqui na minha casa... Abri a porta pra eles a CONTRA-GOSTO... fiz pela Isadora... sei que ela precisa de convivência familiar e social... sei que ela precisa da presença do pai... e tenho me centrado nisso pra tomar minhas atitudes...
Só que eu também não sou de ferro... meu maior erro foi ter transado com o cara... e já presto contas dessa "dívida" diariamente, quando olho pra minha filha e vejo que, fisicamente, ela não se parece em nada comigo... Eu desaprovo os pontos de vista e o comportamento do Gustavo e da família dele (o único que gosto ali, como pessoa, é o Ernani, mais conhecido como "tio Urso"... só que é a velha história... quem tem irmãos sabe que mesmo que você não se dê bem com um irmão, se mexe com ele, vai estar mexendo com você... e na casa do Gustavo não deve ser diferente...)... Não suporto o jeito de superioridade, a falta de humildade e de consciência da realidade que paira sobre eles... E, sinceramente, acredito que materialismo prejudica...
Enquanto eu brigo por moral, por bons costumes, por bons exemplos, por "berço", por boa educação formal, por boas companhias, por cultura, os caras ficam brigando por dinheiro, pela massagem no próprio ego...
Na boa, eu sei ser egoísta também... sei ser materialista também... é mais fácil ser assim do que ABDICAR, do que ABSTER-SE, do que ABRIR MÃO das coisas em prol da boa formação do caráter de uma criança... Eu não consigo entender PORQUE É TÃO DIFÍCIL pra eles pensar que a Isadora existe (é fato), que ela não sabe fazer as coisas por si ainda (é fato), que ela precisa de mim (e precisaria do pai em conjunto) até aprender a "andar sozinha" (é fato)... Não consigo entender como algumas pessoas podem negar FATOS!
É fato que eu sou turrona... é fato que eu perco a educação e a paciência com facilidade... Mas também é fato que DESDE QUE EU FIQUEI GRÁVIDA TENHO LUTADO COM TODA A FORÇA QUE EU CONSIGO ACHAR DENTRO DE MIM PRA ISADORA SER UMA BOA PESSOA, TER UMA BOA EDUCAÇÃO MORAL/FORMAL E PRA NÃO LHE FALTAR NADA, mesmo que esse "nada" se restrinja ao estritamente necessário à sobrevivência dela...
Porra... se ele é pai, eu sou mãe... nem com o nascimento da menina, nem pegando a menina no colo, nem com o passar do tempo, nem com nada que passe na minha cabeça agora, o Gustavo foi capaz de aprender a separar a Isadora da Veridiana... A impressão que dá é que eu ainda estou grávida e que a Isadora vai ser sempre o "fuzil" que ele vai usar pra me agredir...
Eu não sou legal... eu luto com as "mesmas" armas... O grande lance é que MORALMENTE o Gustavo e a família dele não tem absolutamente NADA pra falar contra mim... sou pobre sim... aliás, estou mais pobre do que jamais tinha sido durante toda a minha vida... Mas não fico tentando manter poses, não fico fazendo compras de coisas que não são necessárias... A coisa aqui em casa continua bem feia, bem apertada, mesmo com a minha mãe trabalhando... Ela ficou desempregada durante 10 meses (de outubro/2003 a agosto/2004), nos atolamos em dívidas... de julho/2004 pra cá fiz coisas que eu nunca imaginei ter que fazer por "obrigação"... coisas que eu nunca imaginei fazer por "dever"... a Credicard ter me dado um cartão de crédito foi uma bênção... se não fosse esse bendito, ia faltar comida aqui em casa no final do ano passado... E eu não estou exagerando... existem pessoas que convivem comigo e que estão vivinhas da silva pra atestar essa verdade...
Ficamos devendo condomínios... conseguimos entrar em acordo... vamos pagar a merda da dívida em 20 meses... ou seja, por dois anos ainda teremos dívidas a pagar... Aqui dentro da minha casa não se tem nada além do "básico indispensável" (comida, água, luz, gás)... Os únicos "supérfluos" que ainda permanecem são o speedy e o cigarro, que eu e minha mãe ainda não conseguimos largar...
Ou seja, uma menina criada como princesa... com mordomias e mimos... está tendo que criar a "herdeira do império" à base do "mínimo necessário"... Pra quem nunca teve nada, não sabe o que isso significa... pra quem sempre teve tudo e assim permanece, também não sabe... Só sabe do que eu estou falando quem passa pela mesma coisa... e, pelo que eu sei dos leitores deste blog, ninguém está passando por isso agora... E, eu digo isso porque construir é mais fácil que REconstruir... muito mais fácil... porque quando você começa do zero, você pode planejar onde colocar as paredes... mas quando você começa de escombros, você tem que limpar tudo primeiro... e isso é um desgaste e tanto...
Chega uma hora que até a Lara Croft cansa... só que essas cenas não aparecem nos filmes e nos jogos... E é mais ou menos isso... abandonei a Lara Croft... abandonei a No Sexy Nick... abandonei a Sexy Veri... pelo menos momentaneamente...
É isso... SIMPLESMENTE EU... estou parando paulatinamente de tentar entender as pessoas e a mim mesma... estou tentando recuperar a Veri que eu sou de verdade... a que chora, a que se magoa, a que fica triste, a que não grita, a que não bate, a que ri por qualquer coisa...
De qualquer forma, a Lara Croft aqui se aposentou... vai viver dos benefícios daqui pra frente...rs
Sobre escombros, sob ventos e tempestades, através de calmarias, depois de um twister ou de uma tsunami... "não sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo me quer bem"...
E por hoje era "só" isso...
Frase do dia: Dinheiro não compra felicidade: manda buscar!
Frase do dia 2: Se você não tem dinheiro, seja feliz sem ele! (rs)